Você está na página 1de 69

Prof(a).

Isabel Henriques 1
Prof(a). Isabel Henriques 2
Prof(a). Isabel Henriques 3
A dinâmica da Terra era explicada por:

 CONTRACCIONISTA
 PERMANENTISTA ou Período Pré-Wegeneriano
IMOBILISTAS

Homem sempre esteve preocupado


com a origem da Terra e dos oceanos.

Prof(a). Isabel Henriques 4


Período Pré-Wegeneriano
 Até ao séc. XVII, a perspectiva que
melhor explicava os processos
geológicos do nosso planeta era o
"catastrófico" .
 No séc. XVIII, (1785) James Hutton,
um geólogo Escocês, ao defender que
"...o presente é a chave para o
passado..." propõe a primeira teoria
verdadeiramente científica da
geologia, a "Teoria do uniformismo".
 Esta teoria assumia, na sua
formulação inicial, que as forças e
processos geológicos que actuavam
sobre a Terra no presente são os
mesmo que actuaram no seu passado
geológico. James Hutton

Prof(a). Isabel Henriques 5


Período Pré-Wegeneriano
 No início séc. XIX, após um longo
período em que se verifica a
coexistência das duas teorias, o
catastrofismo cedeu perante a
corrente uniformista, em grande
parte devido à influência
Charles Lyell
exercida pelos trabalhos de
Charles Lyell.
 Expressos na sua obra máxima
"Princípios da geologia" (1830),
em que foram lançadas as bases
da geologia moderna, e onde o
limiar do tempo geológico da
Terra foi irremediavelmente
alargado para várias centenas de
milhões de anos.
Prof(a). Isabel Henriques 6
Período Pré-Wegeneriano
 Apesar das perspectivas defendidas por
Hutton e Lyell, serem revolucionárias,
não contemplavam na sua concepção a
ocorrência de alterações dinâmicas
profundas no planeta.
 De facto, apesar de tudo, tanto Hutton
como Lyell, e ainda outros geólogos
influentes à época, encontravam-se Charles Lyell
impregnados de ideais conservadores.
 A conduta científica destes investigadores
era, apesar de tudo, regida por ideais
"fixistas", o que fazia com que
defendessem uma intransigente corrente
de pensamento "permanentista", segundo
a qual tanto os continentes como as
bacias oceânicas se teriam mantido em
posições similares até à actualidade... James Hutton

Prof(a). Isabel Henriques 7


Período Pré-Wegeneriano
 Em meados do séc. XIX, surge
uma linha de pensamento
também "fixista" conhecida por
"contraccionismo", defendida por
cientistas como Cuvier, Lord
kelvin e outros, que, admitiam
uma possível movimentação
lateral das massas continentais,
como consequência de uma
progressiva contracção da Terra.
 Segundo a teoria da contracção, à
medida que a Terra arrefecia Georges Cuvier
solidificava diminuía de volume o (1769-1832)

que conduzia a uma contracção.

Prof(a). Isabel Henriques 8


Período Pré-Wegeneriano
 Esta contracção teria começado
depois da superfície do globo já
ter solidificado, de modo que, ao
reajustar-se à diminuição de
volume do globo, a superfície
teria sofrido enrugamentos que
explicariam também a origem
das formações orogénicas da sua Lord kelvin
superfície.

Prof(a). Isabel Henriques 9


Período Pré-Wegeneriano

Contracção da Terra

Prof(a). Isabel Henriques 10


Período Pré-Wegeneriano
Em meados do séc. XIX (1859) Pellegrini,
foi o primeiro cientista a defender
explicitamente a fragmentação e deriva
dos continentes vizinhos do Atlântico,
baseando-se :
 na correspondência morfológica entre
as linhas de costa dos dois continentes;
 em observações paleontológicas
relativas a certos tipos de fósseis que
se podiam encontrar nos dois
continentes;
 nas observações de Ortellius e Bacon
onde referem a possível união dos
continentes.

Prof(a). Isabel Henriques 11


Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes

Francis Bacon - reconheceu, em


1620, as semelhanças entre o limite
das costas da América do Sul e de
África, tendo especulado que estes
continentes correspondiam a
fragmentos da Atlântida.

