Diario Espiritual Novembro 2023

Licenciado para jackeline - jack_madureira@yahoo.com.
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DIÁRIO ESPIRITUAL
PARA O MÊS DE NOVEMBRO | 2023
Padre Mário Augusto Sartori
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sem autorização por escrito do autor.
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DICAS PARA TIRAR MAIOR APROVEITO DO DIÁRIO ESPIRITUAL
- Tenha um local e horário fixos para oração;

- Invoque o Espírito Santo e faça outras orações que te ajudem a se acalmar e estar na
presença de Deus;
- Leia o evangelho do dia, a reflexão e as perguntas sem pressa. No meu canal do YouTube
você encontra a homilia do mesmo evangelho, um pouco mais aprofundada;
- Use as perguntas para realmente refletir sobre sua vida;
- É interessante você anotar suas respostas e reflexões;
- Tente investir alguns minutos do seu dia para fazer isso de forma orante;
- Procure o sacramento da confissão e use dos ensinamentos deste mês de retiro para
fazer seu exame de consciência.
Com a graça de Deus e a unção do Espírito Santo chegaremos ao final desse Diário com
nossas vidas transformadas. Coloque suas intenções e reze com fé. Deus está com você
nesta caminhada, creia!
Vamos juntos nessa jornada? Deus o abençoe.
Pe. Mário A. Sartori.

01 de Novembro | Quarta-feira da 30ª Semana do Tempo Comum
Evangelho: Lc 13,22-30
Naquele tempo, Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho

para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: "Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?"
Jesus respondeu: "Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos
digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e
fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: 'Senhor, abre-nos a porta!' Ele
responderá: 'Não sei de onde sois'. Então começareis a dizer: 'Nós comemos e bebemos diante
de ti, e tu ensinaste em nossas praças!' Ele, porém, responderá: 'Não sei de onde sois. Afastai-
vos de mim todos vós que praticais a injustiça!' Ali haverá choro e ranger de dentes, quando
virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo
lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa
no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos".
- Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Para meditar:
Jesus não responde quantos vão se salvar. Ele diz que muitos não vão se salvar. A nós
compete saber não quantos se salvam, mas como se salvam os que se salvam! E Jesus deixa
claro: é uma porta estreita.
Onde está esta porta estreita? Em tudo que temos refletido nestes dias. Tudo que a cada
dia Jesus vem falando nesta leitura sequenciada do evangelho de Lucas que fazemos todos os
dias vai nos mostrando que a porta não é larga, ela é estreita. Mas, veja, a porta é tanto mais
estreita quanto mais somos egoístas, preguiçosos e apegados. Precisamos nos estreitar a nós
mesmos. Perder o excesso de peso espiritual e moral que tanto nos pesa.
Jesus aponta ainda para algo muito sutil em nós, que nos faz pessoas iludidas: a religião.
Sim, a religião muitas vezes é um perigo por nos levar a não olhar mais para Deus e sim para
ficar nos comparando uns aos outros. Se você ficar se comparando com os outros, vai perceber
que não é difícil achar um caminhão de gente que não presta, não vale nada, que é pior do que
você, para você se sentir santo e salvo!
Muitos, no último dia, vão se aproximar de Cristo acreditando estarem salvos, quando
na verdade estão condenados. Eles praticam a “injustiça”. Na bíblia “injustiça” significa viver
no pecado, contra Deus e/ou o irmão. Como a pessoa não percebe isso? Não percebe, porque
fica medindo se ela é melhor ou pior do que os outros.
Então, Jesus fala dos pagãos que iriam se converter, vindos de todos os lugares, os
últimos que seriam os primeiros, enquanto que os primeiros, aqueles que estavam ali tão do
lado dele, seriam jogados fora porque não davam os frutos da justiça e da santidade.
Para refletir:
1- Eu faço todo o esforço possível para passar na porta estreita?

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2- Comer e beber com Jesus significa o ato da Eucaristia. Tenho comungado em pecado ou de
forma indigna?
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3- Tenho ficado por último e para trás? Minha vida cristã está evoluindo?
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Oremos: Senhor Jesus, dai-me tua força e tua graça para que eu consiga fazer o esforço que
me é possível e necessário. Jesus, obrigado pela porta estreita que retira meus excessos e vai
me assemelhando a ti. Eu quero passar pela porta estreita do evangelho. Espírito Santo, eu
quero comer e beber junto com Jesus na Eucaristia de forma digna. Que o Santíssimo
Sacramento limpe minha vida e me liberte de toda injustiça contra Deus e o meu próximo.
Espírito Santo, que eu não fique para trás, mas que eu corra com prontidão para os braços de
Deus. Amém!

02 de Novembro | Quinta-feira | Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas
acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento,
para lhe abrir, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que
o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-
se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três
da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse
a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai
preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes".
Para meditar:
Hoje é o dia de Finados, os “finalizados” pelo tempo e pela vida. Hoje são eles, amanhã
seremos nós nesta lista. Finados e finalizados os nossos dias, seremos julgados por nossas boas
obras que são fruto de uma vida que foi ou não cingida e iluminada, como narra o evangelho
de hoje.
No tempo de Jesus, os rins eram o lugar onde o ser humano guardava as paixões que
poderiam desordenar a vida: ira, raiva, ódio, desejos sexuais, preguiça, gula. Tudo o que é
ímpeto e desregramento estava no rim. Por isso, Jesus nos ensina que para viver bem, ter uma
santa morte e estar pronto para quando ela chegar é preciso cingir, ou seja, amarrar de forma
apertada, nossos rins, nossas paixões. Só vive bem quem se aperta e domina a si mesmo.
Para bem viver essa vida que é frágil e tão rápida é preciso manter-se iluminado pelas
lâmpadas da fé, não bastando apenas a luz da ciência, dos livros e da própria perspicácia
humana. Como nos assegura o salmista: Lâmpada para os meus pés, luz para os meus caminhos
é a tua Palavra.
Só está pronto para a chegada da morte, que é o próprio Jesus que chega à nossa porta,
quem está cingido por uma vida sóbria e iluminada pelo Evangelho de cada dia.
Para refletir:
1- A morte das pessoas queridas tem me feito refletir sobre meus “rins”? O que posso melhorar
em relação aos meus instintos e paixões?
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2- Diante da realidade da morte e da brevidade da vida, o que eu sinto que devo melhorar em
relação às lâmpadas da fé?

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3- Neste dia de finados, me sinto em dívida com alguém que já partiu? Por quê?
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Oremos: Senhor Jesus, quero pedir a graça de viver uma vida cingida e iluminada para ir ao
Teu encontro através de uma morte santa. Espírito Santo, dai-me o dom da sobriedade, da
disciplina e que eu nunca seja vencido por minhas más inclinações. Dai-me o dom da
inteligência e da sabedoria, para que o Evangelho de cada dia seja a luz de cada passo meu.
Livrai-me, Senhor, dos tropeços e das trevas. Amém.

03 de Novembro | Sexta-feira da 30ª Semana do Tempo Comum
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E
eles o observavam. Diante de Jesus, havia um hidrópico. Tomando a palavra, Jesus falou aos
mestres da Lei e aos fariseus: "A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?" Mas eles ficaram
em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. Depois lhes disse:
"Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia
de sábado?" E eles não foram capazes de responder a isso.
Para meditar:
Neste evangelho Jesus quebrou muitos protocolos e tudo isso está associado ao fato de
ser sábado.
Acontece que Jesus veio para curar, libertar e restaurar o ser humano como expressão
de sua misericórdia. Tudo que Jesus fez foi por misericórdia. Mas as pessoas daquela sinagoga
passavam a vida toda sem serem curadas. Era um lugar de indiferença, frieza, de um legalismo
sobre o sábado que escondia a falta de amor e de unção.
Os fariseus ficavam observando Jesus procurando um motivo para confrontá-lo. Eram
incapazes de se alegrar com as curas que Ele fazia.
Muitas vezes amamos mais as nossas leis, regras e manias do que o nosso próximo. E
mais: muitas pessoas amam mais um objeto ou um animal do que o ser humano.
Jesus desmascara o zelo do chefe dos fariseus dizendo que o tal sábado, tão intocável,
era flexibilizado por eles para salvar um boi, mas jamais para curar uma alguém doente. Nosso
zelo pelos "sábados" não justifica ficarmos cegos à caridade e à misericórdia de Deus.
Cada um de nós também precisa, de alguma forma, do toque de Deus; necessita de curas
e libertações.
Assim como olhou para aquele homem hidrópico, Jesus também olha para nós, que
estamos na “sinagoga em dia de sábado”, e com compaixão nos declara livres de todas as nossas
dores.
Para refletir:
1- Aquele homem estava doente e mesmo assim se colocou diante de Jesus. Por qual motivo
você deixa de ir à Igreja?
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2- Qual área da minha vida (e do meu corpo) preciso que Jesus toque e liberte?
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3- Tenho colocado bens materiais, animais de estimação acima do ser humano?

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Oremos: Senhor Jesus, quero te pedir a graça de nunca desanimar de estar na tua presença, de
ir à Igreja e comungar. Sei que na tua hora o Senhor agirá e me libertará dos meus males. Cura,
Senhor, minhas enfermidades físicas, morais, espirituais e tudo aquilo que me faz andar
curvado e prostrado. Jesus, que eu seja curado também da dureza de coração. Quantas vezes a
dor do outro não me dói e sou indiferente às necessidades das pessoas. Dai-me um coração
bom e empático para com as dores dos meus irmãos. Amém!

04 de Novembro | Sábado | Memória de São Carlos Borromeu, bispo
Evangelho: Lc 14,1.7-11
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E
eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então
contou-lhes uma parábola: "Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não
ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu,
e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: 'Dá o lugar a ele'. Então tu ficarás
envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no
último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'.
E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será
humilhado e quem se humilha, será elevado".
Para meditar:
Muitas pessoas sofrem de uma profunda ansiedade e necessidade por

reconhecimento. O evangelho de hoje nos diz para deixarmos nas mãos dos outros se vamos e
quando vamos ser elogiados e reconhecidos. Não temos o direito de forçar, obrigar os outros a
nos honrar e preferir.
Todos nós temos no nosso coração a fileira da frente, os primeiros lugares. Como é
difícil conviver com pessoas que querem fazer parte de uma fileira que não é para elas. O outro
tem o direito de preferir quem ele quiser, afinal, por que todo mundo tem que me amar e me
preferir? Não posso exigir isso dos outros, porque eu também não consigo preferir a todos.
Na minha vida não cabem todos na primeira fileira. Eu também não estou na primeira
fileira da predileção de muitas pessoas e está tudo bem ser assim. Honroso é ser convidado para
vir mais para perto. Uma vez ouvi de alguém a seguinte frase: "Eu quero ser um enviado e não
um intrometido".
Jesus nos ensina que já que queremos e valorizamos tanto a honra, a festa, a distinção
e momentos de reconhecimento, por que não oferecemos isso aos outros, sobretudo àqueles
que nunca tiveram isso na vida? Jesus afirma categoricamente que proporcionar ao outro algo
que ele não esperava e nem tem como retribuir nos faz felizes.
Para refletir:
1- Sou um enviado ou um intrometido? Eu forço as pessoas a me preferirem ?

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2- Estou em paz com o fato de que muitas pessoas não fazem questão de me colocarem na
primeira fileira de suas atenções e afetos? Com quem eu preciso parar de me ferir por não ser
eu o seu preferido?
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3- Eu já fiz ou tenho feito coisas que elevam a dignidade e alegria dos pobres? O quê?
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Oremos: Senhor Jesus, dai-me a graça de ser uma pessoa simples e sem vaidade. Cura meu
coração da ansiedade e da carência. Liberta-me da competitividade, da trapaça, do ciúmes e da
inveja. Pai Santo, que eu espere a honra e o amor virem até mim sem forçar as pessoas a me
darem o que não é para mim e sim para os outros. Ensinai-me a ser mais generoso nas minhas
atitudes, mais gratuito e desinteressado na prática do bem. Amém.

