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Introdução
'Não há ponto de partida': The Many
Trajetórias de Doreen Massey
David Featherstone e Joe Painter

No final de outubro de 2011, Doreen Massey discursou no Occupy London

acampamento fora da Catedral de São Paulo, no centro financeiro de Londres
distrito. Parte do movimento transnacional que busca moldar um futuro
além do capitalismo financeiro agressivo, o Occupy London montou acampamento em
a cidade em 15 de outubro. Massey atacou a 'invasão da imaginação'
que definiu a reação política à crise financeira. 1 Contendo que
os políticos estão "com medo" do centro financeiro e de seu poder, ela afirmou que
importância do acampamento no desafio às relações sociais da cidade. Para
Massey, tais desafios para a 'construção atual e o papel de um lugar' são
integral para forjar futuros políticos alternativos (Massey, 2004: 17).
Contribuições convincentes de Doreen Massey para a teorização geográfica e
o debate político foi animado por tais percepções e compromissos políticos
mentos. Sua aposentadoria oficial da Open University em setembro de 2009
em nenhum sentido diminuiu o dinamismo de seu trabalho político e teórico.
Forneceu, no entanto, uma oportunidade de refletir e fazer um balanço de seus diversos
contribuições. Essa coleção reúne ex-alunos de graduação, col-
ligas, geógrafos e outros cientistas sociais com artistas, figuras políticas
e ativistas. Ele busca homenagear, se envolver e levar adiante Doreen
Contribuições geográficas e políticas vitais de Massey.
Apresentando as muitas trajetórias e compromissos de Doreen Massey é
nenhum desafio mesquinho. Toda a sua abordagem teórica é antitética ao
maneiras como essas contas são frequentemente estruturadas em torno de mudanças de paradigma que

Política Espacial: Ensaios para Doreen Massey , Primeira Edição.

 Editado por David Featherstone e Joe Painter.
© 2013 John Wiley & Sons, Ltd. Publicado em 2013 por John Wiley & Sons, Ltd.

Página 2

2 POLÍTICA ESPACIAL

posicionar disciplinas em relação a narrativas sequenciais ou confrontos entre

principais figuras disciplinares. Qualquer tentativa de encaixar seu trabalho em uma sequência ordenadamente
relato do passado recente da geografia, talvez com uma temporização organizada de
diferença entre o marxismo, feminismo e pós-estruturalismo, seria
condenado ao fracasso. O próprio ethos de Doreen Massey é contrário a essas formas de
pensando em política e trabalho intelectual. Sua vivacidade e abertura para
o mundo ultrapassa essas fronteiras e categorias confinantes. Em que pode
tem sido um compromisso precoce com a particularidade espacial, ela é uma de uma
muito poucos Mancunians que apoiaram o Liverpool ao longo da vida
Clube de futebol. A intensa concentração de uma reunião de supervisão com
Doreen pode estar quebrada ao fazer uma pausa para se perguntar se era um branco
garganta que acabara de passar pela janela.
Esta introdução envolve as múltiplas trajetórias no trabalho em
Os escritos de Massey e suas intervenções políticas em diferentes épocas
e espaços. Exploramos seis influências contemporâneas que moldaram seu trabalho
e que ela, por sua vez, moldou; Marxismo althusseriano, feminismo /
diferença, internacionalismo, classe e desigualdade, materialidades e pensamento
espacialmente. Essas influências cruzam as quatro seções principais do livro:
'Espaço, Política e Democracia Radical', 'Regiões, Trabalho e Desigualdade
Desenvolvimento ',' Reconceptualização do lugar 'e' Trajetórias políticas '. No
espírito do trabalho de Massey, a coleção busca estar viva para o inesperado
possibilidades moldadas através da união de trajetórias, perspectivas e
experiências de diversos contextos e posições.

Espaço, Política e Democracia Radical

Doreen Massey começa seu livro For Space comentando que ela foi
'pensando em' espaço 'por muito tempo'. Ela continua que 'geralmente eu tenho
chegar lá indiretamente, por meio de algum outro tipo de engajamento. As batalhas
sobre a globalização, as políticas locais, a questão da desigualdade regional,
os compromissos com a "natureza" enquanto caminho pelas colinas, as complexidades de
cidades ”(Massey, 2005: 1). Os compromissos de Massey com o espaço nunca
foi concebido apenas como um fim intelectual, embora apaixonadamente comprometido
ela é para uma abordagem geográfica do mundo. Em vez disso, ela mobiliza um
perspectiva espacial como um conjunto de ferramentas intelectuais e políticas para trazer
clareza analítica e compra em diversas situações. É por causa do
tração que tais ferramentas dão às questões políticas que têm sido tão
central para seu projeto.
Está em processo de luta sobre questões políticas como
desigualdade e globalização que Massey retrabalhou completamente muitos
principais suposições sobre espaço e lugar. Ao fazer isso, ela profundamente
reformulou as formas de senso comum de pensar sobre o espaço e o lugar, tanto no
disciplina de geografia e nas ciências sociais mais amplas. O trabalho dela
Página 3

INTRODUÇÃO 3

provocou um repensar significativo do espaço como produto de relações

em vez de uma superfície fixa ou recipiente. Ela enfatizou que o espaço é o
dimensão da multiplicidade, é produto de relações e é sempre
ished e em construção. Em oposição a suposições de longa data
que o tempo é o que dá vida à política, ela insistiu que levar a sério a espacialidade
tem implicações importantes e não pode ser considerado secundário para
temporalidade. Fazer isso, ela argumentou consistentemente, é empobrecer muito
nossa imaginação política.
Muitos dos insights de Massey são agora uma parte familiar do terreno da geo-
pensamento gráfico. A este respeito, às vezes é fácil esquecer o intelecto
trabalho e luta reais necessários para que essas percepções fossem reconhecidas como centrais
e significativo. A ideia de que espaço e política são co-constitutivos, que
eles são construídos juntos como resultados de diferentes processos em andamento, para
exemplo, agora é lugar-comum em relatos das relações entre geografias
phy e o político. Esta posição foi, no entanto, articulada ao longo de um longo
duração, por meio de muitas iterações diferentes, e em face de graves
oposição à ideia de que o espaço deve ter estatuto político. Sua
posição foi forjada por meio de argumentos com teóricos políticos influentes
incluindo Ernesto Laclau.
O desafio de Massey à contenção de Laclau em Novas Reflexões sobre o
Revolutions of Our Time que a política e o espaço são "termos antinômicos" foi um
intervenção particularmente significativa. Laclau afirmou que 'Política apenas
existem na medida em que o espacial nos escapa ”(Laclau, 1990: 68). Massey usou um
crítica da posição de Laclau como ponto de partida de seu ensaio 'Política e
Espaço / Tempo ', que insiste na coprodução do espaço, do tempo e da política.
Como ela argumenta, 'o espacial é parte integrante da produção da história e, portanto,
para a possibilidade da política, assim como o temporal está para a geografia '(Massey,
1992: 84). Esta afirmação da construção espaço-temporal da política
abre um foco nos processos diversos, múltiplos e contestados do
político. O ensaio observa paralelos significativos entre sua posição e
desenvolvimentos nas teorias einsteinianas e pós-einsteinianas de tempo-espaço
relatividade, observando que na 'física moderna' a identidade das coisas 'é constituída
por meio de interações ”(Massey, 1992: 76, ênfase no original).
Massey tem enfatizado consistentemente que diferentes formas de pensar o espaço
têm consequências e efeitos. Para Massey, pensar espacialmente nunca é um
atividade inocente e politicamente neutra. Em vez disso, formas de conceituar o espaço
têm efeitos e consequências importantes. Seja um conservador
político argumentando que o Taleban é medieval ao invés de contemporâneo
ous, ou as concepções de desenvolvimento que posicionam alguns lugares
como "à frente" dos outros, Massey insistiu que as imaginações espaciais têm políticas
consequências e efeitos físicos. Da mesma forma, ela argumentou consistentemente que o
forma como algumas regiões estão posicionadas de forma desigual não deve ser vista como
natural ou inevitável, mas parte das relações de poder (Massey, 1978). Este tem
fez parte de um revigoramento mais amplo de formas de pensar o espaço, particularmente