Francis Bacon
1561-1626

Prof(a). Isabel Henriques 12


Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes

Frances Placet - em 1668, afirmou que


os continentes se encontravam unidos,
antes da ocorrência de uma cheia
catastrófica.
Esta cheia poderia ter permitido a
flutuação do continente americano,
facilitando a sua migração.
Em alternativa, os continentes podiam
ter sido separados pela destruição
parcial da Atlântida. Frances Placet

Prof(a). Isabel Henriques 13


Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes

Von Humboldt - propunha, em 1801,


que a Atlântida tinha sido escavada
pelo fluxo de água, formando, assim,
um vale profundo entre os diferentes
continentes.

Alexander von Humboldt

Prof(a). Isabel Henriques 14


Explicações para o mecanismo de separação dos
continentes
Em 1858, o geógrafo António Snider-Pellegrini elaborou estes
dois mapas representando a sua versão da forma como as
Américas e o continente Africano poderiam, no passado, ter
estado juntos.

A- os continentes juntos antes da sua separação. B- os continentes depois da sua separação.


Prof(a). Isabel Henriques 15
Prof(a). Isabel Henriques 16
Alfred Wegener (1880-1930):
 Nascido em Berlim em 1880, filho de
um pastor evangelista, formou-se em
astronomia. Foi este meteorologista
alemão quem propôs a Teoria da
Deriva Continental.
 Em 1912, parte com o dinamarquês J.
P. Koch (que sugeriu ter sido a partir da
observação da ruptura das placas de
gelo no mar, que Wegener teceu a ideia
da Deriva dos Continentes) e realizam
juntos, pela primeira vez, a mais longa
travessia da calote glaciária.
Alfred Wegener (1880-1930):

 Na sua obra Entstehung der


Kontinente and Ozeane (1924) –
A Origem dos Continentes e
Oceanos - expôs a teoria
continental, segundo a qual os
continentes do mundo actual se
formaram a partir de um único
primeiro continente e foram
mudando as suas posições
relativas por deslocação geral
sobre uma camada semilíquida.
Wegener en Groenlandia

Prof(a). Isabel Henriques 18


Alfred Wegener:
 Realizou três expedicões na
Groenlandia com fim
meteorológicos.
 Wegener morre na sua última
expedição em 1930 sem ver a
sua teoria aprovada pela
comunidade científica, apesar
de existirem alguns adeptos.
 Muitos cientistas ridiculizaram The last photo of Alfred Wegener and
a Wegener pelas suas ideas. Rasmus Villumsen, taken on 1 November
1930 (Wegener's 50th birthday) as they
were leaving the "Eismitte" Station.
(Photograph copyright Alfred-Wegener
Institute for Polar and Marine Research)

Prof(a). Isabel Henriques 19


Teoria da Deriva dos Continentes de Wegener

A Teoria da Deriva dos


Continentes defendia o mobilismo
dos continentes.

Os continentes estiveram unidos


no início da formação da Terra
num único continente - a Pangea.

O movimento dos blocos Alfred Wegener


(1880-1930)
continentais só era possível
porque os continentes são menos
densos do que o material que
compõe a crusta oceânica.
Prof(a). Isabel Henriques 20
Segundo Alfred Wegener:
 Há cerca de 300 milhões de anos
os continentes estiveram unidos
numa única grande massa de terra
firme (supercontinente) que
denominou de Pangeia, rodeado
por um único oceano – a
Pantalassa.
 A Pangeia fragmentou-se dando
origem a novos continentes
sujeitos a deformação e deriva
que ainda perdura.
 Que argumentos teriam suportado
a teoria de Wegener?

Prof(a). Isabel Henriques 21


Especialidades afectadas pela deriva continental

Prof(a). Isabel Henriques 22


ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Geofísicos:
Se a Teoria Contraccionista
previa apenas a ocorrência de
movimentos verticais, seria
impossível a ocorrência de
movimentos horizontais (laterais)
que possibilitassem o
desenvolvimento das estruturas
identificadas nas cadeias
montanhosas.

