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Promovendo a Saúde
Curso Técnico de Nível Médio
em Enfermagem
Módulo de Habilitação
SECRETARIA DE
GESTÃO PÚBLICA
Guia Curricular – Área I
SECRETARIA Promovendo a Saúde
DE DESENVOLVIMENTO
SECRETARIA
DA SAÚDE
Diretor Executivo Geraldo Biasoto Junior
Diretora Técnica de Políticas Sociais Vera Lúcia Cabral Costa
Coordenador Sergio da Hora Rodrigues
ISBN 978-85-7285-111-4
Competência
Habilidades
• Processo saúde-doença.
• Política Nacional de Saúde e Modelos de Atenção à Saúde: bases le-
gais, princípios orientadores, organizacionais, financiamento e con-
trole social.
• Política Nacional de Humanização (PNH).
• As responsabilidades das esferas de governo na Atenção Básica de Saúde.
• Estratégia de saúde da família (ESF).
• Vigilância em Saúde: vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vi-
gilância em saúde ambiental e vigilância em saúde do trabalhador.
• Educação Permanente em Saúde: estratégia para o desenvolvimento de
ações educativas em saúde.
• Sistema de Informação em Saúde.
• Educação em Saúde.
• Pesquisa científica e sua aplicabilidade em saúde/enfermagem.
• Técnicas e procedimentos de enfermagem nas ações de promoção da
saúde e prevenção de agravos.
• Saúde mental: evolução histórica, reforma psiquiátrica no Brasil e rede
de atenção.
• Ações de enfermagem ao cliente e à família, com transtornos de personali-
dade, de pensamento, de humor/afeto, de ansiedade, alimentares decorren-
tes do uso de substâncias psicoativas.
• Ações da Enfermagem em Saúde Mental: papel da enfermagem, inte-
gralidade do cuidado, ambiente terapêutico, comunicação terapêutica.
• Reabilitação psicossocial e inclusão.
• Princípios bioéticos.
10
Promoção da Saúde
UNIDADE I – PROCESSO SAÚDE – DOENÇA
TEXTO 1 – O processo saúde-doença ............................................. 17
12
I.1- Construir o conceito de saúde 1- Análise do processo saúde-doen- 1- Debate sobre o processo saúde-doença consi-
com base nos modos de viver da ça considerando: trabalho, renda e derando as possibilidades de acesso ao traba-
população. consumo lho, renda e consumo e a análise dos modos de
viver da população.
2- Modos de viver da população: 2- Sistematização do conceito de saúde enquan-
• meio ambiente to produção social, direito de cidadania e prin-
• saneamento cípio ético.
• moradia 3- Leitura e discussão do texto: O processo saú-
• transporte de-doença.
• alimentação
• lazer
• saúde
• educação
• posse da terra
16 16 Promoção da Saúde
físico e tempo.
saúde e de doença.
18 18 Promoção da Saúde
22 Promoção da Saúde
24 Promoção da Saúde
26 Promoção da Saúde
A saúde na Constituição Federal Brasileira de 1988 está colocada no Tí- Art.3º da Lei nº 8.080 expressa o
tulo VIII da Ordem Social, Capítulo II da Seguridade Social e seção II da Saúde, conceito ampliado de saúde:
A saúde tem como fatores deter-
compreendendo os artigos de número 196 a 200. Sua regulamentação se dá por minantes e condicionantes, entre
outros, a alimentação, a mora-
meio da Lei nº 8.080, que dispõe acerca das condições para a promoção, prote- dia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a
ção e recuperação da saúde, e da Lei nº 8.142, que regulamenta a participação educação, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essen-
da comunidade no SUS. Por sua vez, os Estados e os municípios elaboraram as ciais; os níveis de saúde da popu-
Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas Municipais, iniciando-se o processo lação expressam a organização
socioeconômica do País.
de construção do SUS nessas esferas de governo.
