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Jonatas Oliveira
SANTOS
2009
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Jonatas Oliveira
SANTOS
2009
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SUMÁRIO
Os principais projetos....................................................................................... 4
Gregorian................................................................................................... 4
Sarah Brightman........................................................................................ 5
As releituras..................................................................................................... 7
As criações multirreferenciadas...................................................................... 9
Conclusão................................................................................................................ 13
Referências.............................................................................................................. 13
Anexos..................................................................................................................... 14
Ele foi membro da banda da Sandra por mais alguns anos, depois mudou-se
com Cretu para Ibiza, Enquanto se envolvia com o novo projeto de Cretu, Enigma,
sob o pseudônimo de F. Gregorian. Peterson contribuiu com o primeiro álbum,
MCMXC a.D., escrevendo algumas faixas.
Após isto, Peterson começou a trabalhar com Sarah Brightman, sendo seu
produtor e idealizador de turnês, dando início a um grande relacionamento
profissional que se sustenta até hoje. Logo no primeiro álbum, Dive, o produtor já
cuidou para criar um estúdio de alta tecnologia na qual o seu nome Nemo Studio, foi
tirado do nome da música de Sarah, Captain Nemo1, que foi um single deste álbum.
A partir daí ele começa sua carreira de produtor independente, produzindo e
consagrando a carreira de produtor a partir de então com diversos artistas distintos
através do seu estúdio.
2 INTRODUÇÃO
2.1 UM POUCO SOBRE A CARREIRA DE FRANK PETERSON
trabalho com Sarah Brightman, Princessa e com Andrea Bocelli, em seu primeiro
álbum internacional, Romanza, além do grupo Gregorian.
2.2.1 Gregorian
Os critérios para a seleção de música para o grupo são estritos: para ser
considerada, ela precisa ser traspassável em uma escala de sete tons. Depois, com
as músicas escolhidas, doze vocalistas, previamente escolhidos através de uma
sessão de testes de coro, gravam partes da música em uma igreja com a atmosfera
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de trêmulas luzes e velas, condizendo com o que Peterson havia dito em uma
entrevista em 2001 como uma fria e técnica atmosfera de um estúdio. O conceito
provou ser um sucesso, e o grupo já lançou inúmeros álbuns e compilações como a
saga Masters of Chant2.
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A série Masters of Chant é dividida em "Capítulos", e cada álbum corresponde a um deles. Assim, o
nome do álbum é Masters of Chant Chapter I, II, e etc. Até hoje ao todo já são sete capítulos dessa
série e o último foi lançado neste ano.
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3 ANÁLISE
3.1 “CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO” NO TRABALHO DE FRANK PETERSON
A arte é o campo que não precisa lidar com vários [...] limites
da criatividade. Por não ter um fim alheio de si mesmo, a obra
de arte “pode tudo”. O limite passa a ser aquele definido pelo
próprio autor. Justamente por isso a arte é onde ocorrem
desenvolvimentos tecnológicos e estéticos: não havendo o
compromisso com o fim, o artista se dedica a alcançar o
resultado desejado, e acaba desenvolvendo os meios.
3.1.1 As releituras
No trabalho de Frank Peterson não são raras as releituras e esse viés criativo
e inovador de Peterson pode ser observado nas produções feitas em músicas
famosas como a recriação da canção What a Wonderful World3. Ela foi gravada
originalmente pelo cantor Louis Armstrong, o músico de jazz mais conhecido do
público em todo o mundo e chamado de "a personificação do jazz", dono de uma
voz inconfundível e extremamente característica, até para quem não é aficionado
pelo estilo. Foi lançada em 1967, sendo classificada como jazz e em 2003 no álbum
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Presente no álbum Harem (2003), de Sarah Brightman.
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No álbum Masters of Chant Chapter II, Peterson produziu uma nova versão
da música com arranjo inspirado no chamado new age e com um coro de canto
gregoriano. Além do coro, a música conta com a participação da soprano Sarah
Brightman no refrão, o que traz uma espécie de contrapeso para a obra deixando o
trabalho mais leve.