Prof(a). Isabel Henriques 23


ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Morfológicos:
 O encaixe das linhas das costas dos
continentes africano e sul-
americano é mais perfeito quando
se inclui as plataformas
continentais, comparativamente
às linhas de costa actuais.
 “Não encaixariam as costas de
África e da América do Sul como
duas peças de um puzzle se as
aproximarmos, fechando o oceano
Atlântico?”
Prof(a). Isabel Henriques 24
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos geodésicos
 Wegener afirmou que medindo a
transmissão de ondas de rádio era
possível concluir que a
Gronelândia se tinha afastado 180
metros do continente Europeu.
 Wegener fez medições do
afastamento entre duas ilhas da
Gronelândia e entre a Gronelândia
e a Europa (11 a 21 m/ano).

Prof(a). Isabel Henriques 25


ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos geodésicos

 Este argumento não foi suficiente


para defender esta teoria, tendo-
se verificado que não era
correcto.
 Hoje com os mesmos princípios,
mas com métodos diferentes
estes cálculos foram feitos 
Europa da América do Norte
afastam-se 23mm/ano.

Prof(a). Isabel Henriques 26


ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Geológicos:
nn

 Continuidade ao nível
orogénico (cadeias
montanhosas) e litológico
(rochas da mesma natureza e
idade).
 Esta semelhança também está
presente nas cadeias
montanhosas da costa Este dos
continentes norte-americano e
europeu.

Prof(a). Isabel Henriques 27


ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleontológicos:
Foram encontrados fósseis de
organismos do mesmo género em
continentes actualmente
distanciados, sugerindo que estes
continentes já tenham estado
juntos, dada a impossibilidade física
de deslocação destes seres através
dos oceanos actuais.

Prof(a). Isabel Henriques 28


Argumentos Paleontológicos

Lystrosaurus: réptil parecido com


um mamífero. Viveu no Triásico.

Cynognathus: réptil
parecido com um
mamífero. Viveu no
Triásico, media 1 m.

Glossopteris:
Mesosaurus: pequeno planta fóssil do
réptil fluvial do Paleozoico.
Carbónico e Pérmico.

Prof(a). Isabel Henriques 29


Argumentos Paleontológicos

2 - Lystrosaurus
1- Cynognathus

4 - Glossopteris
3 - Mesosaurus
Nuno Correia 08/09 30
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos:

A descoberta de rochas (tilitos)


formadas pela acção dos glaciares
em regiões tropicais (próximas do
equador) levou os cientistas a
considerar que estas rochas já se
encontraram mais a Sul, sujeitas a
condições climáticas muito distintas
das actuais, sob extensos glaciares,
que ainda estão presentes na
Antárctida.

Prof(a). Isabel Henriques 31


ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos

 Jazigos de carvão encontrados no


hemisfério Norte só poderiam ter
sido formados a partir de grandes
florestas tropicais (mais a Sul).
 Sedimentos glaciários (tilitos)
formados durante o Carbónico e o
Pérmico repetem-se em
continentes hoje situados em
latitudes muito diferentes.

Prof(a). Isabel Henriques 32


ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos
 As moreias, estrias e sulcos atestam a
presença de glaciares no final do
Paleozóico em largas regiões do
hemisfério Sul.
 O sentido do deslocamento dos gelos,
na maioria dos casos para o interior
das actuais massas continentais, não
poderia ser explicado pelas posições
actuais desses continentes.
 Wegener propôs a migração do polo
Sul desde o Cretácico até à
actualidade.
Prof(a). Isabel Henriques 33
A Teoria das Pontes Continentais
 Procurava explicar a semelhança existente, ao nível do
registo fóssil animal e vegetal, entre a América do Sul,
a África e a Antárctida.
 Esta semelhança também era conhecida entre a Europa
e a América do Norte e entre Madagáscar e a Índia.

