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DIÁRIO ESPIRITUAL
PARA O MÊS DE AGOSTO | 2023

Padre Mário Augusto Sartori

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sem autorização por escrito do autor.

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DICAS PARA TIRAR MAIOR APROVEITO DO DIÁRIO ESPIRITUAL

- Tenha um local e horário fixos para oração;


- Invoque o Espírito Santo e faça outras orações que te ajudem a se acalmar e estar na
presença de Deus;
- Leia o evangelho do dia, a reflexão e as perguntas sem pressa. No meu canal do YouTube
você encontra a homilia do mesmo evangelho, um pouco mais aprofundada;
- Use as perguntas para realmente refletir sobre sua vida;
- É interessante você anotar suas respostas e reflexões;
- Tente investir alguns minutos do seu dia para fazer isso de forma orante;
- Procure o sacramento da confissão e use dos ensinamentos deste mês de retiro para
fazer seu exame de consciência.

Com a graça de Deus e a unção do Espírito Santo chegaremos ao final desse Diário com
nossas vidas transformadas. Coloque suas intenções e reze com fé. Deus está com você
nesta caminhada, creia!

Vamos juntos nessa jornada? Deus o abençoe.

Pe. Mário A. Sartori.

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01 de agosto - Terça-feira | Memória de Santo Afonso Maria de
Ligório, bispo e doutor da Igreja

Evangelho: Mt 13,36-43

Naquele tempo, Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se
dele e disseram: "Explica-nos a parábola do joio!" Jesus respondeu: "Aquele que semeia a boa
semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao
Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A
colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado
ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará os seus anjos
e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois
os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão
como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Você sabe qual a diferença de do joio para o trigo? Aparentemente eles são exatamente
iguais, exceto por uma coisa: a semente de joio é vazia por dentro. Sutil, mas muito pontual
quando associada à fé.
O Senhor só semeia coisas boas em nossos corações, mas, enquanto "dormimos",
desanimamos, o inimigo pode vir e semear o joio, ou seja, o que é mau dentro de nós.
Queridos irmãos, só boa vontade na nossa caminhada não basta. É preciso estar com os
olhos bem atentos, conhecer bem a fé que professamos, porque esse mundo está cheio de
demônios semeando o joio e dizendo que é trigo; semeando ideologias contrárias a nós;
semeando relativismos em questões já definidas pela Igreja e dizendo que você precisa se
libertar de tantos preceitos, dogmas e padrões religiosos.
Infelizmente o semeador do joio está por todos os lados, e também dentro da Igreja,
mas as sementes lançadas por ele brotam frutos vazios. Por isso, precisamos ter nossa fé muito
bem fundamentada, para que não sejamos enganados por qualquer um, e sabedoria para saber
lidar com o joio.
"Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos
tempos: o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que
fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo". Jesus
diz que os maus serão jogados na fornalha de fogo, ou seja, irão para o inferno. É tempo de nos
atentarmos a essa compreensão.
Deus é infinitamente misericordioso, mas ele fará justiça sobre esse mundo. Ele vai
fazer justiça em favor dos seus, portanto, a sua conversão precisa começar já!

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Para refletir:

1- Como está o terreno do meu coração para receber a boa semente, que é Jesus? Estou dando
abertura para Deus "trabalhar" minha vida ou ainda sou muito fechado?

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2- Quais frutos estou produzindo para Deus, para o próximo, para a minha comunidade?

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3- Qual gesto concreto este evangelho desperta ao meu coração?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero estar preparado(a) para o dia final, mas também preciso estar
preparado(a) para as tuas vindas na minha vida, no meio da minha correria e das coisas mais
comuns da vida. Espírito Santo de Deus, molda a minha vida e o meu coração para que eu trilhe
todos os dias o caminho da santidade. Reconheço que preciso me aprofundar nos ensinamentos
da Santa Igreja Católica para que o joio não seja plantado em meu coração. Neste dia vos peço,
Senhor: reine sobre mim desde agora e para sempre. Amém.

