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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO

CENTRO DE LETRAS E ARTES – CLA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA – PPGM

Russo do Pandeiro: a atuação pioneira de um músico brasileiro na indústria cultural


Autor: Eduardo Marcel Vidili
Projeto de pesquisa submetido ao processo seletivo de 2017 para Doutorado em Música

Resumo
Este projeto propõe a construção de uma biografia de Russo do Pandeiro, músico de intensa
atuação entre as décadas de 1930 e 50. Sua trajetória artística e profissional será tomada como fio
condutor para abordagem e problematização de questões como: o contexto de atuação dos músicos
profissionais, nos anos 1930, nas rádios brasileiras, que passavam por sua primeira década de
atuação comercial, e em outras instâncias a ela atreladas, como fonografia e cassinos; mudanças de
percepção política e social, observadas durante esta época, em relação ao pandeiro e aos
pandeiristas no Brasil; representações musicais da cultura brasileira feitas pelo olhar externo,
notadamente a indústria cinematográfica de Hollywood, durante a década de 1940.

Palavras chave: Russo do Pandeiro. Pandeiro brasileiro. Organologia. Indústria cultural

Introdução
Este projeto surge como desdobramento de minha pesquisa de mestrado (VIDILI, 2017a),
parte da qual consistiu na investigação de alguns dos principais pandeiristas atuantes na chamada
“era de ouro” da radiofonia brasileira, período compreendido entre as décadas de 1930 e 50. Russo
do Pandeiro, embora mencionado como destaque dentre os músicos deste período, ao mesmo tempo
consiste em espécie de “nota de rodapé” (no sentido da pequena extensão e profundidade de
informações a seu respeito) nas narrativas construídas sobre os conjuntos regionais atuantes nas
rádios brasileiras (cf. BECKER, 1996; CAZES, 1998; BITTAR, 2011; RIBEIRO, 2014).
O assunto me interessou, e, embora um aprofundamento no tema fugisse ao escopo
delineado para minha pesquisa de então, levantamentos preliminares feitos a partir de algumas
fontes documentais permitiram-me realizar um esboço de sua trajetória, gerando uma comunicação
apresentada, com pequenas modificações, em dois congressos recentes (VIDILI, 2017b; 2017c).
Russo do Pandeiro, nome artístico de Antônio Cardoso Martins (São Paulo, 1913 – Rio de
Janeiro, 1985), foi músico atuante, a partir de 1930, nos âmbitos da radiofonia, fonografia e
cassinos do Rio de Janeiro. Além de pandeirista, era compositor de sambas. Desenvolveu carreira
internacional, sendo provavelmente o primeiro pandeirista brasileiro a liderar um grupo musical:
Russo and the Samba Kings, durante os anos 1940, quando viveu nos Estados Unidos, para onde foi
a convite de Carmen Miranda. Participou, como músico, de diversos filmes produzidos em
Hollywood. Retornando ao Brasil, na década seguinte, abriu a Publisom, empresa produtora de
jingles publicitários. Envolveu-se publicamente em campanhas em prol da arrecadação de direitos
autorais. Aos poucos, reduziu suas atividades artísticas. Esporadicamente, atuou no Exterior em
eventos musicais promovidos por organismos oficiais do governo brasileiro.
O exame da trajetória singular de Russo pode abrir perspectivas para uma maior
compreensão de diversos aspectos da vida cultural brasileira deste período, sobretudo no âmbito da
chamada “indústria cultural”,1 e relações desta com políticas governamentais.
Este estudo se constituirá a partir de um levantamento de fontes documentais, incluindo-se
assim na linha de pesquisa Documentação e História da Música.

Objetivos

- Objetivo geral:

Mediante levantamento e sistematização de fontes documentais, construir uma biografia de


Russo do Pandeiro, destacando sua atuação artística e profissional.

- Objetivos específicos:
Enfocar a vida profissional de Russo, no Brasil, nos âmbitos da radiofonia, fonografia e
apresentações ao vivo: instâncias de atuação de músicos em uma indústria cultural então incipiente
no País. Neste sentido, interessa desvendar aspectos da dinâmica de trabalho dos músicos atuantes
nestes ambientes, em um momento em que esta profissão “passou a ser financeiramente valorizada
e socialmente reconhecida” (BESSA, 2005: 201).
Analisar mudanças verificadas nas percepções políticas e sociais brasileiras a respeito do
pandeiro: se, até o início da década de 1930, era instrumento associado à marginalidade, cuja
simples posse poderia acarretar em prisão (VIANNA, 2012; SANDRONI, 2012), ao final desta
década ele já se encontrava “legitimado”, em diversas instâncias, como instrumento-símbolo da
cultura musical brasileira, em sintonia com a zeitgeist do Estado Novo que se estabelecia no país.