Prof(a). Isabel Henriques 34


A Teoria das Pontes Continentais
 Alguns cientistas da época (séc. XIX)
sugeriram a existência de pontes
continentais que estabeleciam a
ligação entre os diferentes continentes
e que permitiam a migração das
diferentes espécies.
 Eduard Suess (1831-1914) defendia que
os continentes antigos eram mais
vastos do que os actuais e que os seus
fragmentos jazem hoje no fundo dos
oceanos.
 À medida que a Terra foi arrefecendo e
contraindo ocorreram abatimentos da
crusta, cujos vestígios se encontram
nos fundos dos oceanos. Eduard Suess
Prof(a). Isabel Henriques 35
Pontos fracos da teoria de Wegener
 Wegener não conseguiu responder de uma
forma satisfatória à à questão mais Harol Jeffreys
fundamental levantada pelos críticos: que
tipo de forças poderiam ser suficientemente
poderosas para mover enormes massas de
rocha sólida como os continentes a tão
grandes distâncias?
 Wegener sugeriu que os continentes
simplesmente deslizariam sobre os fundos
oceânicos.
 Harol Jeffreys, um geofísico Inglês de
renome, contrapôs, acertadamente, que
seria fisicamente impossível mover uma
grande massa de rocha sólida em
deslizamento sobre o fundo oceânico sem
que esta se partisse.
Prof(a). Isabel Henriques 36
Pontos fracos da teoria de Wegener
 Baixo estatuto da meteorologia entre os cientistas da
época;
 Apresentação da teoria na sua língua natal - o alemão;
 Momento da apresentação ter coincidido com advento da
primeira guerra mundial.
Estes factos fizeram com que as suas ideias demorassem a
ser conhecidas, e, posteriormente, a ter aceitação por parte
da comunidade científica anglo-americana.
Desta forma a teoria de Wegener deparou com forte
contestação, sendo, a partir de 1924, contrariada por um
movimento "liderado" pelo próprio Jeffreys para quem o
contraccionismo continuava, apesar de tudo, a explicar a
morfologia e distribuição dos continentes de maneira
satisfatória.

Prof(a). Isabel Henriques 37


Avanços da Geologia
 Geologia começa por ser uma
ciência meramente descritiva.
 O interesse por matérias minerais
leva à Cartografia Geológica
sistemática.
 A Estratigrafia e Paleontologia
dão-nos a conhecer a sucessão das
paisagens que povoaram a Terra –
Paleogeografia.
 O desenvolvimento da Sismologia
(1930 – 1950) permitem
estabelecer o Modelo da
Estrutura da Terra.
Prof(a). Isabel Henriques 38
Avanços da Geologia
 Com a 2ª Guerra Mundial desenvolvem-
se os sonares. Após a guerra EUA e URSS
investem em navios oceanográficos
(recolhem sedimentos, rochas duras,
medem campo magnético terrestre, …)
 Mais tarde mede-se também fluxos de
calor que se escapam através dos
fundos oceânicos e estuda-se a geofísica
dos materiais.
 1948 – radiocronologia permite a
datação absoluta das formações.
 Avanços da tecnologia permitem a
produção de rochas em laboratório =>
origem do granito e do basalto =>
compreender a formação da crusta e do
núcleo terrestres.
Prof(a). Isabel Henriques 39
Prof(a). Isabel Henriques 40
Renascer da teoria de Wegener
 Em 1925, a teoria de Wegener ganha
um novo fôlego quando Holmes, um
físico que fazia investigações
radiométricas, argumentou, baseado
nestas investigações, que a terra não
poderia estar a arrefecer
continuamente.
 No entanto, anos mais tarde, novas
evidências, relacionadas com a
exploração da superfície dos fundos
oceânicos, assim como outros estudos,
revitalizaram o interesse na teoria de
Wegener, conduzido à sua reavaliação
e, finalmente, ao desenvolvimento da
Teoria da Tectónica de placas.

Prof(a). Isabel Henriques 41


Tectónica de placas
 Demonstração da superfície irregular e
juventude geológica dos fundos oceânicos;
 Confirmação de reversões repetitivas do
campo magnético da Terra ao longo do seu
passado geológico e a interpretação do
padrão de bandas magnéticas dos fundos
oceânicos ;
 Emergência da hipótese do alastramento
do fundo oceânico associada a fenómenos
de "reciclagem" da crosta;
 Acumulação de documentação precisa
sobre a distribuição da actividade sísmica e
vulcânica sobretudo ao longo das fossas e
cadeias montanhosas submarinas.

Prof(a). Isabel Henriques 42


Para observar os movimentos da Terra e saber mais
sobre o aspecto que o mundo poderá ter no futuro,
podes visitar www.scotese.com/newpage13.htm

Prof(a). Isabel Henriques 43


Contributos tecnológicos
para a formulação da
Teoria da Tectónica de
Placas:

 Oceanografia.

