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Grelha de avaliação de RED: uma versão “dura” para profissionais e

outra mais simplificada para professores em geral.


Entre a primeira versão e a última versão (ver aqui), a Alice apreciou o questionário:“Olhei
para ele como professora de Português, por exemplo, e pensei se seria capaz de avaliar um
recurso sem grandes “custos” (de tempo, de leituras…).Sugiro que retires as questões abaixo
referidas para uma versão utilizável por um conjunto amplo de professores.”

Com o intuito de cativar a colaboração de professores e assim proporcionar uma abordagem


multidisciplinar na avaliação dos recursos educativos digitais reduziu-se o número de questões
e retiraram-se aquelas que, como disse a Alice “são mais adequadas para profissionais da BE”.

Como o tempo e o esforço necessários para esta tarefa são aspectos fundamentais a
considerar, é preciso, portanto, reduzi-los ao mínimo indispensável que garanta a melhor
qualidade possível. Uma gestão difícil, claro!
Por outro lado, com se diz no texto introdutório deste módulo “(…)nem todos os parâmetros
serão observáveis na maioria dos RED, e nem todos são igualmente importantes para aferir a
qualidade pedagógica de um recurso(…)”.
Assim importa construir um instrumento que se adeqúe aos objectivos da BE quanto à sua
política de gestão da informação e quanto ao seu publico alvo, e que, ao mesmo tempo
permita estreitar os laços dando a oportunidade de colaboração. E que colaboração é esta?
Também aqui o papel da BE é fundamental quer na atracção de colaboradores motivados –
aqueles professores e alguns alunos (porque não?) que pairam pela BE quer no incentivo à
divulgação e/ou criação de RED dos grupos disciplinares/ de trabalho da escola, onde
posteriormente se pode proceder à avaliação por pares como refere José Luís Ramos[1] ”(…)
estas comunidades que vão inserir os recursos vão avaliar a qualidade dos recursos lá
colocados, através de um sistema que é também utilizado no caso da publicação científica, a
avaliação por pares(…)”

Tal como os marcadores sociais, a avaliação dos recursos educativos é uma competência a
desenvolver e dinamizar pelo professor bibliotecário. Mais uma vez, está aqui muito do que
são as suas funções e objectivos - disponibilizar o acesso à informação, divulgar a qualidade e
validar a pertinência dessa informação e semear a partilha, promovendo a articulação,
chamando para este trabalho as colaborações essenciais para que este tenha a melhor
qualidade possível e satisfaça as necessidades dos seus utilizadores.

Mas para quê e porquê avaliar recursos educativos digitais se, à distância de um clic temos
imensos e se não gostarmos deste podemos sempre saltar para outro?
Precisamente por isso! Face ao “crescimento exponencial e heterogéneo de recursos
educativos digitais na Internet”, à diversidade de autorias e ao tempo cada vez mais restrito,
ter acesso a um repositório de recursos educativos validado é essencial e traduz de forma
magistral o papel das bibliotecas escolares no sucesso das aprendizagens e no destaque que dá
ao alargamento e desenvolvimento das literacias da informação e da comunicação.

[1] In Avaliação e Qualidade de Recursos Educativos Digitais

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