Espelho
A fantasia sempre foi um dios (Pág. 36) e a recriação de
termômetro da sociedade,
um reflexo do imaginário da
era em que vivemos. Em tem-
pos tão hostis, sucker punch
(Pág.22), assume o papel do
espelho de nossa realidade,
realidade a qual insistimos
ocultar com ícones de popula-
ridade.
Por estas páginas se es-
palham detalhes sobre essa
obra de devaneios e nuvens de
informações atuais. Sagas que
avançam para novos episó-
Boa Leitura.
Fernando Beker Ronque.
HawensCloud
heróis do passado. (Pág.32).
Assim como os contos que
espelham as mentes da nova
sociedade, as atitudes e a co-
municação ao redor se adapta
e recria seu modo de ser. Com
essa visão, a Chapters, sempre
busca recriar seu conteúdo e
reinventar como se comunicar
com você. Não deixe de co-
mentar e conversar conosco,
pois nós somos um reflexo da
informação, da atualidade e
do interesse que está em você.
16 Arte Digital
18 Fluxograma
Mangá 32 Games
Dissidia 012 20 Qwiki
Tecnologia
36 Drago
Games

22 Capa
St. Patricks Day 60 Reveillon
56 Evento Evento
on Age II 38 Games
Legend of Heros 46 Anime
Kimi ni Todoke 52 Música
X Japan

n CWB 66 AMáscara do V. 72 R.E Filler 76 Era Perdida

hora do Medo Avengers Livraria
 Espaço do Leitor
Comentários da edição de Fevereiro
Luan
Butucatu - São Paulo
Bom dia, queria elogiar a re-
vista pela qualidade que vem apre-
sentando, acho que deveriam in-
vestir em banca.
Abraços!
Opa Luan, o objetivo de
nossa revista sempre foi aten-
der os internautas. Existe inu-
meras sugestões de entrar em
versão impressa, mas ainda está
sobre analise. Obrigado pela
atenção
--------- @ ---------
Paulo Morais
Brasília - Distrito Federal
Acho bem bacana essa parte
de poder enviar comentarios mas
como voces fazem a seleção? Oti-
mo trabalho com a revista.
6 Março/2011
Tudo bom Paulo? Em geral
sempre destacamos as dúvidas,
pois além da interatividade gera-
da com o leitor rende uma infor-
mação adicional, podendo sanar
a dúvida de outro leitor que não
se manifestou.
--------- @ ---------
Nicoli Souza
Belém - Pará
Pelo pouco que vi a revis-
ta eu gostei bastante, continuem
com o bom trabalho.
Oi Nicoli, obrigado pela
atenção e pelo incentivo, bus-
camos sempre gerar o melhor
conteúdo para que leitores como
você possa estar tendo acesso a
excelentes informações.
Ana Machado
Cidade Santa Maria – Rio Grande
do Sul
Parabéns, a revista é ótima. Co-
nheci hoje mas vou virar leitora assí-
dua.
Ola Ana, obrigado pela aten-
ção em estar entrando em con-
tato para elogiar, nossa equipe
agradece e seu comentário nos
motiva a sempre estar criando o
melhor conteúdo possivel.
--------- @ ---------
Ricardo
Belo Horizonte – Minas Gerais
E ai equipe da revista chapters,
queria elogiar o trabalho da hora que
vem fazendo, vi as edicoes anterio-
res e vi que os colunistas sao sempre
igual, é tipo um padrao? Vlws pelo tra-
balho foda e continuem sempre cres-
cendo.
Tudo bom Ricardo? Os colu-
nistas são um padrão em questão
de diagramação, como não é um
conteúdo editorial sem vinculo
direto ele possuiu um perfil dife-
renciado, já está sendo estudado
uma renovação na questão de
layout da página.
Obrigado pelo contato.
--------- @ ---------
Diego Henrique Cordeiro
Curitiba – Paraná
Queria saber quais serão os
próximos passos da revista.
Abraço
Salve Diego, a revista está
trabalhando para criar maior inte-
ratividade em nosso portal, torna-
-lo de maior relação com nossos
leitores e desenvolver sistema de
rede social, o objetivo é que nos-
so leitor possa interagir mais e
opinar, a revista além de informar
deseja sempre estar mais ligada
ao nosso publico e com esse foco
estamos despendendo diversos
movimentos, todos movimentos
serão avisados através de nosso
Newslletter o qual, caso você se
cadastre, receberá sempre as atu-
alidades.
Agradeço a atenção e a
curiosidade ao progresso e a vi-
são futura de nossa revista.
Abraço
Março/2011 7
Gabriela Reis Mayara Cristina de Almeida
Caxias do Sul – Rio Grande do Sul Catanduva – São Paulo

Parabéns pela revista! Conti- PARABÉÉNS, o trabalho de

nuem com esse misto de conteúdo vocês está maravilhoso, desejo mui-
inteligente com uma edição impe- to sucesso. Beijos
cável.
Obrigado pelo carinho
Oi Gabriela, obrigado pelo Mayara, esperamos sempre fazer
elogio, sempre buscamos criar a melhor edição para ti e buscar
o melhor conteúdo possivel, sua sempre evoluir nosso conteúdo!
atenção em nossas matérias nos
motiva sempre a criar algo me-
lhor e inovador.
Beijos

Gostou desta edição?

Clica em “Like“ na página inicial

Quer aparecer no espaço do leitor?

Clica em “comente” na página inicial

8 Março/2011
 Nova Lois Lane em Superman

Três vezes indicada ao Os-

car, Amy Adams fará o papel da
nova Lois Lane no novo filme do
Superman – O Homem de Aço. A
atriz com 36 anos atuou recente-
mente no filme ”O vencedor” a
qual recebeu a Terceira indicação
ao Oscar. O novo Superman foi
escrito por David Goyer baseado
emu ma história que ele criou com
Christopher Nolan, produtor do
filme.
Atualidades

Acompanhe
@Chaptersonline
 O novo Dungeon Siege da
Square enix veio carregado de
novidades, além das partidas
cooperativas ele contará com
um modo que até quatro pes-
soas online ou locais podem es-
Marvel aposta em The Mighty Thor
Com o calor do novo fil-
me do Thor, a Marvel Comics
não perdeu tempo e lançou um
novo HQ que promete ser um
título de sucesso, roteirizado
por Matt Fraction, responsável
da saga Fear Itself, The Mighty
Thor terá sua trama decorren-
tar jogando. Pela primeira vez
o jogo não será lançado com
exclusividade para PCs e che-
gará aos consoles Playstation 2
e Xbox 360. O lançamento irá
acontecer em 31 de maio.
te com o ultimo titulo. Nesta
Thor consegue ser líder de uma
nova era em Asgard e o surfista
prateado faz sua aparição, avi-
sando a chegada de Galactus e
sobre o novo caos que se apro-
xima. O primeiro número estará
nas bancas em Abril.
Hackers querem criar sua própria
internet livre.
Desde a grande briga en-
tre o Wikileaks e os EUA diversos
hackers começaram a se mover
rumo a medidas radicais. Eles
desejam criar uma rede de inter-
net alternativa imune às autori-
dades. O projeto é liderado pelo
sueco Peter Sunde, criador do
Pirate Bay. Segundo ele o maior
problema é que todos endereços
de internet são gerenciados pela
entidade americana Icann ( In-
ternet Corporation for Assigned
Names and Numbers). Quando
você acessa um endereço virtual
no seu computador ele busca em
uma lista organizada pela Icann
aonde encontra o código numé-
rico do endereço. Com isso o go-
verno controla quem esta ou não
na lista. A idéia é criar um sistema
paralelo mantido por voluntários
em vários países o qual serviria
de porto seguro para os sites na
mira do governo. Para usuários
comuns acessá-lo bastaria insta-
lar um pequeno software.
Até então já se reuniu mais
de 200 programadores volun-
tários, mas ainda é visto com
relutância pelos especialistas.
Segundo eles um sistema sem
autoridade central não funcio-
nará o que causaria conflito no
caso de sites usando o mesmo
endereço.

Estreia de cinema em casa.

Nos EUA foi criado um serviço chamado Prima Cinema, que permi-
te que você veja em casa o mesmo filme que sai no cinema, no mesmo
dia da estreia. O valor é de US$20.500 dólares e inclui a taxa de adesão
ao serviço e um filme. Cada titulo adicional custará em média US$ 500.
Planta capaz de detectar explosivos.

A pedido do Pentágono,
cientistas americanos criaram
uma técnica de manipular o ter-
penoides, uma substancia que
é liberada pelas plantas quando
recebem excesso de luz solar
fazendo elas mudarem de cor e
engrossando as folhas. Com isso
a planta altera a cor na presença
de explosivos, o objetivo é colo-
car em pontos visados por terro-
ristas como aeroportos. O unico
problema que a planta leva 12 ho-
ras para mudar de cor, porém os
cientistas já estão tentando ace-
lerar o processo.