1
Embora eu não seja entusiasta das ideias de Adorno a respeito da música popular, já suficientemente criticadas (cf.,
por exemplo, Middleton [1990]), utilizo o termo cunhado por este autor, juntamente com Horkheimer, para designar as
instâncias capitalistas de produção e distribuição de bens culturais para consumo massivo. Adorno, de qualquer forma,
tem o mérito de poder ser considerado o fundador da área de estudos em música popular.
Russo, assim como outros pandeiristas, sofreu prisões e apreensões de seu instrumento durante os
primeiros anos de carreira.
Investigar a atuação de Russo durante os anos em que viveu nos Estados Unidos (1944-
1951), onde havia uma indústria cultural já consolidada, com especial interesse na trajetória do
grupo Russo and the Samba Kings e em sua carreira cinematográfica. Problematizar questões
referentes à construção das narrativas, durante este período, em relação à Nação brasileira, tendo a
música como seu locus privilegiado de representação para o olhar externo. Relacionar esta questão
com os debates a respeito de temas então em voga no Brasil, como identidade nacional, raça e
autenticidade.
Abordar a atuação de Russo no papel de empreendedor, dono da empresa produtora de
jingles publicitários: provavelmente, isto constituiu uma condição precursora dentre os músicos
brasileiros, em uma época em que a posse dos chamados “meios de produção” da indústria
fonográfica era praticamente proibitiva a pessoas físicas e a pequenas corporações.

Justificativa
O fato de Russo ter sido pandeirista pioneiro em constituir uma carreira que pode ser
chamada de “solo”, da qual boa parte se desenvolveu nos Estados Unidos (país que, já naquela
época, constituía o mainstream da indústria cultural global), o coloca na condição de um dos
protagonistas da história da música popular brasileira. No entanto, verificou-se uma escassez de
informações sistematizadas a seu respeito.
Tal observação se estende à bibliografia disponível a respeito do próprio instrumento. O
presente estudo pretende contribuir para a construção de uma historiografia do pandeiro brasileiro, o
qual, se por um lado é amplamente reconhecido, no Brasil e fora dele, como um instrumento de
percussão quintessencial da nação, por outro “poucas vezes mereceu menção ou destaque como
elemento presente e contribuinte da identidade social e cultural do brasileiro” (RODRIGUES,
2014:50). A presença do pandeiro na música brasileira muitas vezes é naturalizada, ignorando-se
ser resultado de processos complexos de trânsitos de culturas e musicalidades. A importância
simbólica a ele atribuída, como representante da musicalidade do povo brasileiro, não encontra
correspondência na produção de textos, acadêmicos ou não, a seu respeito.
Na narrativa que se pretende construir, o pandeiro também pode ser considerado
protagonista, tanto quanto o próprio Russo. Afinal, o músico teve sua identidade artística e social
moldada pelo instrumento, a ponto de incorporá-lo a seu nome artístico. Seu êxito e projeção,
obtidos a partir do domínio do instrumento, levaram-no ao cinema hollywoodiano, onde se pode
considerar que, em algumas das cenas protagonizadas por Russo, o pandeiro, metonimicamente, é a
própria Nação brasileira.
Neste sentido, esta pesquisa busca se alinhar ao campo amplo da organologia, conforme
preconizada por autores como Kartomi (2001), Dawe (2001) e Bates (2012), em cujos
entendimentos o assunto instrumentos musicais vai além da busca por sistemas classificatórios
organizados a partir de suas constituições morfológicas e da natureza do corpo vibrante responsável
pela produção sonora. Estes estudos examinam, com detalhe, instrumentos em particular, bem como
conjuntos deles, levando em conta, além das características acústicas e morfológicas, o contexto
social em que se inserem, bem como classificações nativas a seu respeito (KARTOMI, 2001).
Instrumentos musicais são, então, vistos como físicos e metafóricos; intersecções dos mundos
material, cultural e social. Um interesse deste campo de estudos é o modo pelo qual os objetos
produtores de sons contribuem para a retenção da memória cultural, agindo como construtores de
identidades e ícones de etnicidade (DAWE, 2001:220-221). A organologia, de acordo com este
viés, pode ser compreendida como o estudo contemporâneo de instrumentos de música,
incorporando “critérios ligados a fatores socioculturais e a crenças que determinam o seu uso e o
status de seus músicos” (OLIVEIRA PINTO, 2001:265).

