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esumo estudo...

O filme a ser estudado no trabalho a seguir, baseia-se num júri popular que ocorre na cidade de Nova
York, onde o réu é um rapaz que está sendo acusado de ser o autor do assassinato de seu próprio pai,
com o qual teve uma briga na noite do crime, devido ao fato de que todos acreditem que ele seria o único
a ter motivos para o faze-lo. O caso apenas por um curto espaço de tempo se mostra no tribunal, onde o
juiz por sua vez se manifesta e em algumas simples palavras explica aos doze jurados à responsabilidade
a que os compete, tendo em vista que naquele Estado a sanção aplicada para tal crime, é a cadeira
elétrica.
A decisão do júri precisa ser unânime, e por esse motivo a necessidade de cautela na decisão, pois se
trata de decidir seuma pessoa deve ou não ser morta para pagar por um determinado crime. A
responsabilidade se torna ainda maior para os jurados, pois existem algumas testemunhas e provas, mas
existe também uma margem de dúvida, dúvida essa que se não for esclarecida pode condenar um
inocente ou absolver um culpado pondo em risco a sociedade.
Por esse motivo não cabe aos jurados agir com a emoção, levando em conta suas experiências de vida,
suas frustrações ou seus medos, mas sim buscar minuciosamente o esclarecimento dos fatos, analisando
assim todas as possibilidades e buscando enxergar de diferentes ângulos cada nova possibilidade a fim
de poder melhor analisar e assim tentar chegar o mais próximo possível da verdade.
O filme em questão se passa quase que inteiramente em uma pequena sala do júri, fechada, com pouca
ventilação, osdoze jurados seguiram o procedimento padrão, quando fizeram uma votação preliminar,
antes mesmo de discutir sobre o assunto apenas para conhecer a opinião de cada um e somar as
opiniões em conjunto.
No filme em questão (Doze homens e uma sentença), a argumentação é ponto crucial no desfeche do
resultado final, pois o único jurado com opinião contrária aos demais, o arquiteto Daves, durante toda a
discussão dos fatos, se mostra preocupado não somente em condenar ou absolver o réu e sim em julgar
com coerência os fatos ocorridos para que não se cometesse nenhuma injustiça, nesse aspecto Daves,
usa algo além de persuasão e argumentação: o gerenciamento das relações, onde observa como cada
um dos demais jurados se comporta e se comunica, para que dessa forma possa também saber como
persuadir cada um, a fim de fazê-los pensar no tamanho da responsabilidade que lhes foi atribuída. Entre
os jurados existe um que se mantém quase que o tempo todo irredutível, demonstrando sua opinião
formada e também tamanha amargura com a vida, “Há pessoas que vestem uma espécie de armadura
virtual pra se defender. O tempo passa e elas não percebem que essa armadura não as está protegendo,
está apenas escondendo as feridas da sua solidão”. ¹
Será que o jurado irredutível realmente acreditava na culpabilidade do réu? Ou será que ele apenas agiu
como um “Maria vai com as outras”, e quando viu os demais mudando de opinião se sentiu agredido pelo
poder de persuasão de Daves? “Muitas vezes temos medo do poder do outro e por isso nos retraímos”. ²
Então na retórica são expostos os argumentos de ambas as partes, as idéias são debatidas para que no
final se veja quem dos locutores/interlocutores, (denominamos assim as pessoas que da retórica
participam, pois tanto falam quanto ouvem para que seja assim realmente uma retórica, com ambas as
partes tendo momentos para retrucar e para ouvir o outro) consegue defender melhor seu pensamento,
sua idéia sua tese, etc. E para tanto ambos os locutores/interlocutores tem que pesquisar, estudar, para
que dominem o assunto que em questão, pois se não dominarem ou não tendo um bom argumento,
tendem então a perder, deixando assim prevalecer à tese de outrem.
Seja como for, para uma boa retórica temos que sempre ser bem persuasivos de maneira que, como já foi
citado anteriormente, possamos vencer junto com a pessoa que persuadimos, e dominar o tema ou tese
defendida por nós, tendo isso como base, será fácil fazer com que a nossa tese/idéia prevaleça.
Daves faz bom uso da argumentação jurídica em todo o tempo (ainda que seja apenas um membro do júri
popular), e assim consegue através de técnicas argumentativas, convencer e persuadir os demais jurados
ali dispostos, conseguindo assim a absolvição do réu, ao qual ninguém tinha real certeza da
culpabilidade.
PARTE 1
Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte.
Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também
não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8 (Henry Fonda)
não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas
também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas
casas.
Inicialmente realizado como uma produção para tevê, o filme acompanha um júri composto de doze
homens que devem julgar um jovem porto-riquenho acusado de ter assassinado seu próprio pai. Para o
veredicto final, a votação tem que ser unânime e, se for considerado culpado, a lei determina para estes
casos que o réu seja condenado à morte.
Rapidamente, onze dos jurados votam pela condenação. Um deles %3 o arquiteto Davis, interpretado por
Henry Fonda %3 é o único que quer discutir um pouco mais antes de dar a decisão final. Afinal, estavam
decidindo se uma pessoa, um jovem , viveria ou morreria. Enquanto Davis tenta convencer os demais
jurados , o filme vai revelando a característica de cada um %3 o estilo e a história de vida, as atividades,
as motivações e a influência no grupo %3 mostrando o que os levou a tentar considerar o garoto como
culpado e a desnudar os seus próprios (pre)conceitos.
Cada um dos jurados tem origem, condição social e idade diferente e, como não podia deixar de ser,
diversos tipos de personalidade: entre os doze, há o tímido, o intelectual, o idoso, o de origem humilde, o
imigrante, enfim , cada um é um ser único e está ali para decidir sobre o destino de outro ser humano.