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 4 POLÍTICA ESPACIAL

associado à geografia crítica. Nestes debates, a voz de Massey tem

persistentemente distinguido pela sua clareza e originalidade. 2
As contribuições de Massey para pensar espacialmente apresentam importantes
desafios às formas dominantes de pensar sobre política e o político. Como
Chantal Mouffe argumenta em sua contribuição aqui, a afirmação de Massey de que
o espaço é a dimensão da multiplicidade é fundamental para a questão de como
devemos viver juntos. É fundamental para compreender as formas em que diferem
relações sociais atuais podem ser imaginadas e diferentes formas de agência política
construído. Massey insiste que, como o espaço está sempre em construção e
nunca acabado, isso significa que é sempre possível que as relações espaciais possam
ser articulados e gerados de maneiras diferentes, potencialmente antagônicas.
O compromisso da Massey com esse retrabalho do espaço tem uma forte influência althusseriana
influência e linhagem. O fato de ela ter chegado ao marxismo por meio de Althusser a torna
trajetória distinta. A geração de geógrafos radicais que surgiram
na década de 1970 foram amplamente hostis a (ou não leram) Althusser (Philo, 2008:
xxxvii – xxxviii; ver também Duncan e Ley, 1982). Na verdade, é notável,
certamente em comparação com disciplinas de ciências sociais cognatas, como
geografia fortemente marxista foi construída em grande parte a partir do clássico
Fontes marxistas. O (s) tratado (s) de David Harvey sobre capital são claramente os mais
significativo a este respeito (ver Harvey, [1982], 2007). Henri Lefebvre, cujo
trabalho foi explicitamente posicionado em oposição ao estruturalismo, também foi um
influência significativa em Harvey e Neil Smith, embora ele também fosse
influenciar o trabalho de Doreen (ver Lefebvre, 2006).
Lendo Althusser, no lugar bastante improvável da Pensilvânia, trans-
formou a atitude de Massey em relação ao marxismo. O que a empolgou tanto em Althusser
foi a maneira como seu pensamento transcendeu o humanismo dos primeiros Marx.
Como feminista, ela suspeitava profundamente dos pressupostos de gênero de
tal humanismo. Assim, ela argumenta que:

Longe da libertação, parecia uma armadilha. Foi Althusser, com suas ideias de
causalidade estruturada (mais especialmente 'Contradição e Sobredeterminação'
e seu famoso ditado de que "não há ponto de partida", em outras palavras, sobre
minha leitura, não há nada que você tenha que aceitar como eternamente pré-dado,
que não é em si um produto de estruturas causais anteriores) que forneceu um
bem-vinda maneira de sair. (Massey, 1995b: 351; veja também a entrevista abaixo).

O relato de Massey aqui desafia as maneiras pelas quais relatos da emergência

da geografia radical frequentemente posicionaram o marxismo e o feminismo como
influências opostas ou sequenciais, em vez de coexistentes (Rose, 1993:
113). Feminismo e marxismo aqui emergem como trajetórias contemporâneas na
trabalhos. Ela enfatiza a importância libertadora do argumento de Althusser
que 'não há ponto de partida' com suas implicações de que 'nada é
dado 'e, portanto, tudo pode ser desafiado e retrabalhado (ver
Althusser, 1971: 85). Ela argumentou que 'como uma jovem que estava tentando

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INTRODUÇÃO 5

para escapar das normas, que não se conformaram com nenhuma das descrições dadas de
 “Mulher”, e quem queria uma forma de os desafiar, aquela primeira entrada no
anti-essencialismo, embora eu não conhecesse esse termo, nenhum de nós sabia que
termo naquele ponto, era extremamente importante '(Massey et al ., 2009: 404).
Stuart Hall, colega de Massey na Open University e cofundador da
o jornal Soundings , sugere que a leitura não teleológica de Althusser
Marx 'levou a uma preocupação com a forma como as diferentes estruturas eram articuladas
juntos, ao invés de vistos como estágios temporalmente discretos 'com um necessário
progressão embutida neles '(Hall, 1980: 326; ver também Althusser, 2005:
89-128). Como Arun Saldanha argumenta aqui, Massey extraiu de Althusserian
Marxismo 'uma apreciação da temporalidade aberta das formações sociais e
as múltiplas relações que se cruzam nessas formações '. Isso permite um
foco na 'capacitação de novas relações', tais novas relações sendo gener-
devido à união de trajetórias previamente separadas ou díspares
tórias (ver Massey, 2005: 40).
Durante a década de 1980, o terreno do marxismo althusseriano foi retrabalhado
e rearticulado através do conteúdo de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe
trabalhoso e influente sobre a democracia radical. Seu livro Hegemonia e
Estratégia Socialista mobilizou conceitos althusserianos como articulação como parte
de uma reimaginação plural de estratégias políticas de esquerda. Muitas figuras de esquerda e
teóricos atacaram diretamente a posição de Laclau e Mouffe por perturbar a esquerda
certezas e condenou-o como um recuo da política de classe (ver para o exame-
ple Geras, 1987). Massey, no entanto, abraçou as possibilidades abertas
pensando na construção plural da política de esquerda. Isso certamente foi
não de nada como uma negação de compromissos de esquerda. Como Michael
Rustin argumenta aqui, enquanto 'há um elenco “pós-moderno” para o pensamento de Massey
posições lógicas e epistemológicas (a ontologia é um tanto construída
tivista, a epistemologia um tanto pragmática) sua substancial política e
os compromissos éticos permaneceram inflexíveis ”. Ela também defendeu
a importância de 'pensar a democracia radical espacialmente' de maneiras que
fundamentar de forma útil as formas bastante abstratas de pensar o político que
estrutura a obra de Laclau e Mouffe (Massey, 1995a). A conversa
entre seu trabalho e particularmente o trabalho de Chantal Mouffe foi
mutuamente produtivos.
O capítulo de Mouffe aqui mobiliza o relato de Massey sobre o 'poder-geome-
tentativas de globalização 'para criticar o uso que Hardt e Negri faz do conceito de
'espaço suave' para analisar as formas de atividade política global que eles denominam
'a multidão' (ver Hardt e Negri, 2001). A crítica de Massey à política
Os enquadramentos físicos da globalização são explorados nos capítulos de Lawrence
Grossberg e David Slater. O trabalho de Massey desde o início da década de 1990 foi
cada vez mais preocupado em interrogar as 'geometrias de poder da globalidade
(Massey, 1993a). Diante de políticas e teóricas dominantes
discursos que construíram a globalização como uma força inevitável,
A análise de Massey insistiu na necessidade de pensar sobre a globalização como um