28 Promoção da Saúde
Princípios do SUS
A saúde é um direito fundamental de todo ser humano e compete ao po-
der público garantir este direito, mediante políticas econômicas e sociais, que
visem à redução dos riscos de adoecer e possibilitando o acesso universal (prin-
cípio da universalidade) e igualitário (princípio da equidade) às ações e serviços
de promoção, proteção e recuperação da saúde.
2
Fonte: BRASIL. Conselho Nacional de Secretários Saúde. Sistema Único de Saúde. Coleção Progestores. SUS:
avanços e desafios.1 ed. Brasília : CONASS, 2007.
3
CONASS. Conselho Nacional de Secretários Saúde. Sistema Único de Saúde. Coleção Progestores. Para enten-
der a gestão do SUS, v.1.Brasília : CONASS, 2007.
30 Promoção da Saúde
Modelos Assistenciais
Formas de
Modelo Sujeito Objeto Meios de Trabalho
Organização
Sistemas de vigilância
epidemiológica e
sanitária
Operações sobre
problemas e grupos
populacionais
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34 Promoção da Saúde
36 Promoção da Saúde
38 Promoção da Saúde
40 Promoção da Saúde
Territorialização
42 Promoção da Saúde
44 Promoção da Saúde
Fonte:Teixeira, 2001.
46 Promoção da Saúde
Vigilância Epidemiológica - VE
• Coleta de dados;
• Processamento, análise e interpretação dos dados coletados;
• Recomendação das medidas de controle apropriadas;
• Promoção das ações de controle indicadas;
• Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
• Divulgação de informações pertinentes.
48 Promoção da Saúde
50 Promoção da Saúde
Bibliografia
Anexo
Ações da Vigilância Sanitária
52 Promoção da Saúde
A construção histórica do
SUS tem sido marcada pelo esforço em materializar os princípios da integra-
lidade, universalidade e equidade na implementação da rede de serviços de
Subjetivismo: tendência em reduzir saúde em nosso país. Entretanto, apesar dos saberes acumulados no que se
toda a realidade à concepção do
sujeito, do eu. refere aos seus princípios norteadores e à descentralização da atenção e da
(AURÉLIO. Minidicionário da Língua
Portuguesa, 2008).
gestão, o SUS ainda enfrenta vários problemas, como:
54 Promoção da Saúde
56 Promoção da Saúde
58 Promoção da Saúde
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Humaniza SUS. Formação de Apoiadores para a Polí-
tica Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde. Leituras Comple-
mentares. Rio de Janeiro, 2006.
60 Promoção da Saúde
62 Promoção da Saúde
64 Promoção da Saúde
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde; Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saú-
de. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. Brasília: Ed. do Ministério da
Saúde, 2005.
66 Promoção da Saúde
1
MINAYO, Maria C. de S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
70 Promoção da Saúde
2
Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde. Resolução 196/96 de 10 de outubro de 1996. Diário Oficial
da União, 16 de outubro de 1996.
O Tema
O Problema
72 Promoção da Saúde
É uma possível explicação ou resposta, testável para o problema pro- Hipótese: proposição que se ad-
mite, independentemente do fato
posto. É o que antecipa a resposta ao problema. Pode ser colocada em forma de ser verdadeira ou falsa, mas
unicamente a título de um princí-
de pergunta ou afirmação. Para a sua formulação utilizam-se várias fontes como pio a partir do qual se pode dedu-
zir um determinado conjunto de
teorias, outras pesquisas e inclusive a intuição do pesquisador. consequências.
Os Objetivos
Os objetivos estabelecem aonde se pretende chegar. São enunciados O Departamento de Ciência e Tec-
nologia (Decit) da Secretaria de
em verbos no infinitivo e referem-se ao que é pretendido medir, provar, ou Ciência e Tecnologia (SCTIE) do
Ministério da Saúde foi instituído
seja, qual o resultado final de sua pesquisa. Existem os objetivos gerais que no ano de 2000, pelo Decreto nº
3.496, e tem a missão de contribuir
oferecem uma visão ampla da pesquisa e os específicos que descrevem as- para o aperfeiçoamento do Sistema
Único de Saúde (SUS), articulando,
pectos detalhados. coordenando e induzindo o desen-
volvimento de atividades de ciência,
tecnologia e inovação em saúde.