Metodologia
Conforme apontou Paulo Castagna (2008), desde 1990 as pesquisas musicológicas feitas no
País têm buscado superar o modelo positivista anteriormente em voga, preocupando-se com
aspectos críticos e reflexivos acerca dos objetos de estudo. No entanto, devido à pouca quantidade
de trabalhos “sistemáticos” realizados pelas gerações anteriores, os estudos atuais assumem um
acúmulo de tarefas: além de coletar e organizar informações (o equivalente à parte sistemática da
pesquisa), ocupam-se igualmente em produzir interpretações e significações acerca deste material.
Alinhado a este pressuposto, o presente estudo não se limitará ao mero levantamento e
sistematização de informações biográficas de Russo do Pandeiro; esta etapa (que incluirá, por
exemplo, o levantamento da produção fonográfica, filmográfica e de composições de autoria do
músico), importante sem dúvida, necessariamente deverá conduzir ao estabelecimento de relações
entre os fatos levantados e aspectos diversos da vida cultural brasileira, além da produção de
reflexões a este respeito.
Sendo esta pesquisa constituída a partir de uma busca documental, algumas perguntas se
fazem primordiais: quais tipos de documentos são relevantes a ela? Onde encontrá-los? Que tipo de
olhar dirigir a eles?
Penso que se deve buscar um olhar abrangente para os tipos de documentos possivelmente
significativos para este estudo: matérias veiculadas na imprensa da época, fonogramas, filmes,
registros iconográficos, letras de canções, literatura (fontes secundárias) etc.
Estes documentos podem ser lidos sob o viés daquilo que Sandroni (op. cit.) chamou de
“etnomusicologia histórica”: como fragmentos de discursos que revelam posições ideológicas dos
atores, envolvidos, por exemplo, em disputas acerca de temas como “legitimação”, “autenticidade”,
“origens” etc. Segundo Midleton (1990), estes discursos que rodeiam a música popular, muitas
vezes contraditórios uns em relação aos outros, são parte integrante e indissociável do significado
da música, tanto quanto o “discurso sonoro” propriamente dito. Para Chartier (1988), textos são
espaços abertos a múltiplas leituras, cujos significados não se constituem em termos universais,
senão como inseridos em uma rede contraditória de utilizações que os constituíram historicamente.
Conforme sugeriu Barata (2016), imagens, sons, vozes, corpos inscritos em suportes
fonográficos e vídeográficos também são documentos que relatam diversos aspectos da
sensibilidade humana, podendo, assim, ser “lidos” como textos. Com este intuito, se buscará uma
metodologia de análise fílmica apropriada para os fins deste estudo.
Quanto à localização dos arquivos, exames prévios indicaram significativa quantidade de
documentos disponíveis online relacionados com os interesses desta pesquisa, como periódicos
digitalizados, filmes e fonogramas. Estas fontes constituem um bom ponto de partida para a
realização do estudo, mas, obviamente, não bastarão: serão buscados, em instituições como
bibliotecas e museus, além de coleções particulares, outros documentos potencialmente relevantes.
A documentação existente poderá ser enriquecida com a coleta de depoimentos com base
nas abordagens da história oral (ALBERTI, 2005; PORTELLI, 1997). Dentre as modalidades de
abordagem desta metodologia apontadas por Rouchou (2000), a que se mostra mais adequada aos
fins deste estudo é a história oral temática: levanta-se um fato, e as entrevistas com as testemunhas
ou participantes do acontecimento vão limitar seu discurso àquele fato. Antes da realização de cada
uma das entrevistas, será elaborado um questionário semi-estruturado, contendo os principais
pontos de interesse de abordagem, dando-se, porém, margem ao surgimento de novas questões,
ampliando assim o roteiro original. Conforme advertiu Portelli, “entrevistas rigidamente
estruturadas podem excluir elementos cuja existência ou relevância fossem desconhecidas
previamente para o entrevistador e não contempladas nas questões inventariadas” (1997:35).
Reflexões preliminares a respeito de algumas questões levantadas sugerem a relevância da
temática racial na condução das discussões. De acordo com Barata (op. cit.), os intérpretes do
samba brasileiro difundido nos Estados Unidos nos anos 1940 (no espírito da Política da Boa
Vizinhança estabelecida então naquele país) eram selecionados em função de sua aproximação, em
termos de biotipo, com a cultura europeia. Ou seja: embora a ideia do “Brasil mestiço” ganhasse
simpatia nesta época (notadamente, a partir de Gilberto Freyre), era a “matriz branca” a escolhida
para representação do País no exterior. O apelido de Russo do Pandeiro evidencia que ele possuía
aparência associada, no Brasil, a países europeus predominantemente “brancos”.
Mendonça (1999) aponta que, para o Estado Novo que então se implantava no Brasil, fazia-
se necessário equilibrar o samba, recém-consagrado “ritmo nacional”, em um ponto entre a
celebração da harmonia racial das supostas matrizes brasileiras branca, negra e indígena, e o ideal
de branqueamento, herança das teorias raciais europeias de fins do século XIX. Para a autora,
Carmen Miranda, considerada a própria musa da Política da Boa Vizinhança, primorosamente
equilibrava estes opostos: “vestida elegantemente, não abria mão da ginga nem da gíria associadas
aos moradores das favelas” (1999:53). Significativamente, Russo do Pandeiro também atenderia a
esta condição: músico de ampla circulação em ambientes luxuosos como o Cassino da Urca, foi
morador do bairro do Estácio, consagrado na historiografia do samba como o local onde este gênero
teria se modernizado, a partir de suas matrizes baianas, e onde surgiu a primeira escola de samba.
As questões acima esboçadas dão ideia da importância do aporte, para esta pesquisa, da
literatura da Sociologia e da História Cultural para embasar a abordagem das problematizações
propostas. Cito, como exemplo, os textos de Anderson (2005), Vianna (op. cit.), Ortiz (1985),
McCann (2004), Sandroni (op. cit.), Chartier (op. cit.). Certamente esta pequena lista preliminar
receberá adendos durante as diferentes fases deste estudo. Entendo que, em um projeto desta
natureza, é difícil prever, com exatidão, a própria amplitude do campo epistemológico da pesquisa:
o campo vai se constituindo de maneira simultânea à pesquisa.

