Diario Espiritual Tempo Pascal 2024 1711818568

Diário Espiritual para o Tempo Pascal - 2024
Padre Mario Sartori

DICAS PARA TIRAR MAIOR PROVEITO DESTE
DIÁRIO ESPIRITUAL
- Tenha um local e horário fixos para oração;

- Invista alguns minutos do seu dia para fazer o Diário de forma orante;
- Invoque o Espírito Santo e faça outras orações que te ajudem a se acalmar e estar na presença
de Deus;
- Leia o evangelho do dia, a reflexão e as perguntas sem pressa. No meu canal do YouTube
você encontra a homilia do mesmo evangelho, um pouco mais aprofundada;
- Use as perguntas para realmente refletir sobre sua vida;
- Anotar suas respostas e reflexões vai te ajudar a ter uma melhor experiência com este material.
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Prefácio
Olá, meu irmão e minha irmã! Que alegria em saber que o Diário Espiritual está
transformando a vida de tantas pessoas. É por isso que mais uma vez estaremos juntos para
viver intensamente o Tempo Pascal, cinquenta dias na presença do Ressuscitado nos
preparando para receber o Espírito Santo.
A ideia é simples e o convite pode trazer muitos frutos para a sua vida. Usaremos este diário
como um livro de exercício espiritual, um retiro pessoal para te ajudar a rezar diariamente
com a Palavra de Deus até a festa de Pentecostes.
Você vai perceber que a cada dia faremos uma breve meditação do evangelho, seguido de
algumas perguntas para reflexão pessoal e uma oração própria para o dia. A Palavra de Deus
é viva e eficaz, nos diz Paulo na carta aos Hebreus. Espero, portanto, que este Diário
Espiritual te conduza a um encontro pessoal com o Cristo ressuscitado.
Com a unção do Espírito Santo e a intercessão da Virgem Maria chegaremos ao final desta
jornada com a nossa vida transformada.
Padre Mario Sartori
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1º de abril
Segunda-feira da Oitava da Páscoa
Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.
Evangelho: Mt 28,8-15
Naquele tempo, as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram
com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. De repente, Jesus foi ao encontro delas,
e disse: "Alegrai-vos!" As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus,
abraçando seus pés. Então Jesus disse a elas: "Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos
que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão". Quando as mulheres partiram, alguns guardas
do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido.
Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos
soldados, dizendo-lhes: "Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo,
enquanto vós dormíeis. Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos
preocupeis". Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas.
E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até ao dia de hoje.
- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.
Para meditar:
A ressurreição de Jesus é a grande boa notícia deste mundo, é o evento que faz valer a pena a
vida e a morte, a alegria e a dor. Esta notícia tem o poder de nos fazer correr, enfrentar
problemas e não perdermos a paz em meio às tempestades dessa vida.
Saber que Jesus ressuscitou e por isso eu também ressuscitarei injeta em nós coragem.
Veja o que diz o evangelho sobre as mulheres: “Estavam com medo, mas correram com
grande alegria”. Medo e alegria existindo ao mesmo tempo dentro do mesmo coração. Isso
pode acontecer conosco também; e quando essa alegria vem da fé, das promessas de Deus e
de sua fidelidade, nenhum medo nos paralisa.
Enquanto estivermos neste mundo, nem só de boas notícias viveremos. Vimos no
evangelho de hoje os sumos sacerdotes e os soldados propagando fofoca e alardeando
mentiras para reforçar um jeito de viver que não conhece o milagre e o poder de Deus, tudo
isso para manter a paz e a amizade com o “governador” deste mundo. Estamos rodeados
dessas coisas todos os dias, entretanto, para quem viveu dentro de si a experiência da notícia
verdadeira - que é a ressurreição - nunca será desviado por fofocas e boatos; quem tem o
Espírito Santo dentro de si, simplesmente sabe o que é verdade e o que é boato, o que é fato
e o que é abstrato.
Jesus manda um recado para quem quer experimentar a ressurreição: é preciso ir para
a Galiléia. Foi na Galiléia que tudo começou e onde os discípulos pela primeira vez viram e
ouviram Jesus. Ir para a Galiléia significa voltar ao primeiro amor, às primeiras práticas
simples da fé que nos abrasavam.
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Santa Clara de Assis mandou colocar por escrito na entrada do seu mosteiro: “Nunca
perca de vista o seu ponto de partida”. No caminho da vida muitas vezes duvidamos de nós
mesmos e de nossa experiência de fé. Quem de nós nunca se perguntou: será que eu não me
iludi? Será que não é coisa da minha cabeça? Voltar para a Galiléia... Não perder o ponto de
partida... ou seja: revisitar experiências e não permitir que as dores roubem a verdade.
A cruz não cancela a Galiléia que um dia você viveu, pelo contrário, sem a Galiléia a
cruz não teria sentido. Por causa dela a cruz será um instrumento para vermos o Senhor como
nunca o vimos antes.
Para refletir:
1- A ressurreição de Jesus é um fato que alegra o meu dia hoje? Sobre qual tristeza ou medo
eu quero pedir que a alegria da ressurreição possa agir em mim e me iluminar?
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2- Eu tenho uma Galiléia para onde ir ou voltar para reanimar minhas forças e minha fé? Esta
Galiléia é uma pessoa, um lugar ou um fato do meu passado?
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3- Diante de tantas fofocas, desinformações e descrença, como está a minha fé no poder de

Deus em realizar o extraordinário?
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Oremos: Senhor Jesus, eu te louvo e te bendigo hoje, pois sei que estás vivo e presente no
mundo e em minha vida. Eu quero, hoje, correr e anunciar. Não vou esperar as coisas serem
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perfeitas para correr com alegria. Mesmo com medo e com lutas, eu escolho correr com alegria
atrás de Ti e em direção aos meus irmãos. Obrigado, Senhor Jesus, por ter em minha vida uma
Galiléia para onde voltar e me reabastecer na fé e na esperança. Dai-me, Senhor, uma fé firme
e convicta em meio a tanta descrença que assola este mundo. Que o dinheiro não me domine,
não me corrompa e não me afaste de Vós. Amém.
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02 de abril
Terça-feira da Oitava da Páscoa
Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor!",
Evangelho: Jo 20,11-18
Naquele tempo, Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-
se e olhou para dentro do túmulo. Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde
tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Os anjos perguntaram:
“Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o
colocaram”. Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que
era Jesus. Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era
o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o
irei buscar”. Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni”
(que quer dizer: Mestre). Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas
vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”.
Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe
tinha dito.
Para meditar:
A Maria do Evangelho de hoje (que não é Maria, mãe de Jesus) é a imagem da alma apaixonada
por Deus que o procura, mas não o encontra. Não porque esteja em pecado, mas por estar na
etapa da purificação da fé, onde parece que Deus se esconde de nós e já não é mais tão fácil de
o ver. É preciso um olhar mais maduro na fé para enxergar Jesus no meio das dores e das
lágrimas.
No túmulo de Jesus estão dois anjos sentados: um na cabeceira e outro aos pés. Na arca
da aliança, Deus mandou esculpir e colocar dois anjos, um em cada ponto, assim São João
Evangelista nos apresenta o corpo ressurreto de Jesus como a nova arca da aliança. Mas o
túmulo estava vazio e é justamente na ausência que muitas vezes encontramos Deus.
A fé madura lê os sinais, identifica os indícios e precisa aprender a superar a
necessidade de ver. Maria não conseguia reconhecer Jesus diante de si, ela só o reconheceu
quando Ele a chamou pelo nome, portanto, compreendemos que na vida de fé os ouvidos são
mais importantes que os olhos e a Palavra de Deus mais importante que os milagres.
Quando ela reconhece Jesus pelos ouvidos, seus olhos se abrem. Quem não se guia pela
voz de Jesus nunca consegue enxergar sua presença.
À medida em que crescemos na intimidade com a Palavra de Deus, nossos olhos passam
a ver o que antes não viam, mas que sempre estiveram ali. Primeiro vem a ação da Palavra nos
ouvidos do meu coração e depois vem a visão e a alegre constatação: Eu vi o Senhor!
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Para refletir:
1- Minha busca por Jesus é como a de Maria, ardente e insistente? Eu sei rezar mesmo entre
lágrimas e tribulações?
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2- Maria Madalena revela uma alma que tem sede de Deus. Ela não queria outra coisa a não
ser Jesus. O que eu estou desejando e querendo? Estou com os meus desejos purificados e
focados em Cristo?
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3 - Tenho feito a experiência de ver melhor a vida, o próximo, minha história a partir da
Palavra de Deus? O que eu escuto da parte de Deus tem iluminado e revelado aos meus olhos
coisas que antes eu não via?
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Oremos: Santa Maria Madalena, eu hoje quero pedir sua intercessão por mim. Eu preciso
purificar e amadurecer a minha fé e os meus desejos. Em ti vejo a alma que não quer mais nada
além de Jesus, mas eu tristemente ainda me distraio com coisas banais. Alcançai para mim a
graça de ter sede de Deus e de buscá-lo sem desistir. Quando minha fé for provada e purificada
por estes momentos de solidão e de vazio, que eu não desanime e nem volte atrás. Ajudai-me
a ouvir a voz de Jesus me chamando pelo nome. Que a palavra de Jesus me faça ver e
reconhecer a Ele no jardim da minha vida e nos túmulos da minha história, pois quero ver
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Aquele que sempre esteve e está comigo. Santa Maria Madalena, eu peço a graça de poder
anunciar a todos que “eu vi o Senhor!”. Amém.
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03 de abril
Quarta-feira da Oitava da Páscoa
Os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus.
Evangelho: Lc 24,13-35
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado
chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas
que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e
começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o
reconheceram. Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam,
com o rosto triste, e um deles chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em
Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias? Ele perguntou: “Que foi?” Os
discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso
em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos
chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele
fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas
aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram
de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham
visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e
encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”. Então
Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas
falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando
por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura
que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de
conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já
é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa
com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se
abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse
ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos
explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém
onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho,
e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
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Para meditar:
O Evangelho de hoje relata a ressurreição da fé de dois seguidores de Jesus; uma fé que estava
morta e que foi ressuscitada ao começarem a caminhar com Jesus pelas escrituras. O caminhar
físico foi como que o tempo necessário para passearem com Jesus pelas Escrituras e também
dentro deles mesmos para rolarem as pedras da descrença e tristeza e terminarem com o coração
ardendo e ressuscitado.
Eles andavam tristes e sem fé, porque “esperavam que...”. Muitas vezes o que mata
nossa fé e nossa alegria são nossas expectativas infantis a respeito da vida, do próximo e de
Deus. Somado a isso está a nossa presunção de imaginar que sabemos como as coisas devem
se resolver. É por isso que Jesus puxa a orelha destes dois ao dizer: “Como sois sem inteligência
e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!”.
Os discípulos de Emaús estavam frustrados, porque esperavam o que não era para
esperar, imaginavam o que não era para imaginar e porque criaram uma "solução" que não
resolvia. Neles estava tudo diferente do que os profetas falaram.
Mas afinal, o que é que a Palavra de Deus tanto fala e nós fingimos que nunca
escutamos? Fingimos que nunca escutamos sobre a cruz, então Jesus nos pega pelo braço e
vagarosamente caminha na Palavra mostrando que o Cristo devia sofrer tudo isso para entrar
na glória.
Precisamos caminhar na nossa história de vida iluminando cada página com a Palavra
de Deus. Enquanto insistirmos em inventar nossa própria fé e nossas próprias argumentações
e interpretações para a vida, vamos sempre nos frustrar com os fatos. Foi página por página,
verdade por verdade que Jesus os apresentou e fez com que o coração deles fosse saindo do
gelo para o calor da fé e da esperança.
Jesus foi desmontando as ilusões daqueles dois discípulos. Como é bom perder para
Jesus. Quando Ele ganha a discussão, ninguém perde; e depois que a Palavra ilumina nossa
vida, somos capazes de reconhecer Jesus no pão da Eucaristia. Quando entendemos a Palavra
de Deus, comungamos melhor e corremos mais rápido.
Para refletir:
1- O que tem feito eu andar devagar, de cabeça baixa e sem perceber a pessoa de Jesus?
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2- Qual é a maior frustração que eu tive na vida? Já consegui reler isso à luz da Palavra de
Deus?
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3 - Qual foi a palavra da Bíblia que mais fez arder meu coração?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero ao longo deste dia caminhar com o Senhor; e quero que o
Senhor caminhe comigo em cada página da minha vida, também onde eu fui ferido e
machucado. Ilumina, Senhor, minha história com as páginas da Sagrada Escritura que eu nunca
compreendi direito. Jesus, eu te apresento tudo o que eu esperava e não aconteceu, tudo o que
eu tanto esperei e nunca alcancei, por isso, restaura a minha fé e a minha esperança. Muitas
vezes sou lento para entender e crer, por isso, abre a minha inteligência e sara o meu coração
com a Tua Palavra; abre meus olhos e meu coração diante do teu altar, onde o Senhor se faz
Pão para estar comigo. Amém.
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04 de abril
Quinta-feira da Oitava da Páscoa
Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia.
Naquele tempo, os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham
reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no
meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” Eles ficaram assustados e cheios de medo,
pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e
por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em
mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. E
dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, porque
estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?”
Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois disse-lhes:
“São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse
tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Então Jesus
abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: “Assim está
escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome, serão
anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sereis testemunhas de tudo isso”.
Para meditar:
Jesus é o doador da paz, só Ele tem a paz que precisamos e que pacifica as situações mais
difíceis da vida.
É bonito notar, neste evangelho, que Jesus aparece aos discípulos enquanto estavam
reunidos e falando sobre Ele. É como se houvesse ali um ambiente preparado para uma
manifestação de Jesus.
De algum modo nós cooperamos ou não para receber a paz que vem de Deus quando
escolhemos onde estar, com quem estar e o que falar. A paz que só o Cristo pode e quer dar
necessita de um ambiente.
Os discípulos tropeçam em dois sentimentos que muitas vezes também nos atrapalham
na fé: medo e alegria. Muitas vezes não cremos porque estamos com medo, já em outras, porque
estamos alegres, felizes. Tudo em excesso atrapalha o reconhecimento do agir de Deus.
Um dos frutos do Espírito Santo em nós é a sobriedade na vida emocional. Depois que
os discípulos acalmaram o medo e a euforia, Jesus abriu a inteligência deles para entenderem
as Escrituras. Mais uma vez uma graça que só Cristo pode nos dar: abrir a inteligência para
entender a Sagrada Escritura.
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Você percebe o quanto Jesus se incomodou com o fato de os discípulos não
conseguirem se relacionar e reler as coisas à luz das Escrituras? Você percebeu o quanto Jesus
quis deixar claro que Ele não está desconectado das Escrituras? Depois de organizar as
emoções e abrir a inteligência dos discípulos, Ele declarou que eles seriam testemunhas Dele.
Emoção e inteligência precisam estar alinhadas em Deus se quisermos ser testemunhas
do Cristo Ressuscitado. “Ressuscitado” significa pleno, sem mazelas. Se somos pessoas
descompassadas em alguma dessas coisas, como podemos ser testemunhas do que ainda não
aconteceu em nós?
Para refletir:
1- Eu sei estar e proporcionar um ambiente propício para a manifestação de Jesus? Faça uma
avaliação dos lugares que você frequenta, das companhias que você gosta e dos assuntos que
você conversa.
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2- Eu estou com excesso de medo ou euforia hoje? Sobre qual área ou realidade da minha vida
eu preciso dessa paz de Jesus?
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3 - Minha inteligência está aberta para as Escrituras? Gosto de aprender mais sobre e com a
Palavra de Deus?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero e preciso da Tua paz. Vem visitar minha casa, meu coração e
todos os lugares onde eu preciso estar. Ensina-me a purificar e santificar minha rotina e meus
ambientes para que o Senhor possa entrar e me dar a Tua graça. Muitas vezes eu tenho excesso
de medo, angústia, tristeza e raiva, por isso não te percebo e não creio na Tua Palavra. Muitas
vezes eu tenho excesso de agitação, euforia, festas, distrações que também me impedem de
viver a minha fé. Dai-me, Senhor, o dom da sobriedade e da serenidade. Sopra na minha mente
o dom da sabedoria, da ciência, do entendimento e da inteligência para compreender as
Escrituras e te encontrar nelas. Eu quero ser testemunha de uma vida ressuscitada, íntegra, sadia
e plena. Eis aqui a minha vida para o Senhor realizar os teus planos de amor. Amém.
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05 de abril
Sexta-feira da Oitava da Páscoa
Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa
com o peixe.
Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A
aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná
da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu
vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não
pescaram nada naquela noite. Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os
discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para
comer?” Responderam: “Não”. Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”.
Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes.
Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo
dizer que era o Senhor, vestiu uma roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros
discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe
da terra, mas somente a cerca de cem metros. Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas,
com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então
Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e
três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: “Vinde
comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o
Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o
peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
Para meditar:
No Evangelho de hoje temos mais uma manifestação de Jesus Ressuscitado para “ressuscitar”
seus discípulos. O objetivo de Jesus é alcançar Pedro que andava triste e com vontade de voltar
atrás.
Interessante que Pedro é líder até quando quer desistir. Ele diz: “Vou pescar”, como
que querendo voltar a ser o pescador de outrora. Sem entender o que vem a ser de fato a
ressurreição e frustrado consigo mesmo por ter negado Jesus três vezes, ele quer voltar a ser
um homem ‘normal’, quer voltar no tempo. Mas ele não vai sozinho. Os que escutaram ele
dizer que ia pescar acabaram indo junto com ele.
Nenhum deles o animou ou corrigiu; simplesmente o seguiram. Acredito que neste
momento Pedro se sentiu ainda mais sozinho. É possível que ele esperasse que um dos seus
companheiros o ajudasse a encontrar coragem para seguir em frente. Notamos que Pedro vivia
a solidão do líder, do eleito, mas ao mesmo tempo em que se via sozinho, ele precisava entender
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que era querido e respeitado pelos demais. Sim, ele negou Jesus três vezes, mas os seus amigos
ainda queriam estar perto dele.
Pedro tinha uma grande graça: ter João ao seu lado. É João quem o ajudou a entender
o que estava acontecendo e a reconhecer Jesus quando Ele disse: “É o Senhor!”.
Jesus, à beira da praia, produz uma situação muito parecida com o que eles tinham vivido lá no
início de tudo: primeiramente uma pesca frustrada, depois a rede jogada do outro lado do rio e
ela milagrosamente fica cheia. Este filme Pedro e João já tinham visto antes.
A tristeza e a vergonha de Pedro o cegavam e foi João que lhe ajudou a entender que
nada era coincidência, que nada era acaso e muito menos que tudo o que estava acontecendo
era porque a lua estava em libra com ascendente em escorpião. Não tem nada disso! “É o
Senhor!”
Pedro estava cego, estava com dificuldades de ler sinais, mas ele não tinha perdido a fé
no Senhor. Ao entender que o homem na beira da praia é o Senhor, ele reencontrou força e teve
atitude. Arrastou sozinho a rede repleta de peixes até Jesus e ainda viu mais um sinal: a rede
não se rompeu.
Tudo o que é movido em direção a Jesus não se rompe pelo caminho.
Para refletir:
1- Pedro quis se refugiar na pescaria, pois foi o que ele fez a vida toda antes de encontrar Jesus.
Qual hábito do meu passado eu me sinto inclinado a praticar de novo nos momentos de
dificuldade? Eu tenho sentido vontade de voltar atrás?
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2- Quem foi o João na minha vida que me ajudou a entender Deus e o sentido da vida? Eu
tenho esse João hoje? O João de ontem e de hoje sabem disso ou você nunca lhes disse isso?
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3 - Pedro foi rápido em direção a Jesus carregando a rede que representa a Igreja e a vocação.
Minha vida está parada ou em movimento? Minha rede está pesada? Está se rompendo? Fale
com Jesus sobre isso...
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero pedir a graça de seguir em frente. Muitas vezes, as tristezas e
as coisas que eu não entendo me fazem ter vontade de voltar a pescar, de voltar atrás, de voltar
a ser quem eu era antes do nosso encontro. Perdão, Senhor! Hoje eu entendo que se eu voltar
atrás,vou levar outros comigo também. Por isso, Jesus, nunca deixe faltar na minha vida um
João para abrir meus olhos e meu entendimento para reconhecer a Tua presença na minha vida.
Eu quero ir ao teu encontro com coragem e carregar minha rede, minha missão, minha vocação
com a força de Pedro. Amém.
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06 de abril
Sábado da Oitava da Páscoa
“Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”
Evangelho: Mc 16,9-15
Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a
Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. Ela foi anunciar isso aos seguidores
de Jesus, que estavam de luto e chorando. Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por
ela, não quiseram acreditar. Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência,
enquanto estavam indo para o campo. Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros.
Também a estes não deram crédito. Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto
estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não
tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: “Ide pelo mundo
inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”
Para meditar:
O evangelho de hoje é como um resumo do que rezamos ao longo dessa semana. E neste resumo
temos dois assuntos: a falta de fé e a missão de evangelizar.
A fé é uma experiência pessoal; eu não posso ter fé por você. Mas ao mesmo tempo em
que a minha experiência com Jesus é pessoal, ela também passa pelo outro, pela experiência
do outro, seja por uma pregação ou um testemunho.
Precisamos entender que nós não somos a fonte da fé. O conteúdo da fé não vem de nós
mesmos, mas é dado pela Igreja, pelos fatos da vida, pela pregação do padre ou o testemunho
de alguém. O que você faz com esse conteúdo que lhe é apresentado é que traduz a experiência
pessoal.
Jesus repreendeu seus discípulos, porque eles tinham dificuldade de acreditar nos
outros. A maior dificuldade não era acreditar que Jesus estivesse vivo e ressuscitado, mas era
dar crédito a quem testemunhava isso. Talvez eles tivessem ciúmes ou inveja, talvez achavam
que essas pessoas que diziam ter visto Jesus não eram importantes ou eram inferiores a eles.
Fato é que a partir do mandado de Jesus, no final do evangelho, os discípulos é que
iriam testemunhar. Eles que iriam dizer: “eu vi”. Você e eu também somos esses discípulos,
chamados a anunciar o Evangelho a toda criatura. A questão é: como eu posso querer que
acreditem em mim se eu não acredito em ninguém?
Para refletir:
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1- Sinto que sou uma pessoa com tendência à incredulidade?
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2- As manifestações de fé dos meus irmãos me estimulam e motivam ou quase nunca dou