(Brasil. Ministério da Saúde, 2008).
A Metodologia
O Orçamento
O orçamento constitui-se em instrumento importante para a viabilização Conheça mais sobre as pesquisas
fomentadas pelo SUS. Disponível
da pesquisa não descartando a possibilidade da necessidade de revisão ou cor- em: < bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-
blicacoes/contribuicoes_20_anos_
tes no decorrer da pesquisa. Compreende a relação dos recursos necessários e SUS.pdf>. Acesso em: 16 de março
de 2009.
seus custos estimados.
Bibliografia
ANGERAMI, E. L. S. O desenvolvimento da pesquisa no Brasil. Rev. Latino-Am.
Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 1, n. spe, 1993 . Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11691993000300007&lng=en&
nrm=iso>. Acesso em: 18 de março de 2009.
74 Promoção da Saúde
78 Promoção da Saúde
80 Promoção da Saúde
82 Promoção da Saúde
Bibliografia
BERBEL, N. A.N. A problematização e a aprendizagem baseada em problemas: di-
ferentes termos ou diferentes caminhos? Disponível em: <http://www.interface.org.
br/revista2/artigo3.pdf>. Acesso em: 21 de março de 2009.
84 Promoção da Saúde
Em grupo, na sala de aula, faça uma Dessa forma, cabem ao técnico de enfermagem e demais profissionais de
discussão sobre sua experiência na saúde, participar de práticas educativas na lógica da educação permanente em
participação em treinamentos/capa-
citações no serviço e aponte o que saúde, utilizando-se de metodologias ativas, contemplando o universo dos pro-
foi considerado de importante no
desenvolvimento deles. cessos de trabalho e as vivências acumuladas.
86 Promoção da Saúde
Bibliografia
BESEN, C. B, et. al. A Estratégia Saúde da família como Objeto de Educação em
Saúde. Santa Catarina: 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Trabalho, Educação e Saúde. v.6, Rio de Janeiro: Fun-
dação Oswaldo Cruz, EPSJV, 2008-9.
I.2- Caracterizar a estrutura da rede 2- Rede de Serviços do SUS: 1- Pesquisa em grupos para levantamento da
de serviços do SUS em seu municí- • Atenção Primária à Saúde: Unida- rede de serviços do SUS disponíveis em seu
pio/Estado. des Básicas de Saúde e Estratégia de município/Estado.
Saúde da família 2- Apresentação dos trabalhos e classificação dos
• Rede de Serviços de Média e Alta serviços conforme a complexidade das ações
Complexidade Ambulatorial e Hos- de saúde oferecidas e dos recursos tecnológi-
pitalar cos necessários (níveis primário, secundário,
terciário e quaternário).
3- Debate sobre as características da rede de ser-
viços no que se refere a acesso, resolutividade,
cobertura, considerando-se o perfil epidemio-
lógico e demográfico no município/Estado.
4- Leitura e discussão do texto: O SUS no Estado
de São Paulo.
I.3- Conhecer o Plano Estadual de 3- O Plano Estadual de Saúde do 1- Debate sobre as propostas do Plano Estadual
Saúde e seus eixos prioritários. Estado de São Paulo – PES de Saúde do Estado de São Paulo, com base na
• Eixos Prioritários leitura do texto anterior.