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02 de agosto - Quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 13,44-46

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no
campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos
os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus também é como um comprador que
procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos
os seus bens e compra aquela pérola".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Jesus hoje usa duas parábolas quase iguais para nos ensinar o que é o Reino dos Céus
e o quanto ele vale. O Reino dos Céus é um tesouro. Qual o preço dele? Tudo o que temos.
Parece duro dizer que para ter este tesouro é preciso vender tudo, mas a verdade é que o nosso
tudo é pouco. Porém, se esse pouco for ofertado inteiramente, ele pode comprar além do pouco.
Na imagem do tesouro escondido nós vemos que Cristo quer ser visto como uma alegria
e não como um peso; uma graça e não uma lei. É com alegria, então, que o homem vai e vende
tudo que tem para possuir o campo e o tesouro, a pérola. Agora, vamos pensar: este tesouro
custa a renúncia de coisas boas! Nós não vamos ter a pérola preciosa que é Jesus, a Eucaristia,
nos desfazendo apenas do pecado ou das coisas ruins. Coisas ruins, velhas e quebradas não
pagam um tesouro. O que é melhor custa aquilo que é bom! O Reino de Deus se faz dentro
dessa decisão e renúncia (alegre, sempre) e não apenas com atitudes de desapegos de coisas
que não nos fazem falta e não encanta ninguém. Isto porque Jesus não se mede com a régua da
regra, mas com o horizonte infinito do amor!
Mas o evangelho enfatiza o ato de: “e compra”. Adquirir; tomar posse; ser proprietário.
Para comprar é preciso duas coisas e uma é mais evidente que a outra, que é o vender o que se
tem para conseguir comprar o que não tem; a renúncia das coisas boas que não são mais
convenientes e que impedem a compra. Mas há na atitude do primeiro homem algo interessante
e que geralmente nos passa despercebido: “manter escondido”.
Em nossa vida precisamos aprender a manter escondido aquilo que ainda não é de fato
nosso. Temos a mania de falar muito, de expor aquilo que ainda não “compramos”. Deus, às
vezes, nos revela pérolas e tesouros, como por exemplo uma virtude, um novo
comportamento... e devemos guardar isso, esconder e depois que, de fato, eu for proprietário,
possuidor desse comportamento, dessa virtude, então eu posso dizer e propagandear aquilo.
Quem faz isso antes da hora corre o risco de perder o que desejava. Existem muitas pessoas
maldosas ao nosso redor que ao saber do seu tesouro vão tentar te desanimar ou provocar.
Exemplo bobo: nunca diga que você não toma mais refrigerante, agora só suco natural,
enquanto isso não for mesmo um hábito seu. Basta você dizer isso e alguém vai repetidamente

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fazê-lo se deparar com uma Coca Cola. Neste exemplo, entendamos todos os outros. Encontrar,
renunciar, comprar e só depois mostrar.

Para refletir:

1- Quando e como foi que eu encontrei o tesouro e a pérola escondida?

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2- Santa Teresa D´Avila diz: “É justo que muito custe aquilo que muito vale”. Eu realmente
entendo e consigo aplicar isso na minha vida de fé? Quais coisas boas percebo que preciso me
desfazer para possuir a pérola preciosa?

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3- Qual tesouro eu descobri, mas ainda não é hora de mostrar? O que eu ainda estou adquirindo
e por isso preciso proteger ao invés de expor?

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Oremos: Senhor Jesus, que eu possa me desapegar de tudo, com alegria, para ter Jesus. Eu
creio que “é justo que muito custe aquilo que muito vale”! Que eu saiba, diante da tentação de
não me desapegar de algo ou alguém, sempre confiar nos Teus planos para a minha vida. Hoje
eu professo que Jesus vale todas as coisas. Virgem Santíssima, protegei-me daquilo que ainda
não está firme e bem enraizado dentro de mim. Amém.

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03 de agosto - Quinta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 13,47-53

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao
mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a
praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. Assim
acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos,
e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes
tudo isso?" Eles responderam: "Sim". Então Jesus acrescentou: "Assim, pois, todo mestre da
Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro
coisas novas e velhas". Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O evangelho de hoje nos fala sobre o julgamento final a partir da rede lançada ao mar.
A igreja é uma grande rede de pesca lançada no mar da vida. Fato é que nessa rede entra peixe
de todo tipo: peixe bom e peixe ruim.
Todo cristão precisa aprender a conviver com isso. Não no sentido de concordar com
tudo; que tudo pode e tudo vale. Não! Mas aceitar que essa é a regra que Deus deu para a
humanidade e que é Ele quem vai separar peixe bom de peixe mau; homem justo de homem
mau; cabe a nós o esforço diário de conviver com essa realidade, de ajudar o nosso próximo a
se levantar quando estiver caído e lutar para sermos bons, sem desviar o olhar de Jesus e da
Santa Igreja.
Todos os peixes são chamados, mas nem todos serão escolhidos e não cabe a nós fazer
essa separação. Jesus diz que os maus serão jogados na fornalha, ou seja, irão para o inferno.
"Compreendes tudo isso?", perguntou Jesus. E os discípulos responderam que sim. É tempo de
voltarmos a ter essa compreensão também. Deus é infinitamente misericordioso, mas ele fará
justiça sobre esse mundo. Ele vai fazer justiça em favor dos seus, portanto, a sua conversão
precisa começar já!
A nossa salvação começa nos passos que estamos dando neste instante da vida, ou seja,
o que vai acontecer no dia do nosso juízo final depende do que estamos fazendo ou deixando
de fazer hoje. E como Deus deseja que façamos parte daqueles considerados bons.
Nossa história é um grande baú, onde temos guardado grandes tesouros, afinal, todos
nós somos imagem e semelhança de Deus e todos esses tesouros acumulados dentro de nós
podem ser colocados à serviço do Reino. "'Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna
discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e
velhas'".

