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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITARIA DA CIDADE DE GOIÁS


CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

DOCENTE: MARCOS ANTÔNIO CUNHA TORRES


ACADÊMICO: MARCELO FERNANDES SILVA
SALA: IV ano

Texto Fonte: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola.

Diáspora africana, também chamada de Diáspora Negra é o nome que se dá ao fenômeno


sociocultural e histórico que ocorreu em países além África, especialmente em países da America
do Norte e na América do Sul, devido a grande exploração de açúcar, influenciando a imigração
forçada para fins escravagistas mercantis que perduraram da Idade Moderna ao inicio do XX. Os
africanos em grande maioria eram forçados a vir para o Brasil traziam consigo sua própria África,
composta de lembranças e desejos.
Impulsionada no final do século XV, a expansão comercial internacional levou os
navegantes europeus a navegar por novos mares e assim sendo chegaram aos reinos da áfrica
atlântica (Congos, Benin). Com o aumento da lógica capitalista onde o único fim é explorar as
novas colônias para aumentar os lucros das metrópoles á mão de obra negra africana surgiu como
a ferramenta que apesar dos custos, era viável e barata.
Outro fator que impulsionou também o uso da mão de obra africana nos territórios sul
americanos, especificamente no caso do Brasil, acaba sendo que, como os negros estavam
distantes de sua terra, dificultava qualquer meio de resistência. Em outras palavras, um indivíduo
no lugar totalmente desconhecido, que tivesse em mente fugir, logo vinha à indagação, fugir para
onde? Este fator acabou facilitando o domínio dos senhores sobre os homens que eram mantidos
em cativeiro.
No caso brasileiro pode se ressaltar que a chegada e permanência dos negros africanos
influenciaram e favoreceram para a rica e hídrica cultura brasileira que encontramos na
atualidade. E no que se refere à contribuição africana o documentário, Totalicismo dirigido por
Rosa Berardo, são demonstradas claramente algumas contribuições que estas trocas culturais
ocorridas por vários séculos durante o período colonial brasileiro e que ainda existem, como a
culinária, dança, religião, musica e língua.
Antes de continuar é imprescindível destacar três dimensões para se compreender a
participação do segmento negro na formação brasileira, são elas: a história, a memória e as
praticas culturais. A memória ao lado da identificação com certos valores culturais, a historia
como fator de estudo e pesquisa dessa cultura da matriz africana.
Essa matriz africana teve um papel primordial na formação e delineamento no que
podemos chamar de identidade cultural afro-brasileira, uma que, os escravos possuíam uma
grande diversidade cultural devido à sua origem distinta e por pertencerem a diversas etnias com
idiomas e tradições distintas, pois, eram oriundos de diversas regiões do continente africano.
Quando chegaram ao Brasil tais indivíduos devido à opressão, tiveram que reescrever e/ou
reinventar sua cultura em um território totalmente hostil, ou seja, assimilaram outras práticas
culturais.
Estas reinvenções culturais exercidas pelos africanos nos territórios brasileiros eram
fomentadas pelas lembranças( memória), hábitos, rituais (cultura), que por sua vez foi favorecido
por um fator único, tem-se que recorda ( historia), que no período colonial o movimento do
trafico negreiro, ocorria uma regular chegada de africanos nos portos, acaba contribuindo então
para alimentar tais lembranças, ou seja, a matriz era sempre “regada” . Percebe então que os
africanos tiveram um papel importante no processo de formação cultural brasileiro, pois através
da inserção de suas práticas e seus costumes na sociedade brasileira contribuíram para a formação
de uma identidade cultural afro - brasileira.
Em um país como o Brasil onde quase 90% da população são de descendência negra
africano, __muitas vezes negadas por muitos__ o conhecimento da cultura afro-brasileiro torna-
se imprescindível. Todavia a história do Brasil é ensinada no ambiente escolar, o aluno depara
com um ajuntamento de fatos que narram à trajetória dos europeus na América. Pouco ou quase
nada sabemos dos outros dois povos fora da área de alcance da atividade dos homens do velho
mundo, um fato lamentável. O governo tentando sanar um poço esta anomalia criou no dia 9 de
janeiro de 2003 e sancionou a Lei 10.639 que alterou o currículo oficial da rede de ensino e torna
obrigatório o ensino de história da África e da história e cultura afro-brasileira. Dotada de
caráter político, a lei pretende simultaneamente contribuir para o fim de preconceitos raciais e
afirmação da identidade e orgulho das origens. Trata-se de uma medida reparatória e de inclusão
que visa contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, com igualdade de
oportunidades e livre de preconceitos.
Mas acima de qualquer lei ou decreto, é necessário uma conscientização da sociedade da
importância de conhecermos nossas origens, e ficar ciente que nossa sociedade não foi formada
somente por europeus e indígenas, mas que talvez até com uma contribuição maior os negros
africanos tiveram seu papel na formação da sociedade multicultural que é do Brasil.
Cabe ressaltar então, que os africanos tiveram um papel importante no processo de
formação cultural brasileiro, pois através da inserção de suas práticas e seus costumes na
sociedade brasileira contribuíram para a formação de uma identidade cultural afro - brasileira. E
tal importância tem que ser demonstrada para a sociedade, tendo com inicio nas escolas.

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