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6 POLÍTICA ESPACIAL

processo desigual, contestado e dividido (ver especialmente 1999a, 2005). Ela tem
argumentou poderosamente que os imaginários espaciais em funcionamento na globalização dis-
cursos, sejam eles a suposição de que a globalização é ocidentalização,
a sensação de que a globalização resulta na 'aniquilação do espaço pelo tempo', ou
homogeneidade de lugar não são inocentes. Em vez disso, Massey afirma que eles
 fazer um trabalho significativo na promoção dos projetos políticos de (neoliberal)
globalização. Como Grossberg observa aqui, 'Se o passado, o outro, nunca foi tão
simples, ou homogêneo ou local ou unificado como imaginamos, o presente é
provavelmente não tão fraturado, heterogêneo ou global como supomos. '
Massey tem insistido na importância de compreender a globalisa-
como um projeto neoliberal. Isso permite um foco na análise do
mecanismos e práticas que a globalização foi formatada e constitui
tidas por meio de práticas e convenções neoliberais. As ressonâncias políticas
e o potencial desta posição também são importantes. Alguma oposição ao glo-
balização caiu na armadilha política de contrapor o local e
global de maneiras problemáticas. A insistência de Massey de que a globalização atual é
parte de um projeto neoliberal convida à possibilidade de imaginar alternativas
formas de gerar globalização (ver também Featherstone, 2008). O trabalho dela,
consistente com suas convicções políticas internacionalistas, tem insistido no
importância e possibilidades de retrabalho e reimaginação de práticas de
internacionalismo em 'tempos globais'. David Slater usa essa abordagem como um ponto de partida
ponto de partida para uma descrição pós-colonial das relações entre 'espaço, democracia
atrevido e diferença '. Ele reflete criticamente sobre as relações entre radicais
democracia, espacialidade e política e a importância de pensar sobre o
caráter generativo das interações Ocidente / não Ocidente. Este compromisso com um
construção relacional do espaço e da política também foi forjada através
um desafio importante para as formas dominantes de pensar sobre a política regional
e geografias.

Regiões, mão de obra e desenvolvimento desigual

Muito do trabalho inicial de Doreen Massey estava preocupado com regiões, mão de obra
e desenvolvimento desigual. Durante a década de 1970, ela trabalhou no Centro de
Estudos Ambientais (CES), um centro de pesquisa independente financiado por
o governo do Reino Unido e a Fundação Ford. Adquiriu reputação por
radicalismo e, após a primeira vitória eleitoral de Margaret Thatcher, foi
fechado como parte dos cortes de gastos do governo. Durante seu tempo no CES (que
incluiu um período de estudos de pós-graduação na Universidade da Pensilvânia, no
Estados Unidos) Massey desenvolveu uma crítica à forma então dominante de
teoria da localização industrial e de sua fundamentação em suposições extraídas de
economia neoclássica. Esta crítica levou à sua elaboração da alternativa
abordagem pela qual ela se tornou particularmente conhecida e que foi
exposto em seu livro pioneiro, Spatial Divisions of Labor (Massey, 1984).

Página 7

INTRODUÇÃO 7

No início da década de 1970, Massey foi para os Estados Unidos estudar matemática
economia e ciência regional - assuntos que resumiam a então ortodoxa
abordagens neoclássicas para modelar a geografia da atividade econômica
(ou 'comportamento' econômico, como a terminologia da época poderia ter colocado).
Como observado anteriormente, foi durante sua estada na Pensilvânia que ela encontrou
entendeu as idéias de Louis Althusser. Em 1973, Massey publicou um artigo em
Antipode , com o título 'Para uma crítica da teoria da localização industrial', em
que ela considerou a teoria clássica da localização industrial por sua ideologia
personagem, sua incapacidade de situar seu objeto de estudo no contexto histórico e sua
 falta de atenção ao caráter especificamente capitalista da economia
system (Massey, 1973). Nem Althusser nem Marx são mencionados, mas o
A influência althusseriana é aparente tanto na substância quanto no modo de sua
argumentos (Swyngedouw, 2000). Esta intervenção foi única
feitas por geógrafos (muitas vezes nas páginas da Antipode ) que foram influenciados
por Marx e outros pensadores críticos e que questionaram o social e
uma abordagem histórica da geografia conhecida como ciência espacial.
No caso de Massey, a crítica foi logo seguida pelo desenvolvimento de alter-
abordagens nativas, incluindo pesquisas sobre propriedade de terra capitalista (Massey
e Catalano, 1978) e a introdução da ideia de 'divisões espaciais de
trabalho '(Massey, 1978, 1979, 1984). As afinidades entre a abordagem
tomadas em Divisões Espaciais de Trabalho e realismo crítico foram amplamente
observado. O relato do livro sobre a complexidade das regiões também ecoa
Os conceitos de sobredeterminação e articulação de Althusser (Althusser,
2005). Althusser argumentou que a contradição entre capital e trabalho
nunca aparece na forma pura, mas é sempre "sobredeterminado" pelo específico
características da situação. As regiões também podem ser vistas como produtos de
sobredeterminação: sucessivas 'rodadas de investimento' são combinadas e
interagir com as paisagens distintas das relações de classe e políticas que
surgiram de rodadas anteriores. Os resultados são geografias regionais
que são únicos e não podem ser explicados em termos da elaboração de um
lógica unitária, mas que, no entanto, pode ser entendida como produtos de
múltiplas determinações. Como Massey deixa claro, isso é bem diferente
do determinismo: 'o objetivo é conceituar e compreender, não
“Predição” de resultados pré-determinados '(Massey, 1995b: 305).
O conceito de divisões espaciais de trabalho permitiu a Massey desenvolver um
compreensão teoricamente rigorosa do desenvolvimento desigual regional que
recusou-se a tomar regiões como entidades pré-dadas: 'as regiões devem ser constituídas como
um efeito de análise; eles são, portanto, definidos em relação aos desiguais espaciais
desenvolvimento no processo de acumulação e seus efeitos sociais (incluindo
relações políticas) '(Massey, 1978: 110; ver também Massey, 1984: 123,
298–300). Como esta citação atesta, o compromisso de Massey em compreender-
regiões em termos de relações muito anteriores ao entusiasmo do fin de siècle
de muitos geógrafos para a ideia de espaço relacional. Ele puxou e empurrou
outras tentativas anteriores de pensar sobre as geografias contestadas de

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8 POLÍTICA ESPACIAL

produção e práticas de trabalho (Beynon, 1973, Massey, 1995b: 86–88).

