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Da Sub-rogação

Embora não disciplinada no Código Civil, a sub-rogação foi contemplada de maneira expressa
no art. 8° da Lei 6.194/74, que regula o seguro obrigatório veicular. Tal dispositivo, do ponto
de vista do terceiro, o responsabiliza pela reparação do dano causado. Todavia o reembolso
do terceiro poderá não ocorrer eis que é falível. Relevante citar que o segurador, ao assumir o
risco o fez também com relação a eventual reembolso por parte do terceiro. Conforme a
Súmula 188 do STF, o segurador tem direito de ação regressiva contra o agente causador do
dano, pelo que pagou, respeitando o limite previsto no contrato de seguro.

Com relação ao seguro de danos, a sub-rogação está contemplada no art. 786 e aduz
que “Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo, nos direitos
e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano.” Aduz ainda, em seus
parágrafos 1° e 2° que quando não for observado a presença do dolo, não há o que se falar em
sub-rogação sendo o dano causado pelo cônjuge do segurado, seus descendentes ou
ascendentes, consangüíneos ou equivalentes. Cabe ainda dizer que “É ineficaz qualquer ato do
segurado que diminua ou extinga, em prejuízo do segurador, os direitos a que se refere este
artigo”.

Conforme o disposto o artigo 800 do Código Civil, é expressamente proibida a sub-


rogação nas ações e nos direitos do segurado ou o respectivo beneficiário no que tange os
seguros pessoais, contra o causador do sinistro, no que diz respeito à natureza diferente dessa
mo9dalidade de seguro, eis que o agente ofendido permanece legitimado a pedir indenização
contra o causador do dano. E o recebimento de pagamento securitário, nesse caso, é
irrelevante para o terceiro causador do dano.

Extinção do Contrato de Seguro


O contrato será extinto:

 Pelo decurso de prazo do contrato;


 Por mútuo consentimento ou distrato;
 Pela ocorrência do evento na maioria das vezes;
 Pela cassação do risco;
 Pela inexecução das obrigações contratuais;
 Por causas de nulidade ou anulabilidade.

Importante dizer que deverá constar na apólice de seguro o começo e o fim dos
riscos, ano, mês e dia. Todavia, conforme o artigo 780 CC há contratos cuja vigência é
diferente, como no transporte, em que o risco principia desde que a mercadoria seja recebida
no ponto de partida, terminando quando devidamente entregue ao destinatário.

Decorrido o prazo da apólice, esvai-se a obrigação do segurador.

O inadimplemento gera o fim do contrato onde o culpado arcará com os prejuízos os


quais causou.
Da Prescrição
De acordo com a Súmula 101 do STJ, “a ação de indenização do segurado em grupo
contra a seguradora prescreve em um ano”.

De acordo com a Súmula 151 do STF, “prescreve em um ano a ação do segurador sub-
rogado para haver indenização por extravio ou perda de carga transportada por navio”.

De acordo com o princípio da actio nata, o prazo prescricional para cobrança do


seguro se inicia no momento em que o segurado pode exercer a ação contra a seguradora.
Assim, surge a possibilidade de propositura da ação com a negativa expressa da seguradora
em pagar , eis que a partir daí é exercitável a ação. Outros entendem que surge a actio nata
quando o segurado toma conhecimento do sinistro. Percebe-se então que o momento do
sinistro em si não se coloca como termo inicial do lapso prescricional.

De acordo com a Súmula 16 (do extinto Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo),
para a ação regressiva da seguradora contra o causador do dano, pelo mesmo princípio da
exercibilidade da ação, o termo inicial da prescrição é a data do desembolso.

Segundo o art. 206, §1°, II, prescreve no mesmo prazo de um ano “ a pretensão do
segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado,
no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de
indenização proposta por terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência
do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão”.

É importante dizer que segundo o Código de 2002 o prazo máximo extintivo passa ser
de 10 anos.

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