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ARTIGO Recebido: 26/08/2020

ORIGINAL Aceito: 28/10/2020

Distúrbios osteomusculares relacionados


ao trabalho e instabilidade no trabalho
entre profissionais de enfermagem
Work-related musculoskeletal disorders and work instability of
nursing professionals
Eduardo José Silva Teixeira1 , Rafael de Souza Petersen2 ,
Maria Helena Palucci Marziale3

RESUMO | Introdução: Características próprias do trabalho de enfermagem em unidades hospitalares expõem os profissionais a
fatores de risco que favorecem a instabilidade no trabalho e o acometimento por distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho,
podendo ocasionar adoecimento e, consequentemente, diferentes níveis de incapacidade para o trabalho. Objetivos: Analisar a
associação entre instabilidade no trabalho e ocorrência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em profissionais de
enfermagem. Métodos: Estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa de dados, realizado em um hospital da cidade
de Ribeirão Preto, São Paulo. A Escala de Instabilidade no Trabalho – Enfermagem e o Questionário Nórdico Musculoesquelético
foram aplicados em profissionais de enfermagem lotados nos Centros de Terapia Intensiva adulto e pediátrico e nas unidades
de internação de ortopedia, neurocirurgia e cirurgia cabeça/pescoço. Resultados: Participaram do estudo 111 profissionais de
enfermagem, dos quais 25,2% apresentaram baixo risco de instabilidade; 44,1%, médio risco; e 30,6%, alto risco. Foram encontradas
associações estatísticas entre instabilidade e as variáveis setores de trabalho (p = 0,004) e distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho nas regiões pescoço (p = 0,001), ombros (p = 0,000), partes superior (p = 0,007) e inferior (p = 0,046) das costas, cotovelo
(p = 0,005), punho (p = 0,002), quadril/coxas (p = 0,006) joelhos (p = 0,021) e tornozelos e pés (p = 0,011). Conclusões: Há
associação entre instabilidade no trabalho e a presença de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em profissionais
de enfermagem. Intervenções são necessárias, pois a instabilidade antecede a incapacidade e está intrinsicamente relacionada ao
absenteísmo e à aposentadoria precoce.
Palavras-chave | distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho; doenças musculoesqueléticas; saúde do trabalhador;
equipe de enfermagem; enfermagem.

ABSTRACT | Introduction: Characteristics of nursing work in hospital units expose professionals to risk factors that may
favor instability at work and the development of work-related osteomuscular disorders, which may cause them to become ill and
consequently different levels of incapacity to work. Objectives: to analyze the association between work instability of nursing
professionals and the occurrence of work-related musculoskeletal disorders. Methods: Descriptive, cross-sectional study with
quantitative approach of the data, performed in a hospital in the city of Ribeirão Preto – São Paulo. We used the Nurse-Work Instability
Scale and the Nordic Musculoskeletal Questionnaire, with nursing professionals workers of an adult and pediatric intensive care
center and of internment units of orthopedic, neurosurgery and head/neck surgery. Results: 111 nursing professionals participated
in the study, 25.2% presented low risk of instability, 44.1% medium risk and 30.6% high risk. Statistical associations were found
between instability and the variables sectors of work (p = 0.004) and work-related osteomuscular disorders in the regions: neck (p =
0.001), shoulders (p = 0.000), upper back (p = 0.007), elbow (p = 0.005), wrist (p = 0.002), lower back (p = 0.046), hip/thighs (p
= 0.006), knees (p = 0.021), ankles and feet (p = 0.011). Conclusions: There is an association between instability at work and the
presence of osteomuscular disorders related to the work of nursing professionals. Interventions are needed for instability precedes
disability and is intrinsically related to absenteeism and early retirement.
Keywords | cumulative trauma disorders; musculoskeletal disorders; occupational health; nursing staff; nursing.