E, como a própria Massey observa um tanto melancolicamente no capítulo de abertura do
a segunda edição de Spatial Divisions of Labor , 'para dizer que o espaço social é
relacional tornou-se lugar-comum. Mas as coisas são ditas mais facilmente do que
totalmente compreendido ou pensado na prática ”(Massey, 1995: 1).
Dois ensaios neste volume respondem ao desafio de pensar através
as implicações de uma compreensão relacional do espaço. Em seu ensaio
'O desafio político do território relacional', argumenta Elena dell'Agnese
que pensar relacionalmente sobre o espaço não precisa significar o fim do conceito
de território no sentido de uma porção limitada do espaço, desde o espaço
em questão é entendida em termos relacionais. Além disso, o inverso também é
verdadeiro - o aparente 'endurecimento' das fronteiras territoriais nos últimos anos em
a resposta aos maiores temores sobre a segurança não refuta o relacionamento
 teorias do espaço. Entendimentos 'territoriais' e 'relacionais' do espaço são
não necessariamente incompatíveis entre si.
Em sua contribuição, Allan Cochrane observa que as conclusões de Massey podem
parecem bastante incontroversos, dizendo nada mais do que é necessário
entender que não há absolutos geográficos, uma vez que o espaço é necessário-
claramente definido nas relações entre atores, objetos e contexto '. Este apar-
realmente a simplicidade é enganosa, no entanto, e 'uma vez que alguém começa a tomar estes
aponta seriamente, então é a maneira como essas relações funcionam que
importam tanto quanto os padrões que emergem '. Cochrane se inspira
da ênfase de Massey na multiplicidade - a união no lugar de
diversas trajetórias sociais e econômicas - para argumentar que as regiões podem
ser entendidos como 'assembléias'. O pensamento de montagem está cada vez mais prevalente
emprestado em geografia (Anderson e McFarlane, 2011; McFarlane, 2011) e
geralmente segue sua sugestão de duas fontes: a teoria ator-rede de Bruno
Latour (Latour, 2005) e / ou a noção de 'assemblagem maquínica' desenvolvem
optou na obra de Gilles Deleuze e Félix Guattari (por exemplo, Deleuze e
Guattari, 1987). Existem também, no entanto, afinidades entre a noção de
agenciamento e o conceito antiessencialista de Althusser de sobredeterminação
que inspirou Massey. Nas mãos de Cochrane, a ideia de montagem é usada
como uma forma de construir sobre o trabalho de Massey para compreender o contingente e
formas provisórias nas quais as regiões são formadas e reformadas.
A importância da contingência e especificidade foi fortemente disputada em
geografia e estudos urbanos e regionais na década após a publicação
ção das Divisões Espaciais do Trabalho . Esses argumentos e uma série de
debates foram promovidos por um aumento na pesquisa sobre os efeitos da eco-
reestruturação econômica em localidades na Grã-Bretanha e o papel do geográfico
diferença na formação da mudança econômica. Vários desses 'estudos de localidade' foram
realizado como parte de um programa de pesquisa sobre a Mudança Urbana e
Sistema Regional financiado pela Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido
Conselho na segunda metade da década de 1980. O programa foi iniciado por
Doreen Massey, que elaborou a proposta original (Massey, 1991a), embora

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INTRODUÇÃO 9

os próprios estudos foram realizados por uma série de outras pesquisas

equipes. A pesquisa foi criticada por alguns de esquerda por enfatizar demais
o local e o empírico em detrimento de processos mais amplos e gerais
teoria. Em um comentário de 1991 sobre o 'lugar político dos estudos de localidade'
Massey expressou críticas tanto a negligência do político em algumas localidades
pesquisa e a visão de seus críticos que enfocam o local e o empírico
era necessariamente anti-progressivo. (Massey também enfatizou que o local, o
específico e empírico não são a mesma coisa - é possível estudar o
escala global empiricamente e para fazer trabalho teórico no local.)
Em jogo aqui estava também o debate crítico desencadeado pelas Divisões Espaciais de
Trabalhistas , principalmente a crítica de David Harvey sobre a atenção de Massey ao
contingência e especificidade. Harvey argumentou que no texto 'toda teorização
desaparece entre uma massa de relações contingentes de trabalho-gestão em
lugar '(Harvey, 1987: 369). Esses debates falam de lutas mais amplas sobre
os termos da análise geográfica político-econômica. Julie Graham tem
argumentou que as divisões espaciais do trabalho prefiguravam desafios para o capital
relatos centrados da geografia esquerda (Graham, 1998). Esses desafios eram
 para se tornar central para debates no trabalho geográfico crítico através do
Décadas de 1990 e 2000, principalmente por meio da geografia do trabalho (Herod, 2001).
Ao descentrar o capital, como Jamie Peck observa aqui, Massey procurou abrir
'um tipo diferente de política de possibilidade' onde 'novos terrenos de política
potenciais estão sempre em construção '.
Sua recusa em ver o local e o empírico como secundário ao supostamente
forças mais poderosas e teoricamente geradoras recorreram a uma
percepção da contraposição de local e global, lugar e espaço. De fato
uma característica fundamental do trabalho de Massey ao longo de sua carreira tem sido seu
preocupação com o empírico - mesmo em sua forma mais abstrata e filosófica
escritos que ela se esforça para exemplificar seus argumentos com referência ao atual
eventos políticos, experiência autobiográfica e estudos de caso geográficos.
Nunca há um sentido nas Divisões Espaciais do Trabalho ou em qualquer outro lugar que o trabalho
é puramente uma categoria teórica. Em vez disso, Massey se preocupa com paixão - e
politicamente - sobre as pessoas cujas vidas (trabalhando ou não) animam
as geografias de divisão e conexão que estão no cerne de sua aca-
preocupações democráticas. A desigualdade de classe (nunca apenas 'privação' ou 'pobreza') é
central para sua compreensão da geografia social e econômica. Como Jamie
As notas de Peck em seu capítulo aqui, Divisões espaciais do trabalho podem ser lidas em parte
como tendo fornecido as bases e uma contribuição inicial para o que
desde então, tornou-se conhecida como Geografia do Trabalho. Além disso, Peck sugere
que as recentes reavaliações do projeto de 'capital-L' Labor Geografia
se beneficiaria de um reconhecimento mais nítido desses antecedentes, e de um
maior atenção às 'estratégias em evolução do capital e do estado' que
Massey fez muito para desfazer as malas.
Questões de desigualdade regional e as divisões de classe e gênero de
os mercados de trabalho permaneceram importantes para Massey ao longo de sua carreira

