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Resumo do Trabalho de Contrato de Seguro e Conta Corrente (SGA)

Mensagem:

Resumo - Contrato de Seguro

Conceito :

Para Maria Helena Diniz, contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes (segurador) se
obriga para com a outra(segurado), mediante o pagamento de um prêmio, a garantir-lhe
interesse legítimo relativo a pessoa ou a coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos
futuros, previsto no contrato.

Partes:

Segurador é aquele que suporta o risco e segurado é aquele que tem o interesse direto na
conservação da coisa ou da pessoa, fornecendo uma contribuição periódica e moderada, isto
é, o prêmio, em troca do risco que o segurador assumirá.

Caracteres Jurídicos:

O contrato de seguro é bilateral, oneroso, consensual, típico, aleatório, de adesão,


subordinado a boa-fé qualificada e de execução continuada.

Requisitos de validade:

A- Subjetivos:

1. Só poderá contratar como segurador pessoa jurídica devidamente autorizada pelo


governo federal para operar no ramo;

2. Para ser segurado será necessária capacidade civil;

3. Nem todos poderão ser beneficiários; no seguro de coisas ou de prejuízos, será preciso
provar o interesse em relação à coisa segurada. No seguro de vida, não se poderá instituir
como beneficiário pessoa legalmente inibida;

4. Funda-se no consentimento de ambos os contraentes, que se opera por meio de


proposta formulada pelo segurado, já preestabelecida pelo segurador;

5. Não há, em regra, solidariedade do cossegurador perante o segurado;

6. Não há vínculo entre o segurado e o órgão ressegurador;

B- Objetivos:

1- Requer objeto lícito e possível;


2- O valor do objeto deve ser determinado;

3- A apólice deverá conter o valor do objeto segurado, que será a base para se calcular a
indenização a ser paga, se se concretizar o risco; O pagamento da seguradora deverá ser
equivalente ao valor real do bem ou de sua reposição;

4- O segurado deverá pagar o prêmio que é fixado pelas partes tendo em vista a duração
do risco, as causas que possam efetivá-lo e o montante da indenização, devendo ser, portanto,
líquido e certo;

5- O evento deverá ser futuro e incerto, independente da vontade dos interessados.

C- Formais:

1- Exige-se instrumento escrito para ser obrigatório, isto é, a apólice;

Efeitos:

O contrato de seguro cria direitos e deveres para ambas as partes:

Segurado Segurador

Direitos

- receber a indenização e a reparação do dano, equivalente a tudo aquilo que esteja dentro do
risco assumido (CC, art. 757);

- Reter os prêmios atrasados e fazer outro seguro pelo valor integral, se o segurador estiver
insolvente (Dec.-Lei n. 2063/40, arts. 139,c,e 140; Dec.-Lei n. 73/66, art. 26; Dec.n. 60.459/67,
art.68).

- Não ver aumentado o prêmio, embora hajam agravado os riscos assumidos pelo segurador
em razão de fato alheio à sua vontade;

- Receber reembolso de despesas feitas no interesse da seguradora para diminuir os prejuízos;

- Ser defendido pelo segurador nos casos de responsabilidade civil, cuja reparação esteja a
cargo dele;

- Abandonar a coisa segura, se entender que o capital segurado lhe é mais conveniente do que
a sua recuperação ou indenização parcial;

- Exigir revisão do prêmio ou resolução contratual, se a redução do risco for considerável (CC,
art. 770). - Receber o prêmio durante a vigência do contrato;
- Isentar-se do pagamento da indenização , se provar dolo do segurado e a ocorrência das
hipóteses do CC, art. 763,778,766,784 e parágrafo único.

- Responder exclusivamente pelos riscos que assumiu (CC, art.776);

- Opor, havendo seguro à conta de outrem, ao segurado-beneficiário todos os meios de defesa


que tiver contra o estipulante (CC,art.767);

- Sub-rogar-se, se pagar indenização, no direito respectivo contra o autor do sinistro, podendo


reaver o que desembolsou (CC, art. 786,§§ 1º e 2º, RF,129:174, 127:444; RT, 155:218,
163:698,189:702;Súmula 188);

- Merecer a lealdade do segurado;

- Reajustar o prêmio para que este corresponda ao risco assumido (CC, art.778);

- Comunicar ao segurado alterações havidas com o risco ou com a titularidade da apólice;

- Exonera-se de suas responsabilidades no caso do art. 763 do CC.