1
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil.
2
Gerência Regional, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, DF, Brasil.
3
Núcleo de Estudos Saúde e Trabalho, EERP, USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Fonte de financiamento: Programa Unificado de Bolsas de Estudo para Estudantes de Graduação (PUB) da Universidade de São Paulo.
Conflitos de interesse: Nenhum
Como citar: Teixeira EJS, Peterson RS, Marziale MHP. Work-related musculoskeletal disorders and work instability of nursing professionals. Rev Bras Med Trab.
2022;20(2):206-214. http://dx.doi.org/10.47626/1679-4435-2022-677

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Distúrbios osteomusculares e profissionais de enfermagem

INTRODUÇÃO tornozelos/pés4-8. Com isso, os DORT e suas repercussões,


além de predisporem a saúde desses trabalhadores a outros
O trabalho é uma atividade essencialmente humana acometimentos, elevam o nível de dificuldade para o
que sofre constantes modificações oriundas do avanço das desempenho completo das atividades laborais, sendo este
formas de organização, junto ao uso de novas tecnologias. um indicador de instabilidade no trabalho2-9.
Essas transformações e as novas configurações de trabalho, A instabilidade no trabalho pode ser entendida como
além de benefícios, também proporcionam desafios para um estado em que as consequências da incompatibilidade
os trabalhadores da área da saúde, resultando em novas entre a capacidade funcional e/ou cognitiva do profissional
formas de adoecimento1,2. e suas demandas de trabalho podem representar uma
Os profissionais de enfermagem desenvolvem ameaça à manutenção do emprego caso não sejam
atividades laborais em diferentes locais, com destaque para solucionadas9. Contudo, o conceito de instabilidade no
as instituições hospitalares, que, além de representarem um trabalho, além de englobar aspectos físicos e psicossociais,
ambiente insalubre, expõem os trabalhadores a diversos reconhece a relação entre a condição individual do
fatores de riscos químicos, físicos, mecânicos, biológicos, profissional para desempenhar suas atividades laborais e o
psicossociais e ergonômicos. Esses riscos podem ocasionar ambiente de trabalho2.
adoecimento e desgastes físico e mental, os quais, por sua Nessa perspectiva, destaca-se que investigar a
vez, podem resultar em diferentes níveis de incapacidade instabilidade no trabalho em profissionais de enfermagem
para o trabalho3. é de extrema importância, pois representa um estado
Ao considerar a atuação da equipe de enfermagem geralmente transitório e potencialmente reversível que
especificamente em unidades hospitalares, são realizadas antecede a incapacidade para o trabalho2 e, caso não seja
atividades laborais que exigem, de forma contínua, atenção resolvido, pode resultar em presenteísmo, absenteísmo
constante e esforço físico e mental. Essas atividades também e aposentadoria precoce. O presenteísmo é definido
levam os trabalhadores a adotarem posições inadequadas, como uma condição em que o profissional comparece ao
com frequentes torções da coluna vertebral, movimentos local de trabalho, mas desenvolve suas funções de forma
repetitivos e levantamento de cargas, predispondo-os a ineficiente devido ao acometimento por problemas de
lesões cumulativas de origem osteomuscular1,4,5. Assim, as saúde e/ou associados ao trabalho10. Embora seja um
peculiaridades do trabalho de enfermagem favorecem o fenômeno comum entre os profissionais de enfermagem,
surgimento dos distúrbios osteomusculares relacionados o presenteísmo pode ocasionar erros e omissões nas
ao trabalho (DORT), sendo considerados um dos tarefas, indiretamente gerando baixa produtividade, e é
principais agravos à saúde nesses profissionais4. De fato, considerado um precursor para o absenteísmo11,12.
quando comparada com outras categorias de profissionais Sabe-se que intervenções durante o período de
da saúde, a enfermagem é a mais suscetível aos DORT6. instabilidade podem refletir na melhoria da qualidade de
Os DORT compreendem a afecção de músculos e vida dos trabalhadores e, consequentemente, na redução
estruturas associadas, com presença ou não de degeneração do absenteísmo-doença2,9, diminuindo custos para os
dos tecidos, e são caracterizados pelo surgimento de empregadores e o sistema previdenciário. Assim, diante
sintomas concomitantes ou não, como dor, parestesia, das evidências apresentadas, o presente estudo tem como
sensação de peso e fadiga1. Os DORT possuem origem objetivo analisar a associação entre instabilidade no trabalho
multifatorial e multidimensional e englobam fatores e ocorrência de DORT em profissionais de enfermagem.
individuais, físicos, psicossociais e organizacionais tanto na Também buscamos compreender a relação dos DORT com
dimensão individual quanto nas dimensões grupal e social, características individuais dos trabalhadores, como sexo e
que interagem entre si originando ou potencializando os idade, e características ocupacionais, como setor de trabalho
sintomas e todas as repercussões dessa síndrome1,2-7. e categoria profissional pertencente na enfermagem.
Destaca-se que a lombalgia é a principal queixa entre Dessa forma, o estudo busca responder as seguintes
os profissionais de enfermagem, seguida de dores nas perguntas de investigação: a) Os trabalhadores de
regiões do pescoço, ombro/braço, punho/mão, joelhos e enfermagem atuantes em unidades hospitalares