Pode-se afirmar ainda que Peterson se recria e se renova pois ele faz
“versões” da sua própria obra. Um exemplo marcante e mais recente disso é a
canção Arrival do famoso quarteto sueco ABBA. A música, presente no álbum
homônimo da banda e originalmente lançada em 1976, possui apenas
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No ano seguinte, Peterson recriou a música e fez uma nova versão da canção
para o grupo Gregorian. Essa nova obra agrega elementos sinfônicos, presentes na
versão do ano anterior, mas com uma execução completamente distinta, pois não há
a necessidade de se criar uma atmosfera natalina para ela, criando até uma ilusão
de medievalismo em certas partes. Além disso, Peterson utiliza o canto gregoriano
como base da música toda (uma das características do Gregorian) enquanto na
versão de 2008 ele usa o esquema tradicional de uma voz principal para a música
com presença de um coral nos refrões, influenciado pela música pop.
[...]
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Presente no álbum Eden.
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Presente no álbum Eden.
6
Presente no álbum Symphony.
7
Pequena representação dramática, ou, mais freqüentemente, peça musical executada no intervalo
entre dois atos de uma peça teatral ou ópera; entreato, intermédio (Dicionário UOL Houaiss,
acessado em 28 de novembro de 09 às 18h05)
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Filho perdido,
Quer fazer um jogo?
Te darei joias
Venha comigo
Pai, oh pai
Você já ouviu
O que ele me diz
E o que quer fazer?
Filho perdido
Se você não vier
Eu usarei a força que tenho
Pai, oh pai
O Rei dos Elfos
Ele está me tocando
E me faz mal
[...]
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4 CONCLUSÃO
Analisando o trabalho de Frank Peterson, e as teorias citadas ao longo do
texto e compreendendo ainda o exposto por Aldo Bizzocchi (2002), quando afirma
que: “todo profissional de cultura é um manipulador de linguagens dos mais diversos
tipos, e seu objetivo é sempre criar um novo discurso, uma nova mensagem, a partir
da combinação dos elementos básicos”, percebemos que Peterson é de fato um
profissional de cultura que cria e inova. Ao ordenar as notas e arranjos, transformar,
adaptar melodias e combinar obras distintas para criar uma nova, Peterson mostra
que sabe usar as ferramentas certas para construir sua obra e respeitar os
elementos combinantes de acordo com regras de estética musical, ditada pelo
público e por seu “faro pessoal” de artista, ou seja, a inspiração. Pode se notar ainda
que no seu impulso criativo, o produto se inspira em outras recriações e fazendo a
sua própria obra derivada, sempre respeitando as características de público e
focando o resultado final do trabalho.
5 REFERÊNCIAS
Sites:
• pt.wikipedia.org (acessado em 28/11/2009, às 15h19)
• en.wikipedia.org (acessado em 28/11/2009, às 17h19)
• www.emi.com.br (acessado em 29/11/2009, às 13h00)
• www.gregorian.de (acessado em 25/11/2009, às 16h35)
• www.mgbras.com.br (acessado em 30/11/2009, às 15h00)
• brazil.sarah-brightman.net (acessado em 26/11/2009, às 16h00)
• www.sarah-brightman.com (acessado em 25/11/2009, às 15h00)
• www.criatividadeaplicada.com (acessado dia 25/11/2009, às 17h10)
• http://home.global.co.za/~jvd/index.html (acessado em 25/11/2009, às 15h30)
• http://www.xs4all.nl/~josvg/cits/sarahbr.html (acessado em 25/11/2009, às
16h00)
• http://teclec.psico.ufrgs.br/mec-nte/Projetos/releitura/questoes.htm (acessado
em 26/11/2009, às 16h45)
Texto:
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A Criatividade na Cultura
In: BIZZOCCHI, Aldo. Anatomia da Cultura. Uma nova visão sobre ciência, arte,
religião, esporte e técnica. São Paulo: Palas Athena, 2002. Cap. 10, p. 131-9.
6 ANEXOS