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Quando pensamos em Santo Agostinho, por exemplo, que foi um grande filósofo,
depois de se converter ele não deixou de ser filósofo, mas passou a colocar os tesouros velhos
e novos que possuía a favor de Deus. Santo Afonso de Ligório também cabe neste exemplo.
Um homem dedicado ao direito e às leis que depois da conversão trouxe todo o conhecimento
humano que possuía para a fé. Esse chamado também cabe a nós: fazer nossos tesouros velhos
e novos frutificarem para Jesus, a fim de encontrarmos o Reino de Deus.
Por isso a importância de nos conhecermos à luz do Espírito Santo. Cada um de nós
sabe das misérias e fraquezas que tem, mas às vezes estamos precisando mesmo sentar à beira
da praia, olhar para a rede do nosso coração e concluir se a nossa caminhada está nos levando
para entre os justos ou os maus.

Para refletir:

1- Você percebe as coisas boas e más que estão dentro do seu coração? Quais são elas?

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2- Você confia e crê que Deus tem poder para transformar você num vaso novo? Como tem
sido sua vida de oração nesta intenção?

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3- Minha vida hoje tem me tornado um "peixe bom ou ruim"? Por que?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero estar preparado(a) para o dia final, mas também preciso estar
preparado(a) para as Tuas vindas na minha vida, no meio da minha correria e das coisas mais
comuns da vida. Espírito Santo de Deus, molda a minha vida e o meu coração para que eu trilhe
todos os dias o caminho da santidade. Reine sobre mim desde agora e para sempre. Amém.

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04 de agosto - Sexta-feira | Memória de São João Maria Vianney,
presbítero

Evangelho: Mt 13,54-58

Naquele tempo, Dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam
admirados. E diziam: "De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do
carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas?
E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?" E ficaram
escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: "Um profeta só não é estimado em sua
própria pátria e em sua família!" E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham
fé.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Santo de casa não faz milagre. Isso aconteceu com Jesus. Ele continuou santo e com os
milagres, mas os de sua casa (cidade) ficaram sem os milagres.
Jesus causou e continua causando escândalo.Para os conterrâneos de Jesus não era só
difícil acreditar que um homem fosse Deus, mas que Deus fosse aquele tipo de homem:
carpinteiro, simples, nada poderoso e autoritário.
Pode ser que a maior conversão a ser feita em nós seja a de transformar a nossa cabeça.
Talvez não seja ir da descrença para a crença, mas da crença errada e infantil para a crença
madura e santa.
Muitas vezes Deus precisa desconstruir nossos conceitos e pré-conceitos para poder
entrar na nossa cabeça e mudar nossa vida. Veja que o evangelho diz que todos se admiravam
com a sabedoria e os milagres de Jesus. Ninguém o considerava bobo, supérfluo ou incapaz,
mas se Ele era Deus no meio deles mesmo, pensavam: nossa, como Deus é diferente do que a
gente quer.
Então a admiração, o sentimento e entendimento capaz de nos tornar abertos e
receptivos a algo ou alguém se transformou em escândalo, que é o sentimento do absurdo, do
não querer e até mesmo odiar.
Sim, ele é o carpinteiro e filho de José. Sim, ele é parente de Tiago, de Joset, de Judas
e de Simão e, sim, as irmãs dele moravam ali. Repare que os conterrâneos de Jesus tropeçaram
(e é isso que significa em grego a palavra escândalo) na parentela de Jesus. Portanto,
tropeçaram nas mediações humanas.
Sabe-se lá que tipo de pecado ou contra testemunho algum parente de Jesus podia ter
dado naquela vila, mas fato é que conosco acontece o mesmo: as mediações humanas ao redor
de Jesus muitas vezes nos desencantam ou ofuscam o próprio Jesus. O pecado de um padre, a