Gostou desta edição?

Clica em “Like“ na página inicial
Gravadoras ajudam o Japão
em álbum conjunto
As gravadoras Sony En-
tertainment Music, EMI Mu-
sic, Universal Music Group e
Warner Music Group se uniram
para gravar um álbum digital
para ajudar as vítimas do de-
sastre ocorrido no Japão.
Songs for Japan, título
dado ao álbum, contém 38 fai-
xas de diversos artistas inter-
nacionais, como, por exemplo,
Eminem, Foo Fighters, Red
Hot Chili Peppers, Beyoncé, El-
ton John, Madonna, The Black
14 Março/2011
Eyed Peas, Queen e também o
hit atual de Lady Gaga, “Born
This Way”, em remix e “Imagi-
ne”, de John Lennon.
As gravadoras anuncia-
ram que o álbum estaria dispo-
nível a venda pelo iTunes por
US$ 9,99 e que todos os lucros
estariam sendo direcionados à
Associação Cruz Vermelha do
Japão. Foi anunciado também
que um álbum físico será lança-
do em abril com dois CDs.
 Editoria em teste
Mitos da Internet
mitos@chapters.com.br

Qualquer blog pode render dinheiro?

Enviado por: Pedro Neto

Volta e meia vejo que um blog aqui e outro ali estoura em sucesso,
qualquer blog pode fazer sucesso?

Olá Pedro, sim e não, não basta apenas criar um blog e abrir
uma conta corrente pra ficar rico, conheço diversos blogs ótimos
que lutam até hoje sem retorno financeiro, toda via, se seu site está
ganhando popularidade e views pode investir em publicidade, so-
mente o goole em 2010 ganhou 30 bilhões de dólares em pura publi-
cidade online, não é dificil, basta provar para seu anunciante que os
views dele terão resultado, uma boa dica para cobra é o sitema CPM,
aonde você defini um valor x para a cada mil cliques, assim o anun-
ciante paga exatamente o que recebeu de views.

O MSN vai realmente apagar contas?

Enviado por: Lucia Glob
Recebi um email dizendo que meu msn vai ser apagado se eu não
passar e fazer um recadastro, por mais que pense que seja falso, existe a
chance de isso acontecer? D:

Oi Lucia, não e se receber email pedindo sua senha do banco

sugiro ligar para sua agência. Não existe essa chance a não ser que a
empresa entre em falência.
Você quer que essa editoria permaneça?
 Titulo: The house of iron
Diretor de Arte: André “Raqsonu”
Arte Digital • Ilustração

Artedigital@chapters.com.br
 Editoria em teste

Quero criar um mangá, q

Fluxograma • Mangás

Você quer que essa editoria permaneça?

que estilo devo fazer?

Março/2011 19
Tecnologia • Qwiki
Ouvir a matéria

Março/2011 21
Cinema • Sucker Punch
A insanidade aprisiona a realidade
e cega a liberdade. Para alcançar a
luz do paraíso você deve imaginar,
você controla este mundo.

Por: Alexandre Furtado

Março/2011 23
Q
uando Lewis Carroll es-
creveu “Alice no País
das Maravilhas” em
1865, ele propôs um
mergulho pela psique humana,
um entendimento do que corre
em nossos pensamentos, e de
como trazer as fantasias, por
mais disparate que sejam para a
realidade.
Mais de 100 anos se passa-
ram e a obra de Carroll continua
atemporal e funcionando para
os novos públicos, como pude-
mos ver pelo sucesso do filme
que Tim Burton realizou no ano
passado. Mas algumas men-
sagens que a história tentava
Confira o video de apresentação
transmitir se perderam com o
passar do tempo, para as gera-
ções atuais, é como se Alice fos-
se parar em mundo que mistura
filmes de época, com uma rave.
Em 2006 Zack Snyder,
pensou, e se Alice fosse escrito
nos dias de hoje? O Chapeleiro
Maluco ainda tomaria chá? Ou
trocaria seu chapéu e xícara por
duas armas M-16? E o gato Che-
sire? Seria um gato ou um ninja
assassino? Foi com essas idéias
que ele resolveu transpor a his-
tória clássica para o imaginário
que as referências culturais cria-
ram nos dias atuais. Assim nas-
ceu, Sucker Punch.
 O filme, descrito por Snyder
como “Alice com Metralhadoras”,
conta a história de Baby Doll (Emi-
ly Browning), adolescente que é
colocada em um sanatório por
seu padrasto após a morte de sua
mãe. Aprisionada, ela tem apenas
o apoio de seus sonhos e fantasias
para escapar da horrível realidade
e junto com mais quatro internas
do hospital começa uma aventura
através de mundos imaginários
para alcançar a liberdade ou su-
cumbir à insanidade.
Os vilões da história são os
adultos da vida de Baby Doll, Blue
(Oscar Isaac), Madame Gorski
(Carla Gugino) e High Roller (John
Hamm), mas do seu lado no meio
da aventura ela vai ter a ajuda de
Rocket (Jena Malone), Blondie
(Vanessa Hudgens), Amber (Ja-
mie Chung), Sweet Pea (Abbie
Cornish) e de um misterioso ho-
mem sábio (Scott Glenn). Todos
esses personagens fantásticos
compõem a jornada pelos deva-
neios de Baby e vão fazer parte de
sua missão, reunir cinco artefatos
que a levarão para sua liberdade.
Com um orçamento de ape-
nas $ 85 milhões, o que podemos

Filmes “Surreais”

No Brasil Sucker Punch ganhou o Cool World – Mundo Proibido

subtítulo de “Mundo Surreal”, algo
que não foge muito do pretendido pela
obra, já que realmente o espectador é
levado até um mundo de sonhos e deva-
neios, ou como o próprio Snyder disse,
ele queria fazer um filme que não pre-
cisasse respeitar as regras da realidade.
Mas na história do cinema, outros filmes
já apostaram nessa distorção da realida-
de, vamos ver alguns deles.
Em 1992, o atualmente desapareci-
do, Ralph Bakshi resolveu levar o que
tinha sido iniciado em Roger Rabbit
para outro nível, criando essa mistura
de filme com animação onde os tra-
balhos de um desenhista perturbado
saem de suas tiras para infestar nosso
mundo, ao mesmo tempo em que par-
te de nosso mundo vai para o dos de-
senhos animados. Poderia ser um fil-
me comum se o mundo dos desenhos
não fosse totalmente caótico, perver-
so e intensamente sexual com direito
a sexo entre humano e desenhos. O
filme contava com Brad Pitt, Gabriel
Byrne e Kim Basinger.
As Aventuras do Barão
de Munchausen
Terry Giliam gosta de brincar com
o surreal e o imaginário e nesse filme
ele leva tudo ao extremo ao retratar
um mundo beirando a insanidade de
um Dom Quixote ao contar as aven-
turas imaginárias do Barão através do
bizarro e fugindo totalmente das re-
gras da realidade as quais Snyder quis
tanto fugir em Sucker Punch.
considerar pequeno para um fil-
me desse porte, Sucker Punch
é praticamente um filme multi-
-tarefa e com um trabalho de arte
impressionante, pois em apenas
uma produção teremos diversos
gêneros cinematográficos, cada
um com seu estilo próprio visual.
É um filme para todos os
públicos, com momentos de se-
gunda guerra, lutas contra samu-
rais, dragões, aliens e sequências
baseadas na cultura steam-punk
com toques inspirados nos tradi-
Qualquer trabalho
do grupo Monty Python
Seja Em Busca do Cálice Sagrado ou
em A Vida de Brian, qualquer trabalho do
grupo de comediantes britânicos Monty
Python foge completamente do normal
e estabelece mundos bizarros e surreais
onde barcos piratas entram no meio da
cionais animes. Uma obra que
já foi considerada épica desde o
seu primeiro trailer por trazer o
melhor de cada mundo para um
filme só.
No dia 25, seja você um rp-
gista, otaku, fã de quadrinhos,
ou até mesmo um aficionado
por segunda guerra, tudo o que
você quer ver vai estar dispo-
nível em Sucker Punch, e ainda
mais, com a vantagem de ser
tudo isso, misturado com 5 be-
las garotas de lingerie.
Londres moderna sem explicação algu-
ma, ou em que um cavaleiro sem mem-
bros tenta brigar usando sua própria
língua. Para entender a obra genial do
grupo o importante é esquecer todas as
convenções de normalidade esperadas.
O que significa Sucker Punch?
Sucker Punch é um termo
estadunidense sem tradução
que remete a um golpe feito di-
retamente e sem aviso, ou sem
preparo por parte de quem leva
o golpe. Como um soco dado de
muito perto ou pelas costas. O
termo ficou cunhado no meio
do boxe e se tornou, inclusive,
um golpe ilegal que pode fazer
com que um lutador perca sua
licença. Essa não é a primeira
vez em que nos deparamos com
termos “intraduzíveis” aqui no
Brasil. Em 2008 chegava aos
nossos cinemas Quantum Of So-
lace, o filme da franquia James
Bond que teve que manter seu
nome original já que o mesmo
era impossível de traduzir. Seu
significado remete a um estado
de espírito, um momento de re-
pouso, ou de descanso, no caso
do filme, que seria o momento
após a tão esperada vingança
do personagem.
Esquentando os motores
Nos dias de hoje a grande
maioria dos filmes usa de diver-
sos materiais adicionais para
criar uma carga extra à história,
a limitação do tempo de filme
não existe mais, hoje a aventura
começa antes de ir ao cinema e
nunca chega ao fim com maté-
rias de bônus em DVD e BD.
E Sucker Punch já começa
seus trabalhos com a liberação
de um jogo virtual todo baseado
em browser, sem necessidade
de download, e o curta animado
“As Trincheiras” contando uma
história anterior de um persona-
gem do filme.
Game• Dissidia 012 Final Fantasy
Incontáveis anos se passaram desde
o inicio do conflito entre a deusa da
harmonia e o deus da discórdia, um
fim será imposto, em nossos corações a
esperança e em nossos punhos a opção.
Que finde a era do Caos.
- Prólogo para o Conflito Final: Um conto de
Devastação.