crédito às pessoas?
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3 - De alguma forma eu evangelizo alguém ou alguns? Sim? Não? Por quê?

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Oremos: Senhor Jesus, eu te louvo por esta oitava de páscoa, onde o Senhor a cada dia se
manifesta a mim para ressuscitar a minha fé. Peço perdão pelas vezes em que fui incrédulo,
arrogante, por todas as vezes em que eu fui descrente da tua ação na vida dos meus irmãos.
Hoje eu quero crer e ter fé, ser sensível aos teus sinais e perceber a tua presença. Quero, de
alguma forma, testemunhar e evangelizar junto com a minha Igreja para a salvação e o bem
das almas. Amém.
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07 de abril
Domingo da Divina Misericórdia
Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as
portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles,
disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então
os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja
convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou
sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão
perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. Tomé, chamado Dídimo, que
era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe
depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas
mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não
acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e
Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse:
“A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos.
Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu:
“Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados
os que creram sem terem visto!” Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que
não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo,
o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
Para meditar:
Hoje é o Domingo da Divina Misericórdia, festa em que Jesus pediu à Igreja através de Santa
Faustina.
Jesus deu aos seus sacerdotes o poder de perdoar os pecados e a boa notícia é que todo
pecado confessado é perdoado e o perdão traz a paz. O fruto de ser perdoado é receber a paz e
para isso precisamos estar em comunidade, em Igreja.
Era domingo e eles estavam todos reunidos. Jesus se manifestou para os discípulos
reunidos. Tomé não estava, Tomé perdeu. Quem não está, quem não vai, sempre perde, por
isso, para Tomé foi mais difícil ter fé. E mesmo quando ele disse que só acreditaria se pudesse
tocar, isso só seria possível quando estivesse reunido com os outros. Esse é o poder da
comunidade.
Jesus veio salvar uns dos seus amigos, dos seus discípulos. Hoje é o Domingo da
Misericórdia, porque neste Evangelho Jesus teve misericórdia de um apóstolo incrédulo.
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Precisamos entender que a incredulidade é um pecado tão terrível quanto os outros pecados
mortais. Você não acha interessante que o Evangelho do dia da Divina Misericórdia seja a
respeito de um apóstolo com crise de fé ao invés de ser sobre um cobrador de impostos ou uma
prostituta? Tomé foi salvo por ação da misericórdia de Jesus que vem ao encontro também dos
descrentes e vacilantes. A misericórdia de Jesus não tem limites.
A partir deste fato, portanto, Jesus aumenta mais uma bem-aventurança na lista: "Bem-
aventurados os que creram sem terem visto!”
Para refletir:
1- Como eu vivo o sacramento da confissão? Eu acolho a confissão sacramental como um

presente de amor para os meus males da alma?
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2- Eu entendo a vida de fé em comunidade como o lugar da manifestação de Jesus? Perco

missa e outros compromissos por bobeira?
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3 - A respeito do crer sem ver: quanto de Tomé eu ainda tenho em mim neste ponto? Pareço-
me com Tomé em algum ponto? Inconstância, incredulidade...
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Oremos: Senhor Jesus, em vossa infinita misericórdia salvai-me da incredulidade. Perdão,

Senhor, pelas vezes em que eu não estive junto com meus irmãos e que não participei dos
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momentos da Igreja, sobretudo da missa, por preguiça, comodismo, vaidade e tantos outros
sentimentos mesquinhos. Perdão, Senhor, por não estar onde o Senhor está. Jesus, muitas vezes
me sinto como Tomé: incrédulo, distante, com uma fé ferida e fraca. Muito mais do que te
tocar, eu preciso ser tocado pelo Senhor. Jesus, eu peço ajuda do alto para confessar meus
pecados e receber o dom do perdão e da paz. Amém.
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08 de abril
Segunda-feira - Solenidade da Anunciação do Senhor
Eis que conceberás e darás à luz um filho.
Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de
Davi e o nome da virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: "Alegra-te, cheia
de graça, o Senhor está contigo!" Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a
pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: "Não tenhas medo, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem
porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe
dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu
reino não terá fim". Maria perguntou ao anjo: "Como acontecerá isso, se eu não conheço
homem algum?" O anjo respondeu: "O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá
com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus.
Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que
era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível". Maria, então, disse: "Eis aqui a
serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" E o anjo retirou-se.
Para meditar:
Estamos há pouco menos de nove meses para o nascimento de Jesus. Celebrar a Anunciação
do Senhor neste tempo pascal nos ajuda a entender que a conversão nos “engravida” de Deus.
Com certeza este tempo de oração, penitência e caridade que vivemos na quaresma nos
fez um terreno mais fértil para gerar o Cristo dentro de nós.
Maria foi visitada, porque era cheia de graça. Para além de toda a teologia deste texto,
no que se refere estritamente aos privilégios de Nossa Senhora, vamos nos ater ao fato de que
Maria não tinha feito nada de extraordinário; nenhum milagre ou coisa assim. Ela era filha,
amiga, judia, cuidava da casa, obedecia aos pais, tinha amigas e ia à sinagoga. Mas já nisso,
nas pequenas coisas do dia a dia, ela foi agradável a Deus.
O nosso cotidiano tem o poder de nos fazer pessoas agradáveis a Deus. Dia a dia vamos
nos tornando mais virtuosos e santos. Ou não. E é nesse comum da vida que infelizmente muitas
pessoas se perdem; perdem a graça de Deus. Mas é também nesta mesma rotina que, de repente,
eu sou visitado por Deus e recebo um anúncio, um chamado, um apelo, um desejo que exige
de mim fé para ir por uma estrada desconhecida e que até causa medo.
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Maria não esperava ser visitada por um anjo. Nós, muitas vezes, diante de alguma
situação nos perguntamos: “Mas eu? Por que eu? Por que agora?”. E o anjo está ali, esperando
uma resposta: sim ou não.
Mas Nossa Senhora entendeu algo que talvez a gente deixe escapar: dizer sim não é
fazer o sim. Costumamos dizer a frase “O sim de Maria”, mas ela não disse sim. Ela disse duas
coisas sutis que nos ajudam a saber que o fruto do sim cabe a Deus e não a nós, e por isso não
precisamos ter medo.
Primeiro Maria diz: “Eis aqui a serva do Senhor”. Ela se posiciona por inteira, sem
negar nenhuma parte sua e se faz por inteira serva, escrava, instrumento e não causa. Ela se
deu a Deus. Você e eu só precisamos nos dar a Deus.
Em segundo lugar ela disse: “Faça-se em mim segundo a Tua palavra”. Portanto, ela
não vai fazer nada, é Deus quem vai fazer, é a Palavra que vai fazer, é o Deus fiel que vai fazer
o que Ele mesmo promete. É como se Maria dissesse: “Ok, prometo não atrapalhar”!
O anjo, então, reforça que é o Espírito Santo que faz e supre aquilo que nossas forças,
recursos e circunstâncias são incapazes de fazer quando a gente se permite ficar debaixo da sua
sombra. 'O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.
As palavras do anjo dirigidas a Maria também são dirigidas a nós hoje quando somos
convocados a colaborar na edificação do Reino de Deus. Queridos, não tenhamos medo,
digamos sim a Deus Pai e sejamos instrumentos no projeto salvífico de nosso Senhor Jesus
Cristo na humanidade.
Para refletir:
1- Eu também me sinto chamado(a) a colaborar no projeto de Deus para o mundo?

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2- Eu já entendi o plano de Salvação de Deus para mim?

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3 - Eu ainda tenho medo de assumir compromissos no reino de Deus?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero viver minha missão nesta terra e cooperar com a missão da
Igreja. Eis-me aqui para ser enviado. Que eu viva todos os dias a fé e o arrependimento.
Manifesta em minha vida todos os sinais da tua presença, dai-me a graça de exercitar os meus
dons e ser mais ousado na minha fé. Tirai de mim o medo e a solidão. Peço que os teus sinais
e a tua mão poderosa possam confirmar a evangelização da Igreja. Amém.
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09 de abril
Terça-feira da 2ª Semana da Páscoa
Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem.
Evangelho: Jo 3,7b-15
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: “Vós deveis nascer do alto. O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece
a todo aquele que nasceu do Espírito”. Nicodemos perguntou: “Como é que isso pode
acontecer?” Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? Em
verdade, em verdade, te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo
que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se não acreditais, quando vos falo
das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? E ninguém subiu ao céu,
a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. Do mesmo modo como Moisés
levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para
que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”,
Para meditar:
Devemos nascer do alto! Se quisermos ressuscitar um dia, precisamos antes nascer do alto. E
quem nos faz nascer do alto não é apenas a nossa boa vontade, mas o Espírito Santo de Deus.
Jesus apresenta a Nicodemos a necessidade de ser “soprado” pelo Espírito Santo de
Deus. Nicodemos não entende muito bem o que Jesus estava dizendo, então ele foi repreendido:
“Tu és mestre em Israel, mas não sabes essas coisas?”
Muitas vezes somos mestres e sabemos muito daquilo que pouco importa e sabemos
pouco daquilo que verdadeiramente importa. Quantas pessoas sabem tudo, menos o que de fato
importa saber. Um conhecimento que incha, gela, endurece e faz a pessoa ser bloqueada ao
Espírito Santo de Deus.
Existe um conhecimento e uma sabedoria que só Jesus pode nos dar, pois só Ele desceu
do céu.
A verdadeira sabedoria nos é dada e não inventada.
Para refletir:
1- Eu tive uma experiência de ser soprado por Deus? Eu tive esse novo nascimento? Relembre
sua experiência mais bonita e conversão.
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2- Eu conheço as coisas que realmente são importantes para ser um bom cristão? Sinto-me
maduro e firme na fé ou ainda sou frágil e ignoro coisas fundamentais?
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3 - Após a Páscoa, o que mudou dentro de mim a respeito da cruz, da dor e dos sofrimentos?
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Oremos: Sim Jesus, eu preciso nascer do alto. Sopra o teu Espírito dos quatro cantos sobre
mim, sopra no meu interior o teu Espírito com o dom da sabedoria. Muitas vezes sou como
Nicodemos: mestre em tantas coisas e ignorante sobre Vós. Não quero mais ser só carne, ser
mundano, eu quero ser do alto. Vos peço também a graça de encontrar na cruz e no sofrimento
um caminho de crer cada vez mais em vós para ter a vida eterna. Amém.
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10 de abril
Quarta-feira da 2ª Semana da Páscoa
Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por Ele.
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele
crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o
mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem
não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora, o julgamento
é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram
más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam
denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que
suas ações são realizadas em Deus.
Para meditar:
Nicodemos está diante do verdadeiro mestre e ele precisa aprender o valor da cruz. A cruz é o
lugar da glória de Jesus. Na cruz ficou visível o que Jesus tinha de mais belo, mais bonito do
que todo bem que Ele fez e todo o poder que Ele tinha: sua generosidade, gratuidade e
misericórdia.
É fácil crer em um Deus que salva pelo poder, pelo dinheiro ou punindo e castigando
aqueles que consideramos indignos. É preciso crer para ser salvo no Deus que Jesus revelou e
não no que nós inventamos.
A salvação vem da fé que reconhece que o crucificado é Deus e que Ele está com todos
os crucificados. O cristão é aquele que entende que na cruz que carrega e vive está sendo
levantado, purificado e se assemelhando ao seu Senhor. A cruz que você vive hoje tem o poder
de te levantar, elevar e aproximar de Deus.
O evangelho nos dá a cruz a ser carregada ao nos revelar o que devemos renunciar e o
que devemos abraçar. Nessa situação que você está passando hoje está a cruz e a luz.
Ainda estamos no Tempo Pascal, é tempo oportuno de conversão, portanto, você é
convidado a sair do pecado e ir ao encontro da luz.
Aos poucos e às vezes sem perceber vamos nos associando ao mal, ao pecado, seja ele
pecadinho ou pecadão, e no meio do caminho passamos a odiar a luz e quem nos ilumina. Já
não queremos mais a luz, porque vamos nos apaixonando pelas trevas.
“(...) quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas
ações são realizadas em Deus”. A luz esclarece, a luz dá o norte e a direção, portanto, nos
aproximemos da luz de Cristo.
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Para refletir:
1- Nas noites escuras da minha vida eu consigo ir até Jesus e escutá-lo?