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imperfeição de um líder, a incoerência de um parente muito religioso. Quantas pessoas olham
mais para a família de Jesus do que para o próprio Jesus, não é?
Por isso, em Nazaré, Jesus não pode fazer milagres. Jesus não invade ou obriga ninguém
para que o milagre aconteça. O milagre que Ele podia dependia do consentimento das pessoas
e Ele ficou admirado com a falta de fé daquele povo.
Mas a falta de fé deles em Jesus nos revela também uma falta de fé e entendimento a
respeito dos meios, dos modos, dos instrumentos e lugares pelos quais podemos adquirir fé e
sabedoria. Eles não tinham dificuldade de acreditar que existia sabedoria e milagres, mas de
acreditar que essas coisas poderiam ser encontradas, adquiridas através de uma carpintaria e de
uma família simples. Aquele povo também tinha dificuldade de acreditar que tantas graças
poderiam ser encontradas em quem vivia ali em Nazaré.
Passaram a vida querendo receber e ter coisas que poderiam ser recebidas ali mesmo,
na vida que tinham. Deus age e se dá a nós no aqui e no agora da nossa vida.

Para refletir:

1- O Evangelho de Jesus tem sido para mim fonte de sabedoria e cura? Tenho conseguido
extrair da Palavra de Deus as respostas para a minha vida?

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2- Jesus foi carpinteiro e isso foi o meio pelo qual Ele se fez homem. Minha profissão, meu
cotidiano e meus relacionamentos têm favorecido meu relacionamento com Deus?

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3- As mediações humanas em relação a Jesus, Igreja e pessoas já me machucaram e


escandalizaram? No hoje da minha vida eu sei olhar mais para Jesus do que para a "família"
Dele?

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Oremos: Senhor Jesus, filho do carpinteiro, te louvo e te adoro em sua santa humanidade.
Obrigado por se fazer presente na carpintaria da minha vida. Espírito Santo, unge meu coração
e minha mente para saber extrair toda a sabedoria e toda a fé que estão contidas nas coisas, nas
pessoas e nos acontecimentos da minha vida. Espírito Santo, que eu não desperdice meu
cotidiano. Amém.

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05 de agosto - Sábado da 17ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 14,1-12

Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. Ele disse a seus
servidores: "É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos
atuam nele". De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão,
por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Pois João tinha dito a Herodes: "Não
te é permitido tê-la como esposa". Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o
considerava como profeta. Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou
diante de todos, e agradou tanto a Herodes que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o
que pedisse. Instigada pela mãe, ela disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista".
O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem
o pedido dela. E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. Depois a cabeça foi trazida num
prato, entregue à moça e esta a levou para a sua mãe. Os discípulos de João foram buscar o
corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O que é que mata um profeta? A narração do evangelho de hoje nos fala sobre o martírio
de João Batista, que morreu como testemunha e profeta da verdade de Deus. Morto por
Herodes, um homem vaidoso, mesquinho, indeciso, amarrado no pecado e nos prazeres
mundanos, que no fundo reconhecia a bondade de João Batista e o Deus que nele habitava, mas
não se rendeu a isso.
Uma vez que a verdade de Deus entra pelos nossos ouvidos, ela ecoa para sempre e
passa a nos ‘perseguir’. O evangelho dá sentido a tudo e não adianta nós querermos rasgar as
páginas da bíblia, silenciar profetas, inventar um novo ensinamento, porque o evangelho é a
verdade que traduz a nossa vida, dado que somos imagem e semelhança de Deus. Nós podemos
até ‘cortar a cabeça de João Batista’, mas não podemos silenciar a voz de Deus que vem dele.
Herodes vivia perturbado e, no fundo, tinha medo de João Batista, pois sabia que ele
era um homem bom e que anunciava a verdade. No fundo, ele sabia muito bem a direção que
deveria ir, mas não ia; e nós também, hoje, até sabemos, mas nossas escolhas muitas vezes não
correspondem a isso.
A Palavra de Deus nos agrada até o momento em que ela coincide com os nossos
interesses. Gostamos de ir à igreja, mas não estamos preocupados em agradar ao Senhor e a
pagar o preço da conversão que ela nos exige. Todo o contexto que Herodes vivia fez parte da
escolha dele para que João Batista fosse degolado; e nos dias de hoje o mundo também está
assim, escravizado por baixarias: poder, dinheiro, bebida, sexo, vingança, sensualidade,
vaidade.