Março/2011 33
C
hega agora em março
para o PSP a canção
de combate do Dis-
sidia Final Fantasy, o
Dissidia 012. O jogo, assim como
em Dissidia Final Fantasy, reúne
todos os grandes heróis para
combates vorazes para impedir
que o caos avance, mantendo a
jogabilidade do original ele se
mantém fiel em todos detalhes.
Uma das principais novas ca-
racterísticas da jogabilidade é o
Assist System, que permite que
o personagem chame um alia-
do na batalha para um ataque,
permitindo assim novos com-
bos e desencadeiam ângulos e
posições diferentes de todos os
personas. Durante os combates
o jogador ainda poderá contar
com as clássicas Summons do
Final Fantasy para fazer o inimi-
go se arrepender de ter nascido.
Após o combate ainda existirá a
possibilidade de comprar itens
extras com as recompensas do
confronto. EXP, Gil e AP.
A história acompanha o
conflito entre Caos e os guerrei-
ros cosmos, elaborado a partir
da série Final Fantasy. Logo de
inicio a impressão é que Caos
finalmente ganhou o poder su-
premo e o guerreiro da Luz fica
mortalmente ferido. Apos en-
contrar os nove heróis ele os
confia a missão de recuperar os
cristais da mão negra de Caos e
assim salvar o mundo.
O jogo já está nas lojas e fará
antigos jogadores de velha guarda
se emocionarem em um combate
com velhos personas de nome.
 Legend
Dragon
Game• The II Zelda:Skyward Sword
Age Of

Há aquele que lutam contra o destino

Games•

apenas para tê-lo todo sobre controle.

E há aqueles que se entregam ao desti-
no e não mostram os seus medos.
Esses são aqueles que mudam o mun-
do... para sempre.
F indando vasta espera,
em março de 2011 ini-
cia-se uma nova saga,
o destino de Dragão
Age 2 está em suas mãos.
A história se passa dentro
de outra história, uma narrativa
feita por Varric em meio a um
interrogatório. Engolida pelo
caos, a nova era de DA se passa
logo após a Batalha de Ostagar
como a quinta Blight. Os gran-
des destaques do novo game
são a jogabilidade e os gráficos.
“Para os gráficos, buscamos um
visual mais distinto, uma arte
mais estilizada para destoar do
padrão de mercado”, explicou
Mike Laidlaw, designer-chefe
do game.
O desafio maior foi na jo-
gabilidade. “Fizemos aperfei-
çoamentos no engine, com a
intenção de tornar os controles
mais fáceis e fazê-los responder
mais rápido, melhorando o com-
bate.” O desenvolvedor apon-
tou que o objetivo principal nas
alterações foi dar ao jogador a
sensação de que cada ação du-
rante um combate encontrará
uma reação em seus oponen-
tes, tornando assim mais real.
Já a venda o jogo é para
PCs (Windows), PlayStation 3 e
Xbox 360.
Games• The Legend of Heros: Trails in the Sky

Por: Moisés C. Freire

“Numa era de avanço tecnoló-

gico rápido, um país se recons-
trói das devastações da guerra.
Em meio a traições e conspira-
ções… apenas a Guilda Brace
pode manter a paz.”
Março/2011 39
E m Junho de 2004 foi
lançado no Japão o
jogo para PC conheci-
do como The Legend
of Heroes: Trails in the Sky, que
seria o primeiro de uma trilogia
conhecida por lá como “Sora
no Kiseki”. Trata-se de um RPG
para um jogador produzido pela
Nihon Falcom tendo diversos
relançamentos nas plataformas
para PC e PSP. Agora, no dia 29
de Março de 2011 a XSEED Ga-
mes, editora de jogos formada
por ex-membros da grandiosa
Square Enix americana e res-
ponsável por trazer muitos dos
jogos exclusivos do Japão para
o ocidente, como Ragnarok On-
line DS para Nintendo DS, relan-
çará exclusivamente para o PSP
The Legend of Heroes: Trails in
the sky com gráficos totalmen-
te repaginados e com dublagem
nos diálogos.
A trama do jogo se desen-
rola em uma época pós-guerra
onde o reino de Liberl se recons-
trói 10 anos após a grande guer-
ra contra Erebonian, o império
do Norte. Estelle Bright, a pro-
tagonista, é uma jovem de 16
anos, filha de um lendário guer-
reiro dos tempos de guerra Cas-
sius Bright, que junto com seu
meio irmão, Joshua Bright, um
misterioso rapaz sem memória
adotado por Cassius, ingressa
na Guilda Bracer, responsável
por manter a ordem no local.
Março/2011 41
Como membros, passam a reali-
zar missões em nome da Guilda
envolvendo-se em diversas em-
preitadas pelo reino chegando
a ponto descobrir uma maligna
conspiração contra o governo
atual à medida que mergulham
nos mistérios do passado de
Joshua.
The Legend of Heroes: Trails
in the sky segue a boa e velha re-
ceita japonesa para jogos RPG,
gráficos multi coloridos, vista
perspectiva de cima, batalhas
baseados em turnos e persona-
gens com aparência bem anime.
Os cenários, como geralmente
ocorrem em RPGs do tipo, são
baseadas em diferentes zonas
42 Março/2011
do mapa com limitações de até
onde se pode ir para chegar à ou-
tra zona. O sistema de batalhas
é simples, 4 personagens podem
ser usados pelo jogador em um
campo a parte do cenário. Du-
rante o turno, o personagem
escolhido pode se movimentar,
atacar ou realizar outras ações
valendo da estratégia típica dos
RPGs para essas horas, ou seja,
personagens brutos e com mui-
ta resistência devem ir à fren-
te, enquanto os mais mágicos
normalmente se posicionariam
atrás. Existem também os ditos
“S-Crafts”, que são golpes espe-
ciais obtidos ao atacar inimigos
uma série de vezes que são ca-
pazes de dizimar todos os opo-
nentes da tela com o apertar
de um único botão, um recurso
que, se usado de modo sagaz,
pode realmente salvar a pele
dos heróis durante uma briga di-
fícil. Outro destaque é o ganho
de ”orbs”, que são obtidas ao
se derrotar os inimigos e podem
ser usadas para melhorar certos
atributos de um personagem ou
para desferir ataques especiais,
no melhor fator MP os “Magic
Points”.
The Legend of Heroes:
Trails in the Sky é a prova de que
o Japão é mestre na criação de
jogos RPGs e que muitos deles,
ainda que não agradem a todos,
podem se tornar grandes suces-
sos tanto em “casa” quanto pelo
mundo afora.
Março/2011 43
 “Deus, porque eu tenho qu
gastar 2 horas do domingo n
igreja ouvindo as diferentes m
neiras que irei para o inferno
by Homer Sim
ue
na
ma-
o?”
mpson