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2- Eu já me senti amado e consegui reconhecer todo o amor de Deus como dom e presente, ao
contemplar Jesus crucificado? (reze um pouco diante de um crucifixo).
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3 - Entre aquilo que é treva (pecado) e luz (virtude oposta àquele pecado), o que tenho
preferido? Qual treva mais ameaça a luz de Cristo em mim?
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Oremos: Senhor Jesus, Vós sois a luz do mundo e hoje eu renuncio a toda treva que possa
haver em minha vida. Peço perdão por todas as vezes que eu preferi o erro, o pecado, pelas
vezes que brinco com minha vida espiritual e moral. Peço perdão por ter apagado a Tua luz em
mim. Ao te contemplar na cruz, eu quero experimentar que foi por mim, para mim. Entrego- te
também, Senhor, minhas cruzes para que elas me curem, me salvem, me elevem das coisas
mundanas e me aproxime cada vez mais de Vós. Que a cruz que vivo hoje me liberte de mim
mesmo e dos meus pecados. Amém.
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11 de abril
Quinta-feira da 2ª Semana da Páscoa
O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do
céu está acima de todos.
“Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas
da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. Dá testemunho daquilo que viu e ouviu,
mas ninguém aceita o seu testemunho. Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é
verdadeiro. De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o
espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. Aquele que acredita no
Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de
Deus permanece sobre ele”.
Para meditar:
Jesus quer deixar claro a Nicodemos que Ele não é simplesmente um homem brilhante, ungido.
Não! Nicodemos precisa entender que ele está diante de Cristo, “Aquele que vem do alto” e
que “está acima de todos”.
A dificuldade de Nicodemos é a mesma da nossa: somos muito da terra. “O que é da
terra, pertence à terra e fala das coisas da terra”. Quando passamos a ver e ouvir a Deus - e
não estou falando de coisas místicas, mas do simples da vida, nós começamos a entender a
linguagem de Deus e a vida começa a ter sentido. Nós precisamos ser do alto a partir das
realidades da terra; encontrar Cristo nas coisas do mundo, mas sem ficar escravizado nele.
Quando estamos ligados ao céu, percebemos os sinais de Deus no cotidiano de nossa
vida e isso só acontece para quem dá espaço para Deus entrar no coração, para quem lê e estuda
a Palavra e quem tem vida de oração. A vida eterna já começa aqui para aquele(a) que cultiva
as coisas santas dessa terra, pois quanto mais nos aprofundamos no conhecimento de Deus,
mais nos apropriamos das realidades do céu.
“Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro”. Quando aceitamos
Cristo em nossa vida, nós atestamos a verdade d’Ele. E pelo poder do Espírito Santo que Ele
nos concede, nós também podemos ver com os olhos de Deus e deixar que Ele se manifeste em
nós e através de nós, por isso nos dá seu Espírito sem medida, como diz o evangelho.
Aquele que crê possui a vida eterna e aquele que rejeita Cristo não verá a vida. Quem
rejeita vive por si mesmo, por conta própria, ou seja, faz o que quer, a hora que bem entende,
é Deus de si, logo, para viver assim, é preciso lidar com a ira de Deus.
Portanto, meus irmãos, aceitemos Jesus Cristo como nosso Rei e Salvador, nos
aproximemos do banquete da Eucaristia, tenhamos uma vida justa, santa e fiel para que
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possamos estar em sintonia com o céu para darmos testemunho do Deus verdadeiro a todos os
que nos rodeiam.
Para refletir:
1- "O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra”. Qual tem sido as suas
influências terrenas? A qual ponto essas influências têm afetado diretamente sua vida?
Programas de televisão, músicas, pessoas…
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2- A partir de tudo o que você vive com o nosso diário, as homilias e tudo o que você busca,
quais são os resultados disso em sua vida?
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3 - Quais são as atitudes mundanas que você ainda precisa abandonar?

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Oremos: Senhor Jesus, Vos peço neste dia que me ajude a buscar as coisas do alto, a fixar o
meu olhar a tudo aquilo que vem do Senhor, para que definitivamente a minha maior influência
seja sempre o seu Evangelho. Já não quero mais pertencer aos comandos e más influências
deste mundo. Pai Santo, purifica a minha mente, os meus olhos, os meus ouvidos e o meu
coração. Eu quero estar atento(a) a tua Palavra e aos teus mandamentos. Amém.
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12 de abril
Sexta-feira da 2ª Semana da Páscoa
Distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam.
Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades.
Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. Jesus
subiu ao monte e sentou-se aí, com seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus
disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Disse isso para pô-lo
à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentas
moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. Um dos discípulos, André,
o irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes.
Mas o que é isso para tanta gente?” Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva
naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. Jesus tomou os pães, deu
graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os
peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que
sobraram, para que nada se perca!” Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as
sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. Vendo o sinal que Jesus tinha
realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve
vir ao mundo”. Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus
retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Para meditar:
Esse milagre de Jesus é o mais importante, o único que é narrado nos quatro evangelhos. O
milagre da multiplicação dos pães fala de partilha, de justiça, de um Jesus que se preocupa com
quem tem fome, mas nos revela também o papel da igreja, que nos dá desse pão Eucaristizado
para alimentar a nossa alma.
As pessoas iam atrás de Jesus, porque tinham necessidade d’Ele, iam por interesse
mesmo; e Jesus se compadecia deles e continua se compadecendo de nós, nunca faz pouco caso
de nenhum de seus filhos.
Jesus tinha um grupo de homens que caminhavam junto com Ele, chamados não
somente para ir de um lado a outro e achar bonito tudo o que Jesus fazia. Não! Jesus nunca
precisou de fã clube, Ele queria e quer discípulos, pessoas que se deixam ser moldadas pelo
mestre.
É por isso que Jesus provoca os discípulos através de Filipe: “Onde vamos comprar pão
para que eles possam comer?” Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem
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o que ia fazer”. Jesus queria que os discípulos olhassem para as pessoas como ele olhava;
sentissem como Ele sentia.
Então Filipe, assim como nós, olhou para o tamanho da necessidade e dos próprios
recursos e disse que nem duzentas moedas seriam suficientes para aquela multidão. André, um
dos discípulos, até viu um menino com cinco pães e dois peixes, mas também disse que não
era o bastante para tanta gente. A questão não era o tamanho da multidão e nem o tanto de pães
e peixes que havia, mas, sim, a presença de Jesus naquele lugar. Jesus estava lá e Ele é o pão
da vida, o alimento que sacia.
Trazendo essa situação para a nossa vida, podemos aprender algo edificante: se você
ofertar cem por cento do pouco que você tem nas mãos de Jesus, o milagre acontece. Muitas
vezes nos prendemos ao tamanho do problema e ao pouco recurso que temos para resolvê-lo e
acabamos desanimando no meio do caminho. Por que não colocar Jesus nesta causa?
Perceba que aquele menino ofertou o pouco que tinha e nas mãos de Jesus aqueles pães
e peixinhos viraram tudo. Esta é uma postura que nós precisamos ter: ofertar a Jesus o nosso
pouco e deixar que Ele faça o resto. Entregar e confiar.
Nós precisamos fazer a experiência de eucaristizar a nossa vida. Hoje, esses cinco pães
e dois peixes do evangelho são nossos bens materiais, nossos talentos, dons, nosso tempo que
precisam ser dados a Deus. Quantas pessoas que com o pouco que têm ofertam, tomam
iniciativas e vivem um milagre. O mais importante é na mão de quem está; e se estiver nas
mãos de Jesus o milagre acontece.
Para refletir:
1- Você tem colocado o pouco que possui nas mãos de Jesus?

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2- Você tem compartilhado os dons e graças que você recebe de Deus, com aqueles que
necessitam? Talvez esses dons, sejam palavras, ações...
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3 - Você tem comungado ao menos uma vez na semana (aos domingos)? Eucaristizar a vida é
colocar em prática o evangelho no meu dia a dia, após estar “abastecido” com o corpo de Cristo.
Após a comunhão, você tem colocado em prática, na sua vida, aquilo que pediu, ofertou ou
ouviu de Jesus?
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Oremos: Senhor Jesus, hoje eu reconheço todas as vezes que o Senhor foi providente em minha
vida, por isso minha prece hoje é para que Tu me ajudes a partilhar tudo o que tenho recebido
de Ti. Que eu saiba partilhar o perdão, os dons, as alegrias que recebo do Senhor, pois sei que
tudo o que tenho e sou vem de Ti. Amém.
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13 de abril
Sábado da 2ª Semana da Páscoa
Jesus disse: "Sou eu. Não tenhais medo".
Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. Entraram na barca e foram em direção a

Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro
deles. Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado mais ou
menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-
se da barca. E ficaram com medo. Mas Jesus disse: “Sou eu. Não tenhais medo”. Quiseram,
então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam
indo.
Para meditar:
Nós estamos dentro de um barco, precisamos atravessar o mar da vida e vez ou outra acontece
uma tempestade. Quem tem poder para acalmar essa tempestade? A presença de Jesus. Só Ele
é capaz de silenciar o mar e nos ajudar a atravessá-lo até a outra margem.
Aparentemente os discípulos estavam sós, pois Jesus não estava dentro da barca com
eles, porém, Ele estava perto, Ele estava presente. Jesus não os esqueceu e não nos esquece!
Em meio a tempestade, Ele se manifestou aos discípulos andando sobre as águas; a nós Jesus
Cristo se faz presente através da Santa Eucaristia. Nós precisamos reconhecê-Lo na Eucaristia.
Louvado seja Deus se essa presença é percebida e vivida por você através da Eucaristia, através
do Pão multiplicado na Santa Missa, pois é na comunhão que nós encontramos forças para
enfrentar as tempestades que querem nos afogar.
Foi assim para os discípulos e é assim para nós também: as tempestades podem ser o
lugar da revelação de que Jesus é o “Eu sou”. Talvez foi quando quase tudo deu errado que
você entendeu quem é Jesus de verdade. Talvez foi numa madrugada com o barco quase
afundando, quando você chegou no seu limite que, por graça de Deus, Ele veio andando e te
disse “Sou eu. Não tenhais medo” e a sua barca chegou à margem, você superou aquela
tempestade.
Queridos irmãos e irmãs, nós vamos chegar do outro lado da margem e Deus vai nos
dar as vitórias que precisamos e merecemos. Quanto à outra margem - que é a vida eterna, o
céu - nós só chegaremos se levarmos no nosso barco o Pão Eucarístico.
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Para refletir:
1- Em meio às tempestade da vida, mesmo quando você não consegue enxergar Jesus, você
confia que ele está próximo para te ajudar?
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2- Você já pensou em abandonar o barco em meio às tempestades? O que te fez continuar?

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3 - Esse Evangelho é o mesmo em que Pedro tenta andar nas águas e acaba afundando. Você
já tentou resolver seus problemas sem pedir ajuda de Deus?
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Oremos: Senhor Jesus, hoje eu confio que mesmo quando eu não te vejo, o Senhor está
próximo. Quantas vezes eu estive em meio às tempestades da vida, e não consegui te enxergar,
mas o Senhor nunca me abandonou. Pai querido, me dê forças para continuar a travessia, crendo
sempre que o destino que o Senhor preparou para mim é a outra margem do mar, a vida eterna.
Amém.
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14 de abril
3º Domingo da Páscoa
Assim está escrito: o Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia.
Naquele tempo, Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como
tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus
apareceu no meio deles e lhes disse: "A paz esteja convosco!" Eles ficaram assustados e cheios
de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: "Por que estais
preocupados, e porque tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu
mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que
eu tenho". E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam
acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: "Tendes aqui alguma
coisa para comer?" Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles.
Depois disse-lhes: "São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso
que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos
Salmos". Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes
disse: "Assim está escrito: 'O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu
nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por
Jerusalém'. Vós sereis testemunhas de tudo isso".
Para meditar:
O evangelho de hoje é a aparição de Jesus no momento em que os discípulos de Emaús estão

contando a experiência que tiveram com o Ressuscitado.
São Lucas insiste na corporeidade de Jesus ressuscitado: ele não é um fantasma.
Acontece que o “acesso” que temos a Jesus ressuscitado passa pelo testemunho daqueles que
estiveram com Ele.
Este evangelho foi escrito por volta do ano 80. Vários apóstolos já tinham morrido e a
perseguição aos cristãos era muito grande. Por isso era preciso lembrar que eles não
acreditavam em um “fantasma”. A fé daquela comunidade vinha da fé dos apóstolos e os
apóstolos não eram homens iludidos. Ilusões não sustentam os iludidos no momento do
martírio!
A ressurreição e o ressuscitado são históricos. Uma história que é um fato que perpassa
até o hoje e estará presente no amanhã. O ressuscitado está no meio de nós e na história da
nossa vida. Ele está conosco para que se cumpra também em nossa vida tudo que está escrito;
para que nossa vida seja conforme a vontade de Deus e a vontade de Deus nos leva a
ressurreição, nos leva a plenitude.
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A plenitude de Deus passa por um processo: primeiro é preciso que o próprio Jesus abra
a nossa inteligência e nos dê o dom da sabedoria, pois o Evangelho é um saber divino que
supera a mentalidade humana; depois é preciso corresponder a isso pela conversão de vida.
O que a minha inteligência agora sabe, a novidade do Evangelho que a iluminou me
convida a uma nova direção.
Para refletir:
1- Do que e por que eu tenho medo? Quais minhas dúvidas a respeito da fé? Eu entendo que
algumas dessas coisas já deveriam ter sido superadas?
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2- Minha inteligência espiritual está aberta ou fechada? Sinto que tenho me tornado mais
inteligente para as coisas de Deus?
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3 - Conversão e perdão dos pecados. O que essas duas expressões de Jesus me falam hoje no
fundo do meu coração?
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Oremos: Senhor Jesus Cristo, neste domingo, dia de fazer memória da tua ressurreição e
presença no meio de nós, eu te peço a graça de que a minha inteligência se abra para entender
as Escrituras, a cruz, e a Tua presença em minha vida. Te entrego minhas dúvidas e os medos
do meu coração. Confesso, Senhor, que muitas vezes eu tenho medo de Ti, da tua proximidade.
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Às vezes meu medo é o medo de me sentir chamado, convocado a coisas diferentes e que me
diferenciam dos outros. Curai meu egoísmo e a minha timidez. Espírito Santo de Deus, desperte
em mim o desejo da conversão e da vida nova! Amém.
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15 de abril
Segunda-feira da 3ª Semana da Páscoa
Trabalhai não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna,
que o Filho do Homem vos dará.
No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar percebeu que Jesus não tinha
subido com seus discípulos na única barca que lá estava, mas que eles tinham partido sozinhos.
Nesse meio tempo, outras barcas chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido
o pão, depois de o Senhor ter dado graças. E, reparando a multidão que nem Jesus nem os seus
discípulos estavam ali, entrou nas barcas e foi até Cafarnaum à sua procura. Encontrando-o na
outra margem do lago, perguntaram-lhe: Mestre, quando chegaste aqui? Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade, em verdade vos digo: buscais-me, não porque vistes sinais, mas porque comestes
dos pães e ficastes fartos. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida
eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nele Deus Pai imprimiu o seu sinal. Perguntaram-
lhe: Que faremos para praticar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta:
que creiais naquele que ele enviou.
Para meditar:
Por que buscamos Jesus? O que buscamos em Jesus? Talvez aqui e agora já poderíamos parar
tudo e rezar. Jesus deu um belo puxão de orelhas naquele povo que ia até Ele com tanta euforia.
Nós somos capazes de ser alegres e convictamente bobos e fúteis na fé. Mas quando é
que isso acontece? Acontece quando paramos no milagre pelo milagre, na benção pela benção
e não vemos no milagre e na bênção os sinais.
Jesus havia feito um milagre portentoso: a multiplicação dos pães. Contudo, Ele
desejava que - uma vez que a barriguinha estivesse cheia - a inteligência fosse iluminada. O
milagre precisa se tornar sinal: algo que sinaliza, aponta para algo maior, mais importante e
definitivo.
Ao ver todo aquele esforço das pessoas, Jesus reconheceu e valorizou a capacidade de
se fazer coisas difíceis e trabalhosas. No entanto, nós ainda precisamos aprender a trabalhar
pelo alimento que não passa.
Aqui Jesus aponta para a Eucaristia “que o Filho do Homem vos dará”. Isso é um dom:
acolher o que Jesus nos dará. É mais do que fazer “obras de Deus”, é acolher A obra de Deus,
que é Jesus feito Eucaristia.
Para refletir:
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1- Quais motivos me levam a rezar e buscar Jesus? O que tem me movido em direção a Ele?
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2- Eu já vi e tenho visto os sinais de Deus? As coisas boas da minha vida têm me sinalizado o
que? Para onde?
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3 - Eu me esforço pelo pão da vida que é a Eucaristia? Isso é prioridade na minha vida?
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Oremos: Senhor Jesus, que eu veja nas tuas boas obras os teus sinais, que eu seja movido e
convertido diante das coisas boas que o Senhor faz e me dá. Muitas vezes eu fico parado
querendo mais e querendo de novo e não percebo o que o Senhor tem me apontado e sugerido.
Jesus, eu quero pedir a graça de trabalhar e de me esforçar pelas coisas que não passam e que
duram até a vida eterna. Tirai de mim toda preguiça espiritual que me impede de me esforçar
pelas coisas que não passam. Aumentai em mim o amor pela tua presença na Eucaristia. Amém.
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16 de abril
"Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em
mim nunca mais terá sede".
Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: "Que sinal realizas, para que possamos ver e
crer em ti?" Que obra fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura:
'Pão do céu deu-lhes a comer'". Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, não foi
Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo". Então pediram: "Senhor,
dá-nos sempre desse pão". Jesus lhes disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá
mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede".
Para meditar:
Estamos no capítulo 6 de São João, que é o grande discurso de Jesus a respeito de si

