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Sem medo de ser abacaxiZ

Um dos maiores produtores de abacaxi, Frutal ganha o símbolo


desta marca

Sempre que pensamos em cidades famosas, lembramos de


monumentos que são associados aos seus nomes. No Rio de Janeiro temos o
Cristo Redentor; em Paris, a Torre Eiffel; na cidade do Cairo, as Pirâmides;
em Londres, o Bing Bang; e agora em Frutal, o Abacaxi Gigante.

Isso mesmo, a cidade que é a segunda maior produtora de abacaxi do


Estado de Minas Gerais, construiu um monumento em homenagem a fruta
que leva o nome da cidade para os quatro cantos do Brasil.

Com 57 milhões de frutos produzidos em 2009, segundo dados do IBGE


(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), Frutal perde apenas para
Monte Alegre de Minas, com 96 milhões de frutos produzidos. No ranking
brasileiro, a produção mineira de abacaxi só fica atrás da Paraíba, que
detém 17,9% da produção nacional, perante os 17,5% de Minas Gerais.

E quem chega à Frutal, pela Rodovia Transbrasiliana (BR-153), não tem


dúvidas que está no caminho certo. Isso porque no acostamento é fácil
encontrar várias barracas vendendo abacaxi, oferecendo até 30 frutas por
apenas R$ 5. Mas o único abacaxi que não está à venda, pode ser visto
poucos quilômetros antes do trevo que dá acesso a cidade. É na entrada do
distrito de Aparecida de Minas que está o Abacaxi Gigante, construído este
ano e inaugurado durante a 1ª Festa do Abacaxi do distrito frutalense.

O monumento chamou a atenção dos alunos recém-chegados a UEMG


(Universidade do Estado de Minas Gerais), que não deixaram de reparar e
comentar sobre o Abacaxi Gigante nas redes sociais. Pelo Orkut, alguns
calouros postaram até fotos ao lado do monumento que já virou atração
turística.

Que Abacaxi!
O abacaxi é um fruto típico de regiões tropicais e subtropicais, de
grande aceitação em todo o mundo. Agrada aos olhos, ao paladar e ao
olfato. Por essas razões e por ter uma "coroa", recebe o nome de "rei dos
frutos", que lhe foi dado, logo após seu descobrimento, pelos portugueses
na primeira metade do século XVI.

No Brasil e nos países de língua portuguesa, costuma-se designar por


ananás os frutos de plantas não cultivadas ou de variedades menos
conhecidas ou de qualidade inferior. Por sua vez, a palavra abacaxi costuma
ser empregada não apenas para designar o fruto de melhor qualidade, mas
a própria planta que o produz.

O abacaxi é considerado o símbolo da hospitalidade. Para os povos


antigos, colocar um abacaxi do lado de fora das casas é sinal de que
visitantes são bem vindos.

E quem nunca ouviu o ditado “descascar o abacaxi”? Muito popular no


interior do país, a expressão significa resolver um problema difícil. A relação
entre o termo e a fruta provavelmente se deve às características do abacaxi
– espinhoso, ressequido e difícil de descascar.

O rótulo indesejável que a fruta ganhou ultrapassa o cotidiano popular.


José Abelardo Barbosa de Medeiros - mais conhecido como Chacrinha –
distribuía abacaxis para calouros que cantavam mal em seu programa de
televisão “Buzina do Chacrinha”.

Por outro lado, a fruta tropical conquistou projeção internacional como


adereço nos chapéus extravagantes que a cantora e atriz portuguesa
radicada no Brasil, Carmen Miranda, utilizava em suas apresentações
musicais e nos filmes que participou. Foi considerada precursora do
tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de
1960.

Apesar de ser utilizado como uma figura de linguagem que remete a


coisas não muito agradáveis ou fáceis, ainda assim o abacaxi é bastante
popular e apreciado no mundo inteiro. Seja como suco, sorvete, sobremesa
ou aperitivo, debaixo dessa casca espinhosa existe uma doce fruta.

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