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apresentam indicadores de instabilidade no trabalho? e b) a Nurse-WIS9: trabalhar há pelo menos 1 ano na área de
Há associação entre instabilidade no trabalho e presença enfermagem e apresentar pelo menos um episódio de
de indicadores de DORT em profissionais de enfermagem? dor osteomuscular nos últimos 3 meses, com duração
≥ 2 horas. Como critério de exclusão, adotamos ter outra
profissão além da enfermagem.
MÉTODOS A coleta de dados foi realizada nas enfermarias dos
setores selecionados para o estudo. Após esclarecimento
Estudo descritivo e transversal, com abordagem sobre a pesquisa e seus objetivos, os profissionais foram
quantitativa de dados, realizado em um hospital convidados a participar do estudo mediante assinatura do
universitário da cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, termo de consentimento livre e esclarecido. Os critérios
entre agosto de 2018 e janeiro de 2019. A população de de inclusão foram aplicados no momento da coleta de
estudo foi composta por 160 profissionais de enfermagem dados; os profissionais também foram questionados
(enfermeiros, técnicos e auxiliares), lotados nos Centros de sobre a categoria profissional e, em seguida, responderam
Terapia Intensiva (CTI) adulto e pediátrico e em unidades aos questionários. Posteriormente, os questionários
de internação de neurocirurgia, cirurgia cabeça/pescoço e foram enumerados e armazenados em envelopes opacos,
ortopedia. A seleção dos locais de estudo teve como base garantindo o sigilo das informações disponibilizadas pelos
o alto grau de dependência dos pacientes e a consequente participantes.
carga de trabalho físico e mental para os trabalhadores de Após a coleta de dados, para realizar a análise estatística,
enfermagem. estabeleceu-se um nível de significância α = 0,05. Os
Para investigar a instabilidade no trabalho, utilizamos dados foram transportados para os programas IBM® SPSS
a versão brasileira da Nurse-Work Instability Scale (Nurse- Statistics versão 25 e R i386 versão 3.4.0. Foram aplicados
WIS)9, traduzida e adaptada para uso no Brasil como os testes estatísticos do qui-quadrado para frequências
Escala de Instabilidade no Trabalho – Enfermagem2. Além esperadas ≥ 5 e exato de Fisher para frequências esperadas
de investigar a idade e o sexo dos profissionais, a Nurse- < 5, considerando testar a independência entre as variáveis
WIS conta com 20 perguntas afirmativas com opção de sexo, categoria profissional, faixa etária e setores. Os
resposta de verdadeiro ou falso. O referido instrumento testes do qui-quadrado e exato de Fisher também foram
tem como finalidade a classificação, projeção e vigilância aplicados para avaliar a aderência em relação aos sintomas
da instabilidade no trabalho, com enfoque nos sintomas relacionados às DORT e as categorias da instabilidade no
musculoesqueléticos9. Classifica a instabilidade no trabalho.
trabalho a partir dos seguintes escores: < 7 pontos – baixo Foram respeitados todos os requisitos éticos exigidos
risco; 7-13 pontos – médio risco; ≥ 14 pontos – alto risco. pela Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de
Com o intuito de verificar a relação entre instabilidade Saúde14. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
no trabalho e DORT, utilizamos o Questionário Nórdico em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão
de Sintomas Músculoesqueléticos13, que conta com uma Preto da Universidade de São Paulo, Brasil (CAAE:
figura humana vista pela região posterior, subdividida 84273518.0.0000.5393).
em nove regiões anatômicas: região cervical, ombros,
região torácica, cotovelos, punhos/mãos, região lombar,
quadril/coxas, joelhos e tornozelos/pés. O instrumento RESULTADOS
avalia cada área anatômica separadamente nos últimos
12 meses em relação a dor, impedimento para realizar Dos 160 profissionais lotados nos setores selecionados
tarefas do cotidiano, busca de auxílio médico ou de outros para o estudo, 111 (69,3%) aceitaram participar da
profissionais da saúde e presença de sintomas nos últimos pesquisa. Os motivos da não participação foram os
7 dias (dor, formigamento, dormência). seguintes: profissionais não tiveram interesse em participar
Os critérios de inclusão adotados para o estudo foram (16; 10%); não trabalhavam mais nas unidades estudadas
os mesmos critérios propostos pelo grupo que desenvolveu ou na instituição quando os dados foram coletados

