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SEMIOLO

GIA DA
DOR
Habilidades Médicas III
Grupo A2

Amanda Almirão
Daniela Kassar M. Kamila Stradiotti
Fernanda Camillo Oscar Medina
Isabelle Pancini Paulo H. Zanin
Luis Felipe Gomes
DOR
•Começou a ser mais enfatizada a partir de 1974
com a criação da Associação Internacional do
Estudo da Dor.

•Definiu-se dor como: “Dor é uma desagradável


experiência sensorial e emocional associada a
uma lesão tecidual já existente ou relatada como
se uma lesão existisse.”
CARACTERÍSTI
CAS
Avaliação sistemática do paciente (decálogo
da dor):
 Localização
 Irradiação
 Qualidade ou  Relação com
caráter funções orgânicas
 Intensidade  Fatores
 Duração desencadeantes ou
 Evolução agravantes
 Fatores atenuantes
 Manifestações
concomitantes
Localização
 Refere-se à região em que o paciente
sente dor.
 É imprescindível que o paciente aponte
com o dedo a área onde sente a dor.

Caso o paciente sinta dor em mais de uma


região, deve-se registrá-las e estudá-
las separadamente inclusive para saber
se é caso de dor irradiada ou referida.
 Também é relevante a avaliação da
sensibilidade na área de distribuição da
dor.
 Diferentes dores sem relação entre si
pode significar doença única, processos
patológicos independentes ou dor
psicogênica.
 A localização da dor é importante para
saber sua etiologia.
Irradiação
 Juntamente com a localização, pode indicar
a estrutura nervosa comprometida.

 A dor pode ser:


Localizada
Irradiada
Referida
 Dor Localizada:
A via rápida ou do trato neoespinotalâmico é
a mais recente evolutivamente. É iniciada
por estímulos mecânicos ou térmicos
principalmente. Ela utiliza neurônios de
axônios rápidos, fibras A-delta. Esta é a via
que produz a sensação da dor aguda e
bem localizada.
 Dor irradiada:
É aquela sentida à distância de sua origem, porém em
estruturas obrigatoriamente inervadas pela raiz
nervosa ou nervo cuja estimulação nóxica é
responsável pela dor, ou seja, decorre do
comprometimento ou irritação de alguma raiz nervosa.
A dor é exatamente no território correspondente à raiz
nervosa estimulada.
Ex.: Hérnia de disco (nádega e face posterolateral da
coxa e da perna).
 Dor referida:
Dor referida é a dor profunda que se projeta à
distância, não tem localização muito precisa
e é contínua.
Ex.: Dor na face medial do braço em caso de
infarto do miocárdio e angina.
Qualidade / caráter
 Solicita-se ao paciente que descreva como sua
dor lhe parece e que tipo de sensações e
emoções ela lhe provoca.
 Vários termos são utilizados para descrever a dor,
muitos deles indicando diferentes processos
fisiopatológicos ou sócio culturais.

É comum os pacientes terem dificuldade para


caracterizar sua dor e, nesses casos, cabe ao
médico oferecer-lhe a relação de termos
descritores para que o paciente se enquandre no
que achar mais relacionado.
 Exemplos:
Dor equivocada: só ocorre mediante alguma
forma de provocação.
Dor constante: aquela que ocorre
continuamente, variando sua intensidade mas
sem cessar.
Dor intermitente: aquela que ocorre
episodicamente.
Dor do membro fantasma

… entre outros.
Intensidade
 Componente de maior importância para o
paciente por mostra sua relevância.
 Resultado da interpretação global dos
aspectos emocionais, sensitivos e culturais.
 É importante basear-se em critérios rígidos
para minimizar erros em sua mensuração.
 Determinante para o esquema terapêutico a
ser instituído ou modificado.
 Antes, usava-se escalas verbais como:
Sem dor
Dor leve
Dor moderada
Dor intensa
Dor insuportável
 Entretanto, além de ser subjetiva,
comprometia a sensibilidade do
instrumento pela falta de opções.
 Atualmente, usa-se escalas analógicas
visuais para se avaliar a intensidade da
dor.
 Essas escalas consistem em linhas
retas, divididas de 0 – 10 (sem dor –
pior dor imaginável).
Duração
 Importante para classificar a dor em aguda e
crônica e para caracterizar diferentes
patologias (dor contínua, cíclica, intermitente).
 Também é importante determinar com
precisão a data do início da dor.
 Em caso de dor cíclica, deve-se anotar a
frequência e duração de cada episódio
doloroso, número de crises, etc.
 Dependendo de sua duração a dor pode ser
classificada em:
• Aguda – com duração inferior a a três meses,
desaparecendo após dias ou semanas após
cura da lesão ou doença.
• Crônica – aquela que persiste por um período
superior ha um mês, durando mais que três
meses.
Evolução
 Característica semiológica de extrema
importância.
 Revela toda a evolução da dor, desde o seu
início até o momento da anamnese.
 Inicia-se investigando seu inicio, se súbito ou
insidioso.
 O que pode variar na evolução da dor?

-Ex.:Tipos de cefaléia, intensidade da dor,


ritimicidade, etc.
Relação com funções orgânicas
 Considera-se a localização da dor e os
órgãos e estruturas situados na mesma
área.

 Regra geral:
A dor é acentuada pela solicitação
funcional da estrutura em que se
origina.
 Exemplo:
 A dor da insuficiencia da artéria
mesentérica é intensificada pela
alimentação, pois há aumento do
peristaltismo;
 A dor articular ou muscular é acentuada
com a movimentação do mesmo.
Fatores desencadeantes / agravantes
 Fatores que desencadeiam ou agravam
a dor em sua presença.

 Devem ser procurados ativamente já


que esclarecem a enfermidade e
constituem parte importante da
terapêutica a ser instituída.
Fatores atenuantes
 São aqueles que aliviam a dor. Posturas
ou atitudes que resguardam o orgão
afetado.
 Encontram-se:
Posturas
Distração
Medicamentos
Fisioterapia
Acupuntura
Procedimentos cirúrgicos
Manifestações concomitantes
 Devem ser muito bem definidas durante
a anamnese (sinais e sintomas que se
relacionam com a dor).
 Devem ser considerados ainda dados
como:
Sexo
Idade
Doenças prévias
Hábitos de vida
Bibliografia
 http://rtufvjm.blogspot.com/2009/08/fisiol
ogia-da-dor.html

 Silverthorn, Dee Unglaub, Fisiologia


Humana, 5° edição, 2010.

 Porto, Celmo Celeno, Semiologia


Médica, 5° edição, 2005.

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