05 de Novembro | Domingo | Solenidade de Todos os Santos
Evangelho: Mt 5,1-12a
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos

aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: "Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-
aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados
os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são
perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós,
quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por
causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus".
Para meditar:
Celebramos hoje todos os santos e santas de Deus, aqueles que foram canonizados e
reconhecidos pela Igreja, aqueles que rezam e intercedem por nossas necessidades, a fim de
que sejamos bem-aventurados.
O evangelho de hoje nos fala da santidade, mas não a partir de uma lista de coisas que
não devemos fazer. Não fala diretamente de pecado, mas, sim, da santidade no que corresponde
às virtudes, anunciando o que, de fato, devemos fazer.
Nascemos para ser santos e a santidade é um caminho de felicidade e plenitude. E Jesus,
sendo o verdadeiro bem-aventurado, é nossa alegria infinita. Bem-aventurado significa bem
encaminhado, no rumo certo, na "boa aventura" da vida.
A santidade nos plenifica, porque nos assemelha a Deus. De algum modo, cada um de
nós se parece com alguém, pois é natural que o ser humano se assemelhe e repita tudo aquilo
que acha bonito. Eis, portanto, o motivo pelo qual se peca: porque de algum modo o ser humano
acha bonito, legal e acredita ser feliz daquela forma.
A santidade é bela, verdadeira e boa. Os santos e santas de Deus são o grande exemplo
de como o ser humano se realiza e vive no seu maior potencial. Para isso, é preciso entender
que nenhuma recompensa humana e mundana se equipara à recompensa que ganharemos no
céu. Para chegar lá, é preciso vencer nosso pior inimigo, que não são os pecados cabeludos
desse mundo, mas, sim, o nosso ego.
Repare como Jesus não mencionou os pecados grosseiros da carne como aquilo que é
usado para nos desanimar neste caminho. Ele falou de calúnia, injúria e perseguição, coisas
que tocam nosso ego, nossa vaidade e revelam nossos melindres.
Muitas pessoas saíram do caminho da santidade e da bem-aventurança para trilhar
caminhos mais fáceis, porque tropeçaram em carências e vaidades que apelam para o ego, para
a necessidade de aplausos, jogando fora as virtudes que nos conduzem para o céu.
Para refletir:
1- Jesus viu as multidões e ensinou as bem-aventuranças. Eu entendo o cristianismo apenas

como uma religião que me ensina o “não” ou como um novo jeito de fazer as coisas?

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2- Qual das bem-aventuranças mais me atrai hoje e qual me parece mais difícil de viver? Por
que?
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3- Eu entendo que meu ego pode ser uma tentação e uma cilada? Sou melindroso, me firo fácil?
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Oremos: Senhor Jesus, vós sois o bem-aventurado e somente em Vós eu possuirei as bem-
aventuranças. Dai-me, Senhor, a graça de ser como Tu és. Eu quero aprender a ser parecido
contigo. Espírito Santo, tira do meu coração a tristeza e a preguiça de ser santo. Muitas vezes
não são os pecados da carne que me atrapalham, mas meu ego, minha vaidade pessoal, por isso,
me ajude a não ser melindroso e vaidoso(a). Amém.

06 de Novembro | Segunda-feira da 31ª Semana do Tempo Comum
Naquele tempo, dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: "Quando tu deres um
almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus
vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo
contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então
tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição
dos justos".
Para meditar:
“Então tu serás feliz!” Jesus ensina um caminho de felicidade. Será que não podemos
encontrar no evangelho de hoje algumas razões das nossas infelicidades? Por que não somos
felizes? Os motivos podem ser vários, mas não podemos desconsiderar o evangelho de hoje.
Precisamos falar sobre “gratuidade”.
Jesus nos ensina hoje a gratuidade, a caridade e a generosidade. Existem pessoas tão
mesquinhas e preguiçosas que não fazem nem o bem que lhes poderia ser pago e devolvido.
Precisamos entender que a felicidade vem não só de fazer o bem que pode ser pago,
recompensado. Existe uma felicidade que é simplesmente por dar, doar e não receber de volta
na mesma moeda.
O povo diz: "Uma mão lava a outra". E é verdade. É verdade, mas não é pleno. Cristo
foi além e nos garante que quando fazemos algo belo, bom, para quem não pode fazer o mesmo
de volta, seremos felizes.
Pensemos no que Jesus disse que podemos fazer: almoço, jantar, festa, banquete.
Podemos mais do que dar o mínimo ou o básico. Talvez não tenhamos em nós o tal “algo a
mais” na fé justamente porque nunca fizemos “algo a mais” do que o mínimo. Jesus fala de
pobres, aleijados, coxos, cegos recebendo “algo a mais” do que “cesta básica, bengala,
andador...”. Nós podemos mais que o básico. Podemos realizar sonhos, dignidade, dividir e/ou
promover ao outro além do que ele espera. Podemos incluir pessoas naquilo que nós gostamos.
Quando Jesus me diz para eu convidar para a minha festa ou jantar, Ele está me levando
a pensar que a vida necessita de festa, celebração, descanso, gozo; Ele me convida a ser gratuito
e inclusivo. Incluir no que me faz bem quem nunca teria acesso a coisas que fazem a vida ser
mais festiva e bonita.
Para refletir:
1- O que estas expressões “fazer festa, dar um jantar” significam para mim? Como isso
acontece na minha vida?
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2- A que alimento você tem dado prioridade para saciar a sua fome: ao pão do céu ou ao pão
do mundo?
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3- Você já convidou alguém muito pobre para sentar-se à mesa com você? Você seria capaz de
fazer essa experiência?
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Oremos: Senhor Jesus, hoje o Senhor disse e afirmou que serei feliz e me ensinou um caminho.
O Senhor me deu uma receita e eu quero tão somente te obedecer e crer em Ti. Espírito Santo,
eu vos peço a graça de finalmente ser corajoso. Eu não posso fazer de conta que Jesus não falou
o que eu acabei de ouvir, não posso mais viver como se não soubesse o que sei agora. Maria,
Mãe Santíssima, ensina-me a gratuidade. São José, vós que vos permitistes incluir Jesus em
sua vida, em sua casa e em sua paternidade, ajudai- me a incluir em minha vida aqueles que
não têm o que eu tenho. Amém.

07 de Novembro | Terça-feira da 31ª Semana do Tempo Comum
Naquele tempo, um homem que estava à mesa, disse a Jesus: "Feliz aquele que come o pão no
Reino de Deus!" Jesus respondeu: "Um homem deu um grande banquete e convidou muitas
pessoas. Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: 'Vinde, pois tudo
está pronto'. Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: 'Comprei um
campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas'. Um outro disse: 'Comprei
cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas'. Um terceiro
disse: 'Acabo de me casar e, por isso, não posso ir'. O empregado voltou e contou tudo ao
patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: 'Sai depressa pelas
praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos'. O
empregado disse: 'Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar'. O patrão disse
ao empregado: 'Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha
casa fique cheia'. Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu
banquete' ".
Para meditar:
Sim, é feliz quem come o pão no Reino de Deus. Acontece que essa compreensão deve
ser mais profunda. Deste modo, Jesus conta uma parábola para ensinar que a alegria de comer
o pão de Deus é um dom que nos é possível já aqui nesta vida e não apenas lá no céu. Aliás,
alcançar essa graça passa primeiramente pelo comer aqui.
O homem que nos deu o grande banquete foi Deus Pai e todos nós somos convidados
para este banquete, que é o sacramento da Eucaristia. Diante deste convite diário, dominical,
muitos têm suas desculpas. Não podem ou não querem estar. As desculpas dadas não se
referem, nenhuma delas, a pecados. Os motivos são geralmente coisas boas e que o ser humano
busca ter.
Deus é fonte de todas as graças e bênçãos em nossas vidas. Na missa comungamos a
Eucaristia, que significa “ação de graças”. Portanto, é na missa que expressamos nossa gratidão
por tudo o que temos, seja o boi, a terra ou o casamento.
Este convite para o banquete, sem dúvida, também pressupõe a conversão moral da
nossa vida, mas hoje Jesus acentuou, sobretudo, o aspecto da gratidão, da amizade para com
Deus.
Na verdade, os homens cheios de desculpas nobres revelam que Deus, que deu tudo o
que eles têm, não tem valor absoluto, o que significa que Ele pode ficar para depois ou para
nunca, pois não cabe na agenda. Então, o dono do banquete manda chamar os últimos da
sociedade, os que eram tidos por impuros e indignos. Aqui temos uma imagem do judaísmo
que não aceitou Jesus e dos pagãos que num segundo momento aderiram à fé.
Mas em nossas vidas e comunidades isso também se atualiza. As pessoas são ingratas
e pouco generosas e se escravizam nas graças recebidas. Muitas vezes os que nada têm ou que
tudo precisam são os que conseguem caminhar com Deus e ter tempo para Ele.
Ao mesmo tempo que esta parábola mostra a misericórdia do Pai em chamar a todos e
querer que todos participem do banquete (inclusive os pagãos), ela também fala da justiça, do

julgamento, quando é proclamado que aqueles que disseram não nunca mais provarão do
banquete.
Portanto, a fé também pode ser entendida como a nossa capacidade de ouvir e
corresponder ao convite de Deus para o banquete da Eucaristia dominical. E esse convite é bem
sério, pois Jesus mesmo disse que dizer não a Deus para ir gozar das bênçãos dos bens
materiais, nos faz perder essa fé, ou seja, a pessoa para de ouvir ao chamado. É como se a fé
fosse silenciada dentro do coração e da inteligência.
Peçamos a Deus a graça de viver a fé e participar do banquete da Eucaristia de modo
profundo e fervoroso, sabendo que é o próprio Cristo que se dá a nós no altar.
Para refletir:
1- Na minha vida de oração, qual papel tem o louvor e a ação de graças? A missa dominical
em minha vida sofre concorrência de quais “coisas boas?”
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2- Este evangelho nos mostra a imagem de Deus enquanto aquele que proporciona banquete,
festa e alegria. Eu tenho proporcionado qual tipo de bem, caridade e dignidade?
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3- Quais outros convites de Deus eu ainda não aceitei ou tenho dado desculpas?
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Oremos: Senhor Deus, Pai de amor e bondade, muito obrigado por me convidar a participar
do banquete do Reino dos Céus. Obrigado, Pai, por me dar Jesus na Eucaristia. Perdão por
todas as vezes que eu coloquei coisas, pessoas acima de ti. Espírito Santo, enche o meu coração
de fé e gratidão para estar sempre perto de Jesus eucarístico e dai-me um coração generoso e
capaz de proporcionar ao meu próximo alegria e banquete. Amém.