Disponível somente na
versão Completa
 Kimi ni
Todoke
Anime• Kimi ni Todoke

Por: Jennifer de Lima

Eu sempre sonhei em ser

alegre... e com você me
sinto mais perto disso.
Março/2011 47
K imi ni Todoki criado por
Karuho Shiina é um shou-
jo que nasceu nos mangas
com 13 volumes. Publica-
dos no Brasil pela editora Panini,
a grande repercussão que obte-
ve no Japão, a qual refletiu no
Brasil, deu a ele um live-action e
uma série de anime com 25 epi-
sódios, o qual já tem previsão
para uma segunda temporada,
produzido pela Production IG e
exibido na emissora NTV.
A história se passa com
Sawako Kuronuma, uma doce
e tímida colegial que tem terrí-
veis problemas em se relacio-
nar com as pessoas. Devido a
sua aparência as pessoas es-
palham comentários maldosos
apelidando-a de Sadako, perso-
nagem do filme “O chamado”
(Ringu no Japão), devido suas
carecterísticas físicas e a seme-
lhança com o nome Sadako.
Shouta Kazehaya, outro prota-
gonista da trama, ao contrário
de Sawako, é extremamente
popular e sociável com as pes-
soas, tendo um respeito incrível
com os demais alunos. Mas é
com a presença de Shouta que
ela acaba aos descobrindo no-
vas sensações, novos sentimen-
tos e finalmente se sente reco-
nhecida.
Personagens: Pers
Sawako Kuronuma “Sadako”

Uma pessoa atenciosa que bus-

ca ajudar os outros, porem mes-
mo com seus sentimentos de
ternura acaba sempre sozinha
tendo que lidar com todos os
boatos ofensivos, isso só muda
quando conhece Shouta, uma
pessoa “refrescante” a qual ela
admira e aspira ser como ele:
agradável e cheio de pessoas à
sua volta. Com a ajuda de Ka-
zehaya, Sawako esta prestes a
viver uma nova fase.

Dublada por: Mamiko Noto (ani-

me), Mikako Tabe (live-action)

Idade: 15
Tipo sanguíneo: O
Aniversário: 31 de dezembro
Signo: Capricórnio
Altura: 158 cm
Peso: 44 kg

50 Março/2011
sonagens
Shota Kazehaya

Extremamente agradável e
popular é admirado por todos
devido sua simplicidade e dedi-
cação, ao conhecer Sawako ele
enxerga alem dos comentários
alheios e começa a entendê-la
melhor procurando ser seu ami-
go e escondendo as sensações
que só ela o faz sentir.

Dublado por: Daisuke Namika-

wa (anime), Haruma Miura (li-
ve-action)

Tipo sanguíneo: O
Aniversário: 15 de Maio
Signo: Touro
Altura: 175 cm
Peso: 60 kg

Março/2011 51
Game• The
Musica• Legend Of Zelda:Skyward Sword
X-Japan

Por: Bárbara Lamp

F undada em 1982, a ban-
da X Japan foi uma das
mais populares do Ja-
pão, sendo vista como
uma fonte de referências e
como fundadores do movimen-
to que dura até hoje, o ‘’Visual
Kei’’, que se baseia na mistu-
ra de diversas fontes musicais
como rock, metal, punk e mui-
tas vezes, o uso de instrumen-
tos relacionados à música clás-
sica. Uma das peculiaridades
desse movimento é a ênfase na
aparência de seus artistas, mui-
tas vezes extravagantes, outras
vezes mais leves, mas quase
sempre misturada com a andro-
ginia, e sempre com shows cha-
mativos. No Visual Kei a música
anda sempre ao lado da ima-
gem e vice-versa. O estilo inicial
da banda era o Speed Metal,
uma vertente do Heavy Metal,
tendo influências do Hard Rock,
do Glam Rock, Punk Rock, entre
outros.
Em 1980, Yoshiki (piano e
bateria) juntamente com Toshi
(vocal e compositor) formaram
uma banda chamada Noise, que
dois anos mais tarde, seria co-
nhecida como X. Começaram
fazendo shows em clubes, re-
crutando mais tarde, Pata (gui-
tarra); Taiji (baixo e vocal); hide
(guitarra, vocal e compositor)
tornando a banda oficial. Ape-
sar da popularidade, eles não
conseguiam uma gravadora
interessada em suas músicas,
fazendo com que Yoshiki fun-
dasse sua própria gravadora,
a Extasy Records, lançando o
primeiro álbum o Vanishing Vi-
sion, causando mais impacto
no cenário musical. Em segui-
da, lançaram o Blue Blood pela
Sony Records, se tornando um
sucesso estrondoso no país e
sempre com destaque nas rá-
dios, nos programas de TV, com
suas turnês nacionais sempre
esgotadas.
Em 1992, Taiji sai do X, sen-
do substituído por Heath, que
logo conquistou os fãs. Nesse
mesmo ano, a banda muda de
gravadora, com o intuito de fa-
zer sucesso também no exte-
rior. Para evitar problemas de
direitos autorais, devido a uma
banda americana com o mes-
mo nome, mudam então para o
Março/2011 55
nome X Japan, permanecendo Havia planos de Yoshiki e
assim até hoje. O primeiro lan- hide voltar com a banda, então
çamento da banda como X Ja- com hide (seu nome artístico é
pan, em 1994 com o álbum Art escrito com todas as letras mi-
of Life, que ficou famoso por núsculas) nos vocais, mas em
conter apenas uma única músi- 1998, acontece mais um fato
ca, que durava quase 30 minu- triste: o falecimen-
tos! Essa música foi tocada ao to trágico de hide
vivo somente uma única vez, no em 2 de maio de
famoso Tokyo Dome. 1998, chocando
Em 1996, lançam o último todo o país, fa-
álbum: Dahlia, já com músicas zendo com que a
mais diversificadas, indo das banda se reunisse
mais agitadas como Rusty Nail, para uma última
para as mais leves como Cruci- performance: Fo-
fy My Love e como o esperado, rever Love, uma
fazendo muito sucesso. Mas, forma de dar
uma grande notícia pega os adeus ao guitar-
fãs repentinamente em 1997: a rista que até hoje
saída do vocal Toshi da banda, é muito querido
onde declarava que não queria e considerado
magoar os fãs da banda com um ídolo entre
as letras de Yoshiki e que nun- cantores e fãs do
ca quis ser ‘’um astro do rock’’. mundo todo. Em
Muitos fãs ficaram magoados sua memória, foi
com o abandono de Toshi e em criado o hide mu-
pouco tempo depois, o X Japan seum, que reunia
anuncia o seu término, realizan- artefatos usados
do em 31 de dezembro de 1997 pelo guitarrista.
no Tokyo Dome, o Last Live um Em 2007, a
show emocionante e regado de banda se reúne
muita tristeza pelos fãs. mais uma vez,

56 Março/2011
para gravar a música I.V, tema vendendo muito bem seus dis-
do filme Jogos Mortais 4. A mú- cos, e ainda causando impacto
sica foi gravada por todos os in- no mundo mantendo seu lema:
tegrantes antes do término da ‘‘Psychedelic Violence - Crime of
banda e contém gravações da Visual Shock- literalmente “Vio-
guitarra de hide, que não foram lência Psicodélica - Crime do
usadas ante- Choque Visual”. Dia 15 de março
riormente. E de 2011, foi lançado o novo sin-
no dia 20 de ja- gle, JADE que possui músicas
neiro, Yoshiki antigas e novas. Houve também
anuncia a vol- o lançamento do musical “Musi-
ta do X Japan, cal Number ~ROCK Musical Pink
com: Toshi no Spider”, em homenagem a hide
vocal, Pata na e foi anunciada também, para
guitarra, Sugi- ainda esse ano, o X JAPAN World
zo no violino Tour 2011! E o Brasil está incluso
e guitarra, He- nessa turnê! Agora, só resta sa-
ath no baixo e ber quando será o show dessa
Yoshiki na ba- incrível banda que vem conquis-
teria e no pia- tando multidões até hoje!
no. Realizan-
do assim, três
shows e uma
homenagem Rusty Nail
de 10 anos de Clique para ouvir

morte de hide.
Atual-
mente a banda
continua firme Weekend
Clique para ouvir
e forte, com
vários shows
marcados e

Março/2011 57
Evento• Minas Gerais - St. Patrick’s Day

Por: Bárbara Lamp

Em Minas Gerais St Patricks Day agitou a
multidão e a Chapters estava lá para tra-
zer o melhor do festival até você