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Distúrbios osteomusculares e profissionais de enfermagem

(12; 7,5%); não atenderam aos critérios de inclusão (11; Na Tabela 1, são apresentados os resultados referentes
6,8%); estavam afastados por licenças (9; 5,6%); e não à distribuição das categorias de classificação de risco de
responderam ao Questionário Nórdico de Sintomas instabilidade no trabalho em relação às variáveis sexo,
Musculoesqueléticos (1; 0,6). categoria profissional, idade e setores de trabalho.
Dos 111 (69,3%) profissionais participantes, 89 De acordo com os dados, apenas os setores de
(80,2%) eram mulheres, sendo 33 (29,7%) enfermeiras, 60 trabalho apresentaram associação (p = 0,004) em relação
(54,1%) técnicas de enfermagem e 18 (16,2%) auxiliares aos setores de trabalho e categorias da instabilidade no
de enfermagem. A idade média entre os profissionais foi de trabalho. Nesse aspecto, destaca-se que os setores CTI
38,6 anos (desvio padrão = 7,9), com idade mínima de 25 pediátrico e de cirurgia cabeça/pescoço apresentaram as
anos e idade máxima de 64 anos. Quanto ao número de maiores frequências de trabalhadores de alto risco. Em
profissionais por setores de trabalho, 33 (29,7%) eram do relação às maiores classificações para cada setor, a CTI
CTI pediátrico; 27 (24,3%), do CTI adulto; 25 (22,5%), pediátrica obteve maior prevalência de trabalhadores de
da unidade de cirurgia cabeça e pescoço; 16 (14,4%), alto risco (12; 36,4%), enquanto a CTI adulto obteve
da unidade de ortopedia; e 10 (9,0 %), da unidade de maior prevalência de trabalhadores de baixo (11; 40,7%)
neurocirurgia. Para a instabilidade no trabalho, foram e médio (11; 40,7%) riscos. Já as unidades de cirurgia de
encontrados 28 (25,2%) profissionais classificados como cabeça e pescoço, ortopedia e neurocirurgia apresentaram,
baixo risco, 49 (44,1%) classificados como médio risco e respectivamente, maior prevalência de profissionais de alto
34 (30,6%) classificados como alto risco. (10; 40%), médio (10; 62,5%) e médio (9; 90%) riscos.

Tabela 1. Características pessoais e ocupacionais dos profissionais de enfermagem de um hospital universitário e sua
distribuição nas categorias de classificação de risco para instabilidade no trabalho, Ribeirão Preto, 2019

Risco baixo Risco médio Risco alto


(n = 28) (n = 49) (n = 34)
Variáveis n (%) n (%) n (%) Valor de p

Sexo 0,380*
Feminino 22 (78,6) 42 (85,7) 25 (73,5)
Masculino 6 (21,4) 7 (14,3) 9 (26,5)
Categoria profissional 0,402*
Enfermeiro 8 (28,6) 12 (24,5) 13 (38,2)
Técnico 15 (53,5) 31 (63,3) 14 (41,2)
Auxiliar 5 (17,9) 6 (12,2) 7 (20,6)
Faixa etária (anos) 0,160†
25-29 6 (21,4) 4 (8,2) 2 (5,9)
30-39 15 (53,6) 24 (49,0) 14 (41,2)
40-49 6 (21,4) 19 (38,8) 13 (38,2)
≥ 50 1 (3,6) 2 (4,0) 5 (14,7)
Setores 0,004†
CTI pediátrico 10 (35,7) 11 (22,4) 12 (35,3)
CTI adulto 11 (39,3) 11 (22,4) 5 (14,7)
Cirurgia cabeça/pescoço 7 (25,0) 8 (16,3) 10 (29,5)
Ortopedia 0,0 10 (20,4) 6 (17,6)
Neurocirurgia 0,0 9 (18,4) 1 (2,9)
O destaque em negrito indica valores estatisticamente significantes.
CTI = centro de terapia intensiva.
* Teste do qui-quadrado de Pearson.

Teste exato de Fisher.