Naquele tempo, grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: "Se
alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus
irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega
sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. Com efeito: qual de vós,
querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o
suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar.
E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 'Este homem começou a construir e
não foi capaz de acabar!' Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta
primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra
ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia
mensageiros para negociar as condições de paz. Do mesmo modo, portanto, qualquer um de
vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!"
Para meditar:
Sabe aquela sensação de que a pessoa não sabe no que está entrando ou "se enfiando"?
Então, Jesus olhou atrás de si e viu tanta gente que possivelmente Ele mesmo pensou: “Será
que esse povo sabe o que quer? Será que estão entendendo mesmo o que digo?”
Jesus estava no auge, rodeado de uma multidão. Ele era um sucesso. Entretanto, Jesus
não queria um fã clube, mas sim discípulos; por isso começou a falar do “se” e do “mas”.
Sempre tem um “mas”.
É muito bonito o encantamento com Jesus, com a Igreja, com o acampamento, com o
ministério, com o retiro, enfim, a beleza e a emoção nos movem, mas nem só de empolgação
se faz a vida. Jesus fala que por emoção e empolgação um homem pode começar a construir
sem ter condições de terminar e ficar pelo meio do caminho, sendo, então, motivo de chacota
para os outros. Diz ainda que por emoção e empolgação um rei pode ir para uma guerra que
ele não tem condições de ganhar.
O evangelho de hoje nos diz que se não nos desapegarmos dos vínculos mais nobres e
profundos do nosso coração (pai, mãe, filhos), o nosso seguimento, que hoje nos empolga, vai
nos fazer passar vergonha ou nos destruir. Jesus diz também que se não somos capazes de
encaminhar nossa vida atrás de Jesus, apesar dos nossos pesares, vamos ficar pelo meio do
caminho e ser destruídos.
Perceba que não se trata de um Jesus melindroso, fazendo exigências excêntricas. Jesus
não tem nada contra os nossos familiares e nem se diverte com nossas cruzes. Quando Ele diz
não ser possível ser discípulo d'Ele levando esses apegos, é porque não é possível ser discípulo
quem não tem o mestre acima de tudo.
Não é castigo e nem praga que Jesus está jogando em nós. É que simplesmente não é
possível Ele me discipular se entre eu e Ele estiver papai, mamãe... Não vai ser possível Ele
me discipular se eu não estiver em paz e carregando minha vida no hoje. Isso vai me destruir.
Infelizmente todos nós conhecemos pessoas que quiseram seguir Jesus carregando
coisas e pessoas e que acabaram por machucar a si mesmas e aos outros. Jesus não nos chamou

para ser destruídos por este caminho tão bonito e santo, no entanto só o desejo não basta, é
preciso renúncia.
Para refletir:
1- Minha fé tem se tornado uma fé mais madura, racional, realista? Quais exigências têm se
apresentado a mim e que me parecem mais difíceis do que eu imaginava?
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2- Minha família e amigos ofuscam o lugar de Jesus em quais situações?

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3- Em qual área da minha vida eu estou ficando pelo meio do caminho?

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Oremos: Meu Senhor e meu Deus, quero hoje pedir a graça do desprendimento e da santa
ousadia de seguir Jesus. Peço perseverança e fortaleza para não me limitar às emoções que a fé
traz. Hoje eu quero pedir a graça de amar a todos, mas ninguém acima de Jesus Cristo. Que
nada e nem ninguém me impeçam de terminar a obra iniciada; que nada e nem ninguém seja o
motivo da minha derrota nesta luta pelo meu discipulado. Amém.

09 de Novembro | Quinta-feira | Festa da Dedicação da Basílica do Latrão
Evangelho: Jo 2,13-22
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou os
vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um
chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as
moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: "Tirai isto daqui!
Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!" Seus discípulos lembraram-se, mais
tarde, que a Escritura diz: "O zelo por tua casa me consumirá". Então os judeus perguntaram a
Jesus: "Que sinal nos mostras para agir assim?" Ele respondeu: "Destruí, este Templo, e em
três dias o levantarei". Os judeus disseram: "Quarenta e seis anos foram precisos para a
construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?" Mas Jesus estava falando do Templo
do seu corpo. Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e
acreditaram na Escritura e na palavra dele.
Para meditar:
A Basílica de São João do Latrão é a Catedral do Bispo de Roma. Celebrar este dia é
expressar nossa comunhão com o Papa e rezar pela igreja do mundo inteiro.
Com o evangelho de hoje aprendemos que a casa de Deus deve ser lugar de oração e
não de bagunça; de ofertar e não de lucrar. A finalidade do Templo havia sido desvirtuada,
pois, por ser muito frequentado para os sacrifícios que o povo fazia, foi crescendo um grande
comércio de animais e câmbio de moedas.
Os mais pobres só podiam ofertar pombinhas e com a seguinte condição: não podiam
trazê-las de casa; tinham de ser compradas dentro do templo e jamais usando moedas
“impuras”.
A compra era feita com moedas que só circulavam dentro do Templo e para isso era
necessário ir aos cambistas, ou seja, os pobres eram explorados duas vezes para poderem rezar.
Nem na casa de Deus o pobre tinha vez.
Neste evangelho, ao falar da destruição do Templo, Jesus faz relação com o Templo de
seu corpo. Isso nos ajuda a entender que somos templos de Deus e que a nossa vida interior faz
o estar na igreja ter sentido; e esse estar na igreja nos leva à uma vida interior. Essas duas
instâncias e momentos de nossa vida espiritual não se opõem, mas se complementam.
Ao mesmo tempo em que devemos respeitar a casa de Deus, precisamos fazer do nosso
interior um lugar sagrado. Quando temos consciência de que Deus habita em nós, naturalmente
nasce o zelo pelo templo físico, pela Igreja, pois entramos em sintonia com o Reino de Deus.
Deste modo, assim como Jesus expulsou os vendedores de pombas dizendo: "Tirai isto
daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!", eu e você somos chamados a
expulsar do nosso coração - que é templo santo - o pecado e as más inclinações.

Para refletir:
1- Eu vivo um relacionamento saudável com a Igreja? (frequência, fidelidade, respeito,

atenção).
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2- Meu corpo precisa ser purificado de qual pecado?

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3- Os discípulos conseguiram relacionar fatos com palavras de Jesus. Eu consigo me lembrar

de textos bíblicos diante de acontecimentos da minha vida?
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Oremos: Senhor Jesus, vós que sois o verdadeiro Templo onde habita a plenitude da divindade
e que fizestes de mim templo do Espírito Santo pelo batismo, santificai meu coração e minha
vida para que eu seja uma casa de oração. Pai Santo, que eu saiba estar em tua casa de modo
digno, atento e orante para vos ser agradável. Que eu me coloque diante do Pai para me dar,
me entregar e não só para pedir. Amém.

10 de Novembro | Sexta-feira | Memória de São Leão Magno, papa e doutor
da Igreja
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: "Um homem rico tinha um administrador que foi
acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isto que ouço a teu respeito?
Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens'. O
administrador então começou a refletir: 'O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer?
Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que
alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração'. Então ele chamou
cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao
meu patrão?' Ele respondeu: 'Cem barris de óleo!' O administrador disse: 'Pega a tua conta,
senta-te, depressa, e escreve cinquenta!' Depois ele perguntou a outro: 'E tu, quanto deves?' Ele
respondeu: 'Cem medidas de trigo'. O administrador disse: 'Pega tua conta e escreve oitenta'. E
o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os
filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz".
Para meditar:
O evangelho de hoje nos dá alguns ensinamentos muito importantes para a nossa vida
pessoal e comunitária. Somos administradores daquilo que Deus nos dá diretamente e também
daquilo que os outros nos confiam. Para isso, é muito importante a confiança e a boa fama. O
administrador levou as contas antes mesmo de poder se explicar ou provar sua inocência. “O
que é isto que ouço falar a seu respeito? Já não podes mais cuidar das minhas coisas”. Percebe
como é importante ter boa fama e o quanto é grave a calúnia?
Nós somos estes administradores e precisamos, em primeiro lugar, administrar nosso
bom nome, nossa boa fama. O que andam dizendo de nós? Sim, isso importa sim. E se importa
o que falam de você em relação ao vínculo que você tem com uma empresa ou comércio,
importa mais ainda o que falam de você enquanto pessoa vinculada a Cristo e a Igreja. Devemos
zelar para não sermos motivo de escândalo.
O administrador desonesto aprende, então, uma finalidade para o dinheiro que é melhor
do que o acúmulo: a amizade. Quando ele diz: “Se você deve cem, escreve oitenta”, pela
primeira vez ele não está acumulando, explorando; pela primeira vez o dinheiro na vida dele
se tornou um instrumento de amizade e solicitude.
É por isso que o senhor dele elogia sua “esperteza” e Jesus ainda diz que neste tipo de
assunto os “filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Ou seja, muitas vezes
quem não vai à Igreja usa o dinheiro para ter amigos, para abrir portas, enquanto os religiosos
arrumam brigas e se fecham no próprio mundo.
Para refletir:
1- Já fui motivo de escândalo para o próximo? O que eu aprendi ao me expor a essa situação?

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2- Tenho sido responsável para honrar a confiança que Deus e as pessoas depositam em mim?
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3- A partir da reflexão que acabei de ler, posso concluir que o meu dinheiro tem sido um
instrumento de amizade e solicitude para com o próximo?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero ser um bom administrador dos teus bens e de tudo que o
Senhor me confia. Peço que o Senhor santifique meu relacionamento com o dinheiro e com os
bens materiais. Livrai-me da corrupção, da mentira e da ganância. Espírito Santo, que eu tenha
sabedoria para honrar a confiança que os outros depositam em mim e para fazer amigos com
os bens que a vida me dá. Amém.

11 de Novembro | Sábado | Memória de São Martinho de Tours, bispo
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Usai o dinheiro injusto para fazer amigos,
pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. Quem é fiel nas pequenas coisas
também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. Por
isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? E
se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir
a dois senhores. porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro.
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro". Os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam
tudo isso e riam de Jesus. Então, Jesus lhes disse: "Vós gostais de parecer justos diante dos
homens, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que é importante para os homens,
é detestável para Deus".
Para meditar:
Na sequência do evangelho de ontem, o tema de hoje ainda envolve o uso do dinheiro.

Jesus chama de “dinheiro injusto” aquele que se destina às coisas materiais deste mundo. Esse
era o modo como eles chamavam o dinheiro das coisas materiais, porque na época havia um
dinheiro mais “justo”, que era a moeda que se usava apenas dentro do Templo.
No evangelho de ontem, Jesus dizia que o dinheiro deve ser um instrumento para fazer
amigos e abrir portas, uma vez que se for um meio de injustiça e inimizade, acaba por nos
fechar as moradas eternas.
Pois bem, o que Jesus deseja nos ensinar hoje é que se nós não nos relacionarmos de
modo santo com o dinheiro, Deus não poderá nos confiar o verdadeiro bem, que é o Espírito
Santo, a fé. Sim, ou melhoramos nosso relacionamento com o dinheiro ou Deus não pode nos
dar suas graças (e também dinheiro).
Mas então de onde vêm as nossas imperfeições em relação ao dinheiro, seja acúmulo
ou dívida? Vêm da nossa amizade com o dinheiro. Servimos a ele ao invés de nos servirmos
dele para termos o necessário, para fazermos o bem ao próximo e para investir no Reino de
Deus.
Essa servidão equivocada do dinheiro e das vaidades que ele traz é um pecado sutil que
toca também as pessoas religiosas. Os fariseus foram hoje chamados de amigos do dinheiro.
Todos percebiam que, no meio de tanta religiosidade, o que eles gostavam mesmo era do
dinheiro, da riqueza. Havia neles algo de contraditório e de vazio. E Jesus foi muito claro e
firme ao dizer que era impossível agradar a Deus sendo escravo do dinheiro. "Vós não podeis
servir a Deus e ao dinheiro".
Jesus também fala da fidelidade no pouco e no muito. Ser fiel no pouco é ser leal a Deus
com relação à vontade e à providência d'Ele em nossa vida. Honrar as pequenas coisas revela
grandeza e caráter. Muitas pessoas acham que serão julgadas apenas pelas grandes coisas que
fazem, se esquecendo que Deus sonda o nosso coração o tempo todo, desejando profundamente
que tudo o que formos fazer, seja pequeno ou grande, tenha retas intenções.