 Paleomagnetismo.

Prof(a). Isabel Henriques 44


Oceanografia
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a
tecnologia para a detecção de submarinos permitiu
recolher novos dados sobre o relevo dos oceanos.

Prof(a). Isabel Henriques 45


 Oceanografia

Prof(a). Isabel Henriques 46


 Oceanografia

Prof(a). Isabel Henriques 47


 Oceanografia

Prof(a). Isabel Henriques 48


Oceanografia
 O estudo da morfologia dos fundos
oceânicos permitiu descobrir novas
cadeias montanhosas submersas que
constituem importantes
alinhamentos por todo o globo,
como por exemplo a dorsal médio-
oceânica presente no Oceano
Atlântico .

Prof(a). Isabel Henriques 49


Oceanografia
 Em 1962, o geólogo Harry Hess constatou que as montanhas de
um dos lados do rifte eram um perfeito espelho das que existiam
do outro lado.
 As cadeias montanhosas contrastavam com as planícies abissais,
que se caracterizavam por serem profundas e planas.
 A existência de ilhas vulcânicas na proximidade dos riftes e das
fossas oceânicas permitiu estudar as rochas vulcânicas expelidas
pelos vulcões.
 Com base nestes estudos, Hess defendia a expansão da crusta
oceânica ao nível dos riftes e a sua destruição nas fossas
oceânicas, originando os arcos insulares.

Prof(a). Isabel Henriques 50


Prof(a). Isabel Henriques 51
Oceanografia
 Dorsal médio-oceânica
Elevação contínua nos fundos das principais bacias oceânicas.
 Rifte
Fissura por onde ocorre a emissão de elevados volumes de
magma. No geral, os riftes localizam-se na dorsal médio-
oceânica onde ocorre a expansão dos oceanos.
 Planície abissal
Grande extensão plana do fundo oceânico muito profundo.
 Ilhas vulcânicas
Ilhas resultantes da acumulação de lava. Tendem a localizar-
se na proximidade dos riftes ou fossas oceânicas.
Plataforma Continental
Planície Abissal Dorsal Planície Abissal

Prof(a). Isabel Henriques 52


Paleomagnetismo
 A Terra possui um campo magnético,
comportando-se como um íman
gigante.
 Uma das explicações mais aceites
para a origem deste magnetismo
deve-se ao facto de os materiais
(ferro e níquel) existentes no núcleo
externo estarem em rotação.
 Este movimento produz uma
corrente eléctrica responsável pela
existência do campo magnético
terrestre.

Prof(a). Isabel Henriques 53


Paleomagnetismo
 Esta propriedade magnética é
responsável pela orientação de todos
os objectos magnetizáveis, como por
exemplo as bússolas, no sentido do
pólo norte magnético.
 Quando o pólo norte magnético está
perto do pólo norte geográfico origina
uma anomalia positiva ou normal
 Quando o pólo norte magnético sofre
uma inversão de polaridade e passa a
apontar para Sul ocorre uma anomalia
negativa ou inversa.
 Actualmente, o pólo norte magnético
não coincide totalmente com o pólo
norte geográfico, existindo uma
anomalia positiva com desfasamento.