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Em relação ao sexo, à categoria profissional e à faixa profissionais. Já os técnicos de enfermagem tiveram sua
etária, os testes apontaram independência entre essas maior concentração em risco médio (32; 53,3%).
variáveis e a instabilidade no trabalho; entretanto, deve- A faixa etária com maior escore de alto risco foi a
se ressaltar que as mulheres apresentam predominância de profissionais com ≥ 50 anos (5; 62,5), enquanto as
na classificação de risco médio (42; 47,2%) e os homens faixas etárias de 30 a 39 (45,3%) e 40 a 49 (50%) anos
apresentam predominância na classificação de risco alto apresentaram maior escore de médio risco. Em profissionais
(9; 40,9%). No que se refere à categoria profissional, os na faixa etária dos 25 aos 29 anos, houve predominância de
auxiliares de enfermagem e enfermeiros apresentaram risco baixo (50%).
maior prevalência de instabilidade em alto risco, A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos quanto
perfazendo, respectivamente, 7 (38,9%) e 13 (39,4%) à associação entre instabilidade no trabalho e sintomas

Tabela 2. Problemas osteomusculares por partes do corpo afetadas entre profissionais de enfermagem de um hospital escola
de Ribeirão Preto e suas distribuições nos escores categorizados para instabilidade no trabalho, 2019

Total Baixo risco Médio risco Alto risco


Variáveis (n) n (%) n (%) n (%) Valor de p

Pescoço
Sintomas (12 m) 54 5 (9,3) 31 (57,4) 18 (33,3) 0,001*
Limitação nas atividades (12 m) 14 0 (0,0) 7 (50,0) 7 (50,0) 0,032†
Consultas de saúde (12 m) 14 1 (7,1) 9 (64,3) 4 (28,6) 0,172†
Sintomas (7 d) 23 1 (4,3) 10 (43,5) 12 (52,2) 0,006†
Ombros
Sintomas (12 m) 60 6 (10,0) 32 (53,3) 22 (36,7) 0,000*
Limitação nas atividades (12 m) 19 1 (5,3) 8 (42,1) 10 (52,6) 0,025†
Consultas de saúde (12 m) 19 1 (5,9) 10 (58,8) 6 (35,3) 0,117†
Sintomas (7 d) 21 2 (9,5) 10 (47,6) 9 (42,9) 0,134†
Costas superior
Sintomas (12 m) 61 9 (14,8) 34 (55,7) 18 (29,4) 0,007*
Limitação nas atividades (12 m) 17 2 (11,8) 6 (35,3) 9 (62,9) 0,097†
Consultas de saúde (12 m) 14 2 (14,3) 9 (64,3) 3 (21,4) 0,333†
Sintomas (7 d) 27 3 (11,1) 11 (40,7) 13 (48,1) 0,044†
Cotovelo
Sintomas (12 m) 15 0 (0,0) 6 (40,0) 9 (60,0) 0,005†
Limitação nas atividades (12 m) 6 0 (0,0) 2 (33,3) 4 (66,7) 0,114†
Consultas de saúde (12 m) 5 0 (0,0) 3 (60,0) 2 (40,0) 0,520†
Sintomas (7 d) 6 0 (0,0) 3 (50,0) 3 (50,0) 0,322†
Punho
Sintomas (12 m) 42 4 (9,5) 19 (45,2) 19 (45,2) 0,002†
Limitação nas atividades (12 m) 19 0 (0,0) 7 (36,8) 12 (63,2) 0,000†
Consultas de saúde (12 m) 14 0 (0,0) 6 (42,9) 8 (57,1) 0,013†
Sintomas (7 d) 23 1 (4,3) 9 (39,1) 13 (56,5) 0,002†
Costas inferior
Sintomas (12 m) 67 13 (19,4) 28 (41,8) 26 (38,8) 0,046*
Limitação nas atividades (12 m) 32 4 (12,5) 12 (37,5) 16 (50,0) 0,013†
Consultas de saúde (12 m) 28 4 (14,3) 12 (42,9) 12 (42,9) 0,178†
Sintomas (7 d) 35 3 (8,6) 13 (37,1) 19 (54,3) 0,000†
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Distúrbios osteomusculares e profissionais de enfermagem