Desse modo, não se engane: "o que é importante para os homens, é detestável para
Deus".
Para refletir:
1- O "dinheiro injusto" é aquele que compra as coisas passageiras, mas não compra o
céu. Como tenho usado este dinheiro? Ajudo o meu próximo através de obras de caridade e
invisto no Reino de Deus?
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2- "Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro". Quem é o Senhor da minha vida? Quem está
regindo as minhas buscas, escolhas e ações?
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3- O que eu preciso colocar em prática na minha vida a partir da Palavra de hoje?

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Oremos: Senhor Jesus, quero te consagrar meu “dinheiro injusto” e quero ser justo no uso dele
praticando a caridade, a oferta, o dízimo e não acumulando ou gastando aquilo que tantos não
têm para ter coisas supérfluas. Dai-me a graça de ser coerente com minha vida financeira e que
eu não seja servo dos bens materiais. Espírito Santo, que eu seja sábio e desapegado do dinheiro
para poder receber as verdadeiras riquezas que vêm de Ti. Amém.

12 de Novembro | 32º Domingo do Tempo Comum
Evangelho: Mt 25,1-13
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: "O Reino dos Céus é como a
história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo.
Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. As imprevidentes pegaram
as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram vasilhas com
óleo junto com as lâmpadas. O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e
dormindo. No meio da noite, ouviu-se um grito: 'O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!'
Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. As imprevidentes disseram às
previdentes: 'Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando'. As
previdentes responderam: 'De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e
para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores'. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo
chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se
fechou. Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: 'Senhor! Senhor! Abre-nos a
porta!' Ele, porém, respondeu: 'Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!' Portanto, ficai
vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora".
Para meditar:
Jesus nos ensina hoje duas coisas duras e necessárias para uma vida madura e frutífera
em todas as áreas da vida: saber dizer não e carregar o próprio óleo.
Eram dez amigas virtuosas que haviam sido escolhidas para serem madrinhas de
casamento. Dez jovens que foram bem consideradas pelas famílias do noivo e da noiva. É a
imagem daquele nosso primeiro chamado que fez nos mover em direção a Deus e sermos
reconhecidos como pessoas de fé, praticantes da religião. Acontece que este fervor inicial, este
óleo vai se gastando com o tempo; e aqui está a tal da “previdência”: ter uma reserva caso o
noivo demore a chegar.
Cinco delas não se prepararam, não levaram consigo óleo de reserva. Este óleo é a
imagem da vida interior, da oração, do Espírito Santo. Tudo isso se adquire através de 49
fidelidade, oração, eucaristia e meditação da Palavra de Deus. A fé não se faz de improvisos e
também não pode ser emprestada pelo outro. Nós não dormimos sem fé e acordamos com ela;
e o que precisamos para atravessar a noite escura da vida a gente não pega do outro.
As outras cinco que eram previdentes também nos ensinam algo precioso: é preciso
saber dizer não! Num primeiro momento, elas parecem ásperas e grosseiras, mas não, elas
foram sábias. Nós precisamos entender quem na nossa vida nos suga e nos deixa sem nada.
Muitas pessoas, na tentativa de ajudar, ficaram sem aquilo que queriam dividir. Elas
reconhecem que não têm o suficiente para dividir com a outra e que fazer isso pode colocar
ambas em risco. Precisamos ser mais realistas conosco mesmos. Muitos de nós, a muito custo,
conseguimos ter o óleo da virtude para nós mesmos e já saímos tentando converter e salvar
pessoas que precisam de ajuda, mas não da nossa ajuda, senão teremos dois perdidos.
Tanto para uma como para a outra a ordem é esta: que cada um compre o seu óleo!
Cada um de nós precisa aprender onde está o óleo, pagar o preço e levar de sobra para o restante
da noite.

Para refletir:
1- Tenho sido zeloso e previdente em relação ao óleo do Espírito Santo?

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2- Qual óleo eu tenho, mas não tenho o suficiente para dividir? Já fiquei sem o óleo da presença
de Deus na minha vida por dividi-lo sem sabedoria?
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3- A parábola diz que é preciso ir comprar do vendedor o óleo. O que isso significa para mim
hoje? “Que eu devo...”, “que eu preciso...”
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Oremos: Senhor Jesus, que eu seja previdente e zeloso com o meu chamado. Eu não quero
mais depender da fé dos outros, quero aprender a cuidar de mim mesmo e crescer por mim
mesmo na fé e na graça de Deus. Ajudai-me a saber dizer não a tudo e a todos que vêm roubar
de mim o óleo da unção que eu carrego. Que esse Diário Espiritual seja o meu “ir comprar do
vendedor”. Leva-me até Cristo, leva-me àquele que tem o óleo do Espírito Santo. Pai Santo,
que eu tenha coragem e ousadia de ir buscar o óleo numa vida de oração, penitência, leitura da
Palavra e fidelidade à Eucaristia. Amém.

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: "É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai
daquele que produz escândalos! Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de
moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. Prestai
atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra
ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: 'Estou arrependido', tu deves perdoá-
lo". Os apóstolos disseram ao Senhor: "Aumenta a nossa fé!" O Senhor respondeu: "Se vós
tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira:
'Arranca-te daqui e planta-te no mar', e ela vos obedeceria".
Para meditar:
Jesus nos fala hoje de duas coisas que nos fazem sentir que a nossa fé é pequena: não
causar escândalo e perdoar sempre.
Primeiro Jesus disse que o pecado mais terrível é ser motivo de escândalo para a fé dos
pequenos. Escandalizar, neste contexto, significa fazer tropeçar e cair e pequeninos, além das
crianças, são também aqueles que, apesar de adultos, são novos ou "frágeis" na fé. Deste modo,
nenhum de nós tem o direito de fazer as crianças e aqueles que são novos convertidos
tropeçarem na fé.
Um cristão de verdade sabe que sua vida edifica ou escandaliza as pessoas ao seu redor.
Ai daquele que é usado como justificativa para alguém se distanciar de Deus, da Igreja, ir ou
ficar no pecado.
Outro ponto fundamental da vida cristã é o perdão. Diante da radicalidade das palavras
de Jesus sobre o perdão para com o irmão, os discípulos fizeram um pedido: “Aumenta a nossa
fé!”, expressando que não tinham fé para tudo aquilo.
Jesus diz que a fé, a certeza de que Deus é nossa força e a certeza de que vale a pena
viver o evangelho em todas as suas exigências é algo tão poderoso que se crescêssemos nisso,
de fato, poderíamos remover amoreiras, árvores.
A fé exige de nós uma postura de humildade. Só com muita fé em Deus é possível ter
um amor tão grande ao outro a ponto de sermos capazes de perdoar até sete vezes por dia o
irmão que peca contra nós. Humanamente falando, perdoar assim é loucura, mas para nós,
cristãos, tal atitude é expressão de uma profunda fé.

Para refletir:
1- Já fui motivo de escândalo e desanimei pessoas ao meu redor no seguimento de Jesus?

Alguém já foi motivo de escândalo para mim?
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2- Será que sou capaz de perdoar sete vezes por dia o irmão que peca contra mim?
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3- Quem são os pequeninos da minha vida que eu preciso proteger de escândalos e podem cair
se eu cair?
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Oremos: Senhor Jesus, Vós me chamastes para ser o sal da terra e a luz do mundo. Eu quero
edificar e não escandalizar a vida e a fé das crianças e daqueles que ainda são novos na fé.
Livrai-me da desgraça de ser motivo de escândalo, vergonha e polêmica na vida das pessoas.
Espírito Santo, eu preciso aprender a perdoar e encontrar alegria no perdão. Eu quero remover
as montanhas da minha vida. Amém.

Naquele tempo, disse Jesus: "Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida
dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: 'Vem depressa para a mesa?'
Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: 'Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto
eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?' Será que vai agradecer ao empregado,
porque fez o que lhe havia mandado? Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos
mandaram, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer' ".
Para meditar:
No evangelho de hoje, Jesus nos exorta a viver nossa vocação de modo a cumprir com
a missão que nos foi dada, sem esperar por recompensas ou elogios. Devemos cumprir bem as
nossas obrigações e ser consciente de que as nossas ações precisam ser uma correspondência a
Deus pelos dons que Ele nos concedeu. Tudo é graça e somos meros instrumentos para que
essa graça seja propagada.
O demônio é muito sutil em despertar em nós o desejo da recompensa e nós não
podemos ser dependentes disso. É nosso dever e salvação sermos cristãos minimamente como
temos sido; é nosso dever e salvação ser melhor do que ontem e pouco importa se estão
olhando, aplaudindo, reconhecendo ou criticando, afinal, o nosso relacionamento é com o
Senhor.
Enquanto servos, nosso chamado ao Evangelho é uma constante, pois temos sempre
algo a fazer em prol do Reino de Deus. Do mesmo modo que temos obrigações sociais, também
temos responsabilidades e deveres religiosos inerentes a nossa fé. Entender, respeitar e assumir
isso nos faz encarar as obrigações da vida com leveza e alegria e não como um peso.
Só acolhendo verdadeiramente a fé como dom gratuito de nosso Senhor Jesus Cristo
poderemos viver a vocação de servos inúteis com amor, fidelidade e alegria.
Para refletir:
1- Sei distinguir a vontade de Deus da minha própria vontade? Tenho conseguido dar passos
na vida a partir da vontade de Deus para mim?
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2- Ainda fico esperando elogios/recompensas quando presto algum serviço?

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3- Você serve em alguma pastoral ou movimento de sua comunidade? Se sim, como tem sido
o agir de Deus em sua vida através deste serviço? Se não, o que te impede de começar a pôr a
"mão na massa"?
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Oremos: Senhor Jesus, Vós me chamastes para ser o sal da terra e a luz do mundo. Através
dos meus carismas, dons e talentos eu quero ajudar a edificar o Teu Reino, servindo sempre
com amor, fidelidade e perseverança. Dá-me a virtude da humildade e me ajude a vencer os
melindres que inquietam o meu coração. Eu reconheço, Senhor Jesus, que preciso ser um(a)
cristão e servo(a) melhor, por isso, a minha prece hoje é a mesma dos apóstolos: "Aumenta a
minha fé". Amém.

Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia.
Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à
distância, e gritaram: "Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!" Ao vê-los, Jesus disse: "Ide
apresentar-vos aos sacerdotes". Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. Um
deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; atirou-se aos pés
de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus lhe
perguntou: "Não foram dez os curados? E os outro nove, onde estão? Não houve quem voltasse
para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?" E disse-lhe: "Levanta-te e vai! Tua fé te
salvou".
Para meditar:
Jesus passava pela Samaria. Ele é o bom samaritano que se aproxima, que é acessível
e que cura os excluídos. Pela primeira vez, Jesus foi invocado pelo seu próprio nome: Jesus.
Foi um pedido de salvação e não só de cura física: “Tem compaixão de nós”, ou seja, os
leprosos apresentaram mais que a doença física, apresentaram todo o ser a Cristo.
Jesus os enviou, portanto, aos sacerdotes. Naquele tempo, o sacerdote constatava a lepra
e dava ao leproso um sininho, a fim de sinalizar a doença para que ninguém se aproximasse.
Caso o leproso ficasse curado, deveria procurar o sacerdote para constatar a cura e tirar dele o
sininho.
Relacionamos o ato do leproso de ir até o sacerdote para abandonar o sino com o
sacramento da confissão. Muitas pessoas nunca foram ao sacerdote mostrar a lepra do seu
pecado; e por isso a cada passo que dão na vida escutam dentro de si o barulho da culpa e da
indignidade. Há quanto tempo você não se confessa?
Todavia, entre a cura e a salvação, existe uma distância chamada gratidão. Só um dos
dez voltou para agradecer a cura recebida. Entendemos, portanto, que ser curado é bom, mas
não é tudo. Mais importante que a cura é a salvação. Só um foi grato e se pôs à disposição de
Cristo. Os outros nove – talvez - continuaram com a lepra do egoísmo.
Para refletir:
1- Qual é a sua atitude quando recebe uma graça do Senhor? Você lembra de agradecer, assim
como fez um dos leprosos, ou "vai embora", conforme agiu os outros nove?
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2- O que só Jesus, Mestre, pode fazer hoje por mim?
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3- Existe algo que eu nunca apresentei ao sacerdote na confissão?