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10 POLÍTICA ESPACIAL

(por exemplo, Allen et al ., 1998; Amin, Massey e Thrift, 2003; Massey, 2007).
Em  World City (Massey, 2007), ela examina as implicações de Londres
crescimento espetacular para outras partes do Reino Unido (e outras partes do mundo)
bem como a exacerbação das desigualdades ao longo das classes, gênero e linha étnica
dentro da cidade. Quer optemos por ver Londres como um território, uma região, um
mercado de trabalho ou um conjunto, World City demonstra o poder de
O pensamento relacional de Massey, chamando a atenção para as conexões de Londres
com e dependências de outros lugares - alguns próximos e alguns distantes.
Seus compromissos com a desigualdade regional continuam a ter impactos sobre
debate político. A contenção no panfleto Descentrando a Nação em
desigualdade regional, co-escrito com Ash Amin e Nigel Thrift (2003), que
A Grã-Bretanha tem uma 'não declarada' 'Política Regional de Londres / Sudeste' era
escolhido em Clear Red Water por Nick Davies e Darren Williams
(2009: 112). Este livro avalia a tentativa do descentralizado de Rhodri Morgan
Administração trabalhista no País de Gales para forjar alternativas políticas ao Novo
Trabalhar, especialmente por meio de um forte compromisso com a 'universidade progressista
salism '. Davies e Williams recorreram ao Decentering the Nation para desafiar
narrativas políticas hegemônicas de que 'o Sudeste eficiente está subsidiando
País de Gales, Escócia e Norte da Inglaterra '(Davies e Williams,
2009: 112). Isso abre um desafio importante para as formas dominantes de
configurando as geografias regionais contemporâneas do Reino Unido.
 Reconceptualizando Lugar
Em 'A Global Sense of Place', um de seus mais conhecidos e influentes
ensaios, Massey argumenta que seria impossível entender Kilburn,
o bairro no noroeste de Londres onde ela mora, 'sem trazer
em jogo metade do mundo e uma quantidade considerável de imperialistas britânicos
história '(Massey, 1994a: 154). Seu relato vívido de caminhar pela
Kilburn High Road, conversando com seu jornaleiro durante a primeira Guerra do Golfo -
'silenciosamente irritado por ter que vender o Sol ' - desafiava relatos generalizados de
a erosão do lugar em 'tempos globais'. Essas narrativas sobre a perda de
lugares distintos continuam a estruturar debates sobre a globalização. Massey
começa questionando a tendência de contrapor o local e o global
e noções idealizadas de lugar com a sensação de fragmentação e ruptura
associado à compressão de espaço-tempo. Ela combina uma insistência no
persistência do lugar como significativo em tempos globais, com recusa em se inscrever
às noções "estáticas e defensivas" de "lugar" (Massey, 1994a: 153).
Aqui, o conceito de geometria de potência faz uma aparição inicial, referindo-se
às maneiras em que diferentes grupos sociais estão situados de forma diferente em
relação com os fluxos e conexões globais. Os temas da diferença, desigualdade,
conexões internacionais e pensamento espacial se unem em um argumento
que Massey desenvolveu e refinou em uma série de

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INTRODUÇÃO 11

escritos, incluindo World City e For Space . Massey escreve sobre como o
lugar que é Kilburn é complexo e heterogêneo, e intimamente
conectado a outros lugares e aos fluxos que os ligam. Esta
ensaio é o mais influente de uma série de suas intervenções que têm
procurou reconceptualizar o lugar (ver também Massey, 1993a, 1994b). Como Rogério
Haesbaert argumenta aqui, a ideia de um 'senso global de lugar' tem o status de
uma 'contribuição universalmente reconhecida para o debate geográfico ... mesmo que
é argumentar com a ideia ”(para discussão crítica, ver McGuinness, 2000;
Dirlik, 2001; Hardt e Negri, 2001).
Em sua contribuição, Jane Wills reflete sobre a compreensão de Massey sobre o
política de lugar. Wills afirma que, não obstante a importância de
fluxos e conexões extralocais e internacionais em lugares constituintes,
é importante não perder de vista o papel das tradições enraizadas localmente que podem
fornecer valiosos recursos políticos e democráticos. Ela enfatiza 'o
importância do lugar na formação das relações sociais, a criação de
a esfera pública e a vitalidade da vida política ”. Wills sugere que este
decorre da maneira como aquele lugar pode fornecer um fórum para nossos encontros
com - e negociações em toda a - diferença, mas também a partir da função que coloca
atua ao permitir a mobilização coletiva em torno de interesses comuns.
A ideia de um sentido global de lugar é retomada explicitamente por Rogério
Haesbaert. Como observa Haesbaert, o significado da palavra "local" em inglês é
frequentemente carregada em línguas latinas pelas palavras para território (territorio,
território, território, etc.). Isso pode levar a confusão na tradução, uma vez que o
O termo inglês 'território' carrega um sentido muito mais forte de coerência,
espaço limitado do que seus equivalentes aparentes em português, espanhol,
 Francês e italiano. Haesbaert propõe um conceito de território que, como
A noção de lugar de Massey é processual, porosa e dotada de múltiplas
identidades. Ele propõe a ideia de 'multiterritorialidade', que pode ser
'simultâneo', envolvendo a experiência de (ou interação com) diversos
territórios / lugares ao mesmo tempo, sem a necessidade de se mover entre eles,
ou 'sucessivo' envolvendo movimento entre vários territórios em rede /
locais. Como Wills, Haesbaert enfatiza o potencial progressivo da 'relação
fechamento territorial 'no contexto de lutas mais amplas e redes de' tran-
conexões estereitoriais.
Os compromissos de Massey com o lugar têm sido suspeitos para aqueles no
à esquerda que romantizam ou procuram construir relatos autênticos do lugar. Nela
ensaio 'Travelling Thoughts', por exemplo, ela contesta o trabalho de Raymond Williams
relato telúrico e centrado no homem do lugar em seu romance Border Country argu-
ing que 'Mudança de lugares; eles continuam sem você. Assim como mamãe tem uma vida de
seu próprio '(Massey, 2000a: 230, ver também Massey, Quintas e Wield, 1991).
A importância de seus compromissos com o lugar para a política feminista e
prática é um dos muitos temas-chave que Wendy Harcourt, Alice Brooke
Wilson, Arturo Escobar e Dianne Rocheleau discutem em um multi-vozed
série de reflexões. Eles exploram a influência de Massey em seu trabalho no