Tabela 2. Continuação

Total Baixo risco Médio risco Alto risco


Variáveis (n) n (%) n (%) n (%) Valor de p

Quadril/coxa
Sintomas (12 m) 34 3 (8,8) 15 (44,1) 16 (47,1) 0,006†
Limitação nas atividades (12 m) 12 0 (0,0) 2 (16,7) 10 (83,3) 0,000†
Consultas de saúde (12 m) 9 0 (0,0) 4 (44,4) 5 (55,6) 0,110†
Sintomas (7 d) 11 0 (0,0) 2 (18,2) 9 (81,8) 0,000†
Joelho
Sintomas (12 m) 53 10 (18,9) 20 (37,7) 23 (43,4) 0,021*
Limitação nas atividades (12 m) 27 3 (11,1) 8 (29,6) 16 (59,3) 0,001†
Consultas de saúde (12 m) 18 4 (22,2) 4 (22,2) 10 (55,6) 0,035†
Sintomas (7 d) 24 1 (4,2) 9 (37,5) 14 (58,3) 0,001†
Tornozelos e pés
Sintomas (12 m) 55 10 (18,2) 21 (38,2) 24 (43,6) 0,011*
Limitação nas atividades (12 m) 25 2 (8,0) 7 (28,0) 16 (64,0) 0,000†
Consultas de saúde (12 m) 22 5 (22,7) 6 (27,3) 11 (50,0) 0,074*
Sintomas (7 d) 25 4 (16,0) 7 (28,8) 14 (56,0) 0,011†
O destaque em negrito indica valores estatisticamente significantes.
d = dias; m = meses.
* Teste do qui-quadrado de Pearson.

Teste exato de Fisher.

de DORT de acordo com as regiões anatômicas em associações quanto à limitação para desenvolver atividade
profissionais de enfermagem, segundo a distribuição nos nos últimos 12 meses devido ao acometimento em pescoço
escores categorizados para instabilidade no trabalho. (p = 0,032), ombros (p = 0,025), punhos (p = 0,000),
Com o emprego do Questionário Nórdico de Sintomas região lombar (p = 0,013), quadril (p = 0,000), joelhos
Musculoesqueléticos, constatamos que, nos últimos 12 (p = 0,001), tornozelos e pés (p = 0,000); consultas com
meses, as regiões mais acometidas por DORT foram a profissionais de saúde nos últimos 12 meses devido ao
lombar (67; 60,4%), a parte superior da costa (61; 54,9%), acometimento das regiões do punho (p = 0,013) e joelho
os ombros (60; 53,1%), os tornozelos e pés (55; 49,5%), (p = 0,035); e presença de sintomas nos últimos 7 dias
o pescoço (54; 48,6%) e os joelhos (53; 47,7%). Quanto em pescoço (p = 0,006), região superior das costas (p =
à limitação para desenvolver atividades laborais ou do 0,044), punhos (p = 0,002), lombar (p = 0,000), quadril
cotidiano, destacam-se a lombar (32; 28,8%) e os joelhos (p = 0,000), joelhos (p = 0,001), tornozelos e pés (p =
(27; 24,3%). A região lombar apresentou números mais 0,011).
expressivos em relação à busca por serviços de saúde (28;
25,2%) e presença de sintomas nos últimos 7 dias (35;
31,5%) devido ao acometimento por DORT. DISCUSSÃO
Quando analisada a associação entre DORT e
instabilidade no trabalho, foram encontradas associações O presente estudo demonstrou algumas associações
estatisticamente significativas, com destaque para as regiões entre o grau de instabilidade no trabalho e sintomas de
acometidas nos últimos 12 meses: pescoço (p = 0,001), DORT em profissionais de enfermagem atuantes em
ombros (p = 0,000), partes superior (p = 0,007) e inferior um hospital. Também demonstrou associação entre os
(p = 0,046) das costas, cotovelo (p = 0,005), punho (p = setores de trabalho do profissional de enfermagem e as
0,002), quadril/coxas (p = 0,006) joelhos (p = 0,021) e categorias de instabilidade no trabalho, o que poderá trazer
tornozelos e pés (p = 0,011). Também foram encontradas subsídios para o entendimento do risco de presenteísmo,