Março/2011 59
A Celebração do St.Patrick’s
day (dia de São Patrício),
o santo padroeiro da igre-
ja católica na Irlanda é
festejada dia 17 de março por
diversos países como Inglater-
ra, Irlanda e Estados Unidos. A
festa é marcada pela cor verde,
comida, danças, músicas e bebi-
das típicas. As pessoas se ves-
tem de verde e desfilam pelas
ruas usando acessórios como
o trevo da sorte, chapéus de
Leprechauns - Os duendes fol-
clóricos que protegem tesouros
escondidos -. São Patrício, foi
um bispo que espalhou a doutri-
na cristã e fundou mais de 300
igrejas na Irlanda. O trevo de 3
folhas, comum na Irlanda, era
usado para explicar a Santíssi-
ma Trindade: Pai, Filho e Espíri-
to Santo. Por isso, a cor verde
que lembra o trevo representa
o Saint Patrick’s Day.
60 Março/2011
A comemoração do dia se
são Patrício não é muito comum
no Brasil, mas é uma tradição nos
clubes de Rugby do mundo todo.
Em Minas Gerais, o evento
foi organizado pela BH Rugby,
no dia 19 de março na Savas-
si, região Centro-Sul da capital
mineira. O evento contou com
mais de 10 mil litros de cerve-
ja, bandas, souvenires e muita
música, onde sete bandas se
revezaram no palco e segundo
a Polícia Militar, cerca de 30 mil
pessoas passaram pela festa.
Muita gente aproveitou a
festa para conhecer mais sobre
o país e seus costumes. Quem
não entrou na ‘’onda’’ de usar
verde, teve que aguentar alguns
beliscões dos gnomos irlande-
ses que estavam soltos pela fes-
ta, já que a tradição manda usar
roupas verdes como forma de
homenagear o santo.
 São Patrício, foi um
bispo que espalhou
a doutrina cristã e
fundou mais de 300
igrejas na Irlanda.
O trevo de 3 folhas,
comum na Irlanda, era
usado para explicar
a Santíssima Trindade:
Pai, Filho e Espírito
Santo. Por isso, a cor
verde que lembra o
trevo representa o
Saint Patrick’s Day.

Março/2011 61
 Curitiba

Reveillon
Fora de época
Evento• Curitiba - Reveillon em Março

...3...2...1. Feliz dia 18 de Março!!!!

Que esse ano seja próspero e cheio
de alegria
A frase da gravata na
abertura da matéria foi
gritada por no mínimo
umas 8 mil pessoas em
Curitiba no estado do Paraná.
No dia 18, sexta-feira, mais de 10
para comemorar o primeiro re-
veillon fora de época do Brasil.
Sem fins lucrativos o evento
foi aberto a todas as pessoas, as
quais podiam levar o que quiser
para comemorar, tendo como
mil pessoas se reuniram na pra- única observação as vestes se-
ça da espanha a partir das 22h, rem características do reveillon.

Março/2011 63
Vale a pena FAZER de novo?
Por: Alexandre Furtado
Nos últimos anos a origi-
nalidade vem dando espaço nos
cinemas para a constante reci-
clagem. São adaptações, sequ-
ências, prequências e o terror
de todo cinéfilo, o remake. Mas
erra quem pensa que remakes
são uma exclusividade de nossas
épocas sem criatividade, em 1976
King Kong já ganhava um remake
com Jeff Bridges e Jessica Lange,
mas podemos ir mais longe ainda
e lembrar-se do consagrado Relí-
quia Macabra, também conheci-
do como Falcão Maltês, de 1941
com Humphrey Bogart e Peter
Lorre, por mais incrível que pare-
ça o filme foi o quarto remake de
um filme de 1931 que não fez mui-
to sucesso.
Então agora já sabemos
que eles sempre estiveram pre-
sente, mesmo sem que tivésse-
mos notado, mas agora precisa-
64 Março/2011
mos entender os motivos pelos
quais eles existem. Concordo que
o principal motivo sempre vai ser
o dinheiro, mas bancando o ad-
vogado do diabo (que por sinal
é baseado em um livro), algumas
vezes existe sentido em um re-
make.
Muitos filmes podem ficar
datados, presos a época em que
foram feitos por linguagem, ves-
tuário, ou até mesmo por estilo,
quem conheceu o filme em sua
época original pode não ver pro-
blema, mas isso é apenas o sau-
dosismo falando, e dificilmente
um novo público irá conseguir ter
uma experiência completa com
algo que se passe muito longe de
sua realidade.
Um exemplo prático é o re-
make atual de Karate Kid, depois
de muitos torcerem o nariz para
o filme ele se mostrou uma exce-
lente surpresa quando atualizou
toda a temática do original para
os dias de hoje e inclusive, em mi-
nha opinião, conseguiu apontar
falhas do filme de 84 que antes
não enxergávamos, talvez pela
falta de um modelo comparativo.
Outro ótimo exemplo que
se enquadra na mesma categoria
é Onze Homens e Um Segredo. O
original com Frank Sinatra e seu
Rat Pack pode ser visto como o
filme mais datado da história do
cinema, com direito a cigarrinhos
e whisky em praticamente todas
as cenas. Steven Soderberg atua-
lizou a história, inseriu um traba-
lho de personagens inexistente
no original e criou uma franquia
de sucesso com George Clooney
e Brad Pitt.
Outro tipo de remake mui-
to controverso, mas que ocasio-
nalmente nos premia com bons
filmes, é quando uma obra faz
grande sucesso em algum país e
os americanos resolvem adaptá-
-la para o seu idioma, com os seus

Março/2011 65
atores para o seu público que se
recusa a ler legendas. Alguns pro-
jetos que não conseguiram supe-
rar seus originais são O Chamado,
adaptado do japonês Ringu e Va-
nilla Sky, adaptado do espanhol
Preso na Escuridão. Mas é claro
que alguns projetos saíram-se
bem como a infinitamente supe-
rior adaptação de Os Doze Ma-
cacos que Terry Gilliam fez do
original La Jetée francês, e o mais
conhecido de todos, Os Infiltra-
dos de Martin Scorsese adaptado
da série coreana Internal Affairs.
Mas é claro que fui gentil
até agora, pois sempre existem
os remakes pensados somente
pelos motivos financeiros e que
tendem a cair no desgosto popu-
lar, não só por serem produções
fracas, mas principalmente por
serem completamente desneces-
sárias, como foi o caso de O Dia
Em que A Terra Parou de 2008
que refilma o original de 51 sem
que as pessoas tenham o esque-
cido, ou o pior de todos, a refil-
magem que chega a ser ridícula
66 Março/2011
de tão desnecessária de Psicose
feita em 98 que simplesmente
pelo fato de existir já tenta afir-
mar que algo pode ser melhora-
do em Hitchcock, e logo por aí já
começa a dar errado.
O assunto poderia seguir
por páginas e páginas, eu ain-
da poderia citar remakes que
muitos não conhecem o original
como Cabo do Medo, Scarface,
A Pequena Loja de Horrores,
Bravura Indômita, Ben-Hur e O
Grito, mas o verdadeiro motivo
pelo qual resolvi falar desse as-
sunto foi por que esse ano te-
remos a chance de ver muitos
remakes, mas em especial, eu
gostaria de destacar dois, um
que será recebido de braços
abertos e um desnecessário.
Por um lado teremos um re-
make de Conan – O Bárbaro, mui-
tos vão torcer seus narizes para o
filme lembrando de Schwarzene-
gger e imaginando que nada po-
deria ser melhor do que o que foi
feito por John Milius em 82, mas
desde que surgiram novas pro-
duções como 300 e Spartacus, já
era sem tempo de que as novas
tecnologias fossem usadas para
quem realmente merecesse.
E do outro lado temos o
remake de Os Homens que Não
Amavam as Mulheres, por mais
que seja feito pelo genial David
Fincher ele se prova completa-
mente desnecessário quando vis-
to que o filme original é de 2009.
Mas sendo ele todo falado em
sueco, o grande público ameri-
cano que transformou o livro em
um Best-seller nunca iria assistir
no cinema a mesma história que
já gostavam.
Agora você está preparado
e pode fazer suas próprias análi-
ses sobre a necessidade ou não
de alguns remakes, mas o mais
importante é sempre lembrar
que, por mais que gostemos mui-
to de algum personagem e que-
remos vê-lo sempre nas telas, um
dia ele já foi uma idéia original, e
a criatividade precisa de seu espa-
ço no meio da reciclagem.

