Fenômenos Na Aula de Direito Internacional

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Fenômenos na aula de Direito Internacional

(23.03.10)

O professor de Direito Internacional Privado dá aos alunos a possibilidade de melhorarem suas notas, apresentando
um trabalho sobre os reflexos legais da globalização. No dia da entrega, o mestre anuncia que vai sortear um dos
universitários para a leitura e debate do texto produzido.
 
Há um frisson geral, alguns temem expor bobagens, outros estão preocupados com  plágios evidentes. A universitária
sorteada tenta dar conta do seu papel e assegura, um tanto prolixa, que "a globalização deve ser entendida como um
fenômeno tridimensional formado pela intensificação de fluxos diversos econômicos, financeiros, comunicacionais,
religiosos e legais, bem como pela perda de controle do Estado sobre esses fluxos e sobre outros atores da cena
internacional".
 
E por aí se vai, fastidiosa, ao longo de oito minutos.
 
Aplausos chochos.
 
No final, o professor testa se a aluna efetivamente entendeu o que ela própria sustentara e desfecha a pergunta:

- Qual é a mais correta definição de globalização?


 
A jovem assegura, de bate-pronto:

- É a morte da princesa Diana!


 
Surpreendido, o mestre pergunta o porquê.

A estudante pede licença para ler e puxa um papel. As frases são longas.
 
- É porque uma princesa inglesa, com um namorado egípcio, teve um acidente de carro dentro de um túnel francês,
num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de uísque  escocês, que era seguido por
paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico canadense, que usou medicamentos
americanos. E a história foi contada a todo o mundo por jornalistas britânicos, usando tecnologia americana (Bill
Gates). Tudo isso foi lido em computadores genéricos que usam chips feitos em Taiwan, e e monitores coreanos
montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportados em caminhões conduzidos por
indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e,
finalmente, vendidos a vocês por chineses, por meio de uma conexão paraguaia. Isto é, caro professor e meus
colegas, amigos, globalização!
 
Novos aplausos, muitos risos e o professor assegura:
 
- Nota dez, garantida!

Fonte: Espaço Vital.

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