Prof(a). Isabel Henriques 54


Paleomagnetismo

Prof(a). Isabel Henriques 55


Paleomagnetismo
 Alguns minerais sofrem
magnetização quando se formam.
 Na magnetite, mineral rico em ferro
e comum nas rochas basálticas, as
partículas magnéticas alinham-se
paralelamente ao campo magnético
quando a temperatura desce abaixo
dos 580 °C.
 Com o abaixamento progressivo da
temperatura os minerais deixam de
sofrer magnetização, mantendo a
orientação magnética do momento
da sua formação.
 Esta propriedade é essencial para
estudar o paleomagnetismo.
Prof(a). Isabel Henriques 56
Paleomagnetismo
 A presença de minerais magnetizáveis
torna os basaltos importantes para o
estudo do paleomagnetismo dos
fundos oceânicos.
 O registo do magnetismo presente nas
rochas só foi possível com o
desenvolvimento de aparelhos
altamente sensíveis para detectar a
orientação magnética dos minerais das
rochas.
 Este avanço deve-se ao físico Patrick
Blackett, que foi laureado com o
prémio Nobel da Física em 1948. Para
além desses instrumentos, diversos
navios foram essenciais para estudar
os inacessíveis fundos oceânicos,
destacando-se o JOIDES RESOLUTION.
JOIDES RESOLUTION
Prof(a). Isabel Henriques 57
Paleomagnetismo
 Magnetismo remanescente nas
rochas desde o momento da sua
formação e que permite
determinar a localização dos pólos
magnéticos e a posição das rochas
quando se formaram.
 A cartografia do paleomagnetismo
nos fundos oceânicos permitiu
verificar a alternância de
anomalias magnéticas sob a forma
de bandas paralelas nas duas
margens da dorsal médio-oceânica.
 Estas observações permitiram
concluir que ocorre a expansão dos
fundos oceânicos ao nível das
dorsais médio-oceânicas.
Prof(a). Isabel Henriques 58
 Paleomagnetismo
Os dados de
paleomagnetismo
revelaram a existência de
um padrão de bandas
dispostos simetricamente
em relação às cristas das
dorsais.

Prof(a). Isabel Henriques 59


Paleomagnetismo

Prof(a). Isabel Henriques 60


Paleomagnetismo

Prof(a). Isabel Henriques 61


 Em 1928, Arthur Holmes
propõe a hipótese de
movimentos de convecção no
manto como motor da deriva
dos continentes.

Prof(a). Isabel Henriques 62


A expansão dos fundos
oceânicos explica a
presença de crusta de
idades mais recentes na
proximidade dos riftes.

Na proximidade das fossas


oceânicas detecta-se a
presença da crusta oceânica
mais antiga, cuja idade pode
atingir os 180 M.a.

Prof(a). Isabel Henriques 63


Grandes falhas
formavam uma
rede global que
dividia a litosfera
terrestre em
placas
litosféricas.
Limite divergente Limite convergente Limite transformante

Prof(a). Isabel Henriques 64


Limite Divergente
 Ocorre a formação de nova
crusta oceânica, ao longo do
rifte.
 As duas placas litosféricas
deslocam-se em sentidos
opostos.
 A maioria destes limites localiza-
se nos fundos oceânicos, nas
bacias dos oceanos Atlântico,
Índico e Pacífico.
 Nestes limites que ocorre a
expansão dos fundos oceânicos.
Prof(a). Isabel Henriques 65
Limite Convergente
 Cada uma das placas desloca-se no
sentido da outra, chocando entre si.
 No limite entre uma placa continental
e uma placa oceânica forma-se uma
região de subducção, com mergulho
da placa oceânica, que destruída
(por exemplo, os Andes).
 Na colisão de duas placas de natureza
oceânica forma-se um arco insular
vulcânico (por exemplo, Arquipélago
das Marianas).
 Quando duas placas continentais
chocam formam cadeias montanhosas
(por exemplo, os Himalaias).
Prof(a). Isabel Henriques 66
Limite Conservativo
 As placas deslizam uma em
relação outra, no ocorrendo
formação ou destruição de placas
litosféricas.
 A falha de Santo André, na
Califórnia (EUA), um exemplo em
que duas placas deslizam,
movimentando-se lateralmente.
 São abundantes na proximidade
dos riftes.
 Estes limites são classificados por
falhas transformantes.
Prof(a). Isabel Henriques 67
A Teoria da Tectónica de Placas permite explicar:

O movimento das placas litosféricas à superfície do globo.

O padrão dos fenómenos vulcânicos e sísmicos, bem como a sua variação ao


longo do tempo, em resultado da modificação dos limites de placas.

A formação de novos oceanos, por instalação de um rifte, bem como a sua


evolução para bacias sedimentares de dimensões variáveis.

O fecho dos oceanos, num quadro tectónico de limite convergente, em que os


materiais rochosos sofrem intensa deformação, originando montanhas.

Prof(a). Isabel Henriques 68


Professora Isabel
Henriques
Disciplina de Geologia
12º Ano
Prof(a). Isabel Henriques 69

Você também pode gostar