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As fontes de energia no Brasil

As principais fontes de energia do Brasil são: petróleo, água, carvão


mineral, lenha e carvão vegetal, álcool, xisto e a energia nuclear.
A fonte de energia mais importante para o Brasil é o petróleo, que
existe em quantidade insuficiente no país – apesar de algumas
descobertas recentes dessa riqueza mineral. Mais de 40% do total do
petróleo que consumimos é importado. Esse combustível fóssil é
responsável por cerca de 35% do consumo nacional de energia. O gás
natural, que normalmente surge associado ao petróleo em certos terrenos
sedimentares, participa com 0,6% desse consumo, sendo todo ele
produzido internamente.
A energia hidráulica, que representa 32,5 % do consumo energético
do país, ainda é subaproveitada: apenas 25% do potencial hidroelétrico foi
aproveitado até 1990 para a obtenção de energia elétrica. Restam 75% do
potencial hidráulico dos rios brasileiros a serem aproveitados como fontes
de energia. Mas no tocante à produção de eletricidade, a fonte hidráulica
ganha longe das demais: cerca de 93% da energia elétrica do país provém
de usinas hidroelétricas e apenas 7% é fornecido por usinas termelétricas.
As fontes de energia, assim como todos os recursos naturais que o
homem utiliza, podem ser de dois tipos: as renováveis, isto é, que podem
ser aproveitadas indefinidamente, tais como a biomassa, a energia
hidráulica, a solar, os ventos, etc; e as não-renováveis, constituídas pelos
recursos que existem em quantidade limitada no planeta e tendem a
esgotar-se, como é o caso do petróleo, do carvão mineral, do urânio, e do
xisto betuminoso.
As fontes de energia não-renováveis portanto, apresentam o
problema de se esgotarem completamente daqui a algumas décadas ou
séculos. Além disso, normalmente elas provocam maior poluição que as
fontes renováveis. Os combustíveis fósseis, tais como o petróleo e o
carvão, são os mais poluentes de todos, tendo uma grande parte de
responsabilidade pela poluição atual dos oceanos, da atmosfera, dos solos
e rios.

Energia e Indústria
A industrialização de uma sociedade sempre provoca um notável
aumento do consumo energético. As fontes de energia constituem um dos
pré-requisitos básicos para o desenvolvimento da atividade industrial, pois
para haver fábricas é necessário que existam petróleo, carvão, além de
matérias-primas – minérios, madeiras, etc.
No Brasil notamos que o setor que mais gasta energia é o industrial,
com mais de 40% do total. Em segundo lugar vêm os transportes, com
mais de 20%. Depois aparecem, como maiores consumidores de energia, o
setor residencial, o comércio e o setor público.

Energia hidroelétrica
O potencial hidráulico brasileiro é considerado o 3° do mundo, e sua
utilização, apesar de cerca de 70% desse potencial permanecer ainda
inaproveitado, tem sido intensa, pois cerca de 93% da eletricidade gerada
no país provém das usinas hidrelétricas.
Como podemos observar, a energia hidráulica pode perfeitamente
suprir todas as necessidades brasileiras de eletricidade até bem depois do
ano 2000. E ela apresenta uma série de vantagens em relação à energia
produzida em usinas termelétricas e atômicas. Uma delas é que a água não
se esgota, outra que seu custo operacional é menor que o das usinas
nucleares e termelétricas. Outra vantagem é o fato de ser menos poluente
que essas outras formas de obtenção de eletricidade. A grande
desvantagem das usinas hidroelétricas é o espaço que ocupa com o lago
artificial imposto pela construção da usina: com o represamento do rio e a
formação do lago, sempre há perda de bons solos agricultáveis e a
necessidade de remoção de populações.