Obrigações - Pagar o prê(mio convenciondo (CC, art.757 e 764);

- Responder pelos juros moratórios (CC, art. 763);

- Abster-se de tudo que possa aumentar o risco objeto do contrato (CC, art.768);

- Comunicar ao segurador todo incidente que possa agravar o risco (CC, art.769,§§ 1º e 2º);

- Levar ao conhecimento do segurador a ocorrência do sinistro, assim que souber de sua


verificação (CC,art.771, § único);

- Demonstrar os prejuízos que sofreu com o sinistro;

- Ser leal, respondendo com sinceridade as perguntas necessárias à avaliação do risco e ao


cálculo do prêmio (CC,arts. 765 e 766);

- Abster-se de transacionar com a vítima, com os responsáveis pelos danos, sem o prévio
consentimento do segurador (CC,art.795). - Indenizar os segurado quanto aos prejuízos
resultantes do risco assumido, conforme as circunstâncias e o valor da coisa segura;

(CC, arts. 776,206,§ 1º,II);

- Aceitar a cessão do seguro e pagar a terceira indenização, como acessório da propriedade ou


de direito real sobre coisa segurada;

- Pulverizar o risco sob forma de cosseguro e resseguro (Dec. –Lei n. 73/66,art. 4º);
- Não reter responsabilidades cujo valor ultrapasse seus limites técnicos (Dec. – Lei n. 73/ 66,
art.79);

- Constituir reservas técnicas, fundos especiais e provisões, para garantia das obrigações
assumidas (Dec. –Lei n. 73/66, art.84);

- Cumprir as obrigações provenientes da mora ou da desvalorização da moeda (Lei n. 5.488/68;


CC,art.772);

- Restituir em dobro o prêmio recebido, se não houve má-fé do segurado, no caso do art. 733
do CC;

- Defender o seguro e tomar as medidas necessárias para eliminar ou diminuir os efeitos


maiores do risco, desde que lhe tenha sido comunicado algum fato incidente pelo segurado;

- Tomar providências necessárias assim que souber do sinistro;

- Pagar, diretamente, ao terceiro prejudicado a indenização por sinistro em caso de seguro de


responsabilidade legalmente obrigatório (CC,art. 788).

Extinção:

1. Decurso do prazo estipulado;

2. Distrato;

3. Resolução por inadimplemento de obrigação legal ou de cláusula contratual;

4. Superveniência do risco;

5. Cessação do risco, em seguro de vida, se o contrato se configurar sob a forma de


seguro de sobrevivência;

6. Pela nulidade , que não é causa extintiva, mas que torna ineficaz o contrato por força
de lei, como ocorre no CC, arts. 762,766 e 768, e no CCom, arts. 677 e 678.

Resumo - Contrato de Conta corrente

Conceito:

Segundo Fiúza “conta corrente é um contrato, segundo o qual duas ou mais pessoas anotam
em livro específico todas as remessas efetuadas por cada uma delas a favor da outra ou de
negocio comum, seja de bens, títulos ou dinheiro, a fim de que, posteriormente, se verifique,
por meio de balanço, o saldo exigível.”

Partes:

As partes recebem o nome de correntistas.

Caracteres jurídicos:
Atípico, puro, consensual, bilateral, oneroso, aleatório, de execução futura, individual,
negociável (em tese), intuitu personae.

Requisitos de validade:

1. Subjetivos – as partes devem ser capazes.

2. Objetivos – as remessas devem se referir a títulos, dinheiro ou outros bens, sempre


lícitos e materialmente possíveis.

3. Formais – aperfeiçoa-se pelo simples acordo de vontades, porém, na prática é difícil


conceber a conta corrente sem a escrituração contábil.

Efeitos:

1. Irrevogabilidade – uma vez lançada na conta, a remessa se torna parte dela,


integrando-se a um todo indivisível.

2. Indivisibilidade – é necessário que se aguarde o encerramento da conta para


verificação do saldo final.

3. As remessas não geram novação. Cada crédito lançado a conta não substitui
obrigações antigas por novas. Todos os lançamentos antigos serão computados no balanço
final.

4. Juros – último efeito. Contam-se automaticamente a partir de cada remessa. Não pe


necessária cláusula, pois estes são da essência da conta corrente.

Extinção:

1. pela morte;

2. pela incapacidade de uma das partes;

3. pelo decurso de prazo;

4. pelo distrato bilateral;

5. pelo distrato unilateral, se o contrato for por prazo indeterminado e ainda pela
falência ou insolvência civil de um dos correntistas.

Referências Bibliográficas:

DINIZ, Maria Helena - Curso de Direito Civil Brasileiro 3. Teoria das Obrigações Contratuais e
Extracontratuais, 26ª Edição, 2010, Editora Saraiva;

FIUZA, César - Direito Civil, Curso Completo, 6ª Edição, 2003, Editora Del Rey;

VENOSA, Silvio de Salvo- Direito Civil: Contratos em espécie, 11ª Edição, 2011, São Paulo,
Editora Atlas.

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