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Oremos: Senhor Jesus, eu hoje te proclamo meu mestre e te clamo: tem compaixão de mim,
porque eu sou um leproso. Tu sabes tudo de mim e só tu podes tantas coisas que eu nunca
poderei e ninguém poderá por mim. Hoje eu venho a ti carregando meus sinos, meus barulhos
interiores e minhas lembranças. Espírito Santo, ajudai-me a confessar meus pecados de maneira
integral e verdadeira e me libertar das culpas e remorsos. Maria, Mãe Santíssima, que eu seja
agradecido ao teu filho Jesus e não o esqueça quando estiver bem na minha vida. Amém.

16 de Novembro | Quinta-feira da 32ª Semana do Tempo Comum
Evangelho: Lc 17, 20-25
Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de
Deus. Jesus respondeu: "O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: 'Está
aqui' ou 'Está ali', porque o Reino de Deus está entre vós". E Jesus disse aos discípulos: "Dias
virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. As pessoas vos
dirão: 'Ele está ali' ou 'Ele está aqui'. Não deveis ir, nem correr atrás. Pois, como o relâmpago
brilha de um lado até ao outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. Antes,
porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração".
Para meditar:
Acredito que muitos de nós já nos questionamos alguma vez sobre o porquê Deus
simplesmente não volta, resolve tudo de uma vez e convence todo mundo, não é? Os fariseus
tinham esse pensamento e nós também temos, pois desejamos o Reino de Deus com dia, hora
e lugar marcado.
Ainda que, na trajetória da vida, Deus pontue a nossa vida com fatos e lugares, o seu
Reino não está estático em um lugar a ser visitado, pois acontece dentro de nós, no caminhar
da vida. Por isso, Jesus disse no evangelho de hoje que não é possível dizer que o Filho do
Homem “está aqui" ou "está ali”, mas, sim, que Ele está entre nós.
O reinado de Deus acontece em nossa vida à medida em que nos permitimos ser imagem
de Jesus para o outro e acolhemos o amor d'Ele que vem através do próximo. Por isso, algumas
pessoas que conhecemos são para nós como um lugar onde encontramos o que nos faz sentir e
desejar o céu, porque há Jesus nelas.
Nossa alma é o céu de Deus e assim vamos sendo céu para quem está próximo de nós
também. A oportunidade de desfrutar do Reino de Deus está aberta para nós, portanto, peçamos
que o Senhor nos ilumine para reconhecê-lo em nosso cotidiano, nas nossas ações e relações.
Para refletir:
1- Consigo me lembrar de grandes experiências de Deus vividas em coisas ou pessoas muito

simples?
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2- Nos dias difíceis, eu consigo me manter sereno na fé ou me sinto tentado a conhecer outros
caminhos e espiritualidades?

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3- Na minha vida, com quais pessoas sinto que o Reino de Deus acontece e com quais eu tenho
mais dificuldade?
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Oremos: Senhor Jesus, quero te louvar porque teu Reino está entre nós e dentro de mim. Que
eu seja tua casa; que o Senhor possa reinar em mim e que o teu senhorio aconteça nos meus
relacionamentos com as pessoas. O teu reino não vem ostensivamente e eu quero aprender a
ser simples, humilde e te reconhecer nas pequenas coisas e acontecimentos. Quero aprender a
perseverar na fé nos momentos difíceis, sem procurar respostas fáceis e rápidas, sem me desviar
da verdadeira fé. Amém.

17 de Novembro | Sexta-feira | Memória de Santa Isabel da Hungria,
religiosa
Evangelho: Lc 17, 26-37
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Como aconteceu nos dias de Noé, assim
também acontecerá nos dias do Filho do Homem. Eles comiam, bebiam, casavam-se e se
davam em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez
morrer todos eles. Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam,
plantavam e construíam. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e
enxofre do céu e fez morrer todos. O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for
revelado. Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua
casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Quem
procura ganhar a sua vida, vai perdê-la; e quem a perde, vai conservá-la. Eu vos digo: nessa
noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão
moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo; um
será levado e o outro será deixado". Os discípulos perguntaram: "Senhor, onde acontecerá
isso?" Jesus respondeu: "Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres".
Para meditar:
O Evangelho de hoje fala sobre o fim dos tempos, tema que nos deixa muito
interessados. De certo modo também está falando da nossa morte e do nosso encontro pessoal
com Jesus.
Para estas três possibilidades, vinda final de Jesus, minha morte ou minha conversão,
Jesus diz que tudo isso acaba por acontecer de um jeito que pode nos encontrar distraídos.
A exemplo disso, Jesus nos fala de Noé e Ló. Nos dias de Noé ninguém se permitiu
perguntar o que aquele homem tanto cortava madeira e construía algo que parecia uma casa
que iria flutuar. A verdade é que Noé se preparava, mas as pessoas ao seu redor não faziam o
mesmo, aliás, nem repararam no céu se fechando. O mesmo aconteceu com Ló: ninguém, nem
de longe, suspeitava que aquela cidade iria ser destruída.
De onde vem essa distração e incapacidade de ler sinais? Vem da correria da vida, do
comer e beber, do viver sem refletir e perceber a presença de Deus no cotidiano. Quantas
pessoas simplesmente não estão vendo as mudanças que acontecem ao seu redor. Muitos vivem
“dopados” de mundo e de futilidades e não percebem que já deveriam ter começado a construir
a arca ou fazer as malas.
Diante disso, é importante ressaltar a fala de Jesus no final deste evangelho, quando Ele
diz que duas pessoas estarão juntas e uma será levada e a outra deixada. O que isso quer dizer?
Quer dizer que tanto a santidade quanto a perdição se fazem no cotidiano, por isso é tão
importante cultivar a vida interior e acolher o simples como lugar onde Deus nos visita, afinal,
o santo e o pecador se fazem muitas vezes no mesmo lugar e nas mesmas circunstâncias.

Para refletir:
1- Noé e Ló eram homens de Deus e as pessoas não se sentiram questionadas pelas atitudes
deles, não aprenderam com eles. Quem é Noé e Ló na minha vida hoje? Através de quem Deus
quer me ensinar algo?
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2- Das coisas comuns e prazerosas da vida, quais delas às vezes não me fazem perceber os
sinais de Deus? O que mais me distrai de Deus?
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3- Hoje eu seria levado ou deixado? Tenho conseguido acolher meu cotidiano como lugar de
relacionamento com Cristo e santificação pessoal?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero estar preparado para o dia final, mas também quero estar
preparado para as tuas vindas na minha vida, no meio da minha correria e das coisas mais
comuns da vida. Obrigado, porque o Senhor entra e interfere na minha vida. Espírito Santo de
Deus, dai-me a graça de saber reconhecer pessoas que são como Ló e Noé para mim, sinais de
Deus, pessoas que podem me provocar a ser melhor e que merecem ser imitadas e seguidas.
Amém.

18 de Novembro | Sábado da 32ª Semana do Tempo Comum
Naquele tempo, Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de
rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: "Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e
não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz,
pedindo: 'Faze-me justiça contra o meu adversário!' Durante muito tempo, o juiz se recusou.
Por fim, ele pensou: 'Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me
está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!' '' E o Senhor
acrescentou: "Escutai o que diz este juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos,
que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará
justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé
sobre a terra?"
Para meditar:
O início do Evangelho já é a homilia, pois explica o sentido do que lemos. São Lucas
reforça neste evangelho que a oração é um dever, uma necessidade e um direito nosso, pois
através da oração fazemos o exercício da fé, da esperança e do amor.
Talvez a nossa maior dificuldade em orar todos os dias seja pelo fato de não nos
reconhecermos como uma viúva desprovida. Nós nos avaliamos como autossuficientes,
acreditando que se capricharmos no discurso, vamos conseguir mudar tudo o que queremos.
Outra dificuldade que nos bloqueia à oração vem do fato de que talvez vemos a Deus
como um juiz mal e difícil, achando que não vale a pena ir até ele. Vejo também também que
- a partir da seguinte fala de Jesus: “Mas o filho do homem, quando vier, será que ainda vai
encontrar fé sobre a terra?” - que a nossa dificuldade de ter vida de oração vem do fato de não
termos uma verdadeira fé no evangelho.
Muitas vezes o mal nos rodeia de tal forma que nós simplesmente não queremos mais
esta “justiça” do evangelho e passamos a acreditar que o mundo é assim mesmo, de que todo
mundo faz determinada coisa, de que nós não merecemos, e por aí vai. Este profundo desânimo
e falta de desejo advém da falta de fé na Palavra de Deus.
Fé, no evangelho de hoje, não é só uma crença no poder sobrenatural da oração, mas
um fruto da crença de que a justiça de Deus vale a pena e é possível.
Para refletir:
1- "Rezar sempre e nunca desistir". O que estas palavras dizem para mim hoje?
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2- Quanto dessa viuvez própria da condição humana eu reconheço em mim? Me vejo sendo
prepotente, autossuficiente ou teimoso?
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3- Como está a minha fé na justiça de Deus e no evangelho?

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Oremos: Senhor Jesus, obrigado por me ensinar a orar sempre e sem desistir. Quero pedir a
graça da humildade e de querer as coisas através de Vós e não das minhas próprias forças. Pai
Santo, eu sou como aquela viúva, mas às vezes me esqueço disso. Quero ser em tudo
dependente da tua graça e guiado pela tua voz. Espírito Santo, muitas vezes eu vejo Deus Pai
como um juiz mal, difícil, severo. A partir de hoje, eu quero crer e nunca duvidar que meu Pai
do céu é bom, pontual, oportuno e generoso comigo. Maria, mãe Santíssima, não me deixe
perder a fé no evangelho, na justiça e no bem. Amém.

19 de Novembro | 33º Domingo do Tempo Comum
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: "Um homem ia viajar para o
estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. A um deu cinco talentos, a
outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida
viajou. O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou
outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que
havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.
Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. O empregado
que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: 'Senhor, tu me entregaste
cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei'. O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e
fiel! como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar
da minha alegria!' Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: 'Senhor, tu me
entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei'. O patrão lhe disse: `Muito bem, servo
bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem
participar da minha alegria!' Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse:
`Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não
semeaste. Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te
pertence'. O patrão lhe respondeu: `Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não
plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para
que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence.' Em seguida, o patrão ordenou: 'Tirai
dele o talento e dai-o àquele que tem dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá
em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a este servo
inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!'"
Para meditar:
No evangelho de hoje Jesus nos ajuda a entender que cada um de nós recebeu muito de
Deus. Isso mesmo, cada um de nós recebe de Deus “talentos” segundo sua própria capacidade.
Uns são mais capazes, outros menos. Mas todos recebemos ao menos um “talento”. Jesus se
referia a uma unidade de medida da época: um talento equivalia a trinta e cinco quilos de ouro.
Então quando vemos: “e ao terceiro um talento”, ninguém precisa ter dó desse rapaz. Ele
ganhou inacreditáveis trinta e cinco quilos de ouro, mais que o bastante para empreender e
multiplicar.
Acontece que ele foi vencido pelo medo e pela preguiça. Medo e preguiça são dois
sentimentos que quando nos dominam nos tornam pessoas más, porque são sentimentos que se
alojam no egoísta. Isso mesmo! O rapaz que parece um “tadinho” na verdade é um grande
egoísta, ele só pensa nele. Diferente dos outros dois personagens do evangelho, ele não se sente
feliz e honrado por ter sido escolhido para administrar os bens do patrão; mas tem uma imagem
distorcida do patrão, pois o vê como um homem “severo”. Como posso ter como mau e severo
alguém que me escolheu para cuidar de trinta e cinco quilos de ouro quando poderia ter
escolhido tantos outros?!
Nas expressões “tive medo de ti” está a confissão de uma pessoa que escolhe cuidar de
si, que não acolhe a eleição, que não se arrisca para honrar e alegrar o outro. Ele cuida dele e

tem preguiça de fazer o bem para o outro. Para ele está bom ter o que tem, ser quem ele é. Não
sente desejo em fazer parte das conquistas de ninguém.
Será que não somos assim também? Muitas vezes aquilo e àqueles que Deus nos confia
nós acolhemos não como dom, mas como peso, cruz, azar, injustiça. Vivemos muitas vezes
numa eterna preguiça para o bem. No mais, todos nós já entendemos que o patrão que viajou
para longe e vai voltar é Jesus; que seremos julgados por aquilo que multiplicamos ou
enterramos dos dons que Deus nos concedeu e que a multiplicação é o que Deus faz sobre
aquilo que eu faço.
Nosso Deus é bom! Ele confia em nós e espera que, com alegria, aumentemos este
“patrimônio espiritual”. No fim, olha como Deus sempre nos surpreende, pois o prêmio supera
qualquer expectativa: de uma posse administrada passa-se à convivência com o patrão. Os dois
servos chamados de “bom e fiel” não podiam imaginar que a recompensa seria tão grande e
impagável: participar da alegria e do céu do Senhor!
Para refletir:
1- Eu acolho com alegria minha missão? Eu tomo posse do meu potencial? Tem alguma coisa
que todos dizem que sei fazer e eu teimo que não?
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2- Em quais situações da minha vida eu fui ou tenho sido omisso?