PARTE 2
Quando Davis, com sua persistência e persuasão, vai fazendo com que cada um reveja os seus votos,
passam a emergir no grupo os aspectos individuais. Ao mudar o seu voto, cada um terá evidentemente
que rever conceitos e vai querer que sua decisão seja respeitada. Nesse processo, é inevitável que as
características da personalidade de cada um comecem a aflorar, surgindo então os conflitos e as
emoções que exercem influência no comportamento das pessoas, bem como as variáveis que
normalmente permeiam as relações dentro de um grupo altamente diferenciado.
A trama prossegue sem se preocupar em mostrar se o réu é culpado ou não , mas sim se uma pessoa
pode ser julgada por seus semelhantes com base apenas em evidências circunstanciais e suposições. O
filme mostra a fragilidade estrutural e a complexidade de um grupo constituído de pessoas comuns, já
prenunciando um estilo que iria predominar em quase toda a obra futura de Lumet : os padrões éticos que
confere ao comportamento dos seus personagens e a forma de mostrá-los, sempre envoltos na condição
humana.
São 95 minutos de filme, passados o tempo todo numa pequena sala. É quase como se tudo ocorresse
em tempo real . O calor e a falta de ventilação %3 artifício utilizado pelo diretor, ampliam o clima
claustrofóbico. Há uma variação de planos fechados, mostrando a expressão dos atores de vários
ângulos, na medida em que cada jurado vai desnudando a sua personalidade.
A tensão crescente vem muito mais do conflito de personalidades entre os personagens e no atrito dos
diálogos do que propriamente da ação. Na verdade, a lógica, o preconceito e a emoção dominam o tempo
todo o campo da ação, com o núcleo se situando sempre na questão relacionada com a responsabilidade
inerente à possível condenação de um jovem à morte e não na preocupação de esclarecer um crime.

PARTE 3
Doze Homens e uma Sentença é um estudo magistral do comportamento de grupo, através do enfoque
do procedimento dos 12 jurados com suas diferenças culturais, pessoais e de formação, expressas em
seus valores, preconceitos e falsas certezas .
O filme mostra também os fatores críticos envolvidos no processo decisório, evidenciando como as
pessoas trazem para o grupo e para a tomada de decisão seus padrões, condicionamentos e história de
vida ; evidencia as diferenças individuais que levam as pessoas a, na análise de um mesmo fato,
visualizarem ângulos e verdades diferentes; e analisa a capacidade e características do processo de
negociação.
O roteiro excelente de Reginald Rose e a fotografia do ótimo Boris Kaufmann são fundamentais para
acentuar o clima asfixiante no grupo de jurados e também nos espectadores.
Considerado uma obra de grande valor humanista, o filme deu a Lumet o Urso de Ouro de melhor diretor,
e ganhou também o prêmio da crítica internacional (Fipresci) e o da Organização Católica Internacional
para o Cinema (Ocic

12 HOMENS E UMA SENTENÇA O filme baseia-se num júri popular que ocorre na cidade de
Nova York, onde o réu está sendo acusado de ter assassinado o pai, com o qual teve uma
briga na noite do crime. O caso apenas por um curto espaço de tempo se mostra no tribunal,
onde o juiz por sua vez se manifesta e em algumas simples palavras explica aos doze jurados
à responsabilidade a que os compete, tendo em vista que naquele Estado a sanção aplicada
para tal crime, é a cadeira elétrica. A decisão do júri precisa ser unânime. Existem testemunhas
e provas, e uma margem de dúvida, que se não for esclarecida pode condenar um inocente ou
absolver um culpado pondo em risco a sociedade.Por esse motivo não cabe aos jurados agir
com a emoção, levando em conta suas experiências de vida, suas frustrações ou seus medos,
mas sim buscar o esclarecimento dos fatos. No filme Doze homens e uma sentença, a
argumentação é ponto crucial no desfeche do resultado final, pois o único jurado com opinião
contrária aos demais, o arquiteto Daves, se mostra preocupado em condenar ou absolver o réu
e sim não cometer nenhuma injustiça, nesse aspecto Daves, usa algo além de persuasão e
argumentação: o gerenciamento das relações, onde observa como cada um dos demais
jurados se comporta e se comunica, para que dessa forma possa também saber como
persuadir cada um, a fim de fazê-los pensar no tamanho da responsabilidade que lhes foi
atribuída. Entre os jurados existe um que se mantém quase que o tempo todo irredutível,
demonstrando sua opinião formada e também tamanha amargura com a vida. Será que o
jurado irredutível realmente acreditava na culpabilidade do réu ou se sentiu agredido pelo poder
de persuasão de Daves? E para tanto ambos os locutores / interlocutores tem que pesquisar,
estudar, para que dominem o assunto que em questão.Seja como for, para uma boa retórica
temos que sempre ser bem persuasivos de maneira que, possamos vencer junto com a pessoa
que persuadimos, e dominar o tema ou tese defendida por nós. Daves faz bom uso da
argumentação jurídica em todo o tempo (ainda que seja apenas um membro do júri popular), e
assim consegue através de técnicas argumentativas, convencer e persuadir os demais jurados
ali dispostos, conseguindo assim a absolvição do réu, ao qual ninguém tinha real certeza da
culpabilidade. OK?

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