mesmo como pão da vida e da necessidade de estar em comunhão com o seu corpo e sangue
na Eucaristia.
Para os judeus, um dos grandes sinais de que eles viveram enquanto povo, junto com a
passagem do mar vermelho, foi o Maná descido do céu que sustentava a multidão durante a
caminhada no deserto, por isso eles mencionam a Jesus a grandeza desse pão que caía do céu
como um “sinal”, uma comprovação da presença de Deus na vida do povo e de Moisés.
Posto estes dois fatos, podemos entender melhor o evangelho de hoje: não foi Moisés
quem deu o pão do céu, foi Deus Pai; e agora o Pai do céu nos dá “o verdadeiro pão do céu”,
que é uma pessoa: Jesus.
Jesus desceu do céu para ser nosso pão de cada dia no deserto da vida. Ele nos alimenta
na Palavra e na Eucaristia. Este pão, que é Jesus, dá vida ao mundo e sustenta todas as coisas
e este Pão, presente na Palavra e na Eucaristia, é o que sustenta a nossa caminhada espiritual.
Temos fome e necessidade do pão vivo descido do céu, mas é preciso ir até Jesus para ser
saciado.
Ao participarmos do banquete do Senhor na Eucaristia e meditarmos a Palavra
entramos em profunda comunhão com Deus Pai e podemos experimentar a promessa que o
próprio Jesus nos faz neste evangelho: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais
fome e quem crê em mim nunca mais terá sede".
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Para refletir:
1- Não foi Moisés quem deu, foi Deus! Eu reconheço que a fonte de todo bem e providencia
na minha vida é Deus? Ou me apoio em pessoas e bens materiais? As bênçãos me levam para
Deus ou me apego nelas e não Nele?
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2- Sinto fome e sede de Cristo? Jesus tem melhorado a qualidade da minha vida?
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3 - O que significa para mim hoje “ir até Jesus”? Isto me sugere o que?
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Oremos: Senhor Jesus, hoje eu quero me dirigir a Vós como o meu Pão de cada dia. Tu és meu
sustento, minha força. Eu entendo que sem tua presença em mim sou como uma pessoa no
deserto pronto a desfalecer. Eu quero ir a Vós, onde o Senhor está: na Eucaristia. Obrigado
Jesus porque o Senhor quer se unir a mim muito mais do que eu a Vós! Espírito Santo, inflamai
meu desejo por Jesus na Eucaristia. Amém.
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17 de abril
Esta é a vontade do meu Pai: toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna.
Evangelho: Jo 6, 35-40
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais
fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas
não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei.
Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E
esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu,
mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o
Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
Para meditar:
Jesus faz algumas promessas para aqueles que forem até Ele; e para ir até Jesus é preciso pagar
algum preço e fazer alguma renúncia. Precisamos superar e renunciar coisas fora e dentro de
nós.
Deus leva a sério nossa fé e nosso esforço. Por isso Jesus promete: você nunca mais
terá fome e nem sede.
Fome e sede são nossas necessidades mais básicas e para resolver fome e sede o ser
humano é capaz de tudo. Esta necessidade de comer e beber move uma pessoa, afinal, se eu
não resolver esta fome e sede que tenho eu vou morrer. É o nosso instinto de sobrevivência.
De alguma forma todos nós experimentamos e sabemos que nossa alma, o nosso eu
mais profundo, para além do corpo, tem fome e sede de algo, de alguma coisa.
Quanta inquietação em nós, não é verdade?! Buscamos algo que não é físico ou material
e já sabemos que na matéria não resolvemos nossa alma. Temos fome e sede de Deus. Nossa
alma necessita do alimento espiritual.
Jesus ainda promete não nos perder, não nos deixar escapar, se formos até Ele. Promete
também a ressurreição no último dia, por isso na Eucaristia comungamos o penhor da nossa
salvação e ressurreição. Mas para tudo isso, Deus quer nos dar uma graça que nós, por nossa
parte, precisamos desejar: ver o Filho e crer no Filho.
Para refletir:
1- Para ir até Jesus, o que eu preciso superar e renunciar fora e dentro de mim hoje?
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2- Minhas “fomes” e “sedes” me levam a oração, à Eucaristia? Na comunhão Eucarística eu

encontro saciedade para o meu coração?
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3 - Ver Jesus, crer em Jesus. Eu tenho o costume de fazer algum momento diário ou semanal
de adoração ao Santíssimo Sacramento?
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Oremos: Senhor Jesus, neste Tempo Pascal eu quero ir em tua direção, quero ir a Ti no
Santíssimo Sacramento. Muitas vezes eu não vivi bem a comunhão Eucarística, pois estava
disperso, com pressa, sem desejo e nem abertura. Senhor, eu quero te pedir a graça de comungar
com fervor, de coração preparado. Quero aprender a te acolher dentro de mim sem distrações
e entregar tudo a vós, mas acima de tudo, me entregar a mim mesmo. Sacia a minha sede e a
minha fome de paz, de amor, de alegria e de sentido. Espírito Santo de Deus, abre os meus
olhos para ver Jesus na Eucaristia e dá-me o dom da fé. Amém.
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18 de abril
Eu sou o pão vivo descido do céu.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não
o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de
Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém
já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade
vos digo, quem crê possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná
no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca
morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o
pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Para meditar:
Ir até Jesus é um dom de Deus Pai e para isso é preciso ser atraído. Deus nos atrai até Jesus.
Precisamos ter isso sempre muito claro e vivo em nosso coração.
Muitas vezes atribuímos a nós mesmos a graça de termos fé, de sermos cristãos e de
participarmos da Igreja, podendo cair no pecado da presunção e da vaidade. Ainda que a vida
cristã passe pelo nosso esforço e pelas nossas renúncias, sempre é uma graça, um presente do
céu. Não somos a fonte da fé.
Jesus diz que existem pessoas que são “instruídas pelo Pai”. São os que escutam o Pai
e por Ele são instruídos. Por isso é preciso pedir todos os dias que o Senhor abra os nossos
ouvidos e que nunca nos falte esta instrução da parte de Deus, que nos vem através Igreja e dos
fatos da vida.
O Pão vivo descido do céu estava diante das pessoas como está hoje diante de nós. O
povo no deserto ao ver o Maná só via o Maná. O povo ao ver Jesus só via Jesus e não via o
dom de Deus nele. É sempre preciso ir além do olhar meramente físico. O mesmo dom e o
mesmo desafio estão postos também a nós hoje: ver para além dos olhos físicos.
Na Eucaristia vemos pão e vinho, mas o cristão de verdade enxerga Jesus, através da
Palavra Dele.
A realidade está naquilo que Jesus fala, muito mais do que naquilo que vemos. Jesus
diz que o Pão que vemos é Ele, é sua própria carne.
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Para refletir:
1- Eu entendo a necessidade de ouvir e ser instruído pelo Pai no cotidiano da minha vida?
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2- Diante da Eucaristia, é vivo dentro de mim o saber e o sabor do que Jesus disse: eis aqui o
Pão que desce do céu?
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3 - A Eucaristia é a carne dada. Quando comungo, eu também me dou a Jesus? Entendo que
comungar é dar minha carne também a Deus e ao próximo?
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Oremos: Deus Pai de amor, hoje eu abro meu coração e todo o meu ser para ser instruído pela
tua voz e pela tua sabedoria. Senhor, que nunca me falte a tua voz, a tua instrução. Eu quero
crer para experimentar a Tua presença na Eucaristia. Sei que na Eucaristia eu estou diante de
Ti, vivo e real, por isso, Jesus, ao comer da Tua carne dada, que eu aprenda a dar um pouco
mais de mim mesmo ao próximo e a Vós. Amém.
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19 de abril
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida.
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a
comer?” Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do
Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha
carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha
carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo
por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. Este é o pão que desceu do
céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este
pão viverá para sempre”. Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum.
Para meditar:
Como é que Ele pode? Podendo! Ele é Deus! Um dos momentos na vida de fé é simplesmente
aceitar os modos e os meios que Deus escolhe para agir e fazer a salvação do mundo. Jesus
aponta neste Evangelho a necessidade de comer e beber.
O texto de hoje, quando somado aos outros textos que já rezamos nos últimos dias, nos
leva agora a um ponto importante: a comunhão. Começa com ser atraído pelo Pai, depois por
ver e crer, ir até Jesus e comer e beber, entrar em comunhão com Jesus através do sacramento
da Eucaristia.
A Eucaristia é um sacramento. Jesus nos deixou sete sacramentos e o mais importante
e central deles é a Eucaristia. Sacramento significa um sinal visível e sensível da graça
invisível. Por exemplo: no sacramento do batismo temos uma graça invisível aos olhos
humanos que é Deus lavando o nosso pecado. Como isso acontece? Acontece no momento em
que a água toca em nós. Algo visível e sensível que comunica e dá o invisível de Deus.
O Pão e o Vinho da Eucaristia são o visível e o sensível da carne, sangue, alma e
divindade de Jesus sendo nosso alimento, por isso é preciso comungar. O católico não vive sem
os sacramentos, pois Jesus está nos sacramentos. É preciso celebrar e estar em comunhão com
Cristo onde Ele quis estar: na Eucaristia.
Vemos o evangelho de hoje como dois níveis de leitura. O primeiro está nas palavras
“Eu sou o pão vivo descido do céu”, ou seja, Jesus é a nova Lei, a Palavra, a relação definitiva
de Deus, o sentido da vida humana. O segundo é exigido pelas palavras “o pão que eu darei é
a minha carne para a vida do mundo”. É o sentido Eucarístico. A sua carne não é uma
metáfora, mas é realmente o seu corpo dado por nós.
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À medida em que nos alimentamos do Corpo e do Sangue de Cristo, nós vamos nos
assemelhando a Ele. Pela Eucaristia, Jesus passa a viver em nós e nós passamos a pertencer a
Ele.
Para refletir:
1- Eu limito o poder de Deus ao meu poder, o saber de Deus ao meu saber?

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2- Quais são as graças invisíveis, as verdades invisíveis que reconheço e acolho através dos
sinais visíveis (farinha, vinho, pão, hóstia) da Eucaristia?
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3 - Eu sinto a vida de Cristo em mim? A experiência da comunhão Eucarística me faz

perceber em mim uma força e caridade maior do que eu?
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Oremos: Senhor Jesus, eu hoje quero acolher o modo como o Senhor quer vir a mim e tocar
minha vida. O Senhor pode todas as coisas e pode fazer como quiser. Eu reconheço no
sacramento da Eucaristia o teu desejo, o teu modo de fazer as coisas e de estar comigo. Tirai
de mim, Senhor, toda dificuldade de crer e acolher aquilo que foge do meu entendimento. Eu
creio que tu és o pão vivo descido do céu e que este pão é verdadeiramente tua pessoa, teu
corpo e sangue, na Eucaristia. Espírito Santo de Deus, que em cada comunhão eu seja
plenificado pela vida de Jesus em mim! Amém.
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50
20 de abril
A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Naquele tempo, muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é
dura. Quem consegue escutá-la?” Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa
disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem
subindo para onde estava antes? O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras
que vos falei são espírito e vida. Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o
início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. E acrescentou: “É por isso
que vos disse: ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. A partir
daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. Então, Jesus
disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” Simão Pedro respondeu: “A quem
iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que
tu és o Santo de Deus”.
Para meditar:
Com o evangelho de hoje terminamos a grande catequese de Jesus sobre a Eucaristia que teve
como ponto alto a sua afirmação de que precisamos comer e beber seu corpo e sangue, que
serão dados em sacrifício.
“Esta palavra é dura”, disseram os discípulos. Essa fala deles se refere à Eucaristia. E
sim, o sacramento da Eucaristia é duro e exigente.
Para entrar em comunhão com o corpo e o sangue do Senhor precisamos de uma vida
digna, coerente com a fé da Igreja e com o evangelho e isso para muitas pessoas é uma dureza,
um desafio.
Comungar, comer e beber a pessoa de Jesus também é fazer de nós mesmos uma
Eucaristia para o mundo, e isso muitas vezes também é uma dureza, um desafio.
Esta palavra é dura, sobretudo porque Jesus nos decepciona. Aqueles primeiros
discípulos, a primeira multidão sentiu-se frustrada e decepcionada com Jesus. Eles, assim como
nós, queriam que Jesus continuasse a pregar sobre curas, milagres, perdão e que contasse
parábolas consoladoras. Veja bem, tudo isso faz parte e tem seu momento na caminhada cristã,
mas quando Jesus muda o tom, aprofunda as coisas, eles e nós também ficamos frustrados.
Hoje, como antigamente, muitos discípulos têm deixado Jesus e voltado atrás. Quando
se trata de se manter em comunhão com Cristo através do sacramento da Eucaristia ao menos
aos domingos (faça sol ou faça praia), de ter a vida de acordo com o mínimo necessário para
isso, muitos voltam atrás. Quando se trata de fazer da Eucaristia a fonte e o ápice da vida cristã
e eu mesmo ser Eucaristia também, são poucos os que dão o passo.
51
Então, Jesus pergunta a eles e a nós: você também quer ir embora como a maioria? E
mesmo que a maioria vá embora tudo que Jesus disse que é necessário continua sendo
necessário.
A verdade não é uma soma de votos. Maiorias não produzem verdades. A verdade se
encontra na contemplação. Pedro, por graça de Deus, tinha claro que já não havia mais para
onde ir ou voltar, pois só Cristo tem palavra de vida eterna.
Para refletir:
1- Quais palavras de Jesus têm sido duras e difíceis para mim hoje?
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2- Como tenho lidado diante de tantas pessoas que eram discípulas e caíram, desistiram, deram
escândalos? Como isso me afeta?
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3- Hoje eu tenho a fé, a clareza e a firmeza de São Pedro?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero acolher a necessidade da Eucaristia não como palavra dura,
mas como dom e carinho Teu comigo. Dai-me a graça de estar à altura do teu corpo e sangue.
Que nada me afaste e nem me tire da comunhão convosco na Eucaristia. Hoje eu quero
reconhecer que não vale a pena ir para lugar nenhum sem o Senhor e que também já não vale
a pena voltar atrás no caminho que avancei. Quero perseverar em seguir atrás de Ti. Amém.
52
21 de abril
O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
Naquele tempo, disse Jesus: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas
e foge, e o lobo as ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as
ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como
o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras
ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; escutarão a minha voz, e haverá
um só rebanho e um só pastor. É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida, para
depois recebê-la novamente. Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder
de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; esta é a ordem que recebi do meu Pai”.
Para meditar:
Neste 4º Domingo da Páscoa entramos no tema do bom pastor. Jesus é o bom pastor e nós as
ovelhas. Todo o capítulo dez do evangelho de São João, que começa hoje e iremos meditar
durante a próxima semana, será sobre isso.
Uma das particularidades de Jesus no evangelho de João é o uso da expressão “Eu Sou”.
Jesus disse de si mesmo “Eu sou”, sem usar complemento algum, por quatro vezes, fazendo
referência ao texto de Êxodo 3,14.
“Eu sou” é o nome de Deus, mas Jesus usa “Eu sou” com algum complemento mais
sete vezes ao dizer “Eu sou”: o Pão da Vida, a Luz do mundo, a Porta, o Bom Pastor, a
Ressurreição e a Vida, o Caminho, A Verdade e a Vida, a Videira Verdadeira. São imagens
lindas e profundas que nos convidam à comunhão, proximidade e relacionamento.
No evangelho de hoje Jesus diz que ele é pastor. Nossas bíblias traduzem por “bom
pastor”. E é verdade. Mas quando olhamos para o grego em que o evangelho foi escrito, Jesus
não usou o verbo “agathos” que significa bom, mas o verbo “kalós”, que significa “belo”. Ou
seja, Jesus é o “Belo Pastor”, afinal tudo o que é bom é bonito, mas só pode ser belo o que de
fato é bom e verdadeiro.
Jesus tem beleza, atração e ele nos atraía não para tirar algo de nós, como faz o
mercenário, Ele nos atraía para nos dar a si mesmo, para cuidar de nós.
Belo é aquele que dá de si mesmo. A verdadeira beleza é a doação da própria vida! Ele
nos atrai e cuida através da sua voz, do Evangelho. Por isso, nossa busca enquanto ovelhas é
aprender a reconhecer a voz bela e verdadeira de Cristo em meio a tantas vozes e barulhos.
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Para refletir:
1- Eu, enquanto cristão, sou mais pastor ou mercenário no meu relacionamento com o próximo?
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2- Qual o momento da minha vida onde experimentei Jesus como “belo”, “bom”?
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3 - O que ainda falta a Jesus, o meu bom pastor, conhecer sobre mim? Tem algo que eu não
revelo a Ele?
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Oremos: Senhor Jesus, hoje diante de Ti quero agradecer por Tua bondade e beleza que me
atraíram para Vós. Cuidai de mim e da minha família e protegei-me, Senhor, do lobo e do
mercenário, das tentações e dos perigos espirituais e físicos. Eu quero, Jesus, conhecer a Tua
voz e não me perder do Vosso rebanho. Peço também que nunca falte ao teu rebanho homens
santos consagrados a pastorear em teu nome. Amém.
54
22 de abril
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
Naquele tempo, disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das
ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o
pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas
pelo nome e as conduz para fora. E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua
frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas não seguem um estranho, antes
fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. Jesus contou-lhes esta parábola, mas
eles não entenderam o que ele queria dizer. Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade
vos digo, eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e
assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo;
entrará e sairá e encontrará pastagem. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim
para que tenham vida e a tenham em abundância”.
Para meditar:
Jesus, o bom pastor, se apresenta hoje como a porta do redil. Jesus é o tamanho e a medida na
qual todo aquele que quer pastorear precisa caber e passar. Por isso é necessário que todo
cristão, mas sobretudo os pastores do povo de Deus, cresçam na santidade e nas virtudes. A
medida da porta é a santidade.
Não é de hoje que o cristianismo vive o drama de pessoas sem santidade, sem virtudes,
que mais parecem lobos atacando as ovelhas. São os que querem estar do lado de dentro do
redil sem passar por Jesus. Pulam, encontram brechas.
De alguma forma, Jesus nos ensina que todos nós somos, ou deveríamos ser, capazes
de discernir um pastor de um ladrão. Jesus disse que suas ovelhas são capazes de reconhecer a
voz do pastor e capazes de não seguir os ladrões. Esta capacidade nós temos, na medida em
que possuímos em nós o dom do discernimento.
Em Jesus, encontramos pastagem, vida e salvação, mas também somos rodeados pelo
ladrão, que é o Diabo e seus empregados, que vieram para roubar, matar e destruir.
No exercício da nossa liberdade e da nossa capacidade de discernir e seguir o bom
pastor ou o ladrão é que vamos ter destruição ou vida em abundância.
55
Para refletir:
1- Jesus hoje tem sido uma porta muito estreita para mim? Quais pecados me “engordam”?
Quais virtudes me faltam para passar na porta estreita?
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2- Tenho melhorado minha capacidade de discernir quando é de Deus o que escuto e o que
se apresenta como possibilidade para minha liberdade de escolha?
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3 - Qual área da minha vida ainda não há a abundância de Cristo?

