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Há muito considerada uma das mais belas mensagens que a Ordem DeMolay
possui, a Cerimônia das Flores não é apenas impressionante para muitos
iniciáticos, como também demonstra grande poder cativante entre as mães. O
intuito desta cerimônia é ser apresentada como uma conversa após a
conferência do Grau Iniciático ou DeMolay, além de fazer parte de outras
cerimônias.
Cons. A Cerimônia das Flores é uma cerimônia Pública que, tradicionalmente, vem sendo
utilizada após a entrada na Ordem DeMolay, em Posses, e em outras funções
públicas apropriadas para destacar a Virtude do Amor Filial: amor dos pais e
família. Através dessa virtude, nós procuramos enfatizar aquela devoção poderosa
que carregamos por aqueles que nos criaram desde a infância, ou que cuidaram de
nós durante a juventude, quer sejam eles uma mãe, um pai, um parente, ou qualquer
outra figura familiar. Esta cerimônia não é parte requerida do processo de indução
na Ordem, e a participação é opcional.
Parte exigida:
- Orador (Or.). Deve ser representado por um DeMolay Ativo com uma voz
madura e agradável e estilo de apresentação.
Enfeites exigidos:
- Bíblia Sagrada aberto no Altar;
- Livros escolares no canto nordeste do Altar
- Flores vermelhas e brancas (rosas de caule curto ou cravos são aconselhados,
porém quaisquer flores de menor custo podem ser usadas), devem ser
espalhadas por todo o Altar, mas não sobre a Bíblia Sagrada. Deve haver no
mínimo uma para cada candidato e deve-se cuidar para que haja, também, uma
flor branca para cada um daqueles cuja mãe já faleceu. No seu devido
momento, cada um dos candidatos pegará uma flor.
Se a Cerimônia das Flores for realizada logo após uma cerimônia de Iniciação,
o trecho “vocês receberam...” deverá ser substituído por “vocês acabam de
receber...”.
Or. Meus Irmãos, vocês receberam a permissão para usarem como seu o nome de uma das
figuras cavaleirescas mais heróicas do mundo, Jacques DeMolay. Agora vocês podem
dizer: “Eu sou um DeMolay.” Para ser considerado digno do privilégio de entrar para o
companheirismo deste grande exército de jovens, tanto aqui quanto no exterior, que se
dedicam aos ideais de Jacques DeMolay, demonstra nossa confiança de que a sutileza
de seus propósitos guiará seu progresso para os mais elevados tipos de homem. Ser
aceito como um DeMolay é, portanto, uma honra da qual qualquer jovem deve,
realmente, se orgulhar.
Ao serem recebidos em nossas fileiras, vocês foram instruídos sobre as sete virtudes
cardeais desta grandiosa Ordem. Esperamos que tenham ficado profundamente
sensibilizados com as lições que elas ensinam. Não existe melhor alicerce sobre o qual
construir seu caráter e vida futura, do que a prática dessas virtudes. A Ordem DeMolay
ensina muitas belas lições, porém nenhuma é mais importante do que a honra e o
verdadeiro respeito pelo sexo feminino, e ainda mais especialmente à maternidade. É
conveniente, portanto, que vocês tenham sido chamados a comparecer novamente
perante este Altar em alguns breves momentos de ênfase especial sobre a virtude que foi
colocada em primeiro lugar entre as jóias que adornam a Coroa da Juventude – Amor
Filial.
Para minha felicidade, este Altar é dedicado às nossas mães, cujo amor nunca falha.
Vocês talvez subam para posições de grande influência na vida comercial, política ou
profissional, porém, nunca poderão atingir as alturas das aspirações secretas de suas
mães por vocês. Vocês poderão afundar nas mais baixas profundezas da infâmia e
degradação, porém nunca abaixo do alcance do amor delas. A memória disso sempre
perturbará seus corações. Não existe homem tão ordinário, tão completamente vil,
absolutamente baixo, que não possua em seu coração um nicho sagrado e separado para
a memória do amor de sua mãe.
Se fosse eu lhes apresentar um retrato do amor divino, não seria aquele de:
Um majestoso anjo,
Com uma forma elegante e bela.
Porém o de uma mãe cansada e exausta,
Com fisionomia grave e singela.
Era sua mãe que lhe amava antes de você nascer – que lhe carregou, durante longos
nove meses, próximo ao coração e, que ao concluir-se o tempo, tomou a mão de Deus
nas mãos dela e passou através dos vales das sombras para lhe dar a vida. Foi ela quem
cuidou de você durante os anos desamparados de sua infância e nos não menos
importantes anos de meninice. Conforme você se tornou menos dependente, ela fez
inúmeras coisas, muitas delas preocupantes, de difícil solução, porém que de algum
modo auxiliaram e encorajaram; coisas que somente as mães parecem saber fazer. Você
talvez tenha aceitado estas atenções mais ou menos como se fossem uma rotina, talvez
sem consciente gratidão ou sem qualquer demonstração de apreço.
Recordando os anos de sua vida quando você tiver chegado à idade viril, sua mãe
poderá muito bem dizer nas palavras do poeta:
Estas flores que vocês vêem no Altar são símbolos daquele amor materno – a branca, o
amor da mãe que já se foi; a vermelha, da mãe que ainda vive para abençoar sua vida.
Queremos que cada um de vocês tire uma flor deste Altar. Se sua mãe já passou para a
outra margem da vida, você escolherá uma flor branca e a guardará sempre sagrada em
sua memória. Que a presença desta flor sempre desperte todas as suas felizes memórias
e novamente lhe fortaleça em seus esforços para ser digno das esperanças e aspirações
dela por você. Se sua mãe estiver viva, você escolherá uma flor vermelha. Quando for
para casa esta noite, dê a sua mãe. Diga-a que é o nosso reconhecimento do melhor
presente de Deus ao homem – o amor de sua mãe. Tome-a em seus braços e diga: “Mãe,
aprendi uma grande lição esta noite. As cerimônias me ajudaram a compreender mais
intimamente o quanto você realmente significa para mim. Tentarei mostrar a você
diariamente o quanto eu aprecio os sacrifícios que você fez e o amor e carinho que você
me dá.”
Algum dia você encontrará aquela flor, não sei onde, talvez em sua Bíblia ou livro de
sua fé ou em qualquer outro lugar sagrado, uma silenciosa testemunha do que esta noite
significou para aquela, cujo amor por você, seu filho, está além da compreensão de
qualquer filho. Meus Irmãos, cada um de vocês tire, por favor, uma flor vermelha ou
branca do Altar.
Feito.
DeMolay não pode exigir mais nada de vocês senão procurar viver de maneira a serem
dignos do amor de suas mães.