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absenteísmo e abandono do trabalho nesses profissionais distribuição de faixa etária e classificação do risco de
de acordo com o setor em que trabalham. instabilidade. Uma das possíveis explicações para a
Ao analisar a distribuição das categorias de ausência de associação entre idade e instabilidade pode
instabilidade por setores de trabalho, destaca-se que os estar relacionada a uma baixa representatividade da
escores de médio e alto risco de instabilidade, quando população mais jovem no presente estudo (20-29 anos;
somados, superam 59% em todos os locais de trabalho 10,7%). Entretanto, notou-se que profissionais com idade
estudados. Esse resultado pode estar associado ao alto grau de 25 a 29 anos apresentaram maior classificação de baixo
de dependência dos pacientes, a fatores organizacionais risco, enquanto aqueles com ≥ 50 anos apresentaram maior
do trabalho e a atividades desenvolvidas diariamente que classificação de alto risco.
expõem os trabalhadores a fatores de risco3. Com isso, à Destaca-se que o aumento da idade é um fator que
medida que o risco de instabilidade aumenta, a capacidade também está associado ao absenteísmo. Um estudo18
para o trabalho, a satisfação no trabalho e a qualidade de realizado em um hospital universitário do interior de São
vida relacionada à saúde diminuem, comprometendo a Paulo analisou 994 atestados médicos de profissionais
qualidade da assistência prestada aos pacientes. de enfermagem e constatou que 65% apresentaram
A maioria dos profissionais de enfermagem absenteísmo-doença no período de 1 ano, sendo que a
participantes do estudo foi do sexo feminino, corroborando média de dias ausentes foi mais elevada na faixa etária dos
com as características da força de trabalho dessa categoria 50 a 59 anos. Outro estudo16 constatou que trabalhadores
identificadas em outros estudos4,15-17. Destaca-se que na faixa etária de 36-45 (odds ratio [OR]: 2,9) e 46-55
o presente estudo constatou independência entre as (OR: 2,5) anos têm cerca de três vezes mais chances de
variáveis sexo e categorias de instabilidade, com destaque apresentar alto risco de instabilidade do que profissionais
para uma maior frequência de mulheres classificadas como com menos de 35 anos, enquanto a faixa etária dos 55 anos
risco médio e homens classificados como alto risco de (OR: 6,7) possui cerca de sete vezes mais chances do que
instabilidade no trabalho. os mais jovens. Nesse sentido, investigações com grupos
Ao caracterizar a população estudada pelas categorias da mais homogêneos de idade poderiam ser realizadas para
instabilidade no trabalho, identificamos maior concentração fornecer melhor entendimento sobre a relação entre idade
na classificação de risco médio de instabilidade (44,1%), e instabilidade nos profissionais de enfermagem.
de forma semelhante ao resultado (41,2%) de um Quanto à categoria profissional, devido à organização
estudo realizado com equipes de enfermagem de lares do processo de trabalho, os auxiliares e técnicos de
de idosos na Alemanha16. A segunda maior prevalência enfermagem habitualmente são responsáveis pelo
de instabilidade no presente estudo foi no grupo de alto desenvolvimento de atividades laborais mais ligadas ao
risco de instabilidade (30,6%), sendo que esse valor foi cuidado direto, entre as quais algumas exigem maior
intermediário a dois estudos realizados na Alemanha na esforço físico19. Com isso, verificamos que técnicos de
temática de instabilidade, distúrbios osteomusculares e enfermagem apresentaram maior classificação de médio
profissionais de enfermagem (23,716 e 39,4% 17). risco de instabilidade, enquanto auxiliares e enfermeiros
Quando se observa a relação entre idade e instabilidade apresentaram números mais expressivos de alto risco.
no trabalho, a literatura científica16 traz evidências de Em relação aos DORT, identificamos que as regiões mais
que indivíduos mais velhos possuem maior risco para o acometidas nos últimos 12 meses foram pescoço (54;
desenvolvimento de instabilidade em comparação aos mais 48,2%), ombros (60; 53,5%), partes superior (61; 54,4%)
jovens. Além do mais, um estudo realizado na Alemanha17 e inferior das costas (67; 59,8%) e tornozelos e pés (55;
com profissionais de enfermagem com idade ≥ 40 anos 48,6%); já nos últimos 7 dias, destaca-se a região lombar
encontrou maior prevalência de trabalhadores classificados (35; 31,2%). Os resultados encontrados em nosso estudo
como alto risco de instabilidade em comparação ao corroboram com achados de outros estudos4,17-20. Além
presente estudo. disso, encontramos associações estatísticas entre DORT
Apesar dessas evidências, não foram encontradas e instabilidade no trabalho tanto em membros superiores
associações estatisticamente significativas entre quanto em membros inferiores.