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3- Olhando para a minha vida, em quais situações encontro em mim preguiça e medo?
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Oremos: Senhor Jesus, dai-me um espírito valente e guerreiro para pôr para render meus
talentos. Libertai-me das comparações e da inveja dos talentos do meu próximo. Pai de
misericórdia, que eu não lute apenas as minhas lutas, que eu não viva só para mim. Que a minha
vida seja útil! Peço-vos a libertação do egoísmo, da preguiça e do medo para um dia entrar na
alegria do meu Senhor. Amém.
Obs: ao longo desse dia, leia quantas vezes você puder 1Coríntios 2, 9.

Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo
esmolas. Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe
que Jesus Nazareno estava passando por ali. Então o cego gritou: "Jesus, filho de Davi, tem
piedade de mim!" As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele
gritava mais ainda: "Filho de Davi, tem piedade de mim!" Jesus parou e mandou que levassem
o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: "O que queres que eu faça por
ti?" O cego respondeu: "Senhor, eu quero enxergar de novo". Jesus disse: "Enxerga, pois, de
novo. A tua fé te salvou." No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus,
glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.
Para meditar:
O cego à beira do caminho somos eu e você. Todo ser humano sem o evangelho fica
cego e parado. Ao lermos este relato e as particularidades da vida deste cego somos convidados
a entender que estamos rodeados de sofrimentos maiores do que os nossos. Jesus tem um
carinho especial pelos últimos.
O cego tinha dentro de si um grito de fé pronto a ser dado e encontrou finalmente a
ocasião. Com certeza ele já tinha ouvido falar de Jesus e, então, a fé foi sendo gerada dentro
dele. Por isso, é preciso entendermos a importância de ouvir e meditar a palavra de Deus.
Muitas vezes o que nossos olhos estão ou não estão vendo, o que os nossos ouvidos estão ou
não estão ouvindo é justamente o que mata a nossa fé. A fé vem do ouvir a Palavra.
Além de tudo, o cego do evangelho ainda precisou se fazer de surdo para aqueles que
tinham olhos perfeitos, mas não sabiam olhar com compaixão. O povo pedia para que ficasse
calado, mas ele gritava ainda mais. Em nenhum momento houve alguém naquela cena para
interceder em favor dele.
Apesar de cego e pobre, ele sabia bem o que queria: enxergar de novo. E note bem: nem
todo cego quer enxergar. Muitos ali, ao serem questionados por Jesus sobre o que queriam,
talvez pediriam uma esmola ou algo assim. Aquele cego tinha fé no poder de Jesus para fazer
o que ele havia pedido.
Que ensinamento precioso podemos tirar deste evangelho hoje: de nada adianta estar
diante de Jesus se eu não sei o que quero, o que preciso e o que Ele pode! E o cego ainda nos
dá outra lição: após curado, ele passa a seguir Jesus, glorificando a Deus. Que possamos fazer
o mesmo, permanecendo unidos a Jesus.
Para refletir:
1- Eu me sinto mendigando algo de alguém? O que? Por que?

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2- Quem ou o que tem tentado calar a minha fé? Quem ou o que me desestimula a chegar perto
de Jesus?
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3- Eu sei bem o que quero e preciso? Sinto que estou rezando de modo correto e/ou lutando
pelas coisas certas?
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Oremos: Senhor Jesus Cristo, sei que neste momento o Senhor está passando pela minha vida.
Às vezes nem sei direito o que pedir e não sei se o que peço é o certo, por isso eu suplico: tem
compaixão de mim. Jesus, me olhe, me toque, me cure e venha ao meu encontro. Tantas vezes
eu mendigo aos outros, busco no ser humano, nas coisas materiais, busco em mim mesmo
aquilo que só o Senhor pode me dar. Abra os meus olhos, eu quero ver e ouvir o teu convite no
meio de tantas vozes e pessoas que querem me calar e me distanciar de ti. Senhor Jesus, não
permita jamais que eu me afaste de ti. Amém.

21 de Novembro | Terça-feira | Memória da Apresentação da Bem-
aventurada Virgem Maria
Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do
lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: "Olha! Tua mãe e teus irmãos
estão aí fora, e querem falar contigo". Jesus perguntou àquele que tinha falado: "Quem é minha
mãe, e quem são meus irmãos?" E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: "Eis
minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus,
esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
Para meditar:
A memória litúrgica de hoje celebra a entrada de Maria Santíssima no templo de

Jerusalém para se consagrar a Deus. Maria é discípula de Jesus muito antes de ficar grávida
Dele, porque fez de sua vida uma verdadeira consagração. Pela fé que tinha, ela já gerava o
Salvador dentro de si e por isso foi aclamada pelo anjo: Ave, repleta de graça!
Neste evangelho notamos que Jesus falava às multidões quando foi interrompido por
alguém que avisava que sua mãe e seus irmãos estavam lá fora. Jesus olha e pergunta: "Quem
é minha mãe e meus irmãos?". Num primeiro momento, a pergunta de Jesus parece um tanto
grosseira, mas não é. Essa fala de Jesus nos ensina algo muito maior: todos aqueles que estão
próximos de Jesus, aprendendo e o adorando, também são elevados como mãe e irmão de Jesus,
ou seja, como família Dele.
Esse Evangelho não exclui Nossa Senhora e os discípulos por eles estarem do lado de
fora, pelo contrário, ele inclui todos os que estão aos pés de Jesus como sua família. Não são
as correntinhas, pulseiras, camisetas, escapulário que fazem com que você se torne membro da
família de Jesus, mas é estar aos pés Dele e se submeter a Ele. Sim, os objetos nos ajudam, mas
não são tudo.
Quem é que ouviu a voz de Deus como ninguém mais ouviu? Quem é que esteve o mais
próximo possível de Deus e que cumpriu todas as vontades Dele através de um sim que mudou
o rumo da humanidade? Sim, a Virgem Maria, por isso que, neste Evangelho, Jesus não foi
grosseiro com ela e muito menos a excluiu. Ninguém, além dela, cumpriu tão plenamente a
vontade de Deus Pai.
Maria é um grande exemplo a ser seguido e o evangelho nos interroga se, de fato, nós
queremos nos tornar familiares de Jesus. Por isso, somos convidados hoje a também apresentar
a nossa vida no templo, nos dedicando ao Reino de Deus e tendo-o como Senhor de tudo o que
temos e somos.
Para refletir:
Ao invés de refletir com perguntas, reserve um tempo hoje para rezar o santo terço
contemplando os mistérios para este dia - Mistérios Dolorosos - pedindo a graça de se
aproximar cada vez mais de Jesus pela intercessão da Virgem Maria.

Em meu canal do YouTube há uma playlist disponível com a oração do Santo Terço meditando
um versículo bíblico em cada Ave Maria. Rezemos juntos!

22 de Novembro | Quarta-feira | Memória de Santa Cecília, virgem e
mártir
Naquele tempo, Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles
pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. Então Jesus disse: "Um homem nobre partiu
para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Chamou então dez dos seus
empregados, entregou cem moedas de prata a cada um, e disse: 'Procurai negociar até que eu
volte'. Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo:
'Nós não queremos que esse homem reine sobre nós'. Mas o homem foi coroado rei e voltou.
Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada
um havia lucrado. O primeiro chegou e disse: 'Senhor, as cem moedas renderam dez vezes
mais.' O homem disse: 'Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o
governo de dez cidades'. O segundo chegou e disse: 'Senhor, as cem moedas renderam cinco
vezes mais'. O homem disse também a este: 'Recebe tu também o governo de cinco cidades'.
Chegou o outro empregado e disse: 'Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei num
lenço, pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes
o que não semeaste'. O homem disse: 'Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias
que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. Então,
porque tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros'. Depois
disse aos que estavam aí presentes: 'Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil'. Os
presentes disseram: 'Senhor, esse já tem mil moedas!' Ele respondeu: 'Eu vos digo: a todo
aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o
que tem. E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui
e matai-os na minha frente' ". Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.
Para meditar:
Jesus é um rei rejeitado e com empregados não muito fiéis. O povo que manda dizer
que Ele não é bem-vindo e não precisa voltar faz referência histórica ao povo judeu, mas
também a cada ser humano que considera Jesus como um invasor, um peso.
Os empregados somos cada um de nós que vamos “lucrando”, cada qual segundo sua
capacidade e disposição para com nosso Rei Jesus. O homem que não lucrou nada, que tinha
medo de Jesus é a imagem de muitos cristãos que não querem se arriscar por Ele. Preferem seu
comodismo e não sentem alegria em cooperar para que o Reino de Deus aconteça.
Este evangelho nos mostra que por trás de cada situação da nossa vida pode haver uma
recompensa que nem imaginamos. Na fidelidade ao que nos compete, Deus vai nos honrando
e confiando cada vez mais e isto é fruto de um amor desinteressado por Jesus. Note que os
empregados não imaginavam que iriam ganhar cidades como presente.
Precisamos ter claro também que por trás de cada coisa não feita ou mal feita nós
podemos jogar fora grandes ocasiões de benção e honra. O empregado mal e preguiçoso não
imaginou que iria perder o pouco que tinha em cada coisa pouca que não fazia.
A aparente contradição da reação do Rei, de dar o pouco do preguiçoso para o que já
tinha muito, é na verdade uma regra da vida em todos os seus âmbitos. Quem não põe em

movimento o pouco que tem perde o que tem e fica sem nada; enquanto que quem tem e
acredita no que tem, possui cada vez mais, cresce na fé e em tudo.
Para refletir:
1- Jesus é Rei e Senhor. Como posso avaliar o senhorio de Jesus na minha vida?
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2- Quais dons eu tenho e que podem ser usados em favor do Reino de Deus?
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3- Sinto que estou crescendo no que? Sinto que estou diminuindo e perdendo o que?
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Oremos: Senhor Jesus Cristo, tu és meu Rei. Eu quero que o Senhor reine sobre mim desde
agora e para sempre. Quero multiplicar os talentos que o Senhor confiou a mim sempre em Teu
favor e em favor do próximo. Pai de bondade, cura em mim o medo, a preguiça e a frieza, pois
quero fazer crescer o que Jesus colocou em mim. Amém.