O Estado de São Paulo situa-se na Em 2005, a população no Estado de São Paulo, representava 51,5%
região sudeste do País, com uma
extensão territorial de 248.209,43 da população da Região Sudeste, com uma estimativa, segundo o Instituto
km². Sua divisão territorial jurídi-
co-administrativa é de 645 muni-
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2007, de uma população de
cípios, 15 regiões administrativas 41.663.623 habitantes, com grau de urbanização de aproximadamente, 95%
de governo e 17 regiões de saúde.
do total da população do Estado. Tem uma situação privilegiada no contexto
brasileiro, pela sua localização geográfica e seu desenvolvi-
mento econômico, político e cultural.
Bibliografia
SÃO PAULO, Secretaria de Estado da Saúde. Plano Estadual de Saúde 2008-2011.
São Paulo. 2008.
Diversos estudos nos revelam que a loucura nem sempre foi vista sob o
olhar da medicina e da psicologia. Um tema, hoje tão controverso, foi objeto
das mais variadas explicações, passando desde o campo da mitologia até o da
religião. Na Grécia Antiga, o “louco” era considerado uma pessoa com poderes
1
ALVES, C. F. O. Texto n. 1. Compreendendo a história da loucura: uma viagem através dos séculos. Guia Cur-
ricular Área III. Participando do processo de recuperação da saúde individual em situações clínicas, cirúrgicas e
de emergências. Primeira unidade - Participando da Assistência à Saúde Mental. Escola Técnica de Saúde Profª
Valéria Hora. UNCISAL. Maceió. Alagoas, 2007.
No início da Idade Média, a loucura era vista como expressão das forças
da natureza ou algo da ordem do não-humano. Era exaltada, num misto de terror
e atração. Mais tarde, era tida como possessão por espíritos maus, os quais pre-
cisavam ser expulsos mediante práticas inquisitoriais, sob o controle da Igreja.
Foi nesse período, marcado pela luta dos direitos de cidadania e de va-
lorização do homem, que surge na França, Phillipe Pinel, médico criador de
proposta humanitária para os portadores de transtornos mentais, proposta essa Freud (1856 – 1939) é considera-
do um dos maiores pensadores do
que, aliada à prática da docência, trouxe inovações clínicas, notadamente sobre século 20. Médico neurologista,
os estudos da influência de tóxicos nas alterações do comportamento e a con- dedicou-se aos estudos da men-
te humana e sua estrutura, que
ceituação de esquizofrenia, dentre outros. Jean Martin Charcot, médico e con- a partir de longa prática clínica,
consolidou a teoria conhecida
temporâneo de Pinel, realizou estudos sobre histeria e o tratamento baseado na como Psicanálise. É um método de
tratamento para perturbações ou
hipnose. Nessa época, Freud dedica-se à teoria da psicanálise, sendo pioneiro transtornos psíquicos, largamente
nessa área. utilizado no mundo todo.
2
ALVES, C. F. O. Texto n. 2. “A Reforma Psiquiátrica: um novo capítulo na construção de cidadania para o
portador de sofrimento psíquico”. Guia Curricular Área III. Participando do processo de recuperação da saúde
individual em situações clínicas, cirúrgicas e de emergências. Primeira unidade - Participando da Assistência à
Saúde Mental. Escola Técnica de Saúde Profª Valéria Hora. UNCISAL. Maceió. Alagoas, 2007.
SÃO PAULO, Secretaria de Estado da Saúde. 20 anos do SUS São Paulo. São Paulo:
SES/SP, 2008.
1
ALVES, C. F. O. Texto.9 Itinerário Terapêutico - Compreendendo o percurso da atenção à Saúde Mental. Guia
Curricular Área III. Participando do processo de recuperação da saúde individual em situações clínicas, cirúrgi-
cas e de emergências. Primeira unidade - Participando da Assistência à Saúde Mental. Escola Técnica de Saúde
Profª Valéria Hora. UNCISAL. Maceió. Alagoas, 2007.
Bibliografia
SÃO PAULO, Secretaria de Estado da Saúde. 20 anos do SUS São Paulo. São Paulo:
SES-SP, 2008.