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Veja como o demônio, com seus legitimadores, se faz parecer bondoso. O evangelho
nos traduz isso pela promessa do rei Herodes a filha de Herodíades de dar a ela tudo o que
pedisse.
O demônio nunca dá tudo o que promete, ele dá, no máximo, metade. Metade da
felicidade, metade da paz. Sempre metade. E João Batista não morreu porque era bobo, mas
porque sabia que Deus não o daria metade do céu, metade da salvação. Ele daria tudo.
Portanto, queridos irmãos e irmãs, nos rendamos ao Senhor e apostemos no Evangelho.
Saia da indecisão. Herodes confundia Jesus com João Batista, a quem mandara matar, porque
sua insensatez ofuscou a capacidade de enxergar a verdade. Cada um de nós já conhece a
verdade e sabe a direção a seguir.

Para refletir:

1- Qual o preço você está disposto a pagar para defender a Verdade?

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2- João repreendeu Herodes dizendo que a atitude dele em ficar com a mulher do irmão não
era correta. Quando você vê alguém próximo comentando um erro grave que pode afastá-lo do
amor de Deus, você consegue, com carinho e inteligência, conduzi-lo ao caminho da Verdade?

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3- Quando a palavra de Deus vai na contramão dos seus desejos e prazeres, você arruma
desculpas para não os abandonar ou renunciar por amor à Verdade?

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Oremos: Pai Santo e amado, dai-me a graça de viver sempre a Tua Palavra com fidelidade e
não arrumar desculpas para maquiar os meus prazeres. Que eu possa defender a Verdade a todo
custo, ainda que custe a minha vida, pois foi isso que Tu fizeste por mim. Porque eu sei que de
nada vale ganhar o mundo inteiro e perder o Reino dos Céus. Amém.

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06 de agosto - Domingo | Festa da Transfiguração do Senhor

Evangelho: Mt 17,1-9

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à
parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o
sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias,
conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse: "Senhor, é bom ficarmos aqui.
Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias". Pedro
ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem
uma voz dizia: "Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!" Quando
ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. Jesus se
aproximou, tocou neles e disse: "Levantai-vos, e não tenhais medo". Os discípulos ergueram
os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Quando desciam da montanha,
Jesus ordenou-lhes: "Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha
ressuscitado dos mortos".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Pedro, João e Tiago viveram uma experiência extraordinária e inigualável. Ao


celebrarmos a Festa da Transfiguração do Senhor, recordamos o dia em que do alto da
montanha, envolto em nuvens, Jesus Cristo manifesta sua divindade aos discípulos e é
apresentado como a Palavra a ser seguida.
Jesus, quando vai para Jerusalém, está a caminho de ser desfigurado pela flagelação e
pela cruz, mas antes de ser desfigurado Ele é transfigurado. Jesus tinha uma “figura”, ou seja,
uma aparência humana, mas Ele ficou tão desfigurado na cruz que para muitos era impossível
crer que Ele fosse o Filho de Deus.
Sabia que ao longo da vida você e eu também somos desfigurados? Desfigurados pelo
pecado. Perdemos a figura inicial da pureza e da bondade que recebemos de Cristo Jesus; uns
mais, outros menos, mas todos nós somos feridos pelo pecado. Todavia, só consegue vencer a
desfiguração quem se permite ser transfigurado na fé.
Para muitas pessoas Jesus ainda não foi transfigurado, pois tristemente o veem apenas
como um personagem da história que nasce no dia 25 de dezembro e que na sexta-feira santa
não se pode comer carne. A transfiguração está muito além do senso comum.
Você é diariamente chamado a ser transfigurado por Jesus, a fim de manifestar que é
filho(a) amado(a) do Pai do céu e que dentro de você habita o Espírito Santo. Mas como isso
se dá? Escutando o que Jesus diz. A Palavra de Cristo quando escutada, compreendida, rezada
e obedecida tem o poder de nos transfigurar. Sempre é tempo para ser transfigurado, ou seja,
para ir além da figura que se é para se tornar cada vez mais reflexo de Jesus.

