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Dica Maria da Penha defesas

I- DA LEGÍTIMA DEFESA: Ademais, é certo que as agressões foram mútuas,


tendo o acusado apenas se utilizado do exercício de sua autodefesa, restando
devidamente configurada a causa excludente de ilicitude prevista no art. 23, II,
do Código Penal (legítima defesa). Na hipótese, denota-se que a reação não foi
planejada e nem ao menos pretendida, tendo o acusado, estreme de dúvidas,
agido em legítima defesa, visando coibir a iminência de injusta agressão contra
si perpetrada, demonstrando-se, assim, a ausência da intenção de praticar o
ilícito penal ora apurado. Importante ressaltar que o princípio de que o ônus da
prova da legítima defesa cabe ao acusado deve ser mitigado em casos como o
presente, vez que é impossível para o acusado provar que agiu em legítima
defesa em razão da dinâmica dos fatos, devendo prevalecer a teste defensiva se
a acusação não se desincumbiu do ônus de provar a culpabilidade do agente.

Obs: Se eu for o advogado do agressor as perguntas que tenho que fazer para a
vítima são:

a) Me conta o início da briga? Como tudo começou?

Continuando...

Ainda há de se reconhecer o privilégio no caso de lesões corporais, pois caso


não prevaleça a tese defensiva absolutória, o que apenas se admite por amor às
discussões jurídicas, verifica-se pelo conjunto probatório que a suposta atitude
do acusado só ocorreu em virtude da áspera discussão.

Diminuição e substituição da pena em caso de condenação por lesão corporal


Lesão corporal culposa não se aplica na Lei Maria da Penha, pois é necessário a
vontade o dolo.

Crime culposo não se aplica na maria da penha! Obs: não é pacífico esse
entendimento.

Se a lesão for culposa pode ser aplicado pena de multa §5º-CP Substituição da
Pena.

Lesão recíproca: o casal um e o outro deu um tapa na cara do outro, se


tapearam.

Essas são as teses defensivas.

Alternativa em condenação por ameaça em Maria da Penha

Obs: não tem ANPP, transação penal e nem suspensão condicional do processo.

A única hipótese que pode ser aplicado no caso da Maria da Penha é a


SUSPENSÃO DA PENA!

Descumprimento de protetiva sem intimação é crime?

R: Pra ser crime o Réu tem que ter sido notificado/intimado judicialmente sobre
a medida protetiva. Se a citação for por edital, o réu também não será
denunciado pelo crime do art. 24-A da Lei Maria da Penha (descumprimento de
medida protetiva), ele deve ser encontrado e notificado pessoalmente e ciência
da medida protetiva.
Tem como desclassificar o crime do art. 24-A? R: Sim, isso ocorre quando a
própria vítima autoriza a aproximação do réu com ela, o STJ já pacificou esse
entendimento.

"Assim, restando incontroverso nos autos que a própria vítima permitiu a


aproximação do réu, autorizando-o a residir com ela no mesmo lote residencial,
em casas distintas, é de se reconhecer a atipicidade da conduta", concluiu o
ministro.

Leia o acórdão no AREsp 2.330.912.

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