Março/2011 67
Hora do Medo• Conto

N ossos amigos do Medo

B nesta edição envia-
ram um conto exclusi-
vo. Criado por Natália
de Azevedo a história agrega
diversos elementos quotidianos
levando o leitor a uma atmosfe-
ra familiar tornando-a fatal em
seu clímax.
A máscara do Vampiro
Por: Natália C. de Azevedo

Pedro estava entusiasmado. Iria

pela primeira vez a uma sessão de
Live, rpg ao vivo. Estava acostumado
ao sistema de dados, mas aquela seria
a chance para inovar. Vestiu uma calça
preta, uma camisa branca com baba-
dos e uma capa. Interpretariam um
jogo de Vampiros, seu tipo preferido
de cenário. Pertenceria a um clã nobre
com origem na renascença. O convite
para a sessão foi cercado por mistério,
o recebeu através de uma comunidade
na Internet, e foi recomendado a não
espalhar o assunto, pois tratava-se de
uma sessão secreta.
Pegou seu chaveiro de dados e
correu para o carro. O encontro seria
próximo ao sambódromo do Anhem-

Março/2011 69
bi, no depósito de carros alegóricos.
Ao chegar, a noite profunda, algu-
mas pessoas circulavam com velas
em punho e a lua minguante brilhava
no céu. Os carros alegóricos abando-
nados, sem brilho pela exposição ao
vento e à chuva, tornavam o ambien-
te desolado e tétrido. Era assustador.
Um calafrio percorreu seu corpo, mas
não desistiu.
Recebeu as instruções de homens
fantasiados de Arlequim, os rostos
pintados com maquiagem branca, a
expressão facial estática. A aventura
se passaria na Europa, durante o car-
naval, seu objetivo: resolver o enigma
da Meia-Noite. Seguiu diversas pistas,
uma mais sinistra do que a anterior,
conduzindo-o ao interior do terreno,
embrenhando na selva de alegorias
acabadas. A última pista o levou a
um carro alegórico de um dirígivel,
retratava a história da aviação. Mes-
mo com a respiração pesada, Pedro
avançou. Devia encontrar os inimigos
em breve. O medo não o abandona-
va, como um pressentimento ruim
martelando seu cérebro. Respirou
fundo e seguiu, descobriria o enigma
da meia-noite.
Ingressou em uma esquina som-
bria, ladeada por bonecos gigantes
parcialmente destroçados. Sentia um
ardor na nuca, como se estivesse sen-
do observado. Ciente do perigo, deu
o próximo passo, mas mergulhou no
escuro, com a cabeça coberta por um
saco. O grito subiu pela sua garganta,
70 Março/2011
mas foi contido à força. Lá ele não
era mais um garoto, era um Vampiro,
não havia espaço para medo. Quando
pôde voltar a ver, suas mãos e pés já
estavam amarrados. Encontrava-se
cercado pelos mesmos Arlequins,
desta vez, cada um deles com um pu-
nhal, cercado por velas.
- Na noite, nosso poder elevado,
do sangue a vitória. – Pedro sentia um
frio na barriga, algo estava errado,
não queria mais jogar. Onde estavam
os outros jogadores?
- Sob o luar, brindaremos, nos-
so inimigo caído, e mais uma vez o
sangue. – Pedro não podia mais ou-
vir, clamava por socorro, cansado da
brincadeira. Temia por sua vida, temia
muito.
- Sua vida, nosso presente. Sua
morte, o enigma da meia-noite. – O
último falou, castigando Pedro com o
punhal em seu pescoço, a jugular cor-
tada e a vida esvaindo. Pedro tentou
falar, mas não adiantava, sua voz não
tinha força, enfrentando em vão as
ondas de sangue quente. Pedro per-
deu.
Mais histórias de Terror?
Clique e conheça o Medo B
 Triângulo Amoroso
Por: Fernando Alencar
Interessante como uma conversa
boba com algumas pessoas pode fazer
com que a gente divague de uma for-
ma esdruxulamente ridícula (basica-
mente um pleonasmo!).
Analisem comigo a sequência
dos fatos. Primeiro: estávamos du-
rante um rápido intervalo no trabalho
(também conhecido como “a hora do
cigarrinho”!) e falávamos sobre tudo
e nada ao mesmo tempo. De repen-
te surgiu o assunto de personagens
“Machos” da história do Brasil (não
me perguntem o porquê!!!!) e automa-
ticamente me lembrei de dois... Ana
Terra (não é a Ana Raio da novela) no
Rio Grande do Sul e Anita Garibaldi em
Santa Catarina. Um dos colegas logo
se lembrou do Capitão Rodrigo, com-
panheiro de Ana Terra. Minha resposta
foi rápida, alguém tinha que ser a mu-
lher na história.
Na sequência, comecei a imagi-
nar um conto onde estariam os três
reunidos... Seria um triângulo amo-
roso, só não sabíamos de quem com
quem!!!!!!!! E sendo um triângulo, era
lógico que teriam suas complicações.
Algo começando com: “Você me tira
o fôlego” e passando por “Você me
sufoca”! Ainda sem saber quem com
quem!!!! E terminando com o Capitão
Rodrigo se enfiando debaixo da mesa
em posição fetal e chorando até que a
mãe viesse buscá-lo (igualzinho ao tex-
to anterior!).
Continuando na linha dos triân-
gulos amorosos, chegamos ao inevitá-
vel tipo: Rapaz / Garota / RPG.
Esse, definitivamente, é um tipo
de triângulo perigosíssimo se um dos
envolvidos não joga RPG. Consequen-
temente a ordem certa seria Rapaz /
RPG / Garota, ou Garota / RPG / Rapaz.
Em ambos os casos alguém vai termi-
nar debaixo da mesa junto com o Capi-
tão Rodrigo.
Existem casos extremamente
sérios de pessoas machucadas, com-
ponentes dos jogos machucados, ami-
gos machucados, móveis da casa da vir gostar do jogo e isso pode ser mui-
mãe de alguém machucados, e assim to interessante.
vai. Basta buscar no youtube.... Lá está Seria como passar de “Uma Vida
cheio de vídeos de pessoas destruindo de Casal” para um “Ménage a Trois”...
algum jogo de outro alguém. Mas isso já é uma outra história para
Certa feita, numa super marato- ser contada em uma outra ocasião.
na de Resident Evil no PS1, depois de
quatro dias sem sair da frente da tele- Saudações do Patriarca Gallahad!
visão por mais de uma hora, consegui
dar um final duplo. Final no jogo e final
no namoro!!!! Ela jura que passou na
minha casa umas quatro vezes, e até
conversou comigo. Eu juro que não
me lembro. Felizmente, nesse caso,
não houve nem machucados (fora a
dor nos dedos por causa do controle!)
nem posição fetal debaixo da mesa.
Talvez, enquanto estava desmaiado
em minha cama por quase 18 horas, a
posição possa ter acontecido, mas não
houve testemunhas.
Então aqui vai o meu conselho.
No caso de você estar mantendo um
triângulo amoroso Você / Outra Pes-
soa / RPG, diminua a freqüência no
RPG e convide a outra pessoa a parti-
cipar junto. A outra pessoa pode até a Desehado por André “Raqsonu”
 Meu nome é Jhone Caver, ex-tenente das
forças armadas, integrante do terceiro grupo
Avengers Clan• Filer Resident Evil

da S.T.A.R. S, nominado Avengers.

O
grupo de RPG chama-
do “Avengers Clan RPG”
além de desenvolver RPGs
interativos e jogos com-
partilhados cria realidades al-
ternativas envolvendo seus in-
tegrantes. Entre eles trazemos
em nossa publicação o conto
chamado “Raccon City Filler”
desenvolvido por Railson Hen-
rique, conhecido como Mortiur
Ravens. Confira seu trabalho nas
páginas a seguir.

74 Março/2011
Raccon City Filer
Por: Railson Henrique

Poucos tem conhecimento sobre evacuação para ser mandada a raccon

os incidentes de Raccon city, toda city e que Chris possivelmente estaria
via existem inúmeras versões de uma envolvido.
mesma historia. Claire então começou a me falar coi-
Meu nome é Jhone Caver, ex-te- sas, sobre como ela precisava dele e que
nente das forças armadas, integrante não podia deixar ele tomar atitudes se-
do terceiro grupo da S.T.A.R. S, nomi-
nado Avengers.
Nossa equipe é formada pela elite
das forças militares, mas esse não é
exatamente um destaque e sim um
precedente mínimo.
Não devia estar aqui... eu não que-
ria estar aqui, mas há duas semanas
recebi uma visita peculiar em minha
residência em Miami, Claire Redfield,
irmã de um ex-colega de campo de
batalha Chris redfield, ela fazia per-
guntas sobre os atentados canibais
em Raccon e sobre seu irmão..
Foi então que cometi meu único
erro, em mais de vinte anos, e talvez
por isso eu esteja aqui, talvez esteja
tentando corrigir o que fiz...
Contei a ela sobre os atentados de
raccon, minhas influencias militares
me proporcionavam ter acesso as in-
formações confidenciais.
Entre longa conversa ela insistia
em me perguntar sobre Chris, cada
vez mais apreensiva.
Foi quando eu disse o que sabia,
Ex Capitão Albert Wesker, tinha sido
chamado para liderar uma equipe de