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Oremos: Senhor Jesus Cristo, eu quero passar por Vós, que sois a porta do céu. Livrai- me,
Senhor, de todos os que são ladrões e assaltantes, daqueles e daquilo que vem para matar,
roubar e destruir Tua presença dentro de mim e tuas obras em minha vida. Te peço, Jesus, a
graça de reconhecer a tua voz e passar pela porta do evangelho e não pela porta larga da
perdição. Quero te apresentar agora tudo o que eu tenho e o que eu sou para ser abençoado,
para que eu tenha vida e vida em abundância em todas as áreas. Pelo Teu sangue derramado,
libertai, Senhor, tudo o que tenho e sou da mão do inimigo que mata, rouba e destrói. Amém.
56
23 de abril
Eu e o Pai somos um.
Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodeavam-no e disseram: “Até
quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”. Jesus respondeu:
“Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão
testemunho de mim; vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas
ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e
elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas
ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um”.
Para meditar:
No evangelho de hoje vemos uma tentativa de cilada para Jesus. Por um lado, temos Jesus que
“passeava” no Templo, na casa de Deus. Jesus se sentia à vontade em estar na casa de Deus,
em passar pelo pórtico de Salomão, uma vez que Jesus é a verdadeira sabedoria.
Por outro lado, temos os chefes do povo pedindo uma confissão pública de Jesus
dizendo “sim, eu sou o Messias”. Mas na verdade eles não queriam ouvir isso para crer e sim
para denunciar Jesus aos romanos, que não toleravam a ideia de um messias, de um líder para
o povo.
Jesus então respondeu dizendo que Ele não precisava afirmar isso, que o que eles
queriam ouvir já estava dito pelas obras que Ele fazia e que davam testemunho de que Ele era
o Messias.
Os chefes dos judeus preferiam não crer para se manterem no poder parcial, porém
grande, que os romanos lhes davam, do que se submeter a verdade e serem libertos destas
questões tão mundanas.
Eles não creem porque não são ovelhas de Jesus, não escutam a voz de Jesus. A voz
que eles escutam é a voz do dinheiro, do poder, da mentira, da indiferença para com o próximo.
Crer não é uma questão teórica, mas prática. É mais do que achar bonitinho, é uma postura na
vida. É a escolha de Jesus como fundamento da nossa vida.
O ser humano sempre vive de fé. Em nós, dentro de nós, temos fé. Quando esta fé não
é dada a Jesus, que dá a vida a nós, ela é dada aos ídolos, ao demônio e suas pompas, que nos
roubam a vida.
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Para refletir:
1- Quando estou na casa de Deus, me sinto leve e acolhido como Jesus ou tenho mente e
coração como o dos Fariseus (distração, planos, ódios)?
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2- Quais obras Deus tem feito diante de mim e eu ainda não reagi a elas com atitudes de
conversão ou louvor?
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3 - “Eu e o Pai somos um”. O que estas palavras causam no meu coração? Qual desejo
desperta no meu coração?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero estar em Tuas mãos e não ser tirado de lá. Faz-me sensível às
obras que dão testemunho de ti e do teu amor e poder, presentes no mundo e na minha vida.
Que eu jamais me perca, que eu jamais seja arrancado de Tuas mãos. Quero pedir a graça de
gostar de estar no templo, em tua casa, com o coração leve e aberto. Tirai de mim, Senhor, o
coração duro, descrente, frio. Eu quero dar a fé que está dentro de mim toda a Ti! Amém.
58
24 de abril
Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou.
Naquele tempo: Jesus exclamou em alta voz: "Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas
naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz,
para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouvir as minhas
palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para
salvá-lo. Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu
falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou,
ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. E eu sei que o seu mandamento é vida
eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou".
Para meditar:
Jesus é a cara do Pai. Deus não precisa ser inventado ou deduzido, Ele pode ser visto. É por
isso que ao vermos Deus em Jesus e reconhecermos Jesus como verdadeira imagem de Deus,
somos iluminados. Jesus é a luz da vida e do mundo e quando somos iluminados por Ele, aí é
que percebemos que estamos em trevas.
O Senhor Jesus não veio julgar ou condenar, mas sim para salvar e salvos não estaremos
enquanto não estivermos Nele.
A palavra que sai da boca de Jesus é palavra de vida eterna que já começa a nos tocar
nesta vida. Já aqui na terra nós podemos começar a viver o céu que um dia será pleno na vida
eterna.
No momento da vida eterna, seremos julgados pelas palavras que Jesus nos anunciou,
portanto, todas as vezes que estudamos a palavra de Jesus, esse julgamento já está acontecendo
e acontece porque todas as vezes que eu escuto Jesus, eu mesmo julgo a palavra dele como
válida ou não.
Perceba: antes de sermos julgados por Deus nós julgamos Deus. Seremos julgados, mas
somos julgadores, pois a cada dia nós escolhemos ou rejeitamos Cristo.
Somente o coração cheio do Espírito Santo é capaz de julgar corretamente a Palavra de
Cristo para acolhê-la como Palavra de Salvação.
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Para refletir:
1- O meu Deus é o Deus de Jesus? Em Jesus eu enxergo quem é Deus e aceito isso ou tenho
criado um Deus segundo as minhas medidas?
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2- Eu consigo encontrar palavras no Evangelho para iluminar minhas trevas?

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3 - Como tenho “julgado” Jesus? Ele é certo ou errado? Ele vale a pena ou não?
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Oremos: Senhor Jesus, hoje eu quero pedir a graça de ver o Pai através de Ti. Livrai- me de
inventar um Deus pequeno e mesquinho como o meu coração. Que eu não projete em Deus as
minhas medidas. Revela-me o Pai. Eu quero acolher em mim a tua luz. Iluminai Jesus as minhas
trevas, minha mente, meus sentimentos. Espírito Santo de Deus, dai-me a graça de julgar
corretamente as coisas e escolher a Cristo e Sua palavra a cada dia! Amém.
60
25 de abril
Quinta-feira - Festa de São Marcos, Evangelista
Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!
Evangelho: Mc 16, 15-20
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro
e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer
será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão
demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem algum
veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles
ficarão curados”. Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-
se à direita de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava
e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
Para meditar:
A pessoa que vive a fé carrega consigo os sinais da presença de Jesus em sua vida.
Jesus subiu aos céus e se assentou a direita do Pai como Rei e Senhor de tudo e de todos
e enquanto Ele não volta, deu à sua Igreja uma missão: fazer o que Ele fazia.
O ressuscitado acontece neste mundo através daqueles que renasceram para uma vida
nova e cheia do Espírito Santo e levam adiante a missão de Jesus: pregar o Evangelho da
salvação!
Então, Jesus fala dos sinais que acompanham aqueles que vivem a fé. Em cada um
desses sinais temos carismas do Espírito Santo que a Igreja expressa através de seus membros:
exorcismo, línguas, curas, milagres. Estes dons existem e algumas pessoas têm a graça de
expressar e manifestar estes dons de modo muito concreto e pontual.
Todo cristão pode viver e expressar esta presença de Jesus em sua vida. Você também
pode expulsar o maligno para longe de você e dos seus; você também pode falar línguas novas
para se comunicar de forma que o outro entenda a verdade; você também pode ser protegido
do veneno desse mundo que entra em nós, mesmo que não queiramos; você também pode curar
pessoas e situações trazendo a paz de Deus aos sofrimentos.
Então, os discípulos tomaram posse de que Jesus iria cumprir com o prometido.
Precisamos tomar posse das palavras bonitas de Jesus, que não são só bonitas, mas também
verdadeiras. E é verdade que Jesus ajudava e ajuda a Igreja e cada um de nós confirmando
nossas palavras, atitudes e iniciativas com sinais.
O Deus que servimos não nos chamou para passarmos vergonha e sermos derrotados
em nossas iniciativas em favor do bem e do Evangelho. Ele está conosco até o fim!
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Para refletir:
1- Eu sou chamado a evangelizar onde e quem?

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2- “Quem crer e for batizado” significa fé e arrependimento. Como eu vivo a fé? Rezo?
Conheço minha fé? Como vivo o arrependimento? Vivo com frequência o sacramento da
confissão?
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3 - Os sinais que Jesus promete eu já os experimentei? Qual deles eu gostaria de viver e

exercitar?
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Igreja. Eis-me aqui para ser enviado. Que eu viva todos os dias a fé e o arrependimento.
Manifesta em minha vida todos os sinais da tua presença; dai-me a graça de exercitar os meus
dons e ser mais ousado na minha fé. Tirai de mim o medo e a solidão. Peço que os teus sinais
e a tua mão poderosa possam confirmar a evangelização da Igreja. Amém.
62
26 de abril
"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim".
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 'Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em
Deus, tende fé em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse,
eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar,
voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. E para onde
eu vou, vós conheceis o caminho.' Tomé disse a Jesus: 'Senhor, nós não sabemos para onde
vais. Como podemos conhecer o caminho?' Jesus respondeu: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e
a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim.
Para meditar:
Após lavar os pés dos discípulos e de anunciar que um deles seria um traidor e que Ele iria
morrer, Jesus dá uma ordem: não se perturbe o vosso coração.
Quando falamos de coração pensamos nas nossas emoções, tais como medo, ansiedade,
dor. Um coração perturbado é capaz de exagerar as coisas, distorcer a realidade e desconsiderar
a esperança e a fé.
A segunda ordem de Jesus é: tendes fé em mim! Fé na palavra Dele e no que Ele ensina,
sugere e pede.
A razão da nossa esperança é que Jesus foi preparar um lugar para nós. Estaremos nesse
lugar junto de Jesus ressuscitado se formos salvos, mas já agora, enquanto estamos vivos, ele
volta e nos leva com Ele. Esta volta de Jesus, que um dia será definitiva e gloriosa, se dá em
cada Eucaristia, em cada momento de oração. Ele vem até nós e vai nos levando dia a dia até
o dia da ressurreição final.
A pergunta de Tomé é inteligente e pertinente: como podemos conhecer esse caminho?
A pergunta não é ruim, mas não é completa. Mais do que o saber das coisas de Deus, o que nos
leva para Deus é estarmos unidos a Ele mesmo quando não temos todas as respostas. Por isso
Jesus disse: eu sou o caminho. Se estamos com Jesus já estamos no caminho!
Para refletir:
1- O que me perturba hoje?

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2- Tenho sustentado e aumentado minha fé nas perturbações? Minha fé tem o poder de me

serenar nas dificuldades?
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3 - Jesus é o caminho! Eu conheço Jesus?