O Petróleo
A produção nacional de petróleo, que se concentra nos estados do
Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe, é insuficiente para o
consumo interno. Ela representa cerca de 60% do consumo anual do país,
cuja necessidade se completa com a importação.
O petróleo ocupa 1° lugar dentre as fontes de energia utilizadas no
Brasil e é responsável por cerca de 35% do total de energia consumida no
Brasil. Além de servir como fonte de energia, o petróleo é importante como
matéria-prima para vários tipos de indústrias.
As principais áreas produtoras de petróleo no Brasil são:
· Recôncavo Baiano
· Bacias de Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte
· Bacia do Espírito Santo
· Áreas da Plataforma Continental. Essas áreas vão da Bahia até o Rio
de Janeiro, onde se destaca a Bacia de Campos.

O carvão mineral
As maiores reservas nacionais de carvão mineral encontram-se no
sul do país, em formações sedimentares do Paleozóico, e vão do Rio
Grande do Sul ao Paraná. As jazidas de melhor qualidade encontram-se em
Santa Catarina, de onde se extrai a maior parte de carvão utilizado no país.
O Brasil é um país de importador de carvão mineral, não tanto
devido à carência desse produto e sim pelo fato de os alto-fornos das
siderúrgicas necessitarem de carvão de boa qualidade, que não deixa
resíduo.

O Álcool
O Programa Nacional do Álcool – Proálcool – foi criado em 1975
como uma tentativa brasileira de desenvolver fontes alternativas de
energia que substituíssem pelo menos parcialmente, o petróleo.
Apesar de o Proálcool ter sido um dos elementos – juntamente com
os grandes aumentos do preço do petróleo – que contribuíram para a
desaceleração das importações de petróleo, ele apresenta uma série de
aspectos negativos, que são:
· O cultivo da cana-de-açúcar expandiu-se muito nos últimos anos,
ocupando terras que produziam gêneros alimentícios. Isso trouxe
conseqüências para a alimentação do povo e contribuiu para a elevação
de preços dos gêneros agrícolas básicos.
· O uso do álcool como combustível em substituição à gasolina não
alterou o modelo de desenvolvimento e de transportes do Brasil, onde
os beneficiários são sempre uma minoria da população.
Assim, continua-se a dar prioridade ao automóvel particular em
detrimento dos transportes coletivos.

A Energia nuclear
No final da década de 60, o governo brasileiro começou a definir o
Programa Nuclear Brasileiro, em especial o acordo nuclear com a
Alemanha, que vem sendo objetivo de inúmeras críticas, por vários
motivos:
· Em primeiro lugar, foi uma decisão tomada de “cima para baixo”,
isto é, sem consulta à população e nem a associações científicas do
país.
· Em segundo lugar porque se percebeu que o argumento usado para a
assinatura do Acordo Nuclear era falso, pois o potencial hidráulico do
país não estava se esgotando ( como foi dito )
Devemos lembrar, ainda, que os custos de construção e operação das
usinas nucleares são bastante altos, cerca de 3 vezes mais que os de uma
usina hidroelétrica equivalente. Além disso, os riscos que a energia nuclear
envolve são muito enormes.

Outras fontes
Além das fontes de energia anteriores, oferecem alguma importância
para o Brasil outras fontes que são:

Xisto betuminoso
O Brasil é um dos países que possuem grandes reservas de xisto,
localizadas principalmente na área da formação Irati, que vai de São Paulo
até o Rio Grande do Sul.
O aproveitamento desse minério ainda é muito pequeno devido a
inúmeras dificuldades técnicas e ocorrências de poluição a serem
superadas.

Lenha e carvão vegetal


A lenha e o carvão vegetal sempre desempenharam um papel
importante para a industrialização brasileira, tendo sido fonte básica para
um grande número de indústrias. Mas sua importância foi decaindo com o
tempo.
Seu uso implica um desmatamento muito grande, e o
reflorestamento da área desmatada torna a exploração dessa fonte
inviável economicamente.

Energia solar
Essa fonte de energia mostra um futuro promissor no país, porém a
tecnologia para uso dessa fonte encontra-se ainda em estágio incipiente.
Seu uso mais comum, no Brasil, é para aquecimento de água em
residências e hotéis.
Entretanto, a tecnologia existente, ainda rudimentar, aproveita
muito pouco da enorme quantidade de energia proveniente dos raios
solares, além de ainda não dominar perfeitamente a técnica de
armazenamento.

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