23 de Novembro | Quinta-feira da 33ª Semana do Tempo Comum
Naquele tempo: Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E
disse: 'Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está
escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão
de todos os lados. Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra.
Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada.'
Para meditar:
Jesus amou uma cidade! Jerusalém é a cidade santa que carrega consigo as promessas
de Deus. É um símbolo e o resumo da aliança de Deus, da luta de um povo, de uma linda
história de fé de tantos santos e profetas e da fidelidade de Deus.
Jesus chora por ver uma cidade, um povo que poderia ter a paz, a prosperidade e a
presença de Deus em estado de cegueira que levaria à ruína. Jesus chora ao ver o mal que vai
acontecer.
O profeta Jonas ficou triste justamente porque o mal não ia mais acontecer a Nínive. E
aqui está a diferença entre nós e Deus: a misericórdia. Talvez realmente não temos noção ou
temos uma grande dificuldade de compreender que Deus ama com paixão suas criaturas. Deus
nos deseja e nos quer perto d’Ele. Mas mesmo amando deste modo a cada um de nós, Ele sofre
a impotência diante da nossa liberdade. Mesmo amando tanto o ser humano, cabe a nós
respondermos ou não a Ele, amá-lo ou não amá-lo de volta.
O evangelho diz uma palavra muito triste: “tu não reconheceste o tempo em que foste
visitada”. Jesus é uma visita. Ele está passando dentro de um “tempo”, ou seja, de uma época,
de circunstâncias que o trazem para perto de nós. Como você tem recebido a visita de Deus em
sua vida? Somos a Jerusalém de hoje.
Para refletir:
1- Eu sei e creio que só Jesus pode me trazer a paz? Tenho buscado a paz em coisas e pessoas
e me frustrado?
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2- Qual sofrimento abriu meus olhos para perceber Jesus em minha vida?
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3- Estou em tempos de visitação da parte de Deus? Sinto Jesus perto ou longe?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero compreender hoje que tu és a paz. Eu abro as portas do meu
coração para que Tu possas entrar em minha vida. Limpa meus olhos de tudo aquilo que me
cega e me desvia. Limpa meu coração de tudo aquilo que me fecha para a tua graça. Eu quero
corresponder ao Teu amor por mim, quero estar perto de Ti. Espírito Santo, que eu tenha
sabedoria e sensibilidade para saber reconhecer o tempo que estou vivendo e acolher as visitas
de Cristo em minha história. Amém.

24 de Novembro | Sexta-feira | Memória de Santo André Dung-Lac,
presbítero, e companheiros mártires
Naquele tempo: Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. E disse: 'Está
escrito: 'Minha casa será casa de oração'. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões.'
Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis
do povo procuravam modo de matá-lo. Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava
fascinado quando ouvia Jesus falar.
Para meditar:
Jesus purificou o templo. O templo material onde nos reunimos para celebrar deve ser
casa de oração e não lugar de comércio, troca, lucro ou exploração. Nosso Senhor tristemente
constatou que aquele templo havia se tornado um antro de ladrões.
Diante das hipocrisias e contradições das pessoas religiosas, muitos são tentados a
considerar que não precisam da Igreja, que se pode rezar em casa em qualquer “meio- minuto”
do dia. Jesus poderia ter dito, numa cena como essa, que ninguém precisa de templo ou Igreja,
mas não foi isso que Ele fez. Jesus limpou o templo, restituindo a Ele sua finalidade de lugar
de culto e adoração. Portanto, precisamos, sim, de uma casa de oração e de uma Igreja para
celebrar e receber o corpo do Senhor na Eucaristia.
Justamente porque a nossa Igreja não é só uma sala de reuniões, mas uma casa de oração
onde Jesus se faz presente na Eucaristia e vem até no sacramento da comunhão, é que cada um
de nós é também um templo que precisa sempre ser purificado. Esta purificação interior se dá
pela oração e pelo sacramento da confissão. Somos movidos a isso à medida em que damos
ouvidos a Jesus através de sua palavra.
O evangelho nos diz que os sumos sacerdotes queriam matar Jesus, mas não lhes era
possível, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar. Hoje o mundo quer
fazer a mesma coisa e não lhes é possível, pois a verdade do Evangelho jamais perecerá.
Querido irmão, querida irmã, enquanto você for fascinado(a) pela Palavra, ninguém
poderá matar Jesus dentro de você.
Para refletir:
1- Eu sou uma casa de oração? Tenho silêncio e adoração dentro de mim?

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2- “Antro de ladrões”. Como essa frase me toca e questiona?
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3- Sinto crescer o meu fascínio por Cristo?

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Oremos: Senhor Jesus, obrigado por nos ter dado a Igreja como mãe e o Templo como casa
de oração para te encontrar e te receber na Eucaristia. Que Tua Igreja seja verdadeiramente
lugar de oração e de escuta da Palavra. Pai misericordioso, purifica o meu coração e a minha
inteligência para que eu nunca perca o fascínio pelo teu Evangelho, que é Palavra de Salvação.
Amém.

25 de Novembro | Sábado da 33ª Semana do Tempo Comum
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe
perguntaram: "Mestre, Moisés deixou-nos escrito: 'se alguém tiver um irmão casado e este
morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão'.
Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o
terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim,
morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram
casados com ela". Jesus respondeu aos saduceus: "Nesta vida, os homens e as mulheres casam-
se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura,
nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais
aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés
também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor o Deus de Abraão, o Deus
de Isaac e o Deus de Jacó. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para
ele". Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: "Mestre, tu falaste muito bem". E ninguém mais
tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.
Para meditar:
Os saduceus eram homens profundamente religiosos e observadores da lei. Eram

também rivais dos fariseus, sobretudo por discordarem sobre a questão da vida eterna. Os
saduceus não acreditavam na vida eterna; viviam o judaísmo e a observância da lei, mas não
acreditavam no céu (e no inferno). Era um grupo pequeno, porém muito rico e poderoso. De
alguma forma era até conveniente para eles apostar tudo nesta vida e justificar toda a riqueza
que tinham como sinal da bênção de Deus; e a pobreza da grande maioria do povo como
vontade de Deus.
Quando acreditamos que o céu existe, a nossa vida necessariamente precisa mudar.
Muitas pessoas não são incrédulas, mas egoístas e preguiçosas. Os incrédulos, de alguma
forma, entendem que o crer está intimamente ligado ao viver. Muitos dizem não crer, porque
no fundo não querem mudar de vida e nem estabelecer novos critérios para o seu modo de se
relacionar com os bens materiais e com o próximo.
A polêmica do evangelho a respeito de quem a tal viúva seria esposa no céu mostra
uma visão quase que caricata do céu. Para eles, o céu é uma terra melhorada ou coisa do tipo.
Entendamos: o céu não é a terra sem sofrimentos; o céu é a plenitude do ser humano em Deus.
Então, Jesus cita a passagem da sarça ardente como prova da realidade da vida eterna,
ou seja, Deus e seus mistérios não estão nos nossos achismos, mas naquilo que a Palavra ensina!
Para refletir:
1- Eu acredito na vida eterna? Como aquilo que creio influencia minha vida?
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2- Minhas convicções religiosas têm se tornado mais maduras? Elas me amadurecem como ser
humano?
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3- Jesus citou um texto da sagrada escritura. Eu sou capaz de citar a bíblia para justificar o que
creio? O que creio tem fundamento na Palavra?
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Oremos: Senhor Jesus, eu creio na vida eterna, eu creio no céu; e quero te louvar, porque o
céu é a minha plenitude na Santíssima Trindade. Obrigado, porque o céu é muito mais que uma
outra vida sem males. Espírito Santo, eu quero conhecer a Sagrada Escritura para que aquilo
que creio mude o que vivo. Amém.

26 de Novembro | Domingo | Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei
do Universo
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Quando o Filho do Homem vier em sua glória,
acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da
terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as
ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o
Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o
Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me
destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes
em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão
e fostes me visitar'. Então os justos lhe perguntarão: 'Senhor, quando foi que te vimos com
fome e te demos de comer? com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como
estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente
ou preso, e fomos te visitar?' Então o Rei lhes responderá: 'Em verdade eu vos digo, que todas
as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!' Depois
o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo
eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes
de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes
em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'.
E responderão também eles: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como
estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?' Então o Rei lhes responderá: 'Em
verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim
que não o fizestes!' Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a
vida eterna".
Para meditar:
Queridos irmãos e irmãs, neste Evangelho, São Mateus nos fala sobre o julgamento
final e qual o critério para ele. É tempo de conversão, tempo de buscarmos a santidade através
da oração, do jejum e da caridade, os três meios pelos quais nós alcançaremos a salvação.
Especificamente hoje, o evangelho nos fala sobre a caridade. Vemos aqui uma lista de situações
que colocam a pessoa humana em sofrimento. Realidades que quando paramos para pensar,
nós pedimos mesmo a Deus o livramento de um dia passar por isso; de se encontrar doente, nu,
faminto, sedento. Portanto, tudo aquilo que nós vemos que o outro está vivendo e que de
alguma forma nos causa o sentimento de “Deus me livre passar por isso”, precisa despertar em
nós a caridade e o entendimento de que naquela dor ou limitação está o próprio Deus.
Abro um parênteses para frisar que este evangelho não está, de modo algum, dizendo que quem
está com fome, com sede, que está preso ou enfermo é santo(a) ou não precisa de conversão.
Não é isso! O que Jesus está nos ensinando é que o que cabe a nós é compadecermo-nos pelo
próximo para tomar uma atitude de caridade, uma vez que não nos compete julgar ninguém,
mas sim amar.