Março/2011 75
melhantes e me pediu ajuda, não. Ela me
implorou por ajuda, eu em um ato tolo
de arrogância, apanhei a colt 45 e a en-
treguei e a desejei boa sorte.
Nunca imaginei que aquela moça
de face serena tivesse em mente ir
ao inferno sem ao menos ter a cer-
teza que seu irmão realmente esta-
va envolvido com a Alpha e ou Bravo
Team,...
Uma semana depois recebi a no-
ticia que a Equipe Alpha e Bravo ha-
viam chegado em Raccon, a Cidade se
76 Março/2011
encontrava em estado de quarente-
na, ninguém entrava e ninguém saia...
Na metade da semana a comuni-
cação militar relatava à morte de oito
membros de ambas equipes, relatan-
do em seguida que um bi-motor havia
pousado em uma pista de pouso nas
proximidades de Raccon, fotos do ra-
dar mostravam o rosto da jovem Clai-
re, o governo dos estados unidos, não
tinha mais paciência para lidar com
o problema Raccon City e destinou
uma ultima verba para a evacuação
da cidade, uma nova equipe estaria
prestes a se formar, uma equipe para
a limpeza, esses foram chamados de
“Os Avengers”.
Enrico Marini – Ex Capitão da mari-
nha, 1º comandante dos Avengers
Eros Lioncurte – Espião (insano), so-
zinho invadiu a sede da Antiga União
Soviética e fez sua fama com “Quei-
ma de Arquivo”... literalmente.
Bino Mallof – Não Há muito sobre ele,
a não ser o que falam dele, Lhe entre-
gue algo com motor e rodas que ele
pilota,
Jena – Uma caipira maluca, Rangger
do Texas excelente armas de grosso
calibre.
Essa foi a equipe que partiu para
Raccon City.
Noite do Dia 20/09
Nosso Helicóptero baixa em um he-
liporto de uma estação de TV agora já
abandonada, todos para fora e logo o
helicóptero recebe ordem para decolar.
Duas filas são formadas, uma a frente
e a outra logo atrás, uma cobrindo a ou-
tra, eu estou logo atrás de Enrico, estou
com minha Bull Up com mira telescópi-
ca, e visão noturna, no coldre um par de
magnun 45 e também 4 granadas 2 de
flash e 2 de Destruição em massa.
Um estranho barulho era ouvido,
Enrico punha a porta do terraço abaixo,
o local se mostrava escuro e fétido, a úni-
ca claridade era a das grandes vidraças já
trincadas que permitiam que a luz da lua
banhase a grossa camada de sangue no
chão, um par de escadas se mostrava a
nossa frente, escadas caracóis uma pela
esquerda, e a outra pela direita,
Enrico decide dividir novamente o
time em duas filas, uma pela esquerda
e nós pela direita, Eu Eros e Enrico, de-
cendo calmamente degrau por degrau,
entre um passo e outro resolvo tirar
do bolso do meu colete minha garrafa
térmica em alumínio onde havia Vodka,
Resolvo tomar um pouco da bebida
para rebater o frio.
Passos e mais passos, e então nos
damos de frente com o nosso primeiro
inimigo, uma criatura horrorosa, apa-
rentava um cadáver, com varias defor-
midades, Enrico o abate facilmente co-
locando uma bala e seu peito, a criatura
19h30min.
então cai para trás fazendo um barulho
estrondoso, logo uma legião de mortos
vivos começa a surgir, e subir a escada
em nossa direção,
Nós atirávamos contra as criaturas,
e eu aproveitava a minha boa escolha
em armamento, a mira telescópica jun-
tamente com a visão noturna facilitava
bastante, e eu dificilmente errava um
tiro, mas as criaturas não pareciam se
intimidar com o nosso armamento, e
continuavam surgindo mais e mais, foi
quando um pequeno barulho chamou a
atenção de todos, um eixo que susten-
tava a escada acabara de se romper, o
peso faria aquela escada ir abaixo,
Foi quando Enrico Levantou sua Mao
aberta e abanou para trás, Era o sinal
para recuarmos, mais e mais as criatu-
ras se aproximavam foi quando a cria-
tura que achávamos que Enrico tinha
facilmente abatido o agarrava e o jogava
para junto dos outros os quais o dilacera-
vam vorazmente, notávamos também
que aqueles os quais atirávamos no pei-
to ou no estomago não morriam apenas
caiam e voltavam a levantar, foi quando
outro eixo se rompeu e a escada come-
çou a vir abaixo.
Faça
donwload
completo
dessa saga.
Março/2011 77
Livraria• Era Perdida

Em terras de caos que adormeceram sobre o

passado atordoado pelos lamentos, Meerã se
torna o lar dos desbravadores de punho vívido.
E ra Perdida RPG é um sis-
tema brasileiro inovador
de RPG. Lançado pela
Revista Digital, seu dife-
rencial está além dos recursos de
jogabilidade e sim no sistema de
venda. . O sistema de venda ino-
vador proporciona uma leitura
online na qual disponibiliza condi-
ção de impressão. Por apenas R$
4,90 se torna então possível um
livro de qualidade em mãos.
Respeitando seu investi-
mento em literatura o Era Per-
dida RPG ultrapassa a barreira
de emissor e receptor (livro e
Acompanhe a seguir a entrevista que A Chapters
fez com Renan Biazotti, criador do Era Perdida RPG.
leitor) proporcionando além
de um conteúdo de excelente
qualidade atribui um sistema de
atualização.
O livro base de regras não
é fechado, com isso ao terminar
de ler poderá acompanhar to-
das as atualizações lançadas no
site gratuitamente. Nessas atu-
alizações pode se contar com:
Itens, personagens, raças, lo-
cais e aventuras.
Além que o site propõe
completo suporte para seu RPG
Para adquirir seu novo livro
imediatamente clique aqui
Escritor Renan Biazotti
• �������������������������
O Era Perdida é um siste-
ma de RPG brasileiro, para cons-
trui-lo quais referencias utilizou?
Quais principais destaques no
sistema que o diferenciariam
dos demais que se encontram
ou foram criados no Brasil?