1
Brasil. Ministério da Saúde. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde mental.
Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
• Atividades - Num ambiente terapêutico, o paciente não vegeta pelos Você acredita que os fatores am-
bientais e interpessoais presentes em
corredores e salas em uma atitude passiva. Neste ambiente, embora te- seu local de trabalho promovem sua
saúde mental? Se não, que ações vo
nha tempo para repousar ou refletir, ele se mantém em atividade, ou cê proporia para melhorá-lo?
seja, reunião de grupo, exercícios físicos, trabalhos manuais e outros.
autoconhecimento, para que não confunda seus desejos, crenças, valores mo-
rais, necessidades, sentimentos e emoções com os do paciente, o que o levaria
a fazer interpretações erradas.
Uma relação, para ser terapêutica, necessita de um início de confiança, de A comunicação terapêutica con-
siste na habilidade profissional
aceitação e de comunicação clara. A comunicação verbal com o paciente por- em usar seu conhecimento sobre
comunicação para ajudar a pessoa
tador de transtorno mental nem sempre é muito fácil e algumas técnicas podem com tensão temporária, a conviver
com outras pessoas e a se ajustar
auxiliar para favorecer o autoconhecimento do paciente na mesma medida em ao que não pode ser mudado, su-
perando bloqueios à autorrealiza-
que você o compreende. ção para enfrentar seus problemas.
(TEIXEIRA,M.B. et al. Manual de en-
fermagem psiquiátrica, 2001).
2
Brasil. Ministério da Saúde. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde mental.
Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: ca-
dernos do aluno: saúde mental. Ministério da Saúde. PROFAE, 2. ed., 1.a reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003
Alterações da consciência
Alterações da orientação
Alterações da memória
Alterações do pensamento
O processo do pensar envolve o curso do pensamento, ou seja, a ma-
neira como o pensamento flui; a forma, que representa a estrutura básica do
pensamento; e conteúdo identificado como o assunto em si. São exemplos de
alterações do curso de pensamento: a aceleração, a lentificação e o bloqueio
(parada súbita e inesperada de seus pensamentos, quando vinham fluindo nor-
malmente); da forma: a fuga de ideias (uma ideia se segue a outra de forma
extremamente rápida); a desagregação do pensamento (perda da coerência do
pensamento, ideias fragmentadas); e do conteúdo, relacionado a temas sobre
perseguição, religiosos, etc.
Alterações de sensopercepção
Sensopercepção é a capacidade de perceber e interpretar as sensações e
percepções advindas dos sentidos. Os estímulos podem ser: auditivos, visuais,
olfativos, táteis e gustativos. São exemplos de alterações: ilusão – percepção de-
formada de um objeto existente; alucinação – sensações e percepções em que o
objeto não existe.
Alterações da linguagem
A linguagem é o principal instrumento de comunicação do ser humano.
Exemplos de alterações: disartria – problemas em articular as palavras; ecolalia
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: ca-
dernos do aluno: saúde mental. Ministério da Saúde. PROFAE, 2.ed., Brasília: Minis-
tério da Saúde, Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002.
Objetivo
Caracterizar os principais transtornos mentais relacionando com as ações de
enfermagem.
1
Ministério da Saúde. A Política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de álcool e outras dro-
gas. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.
TRANSTORNOS DO HUMOR
Os transtornos do humor são também denominados transtornos afetivos.
Nessa doença ocorrem dificuldades na área do afeto, que é nossa capacidade
de vivenciarmos internamente nossas emoções e nossos sentimentos. Nos trans- A depressão unipolar é a principal
tornos afetivos destacam-se a depressão unipolar e o transtorno afetivo bipolar. causa de desabilitação na Europa
e estima-se que se torne a segun-
da colocada no ranking da carga
Uma pessoa com depressão apresenta manifestações clínicas resultantes de doença em 2020, responsável
por 5,7% dos anos vividos com
de alterações: alguma desabilitação, logo atrás da
doença isquêmica do coração. Isto
• afetivas: tristeza, melancolia, choro fácil, apatia, angústia, desespero; significa que a depressão unipolar
será, sozinha, a responsável por um
• neurovegetativas: fadiga, cansaço fácil, desânimo, diminuição da libido, terço de todas as causas de desabi-
litação por condições neuropsiqui-
perda de interesse geral; átricas no mundo (WHO, 2004b).