Página 12

12 POLÍTICA ESPACIAL

agência das mulheres na realização do potencial progressivo do lugar e na

movimento local de alimentos. Harcourt descreve como Massey os encorajou
não opor espaço e lugar e não ver o lugar e o local como
necessariamente progressiva em termos de relações de gênero. Da mesma forma, Wilson high-
acende o aviso de Massey para não romantizar o local ou se entregar a um 'a
política a priori de topografias ”(Massey, 2005: 172). Para Escobar, Massey's
'políticas feministas de lugar mostraram que, sem evitar a economia política,
é possível encontrar um sentido profundo e uma esperança nas lutas realizadas
pelos povos em alguns lugares '. Ele tira três lições importantes do trabalho de Massey: o
necessidade de pensar em um lugar dentro de redes mais amplas de relações; que lugares são
sempre locais de negociação e transformação; e que um subconsciente relacional
a posição "exige inevitavelmente uma política de responsabilidade". Rocheleau's
a noção de 'redes enraizadas' busca capturar alguns desses insights. Sua
trabalho sobre ecologia política feminista enfatiza a importância da bio-
dimensões físicas das conexões relacionais através das quais os lugares são
formado e transformado.
Na verdade, uma forma fundamental pela qual Doreen Massey desenvolveu sua teorização
sobre o lugar é ir além do 'reino das relações sociais humanas'
(Massey, 2006: 34). O mundo biofísico é de grande importância para ela
e, como atestam seus escritos, essa importância é simultaneamente pessoal,
conceitual e político. À medida que a geografia humana e física cresceu
à parte metodológica e institucionalmente, Massey tem procurado promover
diálogo e debate entre eles, e questionar a natureza / cultura
binária em seu próprio trabalho. O capítulo de Steve Hinchliffe também segue a sugestão de
O ensaio de Massey 'Um sentido global do lugar', mas o transforma em uma reflexão sobre ela
compreensão da natureza não humana e da materialidade física do
mundo. Hinchliffe descreve como Massey estende seu não-fundacional
compreensão do lugar além de áreas urbanas culturalmente diversas, como
Kilburn para abranger até mesmo tais aspectos físicos aparentemente fixos e atemporais
 paisagens como o English Lake District.
Se o lugar para Massey é o produto de múltiplas associações heterogêneas
e relações que vão além do aqui e como, então (bio-) material físico
riais e processos são partes integrantes dessa heterogeneidade e dessas relações
ções, desde que sejam entendidas em termos de
e escalas espaciais. No tempo geológico, o aparentemente antigo e permanente
as rochas e montanhas do Lake District são jovens e vieram de
em outro lugar, para não falar das paisagens islandesas em Olafur Eliasson's
fotografias assustadoras. Enquanto poucos cientistas naturais irão brigar com
A caracterização de Massey do mundo físico como dinâmico e histórico,
alguns podem hesitar no questionamento de Massey sobre o caráter fundamental da
o próprio conhecimento científico. No entanto, como diz Hinchliffe, 'não fundado
abordagens tradicionais da natureza e do conhecimento requerem um envolvimento sério
com o mundo [que é] tudo menos "enraizado" no sentido de
ou estável, mas é "fundamentado" no sentido de lidar com o complexo

Página 13

INTRODUÇÃO 13

multiplicidades envolvidas na construção das realidades ”. Para Massey, isso perturba

críticas de "um sentido global de lugar", que afirmava que um compromisso
com a 'natureza' restauraria uma base perdida em sua conta do lugar
(Massey, 2006: 34). Isso é parte de uma tentativa de construir conversas
através das divisões humanas e físicas na geografia (Massey, 1999b).
Que ela escolheu reimaginar a paisagem através da discussão de Skiddaw,
'a laje cinzenta de uma montanha' fora da cidade de Keswick no inglês
Lagos, reflete as raízes da Massey no noroeste da Inglaterra. Ela foi trazida
na propriedade Wythenshawe em Manchester. A criação desta propriedade
foi, como observa Massey, o resultado de uma luta entre "uma coleção de
ists e progressistas lutando para ganhar mais, e saudável, espaço para a cidade
classe trabalhadora 'e a' população local da zona rural do norte de Cheshire ', incluindo grandes
proprietários de terras (Massey citado por Watson, 1999: 212). A feminista socialista
Hannah Mitchell, sufragista radical e conselheira do Independent
Partido Trabalhista, descreveu a compra da propriedade Wythenshawe como um dos
os dois eventos marcantes de sua vida de conselho (Mitchell, 1977: 220). Massey
notas na conversa publicada aqui como esse fundo se moldou
sua visão política. Ela descreve ter 'vivido com, através e tipo de
no combate às desigualdades regionais desde a minha infância '.

Trajetórias Políticas
Para Massey, uma divisão estrita entre trabalho político e intelectual tem
nunca fez muito sentido. Seu trabalho intelectual e projetos têm sido
diretamente animado por compromissos e problemáticas políticas, e vice-versa
versa. Ela argumenta que alguns dos 'mais intensos teóricos e empíricos
debates que tivemos foram motivados pela política "fora" da academia (Massey
et al ., 2009: 407). Sua pedagogia funcionou em termos semelhantes, tanto em
termos de seu estilo, particularmente através das práticas coletivas do curso pro-
dução na Open University, e por meio de seu conteúdo. As Ciências Sociais
O Curso Básico D102, no qual Doreen desempenhou um papel significativo, foi
para fazer com que o ideólogo thatcherista Sir Keith Joseph 'noites sem dormir'
 (Thompson, 1987: 129).
Seu primeiro livro, Capital and Land , co-escrito com Alejandrina Catalano,
foi motivado por um conjunto de questões em torno da política de propriedade de terras em
Grã-Bretanha. Ele explorou as implicações da 'entrada na propriedade direta da terra
de agências, como empresas imobiliárias, seguradoras e previdência
fundos'. Essas perguntas permanecem prescientes. A justificativa intelectual para o
livro era que 'a análise deste fenômeno' à esquerda 'parecia ser
confuso ”(Massey e Catalano, 1978: 1). Em For Space, ela afirma que muitos
de seus compromissos com o pensamento espacial vieram de 'Picking away at
coisas que não parecem muito certas. Perder argumentos políticos porque o
termos não se encaixam no que você está lutando para dizer ”(Massey, 2005: 1).