Cronograma de execução do projeto


Embora útil como primeira etapa de organização de um calendário para tarefa tão longa, o
cronograma apresentado abaixo não pretende ser uma descrição fechada de eventos que ocorrerão
em ordem necessariamente diacrônica. As etapas elencadas, dispostas semestralmente, podem se
sobrepor, ou alongar-se mais do que o previsto, respeitando-se, contudo, os prazos estabelecidos
pela coordenação do Programa (de acordo com o Manual do Aluno 2016, disponível no website do
PPGM, a Defesa da Tese deve ser feita em até 48 meses após o ingresso do aluno; o Exame de
Qualificação deve ocorrer, no mínimo, 360 dias antes da Defesa).
Período
2º sem. 1º sem. 2º sem. 1º sem. 2º sem. 1º sem. 2º sem. 1º sem.
Etapa 2017 2018 2018 2019 2019 2020 2020 2021
Disciplinas do X X X
doutorado
Levantamento e
consulta das fontes X X X X X X
documentais
Levantamento e
consulta da X X X X X X
bibliografia
Realização das X
entrevistas
Redação do texto da X X X X
Tese
Exame de X
Qualificação
Defesa da Tese X

Referências

ALBERTI, Verena. Histórias dentro da História. In: PINSKY, Carla Bassanezi (Org). Fontes
históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do


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BATES, Eliot. The social life of musical instruments. Ethnomusicology, v. 56, p. 363-395, 2012.

BARATA, Denise. Política da boa vizinhança e o samba como narrativa da identidade


nacional: corpos e vozes moventes e o American Way of Life. Anais do XXVI Congresso da
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Belo Horizonte, 2016.

BECKER, José Paulo Thaumaturgo. O acompanhamento do violão de 6 cordas no choro a partir


de sua visão no conjunto “Época de Ouro”. Dissertação (Mestrado em Música). Escola de Música,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1996.

BESSA, Virgínia de Almeida. “Um bocadinho de cada coisa”: trajetória e obra de Pixinguinha.
Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
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BITTAR, Iuri Lana. Fixando uma gramática: Jayme Florence (Meira) e sua atividade artística nos
grupos Voz do Sertão, Regional de Benedito Lacerda e Regional do Canhoto. Dissertação
(Mestrado em Música). Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de
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CASTAGNA, Paulo. Avanços e perspectivas na musicologia histórica brasileira. Revista do


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RODRIGUES, Valeria Zeidan. Pandeiros: entre a Península Ibérica e o Novo Mundo, a trajetória
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VIDILI, Eduardo Marcel. Pandeiro brasileiro: transformações técnicas e estilísticas conduzidas por
Jorginho do Pandeiro e Marcos Suzano. Dissertação (Mestrado em Música). Centro de Artes,
Universidade do Estado de Santa Catarina, 2017a.

VIDILI, Eduardo Marcel. Russo e o pandeiro: aspectos de uma trajetória entre marginalidade e
glamour. Comunicação. VIII Encontro da Associação Brasileira de Etnomusicologia. Unirio, Rio
de Janeiro, 2017b.

VIDILI, Eduardo Marcel. Russo e o pandeiro brasileiro: trajetórias entre marginalidade e glamour.
Comunicação. I Congresso Brasileiro de Percussão. Unicamp, Campinas, 2017c.

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