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Oremos: Senhor Jesus, neste momento eu quero te entregar tudo que me perturba e me causa
medo. Senhor, tende misericórdia de mim e de todos os que hoje estão perturbados,
amedrontados diante da vida e de tantas lutas. Senhor, eu gostaria de ter uma fé maior e mais
firme em Vós e nas vossas palavras. Agradeço porque o Senhor está ressuscitado, e
ressuscitado me preparou um lugar junto de Vós. Aumentai minha esperança! Dai-me Senhor
o dom da sabedoria, da ciência e do entendimento para conhecer os teus caminhos. Vós sois o
verdadeiro caminho! Amém.
64
27 de abril
Quem me viu, viu o Pai.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o
meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes.’ Disse Filipe: ‘Senhor, mostra-nos o Pai, isso
nos basta!’ Jesus respondeu: 'Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem
me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que eu estou no Pai
e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai
que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está
em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. Em verdade, em verdade vos
digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois
eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.
Para meditar:
Jesus usa palavras bem simples e claras para nos revelar os segredos entre Ele e Deus Pai:
“Quem me viu, viu o Pai.” Jesus diz, ainda, que o conhecer é conhecer o Pai. Conhecer tem o
sentido de intimidade e unidade. Portanto, todos nós, que cremos em Jesus Cristo e já tivemos
uma experiência com Ele, podemos dizer que já conhecemos o Pai, pois Ele tem realizado
grandes obras no nosso coração por meio do Seu Filho Jesus.
Em Filipe estamos todos nós e o desejo mais profundo do ser humano que é ver a Deus.
E Deus pode ser visto quando olhamos Jesus! Não precisamos inventar Deus ou especular
como Ele é. Para isso, precisamos ter a fé que Jesus exigiu de Filipe: crer que Ele e o Pai são
um.
As obras que Jesus fazia (e faz) testificam a perfeita unidade entre Jesus e o Pai. As
obras, os fatos e acontecimentos são como um complemento às palavras de Jesus.
Para aqueles que têm dificuldade de acreditar apoiados “somente” nas palavras do
Evangelho, as obras complementam o discurso. Basta somarmos o que ouvimos com o que
vemos e saberemos que Jesus é o Senhor.
Jesus ainda promete que aquele que crê também será capaz de fazer as mesmas obras
que Ele. Devemos rezar, pedir e dispor de nossa vida para que Cristo seja glorificado em nós e
através de nós. A oração pode aquilo que Deus pode e Deus tudo pode! Ser cristão tem como
fruto maduro a presença de Cristo em nós através do Espírito Santo que foi derramado em
Pentecostes.
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Para refletir:
1- "Quem acredita em mim fará as obras que eu faço". Eu tenho espalhado o amor de Deus no
mundo? Como?
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2- Para realizar as obras que estão no coração do Pai nós precisamos persistir no caminho que
nos leva à vida eterna. Eu vivo como se realmente acreditasse nisso? Tenho persistido para
permanecer no caminho?
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3 - "Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei". Qual a minha prece, o meu clamor a
Jesus hoje?
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Oremos: Senhor Jesus, eu creio firmemente na tua união com o Pai. Fortalece a minha fé!
Derrama sobre mim, Senhor, o teu Espírito Santo, para que eu saiba conduzir a minha vida à
luz do teu Evangelho, para que eu possa fazer as obras que o Senhor faz onde eu estiver. Amém.
66
28 de abril
Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o
limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.
Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo,
se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes
em mim. Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanecer em mim, será lançado
fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. Se
permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos
será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
Para meditar:
Nos evangelhos dominicais do tempo pascal, segundo São João, vamos encontrando imagens
que Jesus atribui a si mesmo para nos revelar quem Ele é: luz, porta, pão da vida, bom pastor.
Hoje Jesus nos fala da videira verdadeira. Ao usar uma imagem, um exemplo conhecido de
todos, Jesus gostava de colocar o adjetivo “verdadeiro”. Portanto, tem muita coisa falsa por aí!
Nós somos galhos, ramos. O ramo tem importância, mas muito mais importante é o
tronco de onde ele provém. Quando vivemos no pecado nós somos cortados e ficamos como
galho solto caído no chão. O pecado nos desconecta de Deus. O problema é que ao ser cortado,
o tronco não seca imediatamente. Um galho cortado pode ficar verde por muitos dias, todavia,
neste tempo, já está secando.
Uma vez que estamos unidos a Cristo, nós passamos por podas. E qual o objetivo de
Deus ao nos podar? Nos fazer produzir ainda mais frutos! Não fomos chamados a sermos
apenas bons, mas santos. Quando sabemos aceitar as podas de Deus, nós amadurecemos e
crescemos nas virtudes e na fé. Toda pessoa que é, de fato, capaz de enfrentar a vida e ser
frutífera no Reino de Deus já foi e está sendo podada. Deus poda, limpa. O diabo corta, esmaga.
A ordem de Jesus hoje é esta: permanecei em mim! Somente quando estamos
verdadeiramente unidos a Jesus pelos sacramentos e pela oração é que damos os frutos
necessários para cada momento e desafio da vida.
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Para refletir:
1- Qual foi a maior poda que sofri na vida? Eu estou em paz com isso ou ainda não acolhi como
algo que me faz crescer?
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2- Como avalio minha união com Jesus? Apesar de estar bem e feliz, eu estou unido de fato a
Jesus Cristo?
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3 - Quais frutos eu mais necessito dar no dia de hoje para mim mesmo e para as pessoas que
eu amo?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero estar unido a Ti. Vós sois a videira verdadeira. Peço-vos
sabedoria e entendimento, pois neste mundo eu tenho acesso a muitas videiras e troncos. É tão
fácil me unir àquilo que não é verdadeiro, mas quero me unir a Ti pela eucaristia e pelo
evangelho de cada dia. Espírito Santo, eu te peço docilidade para as podas do Pai. Que cada
poda possa me santificar, amadurecer e unir mais a Jesus. Que os meus sofrimentos sejam
transformados em instrumento de união a vós. Amém.
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29 de abril
O Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará ele vos ensinará tudo.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quem acolheu os meus mandamentos e os
observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me
manifestarei a ele”. Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te
manifestarás a nós e não ao mundo?” Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha
palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama
não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.
Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai
enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
Para meditar:
No evangelho de hoje Judas - não o Iscariotes - fez uma pergunta que você e eu também já
fizemos a Jesus. Às vezes de outro modo, com outras palavras, mas todos nós já perguntamos:
"por que o Senhor não se impõe, não volta logo e faz alguma coisa para que todos se convertam,
nem que for na 'marra'? Fato é que não existe conversão na marra. Jesus deixa cada um de nós
livre, não força ninguém a nada. Mas Jesus é e está muito óbvio e 'palpável'.
O evangelho nos diz: “Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me
ama.", portanto, para Jesus se manifestar em você é preciso seguir os mandamentos, obedecê-
los, praticá-los. Cada um de nós é habitação da Santíssima Trindade, no entanto à medida em
que vamos vivendo o evangelho, Jesus vai se manifestando em nós e se tornando cada vez mais
'palpável' em nossa vida. Nós passamos a perceber Jesus nas pequenas coisas, no mais simples
da vida, enquanto quem não segue os mandamentos, não ama Deus e a igreja não vê beleza
nem quando está diante de um milagre.
Quantas pessoas já viram milagres, outros são o próprio milagre mesmo, mas insistem
em viver do jeito que satanás gosta. Queridos, é preciso amar Jesus! Se perdermos o dom do
temor, do respeito a Deus o amor se vai também. Quem não ama a Deus começa a descer
ladeira abaixo no mundo do ceticismo, do cinismo, se tornando filósofo das próprias
maluquices.
Quem nos ajuda a viver retamente todas as coisas é a força vivificadora do Espírito
Santo. O próprio Jesus nos promete: "Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em
meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”. A missão do
Espírito Santo é revelar a presença real de Jesus no meio de nós, recordando tudo que Jesus fez
e ensinou. Cabe a nós obedecê-lo.
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Portanto, peçamos ao Espírito Santo para que aumente a nossa fé; que Ele seja o nosso
defensor e possa verdadeiramente encontrar em nós um coração acolhedor e amável, pois a
maior graça que podemos ter é ver Jesus se manifestando a nós e através de nós.
Para refletir:
1- Amar Jesus é estar aberto para seguir os mandamentos Dele. Como eu lido com os
mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja? Segui-los é um peso para mim?
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2- Eu tenho consciência do quanto Deus deseja habitar em mim? Como eu cultivo esse amor
e essa dependência que tenho pelo Pai do céu?
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3 - Quem é o Espírito Santo para mim e como tem sido o meu relacionamento com o Ele? Eu
me disponho a ouvir e falar com o Espírito Santo?
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Oremos: Senhor Jesus Cristo, abra o meu coração e a minha mente para acolher, observar e
guardar a Vossa Palavra! Dai-me, Senhor, a sabedoria do vosso Santo Espírito para que eu
possa Te ver em todas as coisas que me acontecem, sejam elas grandes ou pequenas, nos
momentos de alegria ou tristeza. Dá-me o dom do temor para que eu Vos ame de todo o meu
coração e viva retamente os seus mandamentos. Amém!
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30 de abril
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
Evangelho: Jo 14,27-31a
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não
a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que eu vos
disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois
o Pai é maior do que eu. Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer,
vós acrediteis. Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder
sobre mim, amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai
me ordenou”.
Para meditar:
Jesus nos deixou o dom da paz. A paz é um dom do Espírito Santo dentro de nós; é um fruto
que vem do próprio Deus e não é produzido por nós mesmos. Jesus mesmo afirma: "Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo". É uma paz que não é da matéria,
do humano, é de Cristo! E a partir dessa paz podemos avaliar nosso cristianismo e maturidade
de fé.
Existe uma paz que é diferente da paz mundana. Sim, é possível ter "paz mundana”.
Por mundana não quero dizer pecaminosa. Me refiro às coisas que as pessoas que não
professam a fé encontram uma certa paz: dinheiro, saúde, sucesso etc. Mas quando nos faltam
essas coisas, também nos falta paz? Para muitas pessoas, sim! Muitos que se dizem cristãos,
que frequentam a igreja, só tem paz quando possuem aquilo que o ateu possui. Sem isso, ficam
desesperados, frustrados e amedrontados.
Quando vivemos o evangelho, nada pode nos tirar paz. Somos capazes de perder tudo,
em relação a matéria, pois habita em nós o tudo, que é Cristo. Talvez seja pela experiência de
não ter, não possuir, que o verdadeiro cristão começa a ser formado dentro de nós. Ser cristão
não é ter coisas, é ter Cristo!
Para refletir:
1- Qual foi o momento da minha vida onde eu tive uma paz que não vem do ser humano, uma
paz inexplicável?
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2- Quais são as coisas que o mundo não me dá e por isso perco a paz? Quais os maiores
inimigos da minha paz hoje?
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3 - Minha vida de oração tem sido uma experiência que pacifica meus pensamentos e
sentimentos?
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Oremos: Senhor Jesus, eu recebo agora a tua paz. Eu me abro a essa paz que só o Senhor tem.
Que caia por terra agora tudo que me perturba e intimida. Cuide de mim, dos meus pensamentos
e do meu coração, Senhor. Eu quero agora rezar como Santa Teresa D'Avila:
“Nada te perturbe, Nada te espante, tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança;
quem a Deus tem, nada lhe falta: Só Deus basta. Eleva o pensamento, ao céu sobe, por nada
te angusties. Nada te perturbe. A Jesus Cristo segue, com grande entrega, e, venha o que
vier, nada te espante. Vês a glória do mundo? É glória vã; nada tem de estável, tudo passa.
Deseja as coisas celestes, que sempre duram; fiel e rico em promessas. Deus não muda.
Ama-o como merece. Bondade imensa; quem a Deus tem, mesmo que passe por momentos
difíceis; sendo Deus o seu tesouro, nada lhe falta. Só Deus basta!”
Santa Teresa de Jesus, rogai por nós!
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1º de maio
Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o
limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.
Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo,
se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes
em mim. Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanecer em mim, será lançado
fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. Se
permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos
será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
Para meditar:
Jesus é a videira verdadeira e Deus Pai é o agricultor. E o que faz o agricultor? "Todo ramo
que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais
fruto ainda."
Às vezes olhamos para a nossa vida e pensamos: "Ah, eu estou fazendo tudo certo, estou
rezando, ajudando as pessoas, sendo obediente, mas tem horas que a coisa complica". O que
significa isso? É Deus nos "limpando", nos curando. Deus limpa, faz podas em nós a fim de
que cresçamos mais fortes.
Momentos assim geralmente nos fazem murmurar e questionar a Deus sobre muitas
coisas, mas em vez de reclamar é preciso aprender a acolher a mão de Deus que trabalha em
nós, a fim de crescer em virtude e santidade.
Queridos irmãos e irmãs, nós não seremos santos e virtuosos se não permitirmos certas
podas em nossa vida. O desejo de Deus é que frutifiquemos em santidade.
Eis, portanto, o grande poder que há em ouvir, meditar e praticar a Palavra de Deus:
"Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei". A Palavra de Deus tem o poder
de limpar a nossa mente, os nossos afetos, a nossa inteligência, o nosso coração. Este momento
que você dedica para leitura e reflexão do evangelho através do Diário Espiritual tem um
grande poder de te limpar, curar e santificar. Creia nisso! A Palavra de Deus é viva e eficaz,
nos diz a carta aos Hebreus.
"Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que
quiserdes e vos será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus
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discípulos". Deus pode ser glorificado de muitas formas, através de testemunhos, de boas obras,
por exemplo, mas o que de fato traz glória a Deus é quando começamos a dar frutos. Mais do
que isso: quando somos constantes neles.
Permaneçamos Nele! Jesus é videira verdadeira e é Dele que extraímos a seiva da fé e
somente unidos a Ele daremos bons frutos.
Para refletir:
1- Estou dando abertura para Deus trabalhar e fazer podas em minha vida ou ainda sou muito
fechado(a)?
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2- Quem eu sou para o próximo e para a minha Igreja? Eu estou mesmo unido a Jesus? Tenho
produzido frutos com meus dons e carismas?
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3 - O que você gostaria de dizer a Deus diante do que você leu e meditou com este evangelho?
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Oremos: Senhor Jesus, hoje diante de Ti, dou liberdade para que o teu Espírito Santo conduza
a minha vida; a fim de que o meu coração seja um lugar puro e santo. Vós que sois a videira
verdadeira, santificai o meu coração e minha vida para que eu seja uma árvore frutífera. Pai
Santo, que eu possa dar bons frutos para o teu Reino, ser sempre constante e fiel aos seus
chamados. Amém.
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02 de maio
Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Como meu Pai me amou, assim também eu vos
amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu
amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos
disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.
Para meditar:
Estes evangelhos de São João que temos refletido ao longo dessas semanas nos ajudam a
entender que a ressurreição de Jesus em nós vai nos levar a viver como Ele viveu antes de
morrer e ressuscitar.
Crer em Jesus e professar a sua ressurreição não só nos coloca a espera de algo que um
dia acontecerá, mas nos muda no hoje da nossa vida. O ressuscitado está aqui e agora, nos
ensinando a viver como quem vai voltar um dia.
O evangelho de hoje nos indica três frutos que a comunhão Eucarística deve produzir
em nós: em primeiro lugar, aprender amar como Jesus amou e fazer de nossa vida uma
eucaristia, um dom para o mundo; em segundo lugar, permanecer nos mandamentos d'Ele; em
terceiro, termos em nós o dom da alegria que vem do Espírito Santo.
Se forem estes os frutos que Jesus espera de nós, já temos aqui um lindo e desafiante
caminho para seguir e a oração a pedir para o Pai do céu. O Espírito Santo é o nosso defensor
e motivador.
Deste modo, se conservarmos-nos sob o poder do Espírito Santo e permanecermos no
amor de Deus, certamente colheremos os frutos e dons prometidos pelo Pai.
Para refletir:
1- Eu sei pensar a Eucaristia como um encontro com Jesus ressuscitado?

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2- Eu entendo que ser cristão é viver do modo como foi refletido hoje? Eu busco, de coração,
esses frutos na minha vida?
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3 - “Amai-vos uns aos outros”. Essa tarefa nem sempre é fácil. Para mim isso é difícil? Por
que?
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Oremos: Senhor Jesus, eu creio que tu estás vivo e ressuscitado na Eucaristia, na comunhão e
em cada sacrário de nossas igrejas. Eu quero, Senhor, estar verdadeiramente em comunhão
contigo. Eu quero viver como o Senhor viveu para ressuscitar como o Senhor ressuscitou. Que
a experiência de comungar teu corpo e sangue me leve a viver com o Senhor dentro de mim.
Jesus, põe em mim todo o amor que eu não tenho, sobretudo pelas pessoas que me são mais
difíceis. Amém.
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03 de maio
Sexta-feira - Festa dos Santos Filipe e Tiago, Apóstolos
Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?
Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao
Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o
conheceis e o vistes". Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!" Jesus respondeu:
"Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é
que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'? Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As
palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em
mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao
menos, por causa destas mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em
mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o
que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se
pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei".
Para meditar:
Jesus hoje relaciona o conhecer com o ver e o ver com o conhecer. Na afirmação de Jesus
ficamos com a impressão de que os discípulos (e muitas vezes nós também) estão vendo, mas
não estão conhecendo. É preciso ir da aparência para a essência!
Em Filipe estamos todos nós e o desejo mais profundo do ser humano que é ver a Deus.
E Deus pode ser visto quando olhamos Jesus! Não precisamos inventar Deus ou especular
como Ele é. Para isso, precisamos ter a fé que Jesus exigiu de Filipe: crer que Ele e o Pai são
um.
As obras que Jesus fazia (e faz) testificam a perfeita unidade entre Jesus e o Pai. As
obras, os fatos e acontecimentos são como um complemento às palavras de Jesus.
Para aqueles que têm dificuldade de acreditar apoiados “somente” nas palavras do
Evangelho, as obras complementam o discurso. Basta somarmos o que ouvimos com o que
vemos e saberemos que Jesus é o Senhor.
Jesus ainda promete que aquele que crê também será capaz de fazer as mesmas obras
que Ele. Devemos rezar, pedir e dispor de nossa vida para que Cristo seja glorificado em nós e
através de nós. A oração pode aquilo que Deus pode e Deus tudo pode! Ser cristão tem como
fruto maduro a presença de Cristo em nós através do Espírito Santo que foi derramado em
Pentecostes.
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Para refletir:
1- Eu tenho crescido em conhecer Jesus para além do senso comum, das tradições? Jesus
mudou minha forma de ver Deus?
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2- Eu consigo relacionar as palavras do Evangelho com “obras, fatos e acontecimentos” do

meu dia a dia de modo que isso possa aumentar minha fé?
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3 - Quais obras eu tenho conseguido realizar em nome de Cristo?

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Oremos: Senhor Jesus, mostra-me o Pai! Eu quero ver a Deus e te louvo, porque em Ti eu
posso vê-lo. Eu creio firmemente na tua união com o Pai; creio que tuas palavras e obras são
de salvação e redenção para todo ser humano. Dai-me o dom da fé, Senhor. Eu te peço
sabedoria e ciência para saber relacionar tuas palavras com as coisas práticas da vida. Que eu
saiba ler e reler os acontecimentos da minha vida à luz do evangelho e que eu saiba ler teu
evangelho vendo nele minha vida. Derrama sobre mim, Senhor, o teu Espírito Santo. Derrama
um espírito de oração para que eu conheça o poder da oração. Amém.
Obs: apresente agora, em oração, situações da sua vida ou de quem você ama, para que se
manifeste a glória de Deus.
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04 de maio
Não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me
odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque
não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.
Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me
perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também
guardarão a vossa. Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não
conhecem aquele que me enviou”.
Para meditar:
No Evangelho de hoje Jesus nos diz que quem ama como Ele vai ser odiado como Ele foi
odiado.
“O servo não é maior que o seu Senhor”. Não somos maiores do que Jesus nem para o
bem e nem para o mal. Precisamos saber não pessoalizar rejeições e ódios contra nós que são,
na verdade, contra o próprio Cristo presente em nós. Jesus foi odiado primeiro e antes de nós.
O mundo não aceita Cristo e por isso não aceita o autêntico cristão. A palavra mundo
no evangelho de São João significa toda uma mentalidade contrária aos valores do evangelho.
Nós estamos no mundo, mas não somos do mundo, no entanto, muitas pessoas estão no mundo
e são mundanas no seu modo de pensar e agir.
Seremos odiados e perseguidos por causa do Cristo em nós. A luz incomoda as trevas.
Mas Jesus disse: “tudo isso eles farão contra vós por causa do meu nome”. Por isso, ao ser
perseguido, mal compreendido, o cristão se alegra, pois quando o bem é pago com o mal é sinal
de que Deus está sendo glorificado; sinal que o nome d'Ele está visível em nós.
Para refletir:
1- Já fui odiado gratuitamente? Tenho sido odiado ou maltratado por alguém? Como interpreto
isso?
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2- Pense nas pessoas que te fazem oposição gratuitamente e tente descobrir: qual virtude
minha, qual característica de Jesus em mim incomoda essa pessoa?
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3 - No dia de hoje tem algum bem que eu estou desanimado de praticar por causa das
contrariedades que isto me causa?
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Oremos: Senhor Jesus, obrigado por ter me apartado do mundo e me escolhido para estar perto
de vós. Ajudai-me a sofrer menos e me assustar menos com a maldade, a calúnia e a zombaria
de quem não crê e não anda em teus caminhos. Que eu não desista do bem e não me esfrie na
fé por causa das perseguições. Quero aprender a sentir o sabor da honra que é ser identificado
como discípulo seu. Hoje, eu quero pedir tua misericórdia para todos os que não creem, para
todos os que desprezam a fé e o teu evangelho. Amém.
80
05 de maio
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Como meu Pai me amou, assim também eu vos
amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu eu
vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu
mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do
que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos
mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo
amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me
escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o
vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto é
o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros".
Para meditar:
Estamos nos aproximando da Ascensão do Senhor, onde Jesus volta definitivamente para o Pai
no céu e de lá derramará sobre os discípulos reunidos no cenáculo, o Espírito Santo.
Estes evangelhos de São João que temos refletido ao longo dos últimos dias nos ajudam
a entender que a ressurreição de Jesus em nós vai nos levar a viver como Ele viveu antes de
morrer e ressuscitar.
Crer em Jesus e professar a sua ressurreição não só nos coloca a espera de algo que um
dia acontecerá, mas nos muda no hoje da nossa vida. O ressuscitado está aqui e agora, nos
ensinando a viver como quem vai voltar um dia.
O evangelho de hoje nos indica três frutos que a comunhão Eucarística deve produzir
em nós: em primeiro lugar, aprender amar como Jesus amou e fazer de nossa vida uma
eucaristia, um dom para o mundo; em segundo lugar, permanecer nos mandamentos Dele; em
terceiro, termos em nós o dom da alegria que vem do Espírito Santo.
Se forem estes os frutos que Jesus espera de nós, já temos aqui um lindo e desafiante
caminho para seguir e a oração a pedir para o Pai do céu. O Espírito Santo é o nosso defensor
e motivador.
Deste modo, se conservarmos-nos sob o poder do Espírito Santo e permanecermos no
amor de Deus, certamente colheremos os frutos e dons prometidos pelo Pai.
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Para refletir:
1- Eu entendo que ser cristão é viver do modo como foi refletido hoje? Eu busco, de coração,
esses frutos na minha vida?
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2- “Amai-vos uns aos outros”. Essa tarefa nem sempre é fácil. Para mim isso é difícil? Por
que?
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3 - Em coisas bem práticas da vida e que estão hoje ao meu alcance, como eu posso amar
mais as pessoas que estão ao meu redor?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero amar como o Senhor amou e ama. Quero amar ensinando Tua
palavra e cuidando das necessidades de quem está próximo a mim. Eu quero dar minha vida e
dar vida ao mundo através do testemunho do teu evangelho. Obrigado, Jesus, por me permitir
conhecer a tua vontade e os teus caminhos. Obrigado por me fazer teu amigo. Eu quero produzir
os frutos do Espírito Santo, sobretudo o fruto do amor. Amém.
82
06 de maio
O Espírito da Verdade dará testemunho de mim.
Evangelho: Jo 15,26-16,4a
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando vier o Defensor que eu vos mandarei
da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. E vós
também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. Eu vos disse estas coisas
para que a vossa fé não seja abalada. Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que
aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim, porque não
conheceram o Pai, nem a mim. Eu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse,
quando chegar a hora”.
Para meditar:
No Evangelho de hoje Jesus nos apresenta o Espírito Santo como o Defensor. Todos nós
precisamos que o Espírito Santo nos defenda do maligno, de nós mesmos, das tentações. Jesus
diz que o Espírito Santo dá testemunho d'Ele. Sim, o Espírito Santo é testemunha de tudo que
Jesus fez, falou e é, por isso, quem tem o Espírito Santo dentro do coração tem uma pessoa que
testemunhou tudo a respeito de Jesus.
Quando ouvimos uma história, queremos saber se aquilo é verdade ou não e para isso
precisamos de uma testemunha daquele fato. Pois bem, o Espírito é a pessoa que estava lá e
que agora pode estar aqui dentro de nós. É por isso que nós - que não estávamos lá - temos
tanta fé e convicção a respeito de Jesus, pois dentro de nós está a testemunha.
Nós precisamos do Espírito Santo para que nossa fé não seja abalada, mas também
precisamos não nos assustar diante da perseguição, uma vez que Jesus já avisou que isso iria
acontecer. Quando Jesus diz que seus amigos seriam expulsos das sinagogas, Ele está falando
do máximo gesto de rejeição. Ser expulso da sinagoga era ser excluído da sociedade, do
convívio. Era ser rebaixado não só religiosamente, mas também socialmente. Quem não ficaria
abalado com isso?
Mas quem tem dentro de si o Espírito Santo e entende que seguir Jesus é viver na
própria vida tudo que Jesus viveu na vida Dele - o que implica também os insucessos - este não
se abala jamais. Por isso nós precisamos conhecer as escrituras, o Evangelho. O Espírito Santo
só pode me lembrar aquilo que eu sei. “Para que vos lembreis quando chegar a hora”.
Nosso problema é que quando chega a “hora”, ou seja, o problema, a dificuldade, a
cruz, nós não temos o que lembrar, simplesmente porque não escutamos antes o que Ele diz
sobre as coisas, sobre a vida.
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Para refletir:
1- Do que ou de quem o Espírito Santo precisa me defender hoje?