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14 POLÍTICA ESPACIAL

Sophie Bond e Sara Kindon em seu capítulo argumentam que 'abertura e

luta 'são centrais para as formas de pensar e agir político de Massey.
Seu feminismo moldou um ethos particular de engajamento político, e um
questionamento das práticas hierárquicas da esquerda. Isso foi definido por um com
de acordo com um estilo particular de prática política de esquerda democrática. Bond e
Kindon desenvolve uma noção do que isso abre politicamente por meio de um debate
sion das tensões políticas importantes na Aotearoa Nova Zelândia pós-colonial.
Eles demonstram como uma preocupação com políticas dinâmicas e múltiplas
trajetórias oferecem novas possibilidades para pensar sobre a coexistência de
diferentes grupos dentro da Aotearoa Nova Zelândia contemporânea.
Uma ênfase na abertura do político também é central para a contribuição
de Ash Amin e Nigel Thrift, que observam a postura política de Massey
é baseado em princípios, mas não ortodoxo, coerente, mas não dogmático, crítico, mas
esperançoso'. Amin e Thrift argumentam que seu trabalho 'mostrou uma brincadeira entre
constância e inovação, crítica e proposição, e particularidade e
rastreamento mais geral de contornos políticos que serviriam bem à esquerda em
reafirmando sua necessidade e relevância futura ”. Eles são particularmente contra
preocupou-se em pensar nas implicações da política de esquerda em um 'mundo em que
os projetos humanos só podem se desdobrar de maneiras incertas e abertas ”.
A preocupação de Massey com o acaso e as práticas geradoras por meio de
quais trajetórias políticas estão ligadas tem sido uma forma fundamental pela qual ela tem
contribuiu para um repensar das práticas políticas de esquerda. As contribuições dela têm
foi definido pela abertura a diferentes formas de conceber a esquerda; abertura
a diversos constituintes e modalidades de fazer política; e crucialmente, um
abertura geográfica. Os compromissos políticos de Massey foram estruturados
turado por várias formas de compromisso internacionalista e, como o último
seção enfatizada, para ver a política baseada no local em aberto, em vez de
caminhos limitados. Essa imaginação expansiva da política de esquerda era parte integrante do
fundação da Soundings: A Journal of Politics and Culture em 1995, juntamente com
seus co-editores Stuart Hall e Michael Rustin.
A declaração de posicionamento do jornal, 'Uncomfortable Times', observou
que 'a mudança pode ser alcançada em muitos espaços sociais além daquele que é
normalmente designado como político 'e observou um compromisso de' relatar
intervenções específicas no que muitas vezes é descrito como "sociedade civil" e apoio
eles na causa de um processo mais pleno de democratização cultural e social '
(Hall, Massey e Rustin, 1995: 15). Esta abordagem contrastou fortemente
com as práticas políticas e abordagem de outros jornais de esquerda proeminentes,
 mais notavelmente a New Left Review , agrupada em torno de seu 'núcleo leninista de aço'
(Thompson, 2007: 156). 3 Mais recentemente, a Soundings tem estado na vanguarda
de tentativas de construir uma análise conjuntural da crise econômica e
para dissecar o retrabalho do neoliberalismo que está sendo produzido pelo Reino Unido
Governo de coalizão (ver Massey, 2010; Hall, 2011).
O compromisso da Massey com essa abertura e com a articulação produtiva
de diversas trajetórias políticas, foi moldada tanto por seus compromissos

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INTRODUÇÃO 15

com a atividade política como por princípios teóricos abstratos. Isso talvez seja
por que para Massey um senso do caráter construído e contingente de
identidades e alianças políticas foi algo que ela abraçou
como tendo potencial político, em vez de diluir ou ameaçar fixamente
compromissos e posições. Tal inventividade política, por exemplo,
moldou o envolvimento da Massey no Grande Conselho de Londres, uma parte fundamental da
a 'nova esquerda urbana'. Ken Livingstone aqui se lembra de tê-la feito cedo
nomeação para o Greater London Enterprise Board. De Hilary Wainwright
contribuição observa a importância do anti-racismo e anti-sexismo para o
culturas políticas desta 'nova esquerda urbana' (ver também Peck, 2011: 44–51).
Durante a greve dos mineiros de 1984-1985, Massey e Wainwright foram ambos
envolvidos na rede de grupos de apoio que surgiram em solidariedade com
a luta do Sindicato Nacional dos Mineiros contra o fechamento de mina.
A disputa de um ano passou a ser definida como uma luta mais ampla contra o
impacto devastador do monetarismo thatcherista. Massey e Wainwright's
capítulo co-escrito na coleção Digging Deeper , uma das primeiras tentativas
para lidar com as implicações mais amplas da greve, indica que Massey
engajamento com o caráter gerador da atividade política. Eles discutiram
que os grupos de apoio enfatizaram como 'ação industrial' e 'novo social
movimentos 'podem ser mutuamente dependentes em vez de antagônicos (Massey
e Wainwright, 1985: 168).
Reconhecendo que 'as instituições de trabalho existentes são antiquadas
e seccional ', eles argumentaram que' o que a greve dos mineiros mostrou é que
essas instituições podem ser substituídas e desafiadas sem abandonar
política de classe ”(Massey e Wainwright, 1985: 168). Isto posiciona solidariedade
como uma prática de articulação onde diferentes elementos são retrabalhados e
redefinida por meio da luta política. Hywel Francis, o histórico de trabalho galês
rian e ativista que compartilhou plataformas com Doreen durante a greve, escreve
do surgimento de 'uma ampla aliança democrática de um novo tipo - um anti-
Aliança Thatcher - na qual a classe trabalhadora organizada teve um papel central
mas um papel que deveria merecer e não assumir ”(Francis, 2009: 62).
Essas intervenções ofereceram diferentes futuros possíveis para a política trabalhista
do que o 'branqueamento quase obsessivo da classe' que Wainwright argumenta que veio
para definir 'Novo Trabalho'.
Massey e Wainwright observam como essas solidariedades parcialmente reconfiguradas
os termos da política local, especialmente em termos de relações de gênero e
etnia (ver também Massey e McDowell, 1995). O trabalho de Massey nunca
definido por uma política abstrata e sem lugar de solidariedade ou internacional
alismo. Em vez disso, seu compromisso com um 'internacionalismo praticado em rede'
desafiou 'o imaginário geográfico dominante que compreende
o mundo em termos de escalas e hierarquias aninhadas 'e situa interna-
 nacionalismo como necessariamente constituído localmente (Massey, 2007: 184). Isso abre
agência diversificada na formação da política internacionalista e descentramento do
importância das elites de esquerda na formação do internacionalismo (Massey, 2006).