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Distúrbios osteomusculares e profissionais de enfermagem

Nossos achados em relação ao acometimento por do cuidado prestado aos pacientes. As complicações dos
DORT nos últimos 12 meses foram superiores aos de um DORT também estão relacionadas ao absenteísmo em
estudo21 realizado com 1.179 enfermeiros de 15 instituições profissionais de enfermagem e causam incapacidades para
hospitalares da cidade de Hai Phong, no Vietnã. Nesse o trabalho temporárias ou permanentes, ocasionando
estudo, as regiões mais afetadas foram o pescoço (44,1%), mudança de emprego e aposentadoria precoce2,18. Assim,
os ombros (29,7%) e as partes superior (32,7%) e inferior são necessárias intervenções nessas condições de trabalho,
das costas (44,4). Outro estudo22, realizado na China com e a identificação precoce dos sinais de instabilidade no
6.674 enfermeiros, também constatou que as regiões mais trabalho pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias
acometidas no último ano foram a lombar (62,71%), o que visem a manutenção da saúde do trabalhador,
pescoço, (59,77%), os ombros (49,66%) e a parte superior especialmente do profissional de enfermagem, resultando
das costas (39,50%). em redução das taxas de absenteísmo e aposentadoria
Esses achados evidenciam a alta prevalência de DORT precoce.
entre profissionais de enfermagem, com destaque para a
região lombar, devido ao desenvolvimento de atividades
que exigem alta demanda física, tais como como banho CONCLUSÕES
no leito e transporte de pacientes e equipamentos. Além
disso, mobiliários ergonomicamente incorretos e macas Os trabalhadores de enfermagem que atuam em
com ajustes de altura manual também contribuem para unidades hospitalares apresentam indicadores de
essa prevalência, pois fazem com que os profissionais instabilidade no trabalho. Associações entre instabilidade
adotem posições inadequadas para o desenvolvimento das no trabalho e presença de DORT foram identificadas,
atividades, com frequentes torções da coluna vertebral e além de constatarmos uma dependência moderada entre
movimentos repetitivos1-23. os setores de trabalho e as categorias de instabilidade no
Ressalta-se que, atualmente, devido às exigências trabalho. Esses achados podem contribuir futuramente na
impostas pelo mercado de trabalho em relação à alta compreensão dos riscos de presenteísmo, absenteísmo e
produtividade em meio ao subdimensionamento das abandono do trabalho entre profissionais de enfermagem,
equipes de enfermagem, o esgotamento profissional e a principalmente de acordo com o setor em que
banalização do sofrimento físico e mental representam trabalham. Além do mais, destaca-se que, ao constatar
fatores que contribuem para a subnotificação e os agravos a instabilidade, intervenções devem ser realizadas, uma
dessa síndrome24. Além disso, um estudo20 alemão vez que o estado de instabilidade no trabalho antecede
realizado com 273 enfermeiros constatou que a alta a incapacidade, que está intrinsicamente relacionada
demanda de trabalho aumenta significativamente o risco ao absenteísmo e à aposentadoria precoce. Os achados
de acometimento por DORT. deste estudo contribuem para a comunidade científica
Dessa maneira, os DORT são considerados um e para os profissionais que atuam na temática de saúde
problema de saúde pública devido a sua magnitude e suas do trabalhador e podem embasar a adoção de ações
repercussões na saúde dos trabalhadores da enfermagem. estratégicas de promoção de saúde e prevenção de agravos
Além de predispor à instabilidade, são responsáveis por nos ambientes hospitalares.
gerar diferentes níveis de incapacidade para o trabalho,
além de presenteísmo e absenteísmo2. Contribuições dos autores
As consequências dessa síndrome impactam a EJST foi responsável pela concepção, investigação, análise formal
e tratamento dos dados, obtenção de financiamento e redação –
qualidade de vida dos profissionais e repercutem esboço original do manuscrito. RSP foi responsável pela análise
negativamente na produtividade do trabalho. O formal e tratamento dos dados, redação – esboço original e revisão
& edição do manuscrito. MHPM foi responsável pela concepção,
presenteísmo associado às dores osteomusculares resulta análise formal e tratamento dos dados, obtenção de financiamento,
em ineficiência no desenvolvimento das atividades redação – esboço original e revisão & edição do manuscrito.
Todos os autores aprovaram a versão final submetida e assumem
laborais, erros e omissões10, comprometendo a qualidade responsabilidade pública por todos os aspectos do trabalho.

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Teixeira EJS et al.

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Ribeirão Preto (SP), Brasil – E-mail: marziale@eerp.usp.br

2022 Associação Nacional de Medicina do Trabalho


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