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2- “Espírito da Verdade”. Eu tenho medo dele? Sou verdadeiro e coerente?

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3 - Qual “expulsão” mais me assustou e feriu minha fé? Sei lidar com rejeições?
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Oremos: Senhor Jesus, derrama sobre mim o Espírito Santo para me defender das minhas
fraquezas, das tentações e do tentador. Senhor Jesus, dai-me o Espírito da Verdade para que eu
não seja escravo da mentira e do erro. Eu quero conhecer tua Palavra e me lembrar delas na
“hora” em que eu precisar da tua luz e orientação. Curai em mim, Senhor, todas as feridas que
eu carrego em mim por causa das pessoas que me frustraram e perseguiram. Ressuscitai a
minha fé e que eu não seja mais abalado por nada e nem ninguém. Amém.
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07 de maio
Se eu não for, não virá até vós o Defensor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Agora, parto para aquele que me enviou, e
nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’ Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os
vossos corações. No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não
for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. E quando vier, ele
demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: o pecado, porque
não acreditaram em mim; a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; e
o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”.
Para meditar:
Algumas tristezas nos fazem bem. Às vezes, perder é necessário para que algo melhor aconteça.
Jesus faz uma leitura diferente de sua partida. Para os discípulos era muito triste perder
Jesus e não ter mais o mestre ali junto com eles. Mas Jesus aponta a necessidade Dele partir
para o Pai para que o Espírito Santo possa vir.
Muitas vezes em nossa vida não conseguimos ver o que de bom pode haver na dor e no
sofrimento que está acontecendo, por outro lado, já vivemos experiências que nos mostraram
que não vale a pena nos desesperarmos. Quantas vezes o que não fazia sentido, fez sentido. O
que era ruim trouxe algo bom. A vida tem etapas e ciclos que precisam ser vividos e na hora
certa encerrados.
Jesus diz que o Espírito Santo quando vier demonstrará ao mundo o pecado, a justiça e
o julgamento. Uma missão universal a partir de Pentecostes. Por isso, os discípulos são
convidados a olhar para um mundo muito maior que aquele grupo de doze homens. É preciso
ampliar o olhar. Fazemos parte de algo muito maior do que nós mesmos.
Assim como os discípulos são convidados a serem generosos na compreensão da sua
dor, nós também podemos saber oferecer nossas renúncias e dores para além dos nossos
interesses particulares.
Para refletir:
1- Qual a dor ou tristeza que mais me fez bem?
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2- Qual a dor ou tristeza que mais me preocupa hoje? Tenho conseguido colocar isso com
esperança nas mãos de Deus?
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3 - Eu consigo entender em que consiste o pecado, justiça e o julgamento?

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Oremos: Senhor Jesus, eu hoje quero te agradecer por todas as tristezas que me fizeram bem,
por todas as coisas que foram diferentes do que eu queria e esperava, mas que me fizeram bem
e que fizeram um bem maior. Hoje eu quero te entregar meus medos e decepções que eu não
aceito e não entendo. Quero abrir as portas do meu coração para que venha sobre mim o teu
Espírito Santo. Que os meus sofrimentos produzam espaços em mim para serem preenchidos
pelo teu Espírito. Dai-me uma fé firme e convicta de que o chefe deste mundo já está vencido
e condenado e que em Ti eu sou mais do que vencedor. Vinde Espírito Santo me mostrar as
verdades de Deus! Amém.
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08 de maio
O Espírito da Verdade vos conduzirá à plena verdade.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas
não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos
conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido;
e até as coisas futuras vos anunciará. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo
anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará,
é meu”.
Para meditar:
Jesus tem nos falado da vinda do Espírito Santo. O tempo pascal tem seu fim na celebração de
Pentecostes e por isso vamos agora conhecendo quem é o Espírito Santo e sua missão no
mundo.
No evangelho de hoje Jesus nos faz saber que o Espírito Santo é uma pessoa divina. O
Espírito Santo não é uma 'energia' ou coisa assim; é uma das pessoas da Santíssima Trindade
junto com Deus Pai e junto com Jesus Cristo.
No entanto, hoje vamos olhar para esta missão bonita do Espírito Santo em relação a
nós: conduzir-nos à plena verdade. Ele vai nos levando e educando; nos relembra o que Jesus
nos falou e também coloca em nosso coração um saber a respeito do futuro quando isso nos é
necessário.
O Espírito Santo só é bem acolhido pela pessoa humilde. Jesus hoje nos chamou de limitados
e lentos ao dizer: “mas não sois capazes de compreendê-las agora”. Você se ofende ao ouvir
isso? Tem quem se ofende, mas tem quem reconhece que isso é verdade.
Existem muitas coisas que nós não somos capazes de compreender e assimilar no hoje
da nossa vida. Não estamos prontos para muitas coisas, por isso o Espírito Santo é aquele que
agora vai ser nosso mestre neste caminho.
Jesus é o caminho e foi diretamente de Jesus que os discípulos aprenderam muitas
coisas. Agora, ao partir para o Pai, tanto para os discípulos quanto para nós hoje, quem nos
educa e nos leva é o Espírito Santo, nosso mestre interior.
Para refletir:
1- Quais são as coisas que hoje você não tem conseguido compreender em sua vida?
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2- Quais coisas você não compreendia e hoje compreende melhor?

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3 - Como avalio meu relacionamento com o Espírito Santo?

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Oremos: Senhor Jesus, eu hoje quero ter paz em relação às coisas que eu ainda não entendo e
não sei. Quero progredir na fé e no conhecimento da tua Palavra. Espírito Santo, eu me abro e
me permito ser guiado por ti. Leva-me além! Coloca dentro do meu coração e da minha mente
a palavra de Jesus. Amém.
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09 de maio
Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E
outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”. Alguns dos seus discípulos disseram então entre
si: “O que significa o que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez
pouco tempo, e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?’”. Diziam, pois: “O que
significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. Jesus compreendeu que
eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: ‘Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco
tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis?’ Em verdade, em verdade vos
digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a
vossa tristeza se transformará em alegria”.
Para meditar:
Este discurso de Jesus é uma despedida que se dá na última ceia. Não é difícil de entender o
movimento que Jesus apresenta entre não mais ver e ver de novo. Trata-se da morte e da
ressurreição. Jesus foi para junto do Pai para que o Espírito Santo viesse nos ensinar todas as
coisas. Sem a manifestação do Espírito em nós, ficamos vulneráveis, aéreos e a vida vira uma
bagunça.
Ao dizer: “Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará” Jesus está
dizendo que, na cruz, os discípulos chorarão enquanto o mundo vai se alegrar na sua aparente
derrota. Contudo, na ressurreição Deus 'vira o jogo': "vossa tristeza se transformará em
alegria". Nesta fala, aprendemos que o tempo de Deus em nossa vida é diferente do tempo do
mundo. O cristão não deve medir o tempo e as circunstâncias pela euforia, mas, sim, avaliar
tudo pelos olhos de Deus.
Existe uma esperança real e plena capaz de mover a nossa vida e o nosso coração
quando nos apropriamos do poder do Espírito Santo sobre nós. Só Ele tem capacidade de nos
convencer de que nenhum sofrimento, tristeza ou lamento que passamos nesta terra será em
vão para a conquista do reino dos céus. Nossa esperança é - e sempre será - Cristo!
Para refletir:
1- Hoje eu vejo Jesus ou sinto Ele escondido de mim? Qual a verdade dos meus sentimentos
hoje?
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2- Eu sei vivenciar minhas emoções e convicções no tempo de Deus? Minha fé fica fragilizada
nas tristezas?
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3 - Quais tristezas e lutas Deus ainda vai transformar em alegria e em vitória na minha vida?
Tenho esperanças?
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Oremos: Senhor Jesus, eu quero pedir hoje a graça de ter serenidade no meu coração e paz na
minha mente diante das oscilações da minha vida. Confesso que às vezes eu não te vejo e não
te percebo. É como se o Senhor estivesse escondido e distante. Sei que nisso o Senhor está
purificando minha fé e amadurecendo o meu coração. Dai-me fortaleza nos momentos de
tristeza, sobretudo quando sinto que todos são felizes, menos eu. Espírito Santo de Deus, eu
peço: ressuscita a minha esperança, quero voltar a sorrir e ser feliz. Amém.
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10 de maio
Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
Evangelho: Jo 16, 20-23a
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Em verdade, em verdade vos digo: Vós
chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza
se transformará em alegria. A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a
sua hora; mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da
alegria de um homem ter vindo ao mundo. Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de
ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
Naquele dia, não me perguntareis mais nada”.
Para meditar:
Jesus nos garante que haveremos de vê-Lo outra vez e que chegará o dia em que não
precisaremos perguntar nem questionar mais nada, pois tudo nos estará muito claro.
Na sequência de ontem, Jesus fala de uma alegria recompensadora, onde a dor já não
será mais lembrada, aliás, a dor terá valido à pena. Nos promete uma alegria que ninguém
poderá nos tirar e essa alegria é o céu, a vida eterna.
No céu não haverá mais perguntas. As dores desta vida e as coisas que aqui não fizeram
sentido simplesmente não serão mais assunto para nós, pois tudo estará redimido e todos
estaremos plenificados em Deus. Mas isso nós já podemos viver neste mundo também. Claro
que esta vida não é o céu, mas algo (ou muito) desta plenitude já pode acontecer aqui, à medida
que formos cheios do Espírito Santo.
Quando vivemos em comunhão com o Pai, somos curados da dor das perguntas sem
respostas; libertos dos nossos dramas e traumas.
Portanto, acolhamos a Palavra de Jesus com fé e esperança, certos de que a tristeza de
hoje, colocada nas mãos de Deus, amanhã transformar-se-á em alegria.
Para refletir:
1- Qual a dor, a luta que mais valeu a pena na minha vida?

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2- Qual a dor, a luta que eu vivo hoje e que espero que possa valer a pena?
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3 - Quais perguntas eu sinto que um dia serão respondidas no céu?

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Oremos: Senhor Jesus, eu lhe agradeço por todas as lutas e lágrimas da minha vida que foram
transformadas em alegria e coisas boas. Quero te louvar, porque quando caminho com o
Senhor, nenhuma tristeza é em vão e fica sem fruto. Dai-me, Senhor, o dom da esperança e da
perseverança. Sei que um dia muitas perguntas que hoje me ferem não irão mais me machucar.
Portanto, eu entrego já agora tudo aquilo que eu não sei, não compreendo e que tem tirado
minha paz e minha alegria. Ensina- me, Senhor, a saber esperar e entregar aquilo que foge do
meu controle e do meu entendimento. Amém.
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11 de maio
O Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de
Deus.
Evangelho: Jo 16, 23b-28
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes
ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi,
e recebereis; para que a vossa alegria seja completa. Disse-vos estas coisas em linguagem
figurativa. Vem a hora em que não vos falarei mais em figuras, mas claramente vos falarei do
Pai. Naquele dia pedireis em meu nome, e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós, pois o
próprio Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus. Eu saí
do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai.'
Para meditar:
Muitos de nós não gostamos de pedir. Temos vergonha ou medo de estarmos incomodando.
Mas também é verdade que nos sentimos ofendidos quando alguém não nos pede algo de que
precisava e que nós daríamos com alegria. Portanto, pedir e dar mostram intimidade, amor e
confiança.
Jesus hoje nos convida a conhecermos a força da oração. Temos o direito de pedir ao
Pai em nome de Jesus, não precisamos ter vergonha e muito menos achar que estamos
incomodando a Deus ou tomando o lugar de outras pessoas que tenham problemas maiores.
Deus não tem os nossos limites. Ele é infinitamente poderoso para atender a todos.
A oração deve ser feita em nome de Jesus. O que significa isso? Para além de usar a
expressão “em nome de Jesus”, pedir em nome de Jesus implica eu pensar se o que eu vou
pedir o próprio Jesus pediria. O que eu peço poderia ser ao invés de mim, o próprio Jesus aqui
pedindo ao Pai?
Na medida em que vamos sendo discipulados por Jesus, até mesmo as nossas preces
mudam e ficam mais santas. Contudo, nunca devemos deixar de orar com expectativa: a oração
pode aquilo que Deus pode!
Para refletir:
1- Eu estou em condições de estar diante de Deus em nome de Jesus?

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2- Rezo com confiança, persistência ou carrego dentro de mim um sentimento de que não
mereço pedir as coisas para Deus? O que me faz sentir indigno de pedir?
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3 - Qual foi minha melhor e maior experiência com o poder da oração?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero ser digno de usar teu nome diante do Pai. Eu quero ter o teu
coração e a tua mente para pedir da forma correta. Espírito Santo, derrama sobre mim a força
e o ânimo para uma vida de oração mais constante e frutuosa. Liberta-me de uma oração infantil
e mundana. Que eu possa experimentar o verdadeiro poder da oração! Amém.
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12 de maio
Domingo - Solenidade da Ascensão do Senhor
O Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus.
Evangelho: Mc 16,15-20
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, e disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro
e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer
será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão
demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem algum
veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles
ficarão curados". Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-
se à direita de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava
e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
Para meditar:
A pessoa que vive a fé, carrega consigo os sinais da presença de Jesus em sua vida.
Hoje celebramos a Ascensão do Senhor, o dia em que Jesus subiu aos céus e se assentou
à direita do Pai como rei e Senhor de tudo e de todos. E enquanto Ele não volta, deu à sua Igreja
uma missão: fazer o que Ele fazia.
O ressuscitado acontece neste mundo através daqueles que renasceram para uma vida
nova e cheia do Espírito Santo; que levam adiante a missão de Jesus, que era a de pregar o
Evangelho da salvação.
No evangelho de hoje, Jesus fala dos sinais que acompanham aqueles que vivem a fé.
Em cada um desses sinais temos carismas do Espírito Santo que a Igreja expressa através de
seus membros: exorcismo, línguas, curas, milagres. Estes dons existem e algumas pessoas têm
a graça de expressar e manifestar estes dons de modo muito concreto e pontual.
Mas é preciso saber que todo cristão pode viver e expressar esta presença de Jesus em
sua vida. Você também pode expulsar o Maligno para longe de você e dos seus; também pode
falar línguas novas para se comunicar de forma que o outro entenda a verdade; também pode
ser protegido do veneno desse mundo que entra em nós mesmo que não queiramos; e também
pode curar pessoas e situações trazendo a paz de Deus aos sofrimentos.
Os discípulos tomaram posse de que Jesus iria cumprir com o prometido. Do mesmo
modo, precisamos tomar posse das palavras bonitas de Jesus. Elas não são só bonitas: elas são
verdadeiras.
Jesus ajudava e continua ajudando sua Santa Igreja e cada um de nós confirmando
nossas palavras, atitudes e iniciativas com sinais. O Deus que servimos não nos chamou para
passar vergonha e sermos derrotados em nossas iniciativas em favor do bem e do Evangelho.
Ele estará conosco até o fim!
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Para refletir:
1- Eu sou chamado a evangelizar onde e quem?

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2- “Quem crer e for batizado” significa “fé e arrependimento”. Como eu vivo a fé? Eu rezo
mesmo? Conheço minha fé? Como vivo o arrependimento? Vivo com frequência o sacramento
da confissão?
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3 - Os sinais que Jesus promete eu já os experimentei? Qual deles eu gostaria de viver e

exercitar?
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Igreja. Eis-me aqui para ser enviado. Manifesta em minha vida todos os sinais da tua presença,
dai-me a graça de exercitar os meus dons e ser mais ousado na minha fé. Tirai de mim o medo
e a solidão. Peço, Senhor, que os teus sinais e a tua mão poderosa possam confirmar a
evangelização da Igreja. Amém.
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13 de maio
Tende coragem! Eu venci o mundo!
Naquele tempo: Os discípulos disseram a Jesus: 'Eis, agora falas claramente e não usas mais
figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por
isto cremos que vieste da parte de Deus. Jesus respondeu: 'Credes agora? Eis que vem a hora -
e já chegou - em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não
estou só; o Pai está comigo. Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo,
tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!'
Para meditar:
Credes agora? Sim, somos lentos. Como é triste entender as coisas quase no final. Quanto já
perdemos em nossas relutâncias, não é mesmo? Porém, antes tarde do que nunca.
O papel do Espírito Santo em nossa vida é justamente nos levar a crer que Jesus conhece
tudo e que Jesus veio da parte de Deus. Quanto antes sabermos, saborearmos e entendermos é
melhor para nós.
Jesus foi deixado pelos seus discípulos no momento mais difícil, mas Jesus sabia que
quando todos o deixassem, Ele não estaria só. Deus não o deixaria sozinho; Deus não nos deixa
sozinhos.
Na verdade, quando todos nos deixam, percebemos que Deus sempre está conosco. Por
isso, Jesus proclama: “O Pai está comigo”.
Ele venceu o mundo e esta vitória é nossa também na medida em que estamos unidos a
Ele. Por isso ele ordena: coragem!
Para refletir:
1- Hoje, esse “agora” da fé a respeito de Jesus já aconteceu em minha vida?