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16 POLÍTICA ESPACIAL

A abordagem de Massey afirma as diversas formas de agência e solidariedade

moldado por meio de práticas internacionalistas e culturas políticas (ver também
Featherstone, 2012).
A importância da conta em rede do internacionalismo de Massey para
compromissos com a política espacial das redes de justiça global são discutidos
aqui por Andy Cumbers e Paul Routledge. Eles argumentam que, 'importante,
e ao contrário de muitos outros que escrevem sobre a globalização, seus relatos sobre
espacialidades estendidas são matizadas por uma consciência contínua do território
políticas sociais de lugar e como isso, em termos, produz a globalização ”. Massey's
argumento de que a globalização foi produzida por meio de práticas locais situadas
abre possibilidades para maneiras de pensar a política de como as globalizações
pode ser moldado de maneiras diferentes. Cumbers e Routledge discutem como
diferentes redes de ativistas procuraram construir essa alternativa globalisa-
, apontando de forma útil algumas das tensões envolvidas em tais projetos.
Um aspecto fundamental do trabalho político internacionalista de Massey tem sido um longo
engajamento permanente com lutas e movimentos políticos na Central e
América latina. Em meados da década de 1980, Doreen passou um ano na Nicarágua, que
incluiu o tempo gasto trabalhando no Instituto Nacional de Investigaciones
Económicas y Sociales em Manágua, onde colaborou com Marielos de
los Angeles e Ixy Martínez. Seu envolvimento foi parte do concerto
movimentos de solidariedade internacionalistas ativos em apoio à América Central
revolucionários em El Salvador, Nicarágua e Guatemala. Seus escritos sobre
os compromissos políticos sandinistas e as políticas territoriais reconhecidas
ambas as formas de 'autoconfiança e senso de direitos' que foram 'conquistados através
o processo revolucionário 'e os dilemas colocados ao forjar tal processo
na 'sombra' dos Contras patrocinados pelos EUA (Massey, 1986: 328; 1987).
Mais recentemente, suas ideias tiveram uma influência importante na cultura bolivariana
Revolução na Venezuela. Hugo Chávez adotou o termo 'geometria do poder'
como um dos motores do processo revolucionário venezuelano. Em 2007 cinco
motores da revolução foram identificados, sendo o Motor-4 'temos que construir um
nova geometria de potência '. Ela sugere aqui que o conceito foi transformado
por ser usado como parte de um processo diretamente político. As implicações disso
tentativa de gerar novas formas e geografias de participação política
são abordados em profundidade aqui por Ricardo Menéndez, ministro da Ciência
e tecnologia no governo venezuelano e geógrafo por formação.
Afirmando a importância da 'geografia como um componente do revolucionário
estratégia ', ele investiga questões sobre as relações entre a geografia,
participação e formação do poder popular do Estado.
Os compromissos de Massey com a atividade política internacionalista enfatizaram
avaliou a importância de formas contínuas de conexão. Isso atrapalha
construções do internacionalismo como sendo sobre as lutas exotizadas de
'outros distantes'. Uma forma importante pela qual ela explora essas formas de conexão
O ness é por meio do que ela chama de "política do lugar além do lugar". Hilary
Wainwright explora este aspecto do trabalho de Doreen Massey, argumentando que
Página 17

INTRODUÇÃO 17

fornece 'ferramentas intelectuais para compreender a natureza contestada de

dependências, interconexões e efeitos entre o local e o global '.
Massey procurou se concentrar em uma política das diferentes formas de conexões
que moldam formas alternativas de fazer a globalização. Ela chamou a atenção, por
exemplo, à importância do acordo Londres-Caracas negociado por Ken
Livingstone e Hugo Chávez. Este link desafiou as convenções neoliberais
através de 'um acordo de troca em que a Venezuela enviaria petróleo barato para
Londres em troca de conselhos e experiência nas áreas de plano de transporte-
ning, habitação, crime, eliminação de resíduos, qualidade do ar e educação de adultos '(Massey,
2007: 199). Ela argumentou que um aspecto-chave do negócio foi seu 'choque para a domi-
imaginação nant, imperial, geográfica "e" a questão implícita da
identidade de lugares que vieram junto com isso '(Massey, 2011b: 12).
É apropriado que Doreen tenha a última palavra na coleção. O
o livro termina com 'Stories So Far', uma ampla conversa com Doreen
que fornece um relato multifacetado de seu trabalho, ideias e políticas
noivados. A entrevista começou quando ela foi apresentada a um
doutorado honorário pela Universidade de Glasgow. Uma conversa entre geogra-
phers do Grupo de Pesquisa de Geografia Humana de Glasgow e Doreen
ocorreu, que foi posteriormente publicado no Scottish Geographical Journal
(Massey et al ., 2009). 'Histórias até agora' combina material selecionado deste
discussão com uma conversa que ocorreu entre os editores e
Doreen em Londres em janeiro de 2011. 4 A entrevista envolve alguns de
as principais trajetórias que percorreram o trabalho de Doreen Massey e também
explora seus projetos recentes, como seu envolvimento na criação do
filme Robinson in Ruins com o cineasta Patrick Keiller.
Estamos perfeitamente cientes de que este livro é uma das muitas abordagens possíveis sobre
O trabalho de Doreen Massey. Nesse sentido, o livro é provisório. É um de um
número de tentativas de se envolver com seu trabalho, que inclui uma publicação recente
livro concluído por geógrafos espanhóis (ver Albet e Benach, 2012). Espacial
A política busca abrir compromissos, ao invés de gerar um
perspectiva final sobre as muitas intervenções de Doreen Massey. No Espírito de
Compromissos políticos e teóricos de Massey, o livro busca não ser nenhum dos dois
introspectivo nem retrospectivo. Em vez disso, a coleção busca avançar em um
crítico - mas simpático - veia o intelectual, teórico de Doreen Massey
e agendas políticas. Como Jamie Peck argumenta, isso 'não precisa ser um exercício de
nostalgia intelectual ou política '. Reflexão séria sobre Doreen Massey's
trabalho, em vez disso, oferece recursos importantes e ferramentas intelectuais para remodelar
nosso futuro geográfico e político.

Notas
1 Este relato baseia-se na discussão da palestra de Massey em Miller (2011). Para
As reflexões de Massey sobre a política da crise, ver Massey (2010, 2011a).
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18 POLÍTICA ESPACIAL

2 Suas posições intelectuais têm sido frequentemente desenvolvidas por meio de colaboração
trabalhar com colegas da Open University, principalmente um longo e produtivo
associação com John Allen.
3 Doreen Massey juntou-se ao coletivo editorial da New Left Review em 1990 como parte
do que Patrick Wright descreveu como uma "tentativa genuína" de alcançar além do núcleo
(Wright, 1993). Ela era um dos 13 membros do conselho editorial, incluindo
seu futuro co-editor da Soundings , Mike Rustin, que renunciou em bloco em 1993 durante
disputas sobre a direção / financiamento da revista (Thompson, 2007: 157).
Indiscutivelmente, o caráter de Sondagens deve muito ao marxismo hoje , mas também a
o estilo de Universities and Left Review , editado por Stuart Hall, que se fundiu com
o New Reasoner editado por John Saville e EP Thompson para se tornar o novo
Left Review em 1960.
4 Muito obrigado a Mo Hume, Danny Mackinnon, Geraldine Perriam, Chris Philo
e Jo Sharp pela permissão para reproduzir as perguntas com que contribuíram para este
entrevista original.