BRASIL. Agência Nacional de Saú-
• ideativas: pessimismo em relação a tudo, sentimento de culpa, ideias de Suplementar, 2008.
autodestrutivas, inutilidade e fracasso;
• cognitivas: dificuldade em tomar decisões, concentração, memória e
atenção reduzidas;
• autovaloração: baixa autoestima, vergonha e incapacidade;
• vontade e psicomotricidade: tendência a ficar na cama o dia todo, len-
tificação psicomotora, mutismo, negativismo.
TRANSTORNOS DO PENSAMENTO
Esquizofrenia
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
Transtorno de personalidade antissocial
O CID-10 considera a personalidade antissocial sinônimo de transtorno amo-
ral de personalidade, transtorno associal da personalidade, personalidade psicopática
Pesquise sobre os principais medi- ou sociopatia. Uma pessoa com transtorno de personalidade antissocial é descrita
camentos utilizados nos transtornos como tendo baixa tolerância às frustrações e um baixo limiar para descarga de agres-
de personalidade e os cuidados de
enfermagem na sua administração. são, propensão marcante para culpar os outros, indiferença e insensibilidade pelos
sentimentos alheios, irresponsabilidade e desrespeito às normas, às regras e às obriga-
ções sociais, incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a experiência,
particularmente com a punição, sendo frequentes sadismo e crueldade.
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Os transtornos alimentares são mais comuns em mulheres, porém, têm
aumentado significativamente também entre os homens. Em geral traz sérios
comprometimentos à saúde, destacando-se a anorexia e a bulimia nervosa.
Anorexia nervosa
Uma alteração característica do portador de anorexia é a distorção da ima-
gem corporal. Em consequência, a pessoa se enxerga “gorda”, apesar de muito ma-
gra. Mesmo com o peso muito abaixo do normal, o receio de engordar atormenta a
pessoa o tempo todo. É comum nessas pessoas a existência de baixa estima, neces-
sidade compulsiva de fazer exercícios e ginástica para perder peso, sintomas de de-
3
idem
Podem apresentar vários níveis, assim como vários aspectos para a sua
ansiedade. Muitas vezes queixa-se de medos injustificáveis, “incomoda” e
solicita a equipe em demasia, pois sentir-se só diante de tantos medos pode
ser ainda mais assustador, não acha?
É claro que sua desconfiança pode apresentar um grau variado, desde dú-
vidas até delírios paranoicos, porém é importante estar a par que este paciente
pode estar pronto a responder de maneira ameaçadora, agitando-se e tornando-
se agressivo. Com frequência, interpreta mal qualquer comentário. É como se
estivesse se defendendo todo o tempo. Por estas razões tende a provocar o medo
em outras pessoas, causando o seu afastamento.
Manter uma conduta firme e franca com o paciente, ouvindo seus receios,
pode ser uma boa maneira de ganhar sua confiança.
Bibliografia
BOCK, A.M.B., TEIXEIRA, M.L., FURTADO, O. Psicologias: uma introdução ao estu-
do de psicologia. 13 ed. São Paulo: Saraiva , 2002.
Anexo
Sugestão de filmes
Promovendo a Saúde
Curso Técnico de Nível Médio
em Enfermagem
Módulo de Habilitação
SECRETARIA DE
GESTÃO PÚBLICA
Guia Curricular – Área I
SECRETARIA Promovendo a Saúde
DE DESENVOLVIMENTO
SECRETARIA
DA SAÚDE