Este evangelho é desafiante e exige de nós uma fé firme. Jesus, na última ceia, pegou o Pão e
disse: “Isto é o meu corpo”. O pão não simboliza, não significa e não representa.
Definitivamente é o corpo de Jesus. Ele está verdadeiramente na Eucaristia, tal como está no
pobre, na dor humana. Este evangelho é muito claro: quando nos deparamos com alguém
vivendo estas realidades, é o próprio Jesus que está ali.
Seguindo a leitura do evangelho, por conseguinte, Jesus nos fala sobre o juízo final. E
quando é que seremos julgados por Deus? Quando é que vamos ouvir Deus dizer para alguns
“vinde benditos” ou “afastai-vos malditos”? O julgamento final acontece já agora, todos os
dias, quando nos deparamos com nossos irmãos sofredores. Quantas pessoas perdem tempo
com polêmicas e conversas sobre isso sendo que, na verdade, nós só precisamos viver bem o
hoje, a fim de nos santificar para o último dia.
Este é o ensinamento de Jesus a nós hoje: vivamos o bem hoje, busquemos a santidade
agora, a fim de que não sejamos condenados no amanhã. Que a caridade desperte em nosso
coração a sede de um dia ouvir de Deus: “Vinde benditos de meu Pai!”
Para refletir:
1- Como eu trato aqueles que não são “nada meu”, não são próximos, quando precisam de
ajuda? Tenho facilidade em oferecer auxílio a quem eu não conheço?
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2- Você tem aproveitado as oportunidade para fazer o bem nas pequenas coisas e momentos da
vida ou espera grandes ocasiões para praticar o bem? Como tem sido a sua postura diante de
‘pequenos’ chamados?
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3- Diante da sua realidade no agora, pergunte a você mesmo: em qual lugar eu me posicionaria
se Jesus viesse hoje, à direita ou à esquerda? Por que?
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Oremos: Senhor Jesus, que eu não me negue e nem me economize no uso da caridade para
com o meu próximo. Enche o meu coração de amor e bondade e dai-me atitudes concretas para
com os necessitados que passam por mim. Pai misericordioso, reacenda em mim a fé, a
esperança e a caridade, para que eu viva a santidade, a justiça e o amor para com o Senhor e
para com as pessoas que estão ao meu redor. Dá-me a graça de viver bem o meu hoje, de
consagrar a minha vida e a minha história ao Senhor para, um dia, poder desfrutar da Tua glória
quando chegar o último dia. Amém.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do
Templo. Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. Diante disto, ele
disse: "Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois todos eles
depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza,
ofertou tudo quanto tinha para viver".
Para meditar:
Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a
multidão depositava suas moedas no cofre. Ofertar a Deus é um dever. No tempo de Jesus
fizeram deste dever um momento de vanglória. Como Jesus sabia quem deu mais ou menos?
Ele sabia, pois no templo as caixas das ofertas eram identificadas por valores e uma pessoa
anunciava quanto cada um dava. Pura exibição! E na caixa dos pobres não havia ninguém para
anunciar nem o nome e nem a quantia ofertada pelos pobres, que é o caso da viúva do evangelho
de hoje.
Aquela pobre mulher ofertou de coração. Ela sabia que ninguém iria falar em voz alta
nem seu nome e nem seu valor pequeno. Acontece, então, que Jesus disse para todos ouvirem
que naquele dia não havia ninguém que tivesse agradado mais a Deus do que ela. Ela foi
anunciada e glorificada pelo próprio Jesus para o susto dela e escândalo de todos. A oferta
daquela mulher a colocava em estado de dependência de Deus e era um gesto de profundo
temor e amor.
Nossas ofertas a Deus através do dízimo e das obras de caridade devem ser atos de
amor, sem interesse de elogios; e revelar que vivemos na dependência de Deus. Ofertar é se
vincular.
Para refletir:
1- Uma pobre viúva que estava no templo e fez ofertas. Quais cruzes ou desafios têm me
causado desânimo e me afastado de Jesus?
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2- Eu consigo manter em segredo minhas boas obras? Sou vaidoso das coisas boas que faço?
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3- Eu consigo depender de Deus na minha vida material e financeira?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero depender de Ti. Assim como a viúva do evangelho de hoje,
quero fazer minhas boas obras e ofertas por amor, gratidão e depender mais de Ti. Espírito
Santo, muitas vezes sou vaidoso e me comparo aos outros. Faz-me livre do apego, do ego, da
vaidade e do orgulho e faz o meu coração semelhante ao Vosso. Amém.

Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com
belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: "Vós admirais estas coisas? Dias virão em que
não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído". Mas eles perguntaram: "Mestre, quando
acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?" Jesus
respondeu: "Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo:
'Sou eu!' E ainda: 'O tempo está próximo'. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de
guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro,
mas não será logo o fim". E Jesus continuou: "Um povo se levantará contra outro povo, um
país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares;
acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu".
Para meditar:
Estamos nos aproximando do Tempo do Advento, onde a Igreja proclama evangelhos

que falam do fim dos tempos, pois já estamos caminhando para o fim do ano litúrgico.
Evangelhos que ao mesmo tempo também falam de Jesus como aquele que um dia voltará, nos
preparando para o início do Advento e chegada do Natal.
No Evangelho de hoje, Jesus fala dos sinais que anunciam a sua volta. Sabemos que
tudo o que Jesus aponta nesta Palavra já aconteceu algumas vezes na história da humanidade,
acontece hoje e ainda vai acontecer com maior intensidade. Mas é importante notar duas
coisas.
Primeiramente que nas horas de dificuldade e catástrofe o ser humano tende a querer
respostas simples para problemas difíceis; e em segundo lugar, porém mais importante, Jesus
nos diz que não devemos perder tempo com futilidades e vaidades.
Nosso Senhor Jesus viu como as pessoas se admiravam com as pedras preciosas do
templo. E eram realmente belas, mas o mais importante era atentar-se para a brevidade da vida
e para a fragilidade dos poderes mundanos e do dinheiro.
Muitas vezes ficamos hipnotizados com as belezas materiais da vida: dinheiro, luxo,
poder. Fixamos o nosso olhar e o nosso coração nestas coisas a ponto de não percebermos os
sinais da vinda de Jesus e suas visitas diárias em nossa vida.
Para refletir:
1- O que eu estou admirando? Tenho tendência a ser materialista?

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2- Nos momentos de tribulação eu fico confuso a respeito de como buscar a Deus? Já me
confundi com outras religiões?
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3- No atual momento da minha vida, quais sinais me levam para Deus?

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Oremos: Senhor Jesus, quero me preparar para a vossa vinda gloriosa. Ajuda-me a ver os sinais
da Tua vinda e também a perceber os sinais da Tua presença em minha vida. Espírito Santo,
santifica o meu coração para que eu não fique admirado com as coisas passageiras e
superficiais. Amém.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Antes que estas coisas aconteçam, sereis
presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de
reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa
fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos
darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis
entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de
vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da
vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!"
Para meditar:
"Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé". Estamos neste mundo para
testemunhar a fé. Já nascemos com esta missão. Para isso, todos nós precisamos de ocasiões
que nos proporcionem fazer este anúncio. Podemos testemunhar a nossa fé diante de alguém
necessitado, diante de uma pessoa que amamos, através da nossa participação na Igreja, enfim,
existem várias ocasiões em que podemos dar testemunho, mas no evangelho de hoje Jesus nos
deixa claro um deles: a perseguição.
Talvez nós não sejamos levados diante de reis e governadores, como cita o evangelista
Lucas, mas, sim, colocados diante de amigos, familiares, conhecidos, colegas de trabalho que
convivem conosco. Quando chegarem essas ocasiões, Jesus nos aconselha a "não planejar com
antecedência a própria defesa", porque Ele mesmo colocará as palavras certas em nossa boca.
Entregues em oração, o Espírito Santo nos inspira e nos capacita para dizer o que precisa ser
dito.
Bem sabemos que o Evangelho causa divisão, por isso, Jesus nos diz: "Sereis entregues
até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos", e complementa dizendo que
seremos odiados por causa do nome Dele. Veja bem, não é que as pessoas nos odeiam, mas
odeiam o Cristo que habita em nós. Infelizmente ser reflexo de Jesus no mundo provoca ódio,
ira e descontentamento em muitas pessoas, pois o vêm como uma ameaça.
Mas Deus cuida de cada um de seus filhos. Nada que o ser humano queira fazer contra
nós, por causa do nome Dele, sai do controle de Cristo.
Portanto, sejamos corajosos e perseverantes para anunciar o nome de Jesus no mundo
e permaneçamos firmes para que no último dia alcancemos a vida eterna.
Para refletir:
1- Já te questionaram alguma vez sobre o seu modo de viver a fé? Como você lida com isso?
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2- Dentro do seu ambiente familiar e junto aos amigos sempre há diálogos saudáveis a respeito
de Jesus ou você ainda encontra resistência e discordância?
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3- Qual ocasião em que você pode testemunhar a sua fé mais te marcou?

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Oremos: Pai santo e misericordioso, purifique o meu coração para que nada me separe da
verdade do seu Evangelho. Envia-me, Senhor, para testemunhar a minha fé àqueles que mais
necessitam da sua Palavra. Espírito Santo, coloque hoje em meu coração o desejo ardente de
ser um(a) missionário(a), ainda que seja somente para os da minha casa, do meu trabalho, mas
que eu possa ter coragem de anunciar o teu amor e a tua misericórdia. Amém.

30 de Novembro | Quinta-feira | Festa de Santo André, Apóstolo
Naquele tempo, quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão,
chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.
Jesus disse a eles: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens". Eles imediatamente
deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando
as redes. Jesus os chamou. Eles, imediatamente, deixaram a barca e o pai, e o seguiram.
Para meditar:
Jesus viu dois irmãos que tinham a mesma fé, a mesma busca, a mesma disponibilidade
a Deus. Simão Pedro e André lançavam redes ao mar, eram pescadores, tinham uma vida
comum e de repente algo começou a acontecer dentro deles. Eles receberam um convite que os
desinstalou de tudo; ouviram uma voz que dizia: “segue- me”. Um chamado para não ser mais
para eles mesmos, mas para o outro e para a igreja. Esse Jesus se apresentou a eles e também
se apresenta a nós.
Por que é que às vezes nasce um santo desejo de deixar Deus fazer em nós algo que às
vezes parece tão distante de onde estamos? Aí mora a vocação. O maior presente do mundo é
quando Jesus entra em nossa vida e a partir daí começamos a sentir vontade de ser algo mais
do que já somos. Jesus disse: “Eu farei de vós pescadores de homens”. Eles nem sabiam o que
era isso, mas imediatamente aceitaram o chamado e seguiram Jesus.
Nós precisamos de um certo imediatismo para com os santos desejos do nosso coração;
precisamos corresponder a Deus. Santo Agostinho diz: “Eu tenho medo do Deus que passa”.
Pode ser que não mais encontremos Jesus no dia em que desejarmos.
Num primeiro momento, eles deixam as redes deles e não recebem outra nas mãos, não
recebem imediatamente “a coisa”, simplesmente seguiram Jesus. Hoje, dentro da sua vocação,
talvez Deus esteja te pedindo algumas renúncias – de coisas e de pessoas - que vão te preparar
para grandes coisas que você nem imagina que fará um dia. “E serás pescadores de homens.”
Só porque seguiram foi que se tornaram pescadores de homens. Deus vai nos fazendo no
caminho.
Hoje, ao celebrarmos Santo André, apóstolo e mártir, analisemos o quanto de nós
estamos dando a Deus.
Para refletir:
1- Deus inspira um santo desejo em meu coração hoje para que eu faça algo a mais por Ele,
pela igreja, pelo evangelho?
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2- Eu tenho relutado em aceitar o chamado e a vontade de Deus para mim?

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3- Dentro da minha vocação, que caminho devo trilhar para ser pescador de homens para Jesus?
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Oremos: Senhor Jesus, abra os meus ouvidos para que eu possa ouvir o Teu chamado. Que eu
possa ter uma vida de oração constante, me confessar com mais frequência, servir a igreja e
crer nas promessas e propósitos que o Senhor tem para mim. Maria Santíssima, intercedei por
mim para que eu esteja atento ao Deus que passa, para que eu viva com sabedoria a minha
vocação e não desperdice a graça e as bênçãos do céu. Amém.

Diario Espiritual Novembro 2023

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Padre Mário Augusto Sartori

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- Tenha um local e horário fixos para oração;

Vamos juntos nessa jornada? Deus o abençoe.

Pe. Mário A. Sartori.

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Naquele tempo, Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho

- Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

1- Eu faço todo o esforço possível para passar na porta estreita?

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3- Tenho colocado bens materiais, animais de estimação acima do ser humano?

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Muitas pessoas sofrem de uma profunda ansiedade e necessidade por

1- Sou um enviado ou um intrometido? Eu forço as pessoas a me preferirem ?

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Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos

- Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

1- Jesus viu as multidões e ensinou as bem-aventuranças. Eu entendo o cristianismo apenas

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2- Minha família e amigos ofuscam o lugar de Jesus em quais situações?

3- Em qual área da minha vida eu estou ficando pelo meio do caminho?

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1- Eu vivo um relacionamento saudável com a Igreja? (frequência, fidelidade, respeito,

2- Meu corpo precisa ser purificado de qual pecado?

3- Os discípulos conseguiram relacionar fatos com palavras de Jesus. Eu consigo me lembrar

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Na sequência do evangelho de ontem, o tema de hoje ainda envolve o uso do dinheiro.

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3- O que eu preciso colocar em prática na minha vida a partir da Palavra de hoje?

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1- Tenho sido zeloso e previdente em relação ao óleo do Espírito Santo?

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1- Já fui motivo de escândalo e desanimei pessoas ao meu redor no seguimento de Jesus?

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