Para poder explicar as re-

ferências, vou começar com os
destaques. O Era Perdida RPG é
um sistema feito para quem usa
a internet. Essa foi a premissa bá-
sica que eu segui na hora de mon-
tar todo o projeto. Ele é rápido,
fácil de aprender, simples, com
pouco texto, muitas imagens, e
uma diagramação dinâmica. Não
são esses os elementos da inter-
net hoje? Foi isso que eu tentei
fazer com o Era Perdida. Outros
dois elementos que acho muito
bacana no sistema é que muito
dele surge e ainda vai surgir com
a contribuição dos próprios joga-
dores. Muitas atualizações no site
da Revistaria Digital foram man-
dadas pelos próprios jogadores.
Eles me escrevem dizendo que é
fácil criar conteúdo para o siste-
ma, por conta das regras simples.
E outra coisa são as atualizações
diárias. Conteúdo novo todos os
dias é um diferencial e tanto. Dá
um trabalho grande, mas estamos
conseguindo seguir à risca. Tem
dia que não temos atualização,
mas no dia seguinte colocamos
duas. Geralmente quando são atu-
alizações especiais. Fora isso, o Era
Perdida RPG é baratíssimo. Custa
menos que uma Coca-Cola 2L com-
prada em posto de gasolina. E, na
minha opinião, o fator de maior di-
ferenciação é que ele foi feito para
ser lido na internet. Não é um PDF
que você baixa. Ele é exibido em
um programa adquirido no exte-
rior para oferecer uma melhor lei-
tura. E não só isso. Você pode bus-
car termos, tem imagens coloridas
e todo o resto foi pensado para o
internauta: espaçamento entre as
linhas, tamanho da letra, formato
da página e tudo o mais.
Para conseguir essa cara de
internet, eu comecei pesquisando
os RPGs Eletrônicos e MMORPGs.
Eles possuem uma sistemática di-
nâmica, baseada nos combates.
Eu quis usar esse lado no Era Per-
dida RPG. Como o sistema deveria
ter o mínimo possível de regras,
foquei no que mais precisa: o
combate e os testes. É tudo o que
precisamos. O resto está na cabe-
ça do mestre e do jogador. E isso
é uma coisa que tanto iniciantes
quanto os veteranos podem fa-
zer. Cada um no seu grau. Quem
conhece Ragnarok Online, vai ver
semelhanças. Mas não só ele. Fi-
nal Fantasy, Star Ocean, Kingdom
Hearts, Dragon Quest, etc. Anali-
sei cada um deles antes de fazer
o Era Perdida. Em matéria de RPG
de mesa, pela simplicidade, acho
que o sistema que mais lembra o
Era Perdida é o 3D&T, mas a ver-
são antiga.
OBS: Veja que interessante.
Enquanto respondia essa pergun-
ta, recebi a colaboração de um jo-
gador. Ele redesenhou o mapa de
Dehör para impressão:
Desehado por Darlan Bortolotto
 • O livro inicia com Beltane
Lughnasad, um estudioso que
viaja o mundo desvendando in-
formações perdidas e ao catalo-
ga-las as nomeou de Era perdida.
Existe o projeto de uma aventura
dele? uma campanha especifica
dele passando por apuros e ten-
do sua saga? ou ele será mantido
apenas como um arauto do mun-
do desconhecido?
Seria bem legal criar uma
aventura para o Beltane. Eu vejo
ele como uma personificação mi-
nha dentro do próprio mundo
que eu criei. Mas ele é parte ativa
no mundo de Meerã. Ele é um es-
tudioso muito conhecido no reino
de Dehör. Ele é elo de ligação en-
tre o mundo real e o cenário de
campanha. Chega até a ser meio
ridículo, porque ele conhece o
Twitter enquanto fala de magia
haha.. De qualquer forma, existe
uma grande chance de ele apa-
recer em uma aventura ou quem
sabe uma série de contos? Ele
tem muitas histórias para contar!
82 Março/2011
• O sistema foi construindo
visando poder ser adaptado a to-
dos os jogos, porém vocês ofere-
cem já o cenário de Meerã para
iniciantes, uma terra medieval
mística. Poderia nos explicar um
pouco mais sobre Meerã a a ter-
rível guerra que aconteceu nes-
tas terras? Compartilhar conos-
co mais detalhes desse cenário?
Será sobre ele que será publica-
do novas atualizações no site? ou
as atualizações serão livres de
ligações?
O Era Perdida RPG é um sis-
tema genérico. Pode ser usado
para qualquer cenário. Pela faci-
lidade em manipular as regras,
você pode transformar ele para se
adaptar ao seu mundo de fantasia
futurista, a uma guerra de hackers,
velho-oeste e qualquer outro.
Para quem não tem vontade
de criar seu cenário, e para poder-
mos ter uma linha de produtos
que atue nesta área, criei o mun-
do de Meerã. Na verdade, o Era
Perdida, antes de ser um sistema,
era um cenário de jogo. Minha Ninguém ainda conseguiu
primeira idéia era apenas criar um comprovar porque não é possível
cenário. Mas, para que ele funcio- atravessar, mas todas as expedi-
nasse direito, com as atualizações ções que foram, voltaram com
diárias e tudo, senti a necessida- poucos sobreviventes e todos
de de regras mais simples e que loucos (mas isso é um segredo de
a pessoas pudessem consultar na Estado, os regentes não deixam a
internet na hora que quisessem. população saber da possível do-
As atualizações são sobre Meerã ença). Meerã é dividida na região
ou regras gerais, técnicas, itens e Leste, que é predominantemente
personagens que podem ser usa- humana, o Sul, que é povoado pe-
das em qualquer cenário. las raças que primeiro chegaram
Meerã é um continente- ao mundo e o Norte, habitado
-mundo. Isso porque as raças por criaturas grotescas. As raças
que vivem por lá nunca nave-
garam além-mar. Ainda não foi
revelado o porquê. Pelo que sa-
bemos por enquanto, elas pre-
feriram lutar entre si para ex-
pandir seus domínios ao invés
de procurar novas terras.
Os povos vivem nas extremi-
dades do espaço, porque circunda
o centro do continente a chamada
Cordilheira, que é uma cadeia de
montanhas gigante que esconde
o centro do continente. A maior
área de Meerã está dentro da Cor-
dilheira, mas está inacessível.

Desehado por Frank Granados

Março/2011 83
não convivem muito entre si. A
divisa com o Norte é praticamen-
te instransponível e é conhecida
como a Ponte de Pedra. Os huma-
nos, uma vez, tentaram eliminar a
ameaça das criaturas do Norte. Os
três reinos se uniram e atacaram
a região inimiga. Foi o estopim da
maior guerra que o mundo viveu.
As hordas de monstros que vi-
nham da região negra eram inven-
cíveis. Para evitar que os mons-
tros chegassem até suas terras,
as raças do Sul se uniram aos hu-
manos e rechaçaram a investida
do Norte. Esse conflito ficou co-
nhecido como a grande guerra de
ZERO. Para evitar que as futuras
gerações se lembrassem do que
aconteceu, os três reis humanos
da época estabeleceram que ali
seria o Começo da História. E o dia
seguinte ao fim do confronto foi
tido o como o dia 1 do ano ZERO.
E tudo o que veio antes disso foi
apagado.
Meerã é um continente
aonde acontece todo o enredo.
Após os mares que cercam este
continente existem outra terras?
existe a intenção de criar reinos
84 Março/2011
além dos mares, novas terras
para novos projetos?
Meerã é um cenário muito
rico. Esperamos que apenas esse
continente ofereça incríveis locais
e aventuras por um bom tempo.
Já temos 60 atualizações no site
e apenas 15% do primeiro reino
humano do leste foi apresentado.
Sobre terras além-mar, ainda não
temos nenhuma informação.
No ultimo capitulo existe
instruções de como ganhar di-
nheiro se divertindo, profissio-
nalizando o conteúdo que criar
dentro do universo Era Perdida.
Poderia nos explicar um pouco
melhor sobre esse projeto?
Nossa intenção é que nos-
sos jogadores contribuam com
material gratuito. No entanto,
quando um jogador achar que
criou um material original e com
um bom nível técnico, ele pode
vender esse material em nossa
loja. Nós damos todo o supor-
te: como conseguir imagens,
diagramar, disponibilizar online
e qualquer outra coisa. Então a
renda proveniente é repartida
com o criador. Isso é possível
por causa do nosso sistema de
distribuição. Nosso gasto é pra-
ticamente zero, portanto pode-
mos investir em livros não-ofi-
ciais, mesmo que não tenhamos
tanta expectativa de venda. A
idéia não é vender muito de um
único livro, mas sim, vender um
pouco de muitos livros. Para
participar, é só enviar seu mate-
rial completo, ou o que estiver
pronto ou apenas a idéia para
contato@revistariadigital.com
que daremos suporte para a fi-
nalização do trabalho e pode-
mos conversar sobre o projeto.
Podemos ajudar com nossa ex-
periência na área.
ro lançar o primeiro suplemento
do Era Perdida RPG. Será um livro
com a primeira aventura da Cam-
panha Oficial Era Perdida RPG.
Além da aventura principal, o livro
terá três ‘quests’ opcionais e no-
vas raças, personagens, técnicas e
descrições detalhadas de algumas
regiões de Meerã. O nome da pri-
meira aventura será “O Globo de
Greörden”. O lançamento do site
oficial do suplemento será no dia
09 de abril. Para acompanhar o
lançamento é só se cadastrar em
nossa Newsletter. O campo para

Já existe planos para no-

vos projetos baseados ou não
no Era perdida? Quais serão os
próximos passos?

Bom, o que vou falar agora

Desehado por Hugo Vaz
ainda é super novidade. Mas já
vou aproveitar então para divul-
gar uma série de lançamentos que
a Revistaria Digital espera lançar o
quanto antes. Oficialmente, que-

Março/2011 85
cadastro está em qualquer um
dos posts do site da Revistaria.
Além deste lançamento ofi-
cial, eu e outro editor da Revistaria
Digital estamos acompanhando
o desenvolvimento de mais dois
suplementos. Um será um novo
cenário no tema cyber fantasy e
o outro será uma adaptação do
anime/mangá Record of Lodoss
War. Mas estes dois estou apenas
acompanhando. Outros autores
estão trabalhando neles. Fora isso,
temos uma grande surpresa para
os nosso jogadores em breve. Se-
remos os primeiros a lançar um
simulador de combate eletrônico
para o Era Perdida RPG. O Mestre
ou jogadores poderão testar NPCs
e personagens. Você entra com
os atributos dos personagens e o
computador calcula a batalha au-
tomaticamente e exibe um log do
confronto. Será um excelente re-
curso para os Mestres planejarem
os inimigos.
86 Março/2011
Antes de iniciar o livro e
todo o projeto essa história de
Meerã era palco de um RPG in-
terno? Um grupo de jogadores
anterior?
Meerã começou a despon-
tar como um cenário ainda antes
do sistema de regras. Mas não
chegou a ser usado em uma mesa.
Jogo RPG há muitos anos, mas
aproveitei (por enquanto) poucos
elementos das aventuras que nar-
rei ou joguei no passado. O maior
feedback que estou tendo é dos
próprios jogadores que reportam
a experiência de suas mesas e de
nossa mesa de playtest, que é fei-
ta por alguns amigos em Soroca-
ba-SP. Eles têm testado as regras
de maneira prática.
Desehado por Ricardo Franco
Próxima Edição:
20 de Abril