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2- Tenho me sentindo só? Eu encontro Deus nas minhas solidões?
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3 - Como avalio minha coragem e minha paz?

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Oremos: Senhor Jesus, ao se aproximar a festa de Pentecostes, eu desejo que aconteça em

minha vida este “agora”. E que seja hoje este “agora creio, agora sei”. Não quero mais perder
tempo na minha vida de fé. Espírito Santo, que eu sinta a tua presença e que seja viva em mim
a presença do Pai. Vós sois a minha paz em meio as minhas tribulações. Renovai, Espírito
Santo, a minha coragem. Amém.
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14 de maio
Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Como meu Pai me amou, assim também eu vos
amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu eu
vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu
mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do
que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos
mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo
amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me
escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o
vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto é
o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros".
Para meditar:
Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros. Quando pensamos em Deus, nos vem
à mente uma série de regras, códigos de conduta e tudo isso é absolutamente necessário, mas
tudo precisa girar em torno desta ordem: amai-vos uns aos outros.
Muitas vezes a religião pode nos fazer perder o foco e isso é muito perigoso. Perigoso,
porque mesmo cumprindo regras e fazendo uma série de coisas boas, nobres e louváveis, fugir
do mandamento principal, que é o amor, torna todas as outras coisas sem plenitude de sentido.
E esse amor tem um parâmetro a ser seguido: "amai-vos uns aos outros, assim como eu vos
amei." O modelo desse amor não é você, seus gostos e preferências, mas, sim, o próprio Jesus.
Amar como Jesus amou vai muito além do que é rotulado como amor nos dias de hoje,
que é, por vezes, um mero sentimento passageiro, superficial e repleto de egoísmo e vaidade.
Amar como Jesus amou é dar a vida, cuidar, pastorear, ajudar, evangelizar as pessoas que estão
ao nosso redor. E esse amor verdadeiro e fecundo não tem origem em nós. É uma capacidade
dada pelo Criador, por isso é substancial ser amigo de Jesus, estar em união com Ele para
conseguir amar como Ele ama.
Jesus disse que somos seus amigos se fizermos o que Ele manda e que é por causa dessa
amizade que sabemos o que Ele quer de nós. Em Jesus encontramos o sentido da nossa vida.
Assim como Ele se entrega por nós, que nossa vida também seja uma constante doação e
entrega em favor dos irmãos, especialmente daqueles que mais sofrem.
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Para refletir:
1- Tenho dado minha vida ou tenho me guardado e recusado amor diante das necessidades dos
meus amigos?
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2- Nas minhas orações eu peço a graça de amar como Jesus amou? Lembro-me de pedir isso?
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3- Eu sei pensar a Eucaristia como um encontro com Jesus ressuscitado?

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Oremos: Senhor Jesus, eu creio que tu estás vivo e ressuscitado na Eucaristia, na comunhão e
em cada sacrário de nossas igrejas. Eu quero, Senhor, estar verdadeiramente em comunhão
contigo. Eu quero viver como o Senhor viveu para ressuscitar como o Senhor ressuscitou. Que
a experiência de comungar teu corpo e sangue me leve a viver com o Senhor dentro de mim.
Pai Santo, põe em mim todo o amor que eu não tenho, sobretudo pelas pessoas que me são
mais difíceis. Amém.
100
15 de maio
Para que eles sejam um assim como nós somos um.
Evangelho: Jo 17,11b-19
Naquele tempo: Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: 'Pai santo, guarda-os em teu nome, o
nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. Quando eu estava com
eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os e nenhum deles se perdeu,
a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. Agora, eu vou para junto de ti, e digo
estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente
realizada. Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como
eu não sou do mundo. Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno.
Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade; a tua palavra é
verdade. Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. Eu me
consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade'.
Para meditar:
O evangelho de hoje é a oração sacerdotal de Jesus.

É papel do sacerdote ser intercessor e rezar em favor do povo. Na última ceia, Jesus
faz esta oração em nosso favor pedindo ao Pai em primeiro lugar que sejamos um. Um com
Deus e um com os outros. Jesus deseja que tenhamos em nós a alegria d'Ele; a alegria que Ele
mesmo tinha em ser do Pai.
Jesus ora para que sejamos guardados do maligno, do diabo. O maligno é o tentador
que usa das coisas do mundo para nos afastar de Deus. Estamos no mundo, mas não somos do
mundo na medida em que nos relacionamos com este mundo a partir de Jesus e da sua Palavra.
Quando vivemos assim, o diabo não nos faz mal e nós fazemos bem ao mundo.
Nosso Senhor Jesus deseja que nos consagremos. Consagrar significa “separar para”,
separados na verdade e a verdade é o evangelho de Deus para nós.
Jesus mesmo se consagrou em nosso favor. Nesta consagração em nosso favor, está
também mais um aspecto do sacerdócio de Jesus. O sacerdote é aquele que se consagra, se
separa, se sacrifica em favor e em nome do povo e todo cristão é enviado ao mundo para que
todos O conheçam.
Sejamos fiéis ao pedido que Jesus fez ao Pai e nos conservemos unidos para que
sejamos um com Jesus e o Pai.
101
Para refletir:
1- Eu tenho vivido em unidade com Deus, com os irmãos e com a Igreja?

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2- Eu sei viver no mundo a partir do evangelho e não do diabo?

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3 - Eu me submeto à verdade do Evangelho? Eu tenho me consagrado em favor de quem

diante de Deus?
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Oremos: Senhor Jesus, que eu esteja guardado do pecado e do maligno. Que teu nome Santo
me proteja do mal. Eu quero em mim a tua alegria, a alegria que vem da tua Palavra e de viver
na tua verdade. Que a verdade do evangelho me consagre e santifique. Recebe, Senhor, minha
vida em favor dos meus e da Igreja. Amém.
102
16 de maio
Para que o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste
a mim.
Naquele tempo, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: Pai Santo, eu não te rogo somente por
eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra, para que todos sejam um
como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo
creia que tu me enviaste. Eu dei-lhes glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós
somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo
reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. Pai, aqueles que me deste,
quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória
que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. Pai justo, o mundo não te
conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz
conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste
esteja neles, e eu mesmo esteja neles'.
Para meditar:
Jesus hoje continua sua oração sacerdotal em nosso favor. Ele rezou “por aqueles que vão
crer”, ou seja, por cada um de nós. O desejo de Jesus é que sejamos um. É a unidade da Igreja,
do rebanho que faz o mundo crer em Cristo.
Jesus usa dois adjetivos para o Pai: santo e justo. A santidade do Pai não pode ser
separada da sua justiça e a sua justiça é expressão da Sua santidade. Somos destinados a
conhecer quem é este Pai santo e Pai justo através da ação do Espírito Santo em nós que realiza
o que Jesus prometeu. "E o tornarei conhecido ainda mais”.
É conhecendo Jesus, é vivendo o evangelho que o amor de Deus se faz presente em
nós. À medida que o conhecimento cresce, cresce também o amor.
Para refletir:
1- Eu estou unificado comigo mesmo ou me sinto disperso, dividido interiormente?

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103
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2- Qual aspecto da santidade do Pai mais me atrai?

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3 - Tenho vivido a justiça do Pai nos meus relacionamentos?

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Oremos: Meu Senhor e meu Deus, eu quero crescer no conhecimento de quem Tu és e fazer a
experiência da tua santidade e da tua justiça. Dai-me a graça de ser um, unificado comigo
mesmo. Muitas vezes me sinto despedaçado e quebrado entre o bem que devo fazer e o mal
que não quero fazer. Unifica meu interior. Dai-me a graça de conhecer cada vez mais quem Tu
és para que eu o ame cada vez mais. Amém.
104
17 de maio
Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas".
Jesus manifestou-se aos seus discípulos e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro:
'Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?' Pedro respondeu: 'Sim, Senhor, tu sabes
que eu te amo'. Jesus disse: 'Apascenta os meus cordeiros'. E disse de novo a Pedro: 'Simão,
filho de João, tu me amas?' Pedro disse: 'Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo'. Jesus disse-lhe:
'Apascenta as minhas ovelhas'. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: 'Simão, filho de João, tu
me amas?' Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu:
'Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo'. Jesus disse-lhe: 'Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias.
Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir.'
Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou :
'Segue-me'.
Para meditar:
No evangelho de hoje, Jesus vai ao encontro de Pedro para ressuscitar sua vocação de pastor
do rebanho de Cristo. Pedro havia pecado, negado Jesus e por isso sentia vontade de voltar
atrás, mas Jesus está mais interessado em saber se Pedro o ama, afinal, mais importante do que
ser forte e não pecar é amar Jesus.
Nas três perguntas que Jesus faz a Pedro, o Senhor está curando a fraqueza dele e o
convidando a entender que a ele, Pedro, cabe amar Jesus e a Jesus cabe fazê-lo forte e fiel. A
expressão do amor a Jesus é amar o que Jesus ama e cuidar de quem Jesus cuida: das ovelhas.
Nossa fidelidade e nosso amor a Deus estão intimamente ligados ao pastoreio e ao
serviço. Para isso, Jesus quer saber: “tu me amas mais do que estes?”. Somos chamados a amar
mais do que os outros amam. O nosso chamado é grande e por isso o amor que nos une a Jesus
tem que ser maior.
É em nome desse amor que Pedro iria glorificar a Deus através da morte. Nós
glorificamos a Deus não só pelo trabalho, oração, mas também através do martírio. Dar a vida
é o grande gesto de louvor e de adoração que podemos dar a Deus.
105
Para refletir:
1- Eu amo Jesus mais do que as outras pessoas amam? Quero amá-lo acima da média?
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2- Qual foi o meu maior pecado contra Jesus? Em que ocasião eu o neguei?
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3 - O que significa para mim hoje a frase: apascenta as minhas ovelhas?

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Oremos: Senhor Jesus, eu muitas vezes já te neguei. Mas apesar do meu pecado, eu te amo e
quero amar mais do que todos te amam. Quero te amar com todas as minhas forças e de todo o
meu coração. Obrigado pelo teu perdão que ressuscita minha fé e o meu chamado. Dai-me a
capacidade de apascentar as tuas ovelhas com a tua sabedoria e com o teu amor. Jesus, que eu
entenda, que eu te glorifique também através do sofrimento, da cruz e do martírio. Amém.
106
18 de maio
Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e sabemos que o seu
testemunho é verdadeiro.
Naquele tempo, Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o
mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: 'Senhor, quem é
que te vai entregar?' Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: 'Senhor, o que vai
ser deste?' Jesus respondeu: 'Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa
isso? Tu, segue-me!' Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não
morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: 'Se eu quero que ele permaneça
até que eu venha, que te importa?' Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as
escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Jesus fez ainda muitas outras coisas,
mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser
escritos.
Para meditar:
Pedro havia recebido de volta o chamado e o encargo de ser o líder dos apóstolos. Acabara de
se reconciliar com Jesus e quase perdeu o foco das coisas ao se preocupar com João.
Ao olhar para trás e ver que João estava seguindo a ele e Jesus, ele quis saber de Jesus:
“Mestre o que vai ser deste?”. Pedro está preocupado e/ou curioso para saber se João vai viver
as mesmas coisas que ele. Isto deduzimos a partir da resposta de Jesus ao dizer “se eu quero
que ele permaneça até que eu venha...”. Ou seja, Jesus entendeu que Pedro queria saber se
João também iria morrer martirizado.
Muitas vezes queremos saber mais do que precisamos saber a respeito da vida dos
outros e a respeito dos propósitos de Deus na vida dos outros. Parece que se alguém não estiver
junto comigo no chamado eu não consigo corresponder o chamado.
O que Deus me pede, Ele pede somente para mim e não para o outro. Por isso, Jesus
diz: “Que te importa?”. E ordena “tu, segue-me”, como que dizendo a Pedro “o que te importa
é o que eu te mando fazer, o que te importa é o seu chamado e não o do outro”.
O plano de Deus para você é perfeito e tem um sentido definido e singular, portanto, ao
invés de se preocupar com o projeto de Deus para as outras pessoas, preocupe-se em estar
atento à voz de Jesus que te diz, pessoalmente: “Tu, segue-me!”
107
Para refletir:
1- A vida dos outros tem me preocupado mais do que o necessário? Quem é o “João” que me
preocupa e que eu preciso entregar nas mãos de Deus?
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2- “Tu, segue-me”. Qual ou quais as coisas importantes que se referem somente a mim eu
tenho negligenciado?
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3 - Quais coisas e obras Jesus tem escrito em minha vida para ser lido pelos outros?]
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Oremos: Senhor Jesus, eu entendo que muitas vezes eu vou te seguir sozinho. Muitas vezes
quem está perto de mim não foi chamado às mesmas coisas que eu e isso não deve me distrair
e nem incomodar. Eu quero ouvir todos os dias a tua voz me chamando “segue-me”. Amanhã
é dia de Pentecostes e eu quero receber o Espírito Santo. Sei que com o Espírito Santo eu nunca
estarei sozinho no teu seguimento. Eu quero ser um discípulo de testemunho verdadeiro.
Amém.
108
19 de maio
Domingo de Pentecostes
Soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo.
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as
portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: 'A paz esteja convosco'. Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os
discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco.
Como o Pai me enviou, também eu vos envio'. E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e
disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a
quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'.
Para meditar:
A liturgia de hoje é belíssima e fala do dia em que a Igreja nasceu para o mundo: Pentecostes.
No dia de Pentecostes Jesus Ressuscitado dá seu último presente aos seus discípulos: o Espírito
Santo.
Na primeira leitura da missa de hoje, que está em Atos dos Apóstolos 2, 1-11, vemos o
Espírito Santo como a força, a unção que faz a Igreja crescer e nos fazer testemunhas
destemidas de Jesus. No Salmo 103 temos um grande clamor para que o Espírito Santo renove
a face da terra e toda a criação. A segunda leitura, que está em 1 Coríntios 12,3-7.12-13, vemos
o Espírito Santo como doador dos dons e como aquele que nos mantém unidos no corpo de
Cristo que é a Igreja.
Em seguida, portanto, o Evangelho nos mostra o Espírito Santo como a fonte da nossa
paz e também como aquele que opera em nós para nos dar a graça do arrependimento e aquele
que age no sacramento da confissão através do sacerdote.
Ao terminarmos o tempo pascal, o maior desejo é que cada um de nós tenha feito esta
passagem e vivido com alegria essa ressurreição da morte para a vida, do medo para a coragem,
das trevas para a luz, do pecado para a santidade.
Vivamos uma vida reconciliada com Deus através de Jesus Ressuscitado e na força do
Espírito Santo!
Para refletir:
1- Eu tenho coragem de anunciar as maravilhas de Deus? Sei falar de Deus de modo que as
pessoas entendam?
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2- Qual dom eu tenho de mais especial? Qual deles está a serviço do corpo de Cristo que é a
Igreja?
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3 - A presença do Espírito Santo em minha vida tem frutificado em paz e perdão?

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Oremos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do
Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos:
Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que
apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua consolação.
Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
110

Diario Espiritual Tempo Pascal 2024 1711818568

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Diário Espiritual para o Tempo Pascal - 2024

Padre Mario Sartori

- Tenha um local e horário fixos para oração;

Padre Mario Sartori

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

3- Diante de tantas fofocas, desinformações e descrença, como está a minha fé no poder de

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

2- As manifestações de fé dos meus irmãos me estimulam e motivam ou quase nunca dou

3 - De alguma forma eu evangelizo alguém ou alguns? Sim? Não? Por quê?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

1- Como eu vivo o sacramento da confissão? Eu acolho a confissão sacramental como um

2- Eu entendo a vida de fé em comunidade como o lugar da manifestação de Jesus? Perco

Oremos: Senhor Jesus, em vossa infinita misericórdia salvai-me da incredulidade. Perdão,

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

1- Eu também me sinto chamado(a) a colaborar no projeto de Deus para o mundo?

2- Eu já entendi o plano de Salvação de Deus para mim?

3 - Eu ainda tenho medo de assumir compromissos no reino de Deus?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

1- Nas noites escuras da minha vida eu consigo ir até Jesus e escutá-lo?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

3 - Quais são as atitudes mundanas que você ainda precisa abandonar?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

1- Você tem colocado o pouco que possui nas mãos de Jesus?

Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. Entraram na barca e foram em direção a

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

2- Você já pensou em abandonar o barco em meio às tempestades? O que te fez continuar?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

O evangelho de hoje é a aparição de Jesus no momento em que os discípulos de Emaús estão

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Estamos no capítulo 6 de São João, que é o grande discurso de Jesus a respeito de si

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

2- Minhas “fomes” e “sedes” me levam a oração, à Eucaristia? Na comunhão Eucarística eu

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

1- Eu limito o poder de Deus ao meu poder, o saber de Deus ao meu saber?

3 - Eu sinto a vida de Cristo em mim? A experiência da comunhão Eucarística me faz

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

3- Hoje eu tenho a fé, a clareza e a firmeza de São Pedro?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

3 - Qual área da minha vida ainda não há a abundância de Cristo?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Evangelho: Jo 12, 44-50

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

2- Eu consigo encontrar palavras no Evangelho para iluminar minhas trevas?

Evangelho: Mc 16, 15-20

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

1- Eu sou chamado a evangelizar onde e quem?

3 - Os sinais que Jesus promete eu já os experimentei? Qual deles eu gostaria de viver e

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

1- O que me perturba hoje?

2- Tenho sustentado e aumentado minha fé nas perturbações? Minha fé tem o poder de me

3 - Jesus é o caminho! Eu conheço Jesus?

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.