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No alto do monte, a figura humana de Jesus, que posteriormente na cruz seria
desfigurada, foi transfigurada e os discípulos viram que Ele era Deus. O convite a cada um de
nós hoje é para subirmos a montanha com Jesus para enxergarmos a Sua glória e vivermos uma
experiência com Ele. No entanto, subir esta montanha exige de nós um esforço pessoal para
sair do comodismo e da mediocridade. À medida em que vamos caminhando com Jesus e
subindo a montanha, Ele se manifesta em nós e muda o nosso modo de ser.
Perceba, queridos irmãos e irmãs, que a princípio os discípulos tiveram medo do que
viram, mas depois ficaram extasiados diante de tamanha beleza. Mas eles tinham medo e
dificuldade em quê - quando o assunto era Jesus - a ponto de Deus precisar abrir o céu para
dizer: “Escutai-o!"? Os discípulos não escutavam e não compreendiam o dizer de Jesus sobre
a necessidade da cruz, do dar a vida, do negar-se a si mesmo. "Este é o meu Filho amado, no
qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!"
Deus Pai nos pede para escutar o seu filho Jesus, para que possamos descer da
montanha, obedecê-lo e não termos mais dúvidas de que Deus está no meio de nós e se revela
a partir do que os nossos olhos veem e do que os nossos ouvidos ouvem.

Para refletir:

1- Você costuma 'subir ao monte' com Jesus para rezar? Pedro, João e Tiago viveram uma
experiência extraordinária, porque ficaram a sós com Jesus. Silencie por um momento, avalie
e escreva como está a sua fé, o seu relacionamento com Deus e sua vida de oração.

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2- Só consegue vencer a desfiguração quem se permite ser transfigurado na fé. Qual pecado
tem me desfigurado?

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3- "Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!". Qual apelo
particular Deus me faz através deste versículo?

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Oremos: Senhor Jesus, eu te agradeço porque neste momento eu estou contigo no alto da
montanha; neste lugar de transfiguração, de graça e de paz que me fortalece para a cruz. Eu
quero escutar o que o Senhor me diz, por isso, abre o meu entendimento e o meu coração para
ouvir e acolher Tuas palavras sobre a cruz, sobre o amor, o perdão e a santidade. Pelo poder do
teu Espírito Santo, transfigure a minha vida, para que eu viva plenamente os dons que o Senhor
plantou em meu coração. Espírito Santo de Deus, toca em mim agora e em tudo que está
desfigurado e machucado em minha vida. Amém.

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07 de agosto - Segunda-feira da 18ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 14,13-21

Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um
lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o
seguiram a pé. Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por
eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e
disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que
possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir
embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco
pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”. Jesus mandou que as multidões se sentassem
na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou
a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às
multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda
doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar
mulheres e crianças.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Seguindo o ritmo e a sequência dos evangelhos, no último sábado, dia 30 de julho,


meditamos sobre o banquete dado no palácio de Herodes e que terminou com a morte de João
Batista. No texto de hoje, São Mateus nos ajuda a compreender o quanto Jesus é o oposto de
Herodes. Jesus nos apresenta o reino de Deus junto aos pobres no deserto; Herodes revela o
reino do diabo junto aos ricos no palácio. O primeiro se torna cura, milagre e partilha; o
segundo termina numa morte advinda do pecado.
Nós temos um rei diferente. Nosso Senhor Jesus Cristo é manso e compassivo com cada
um de nós. Perceba que no início do evangelho São Mateus narra que Jesus foi para um lugar
deserto e afastado, pois lá era onde Ele iria ensinar e curar a multidão. Mas por que Jesus nos
leva aquele povo para um lugar afastado? Porque no palácio, no barulho e em meio ao prazer
é impossível escutar e acolher a Deus. Jesus cuidadosamente conduziu aquele povo para um
lugar deserto para que eles estivessem plenamente atentos ao que Ele iria ensinar e realizar.
Este lugar deserto e afastado pode ser traduzido em períodos bastante pontuais em nossa
vida, como em ciclos que começam ou se encerram ou em momentos difíceis que precisam ser
atravessados. O cristão precisa estar atento para compreender a voz de Deus, pois é nessa hora
que Ele, com grande compaixão, realiza estas três coisas: ensina, cura e alimenta. Para
conseguir acolher essas três graças, sobretudo a de reconhecer o sabor do novo alimento dado
pelo Cristo, é preciso passar pelo período de purificação, que é o deserto; o lugar afastado.

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E Jesus nos alimenta, porque o verdadeiro banquete da vida é a Eucaristia. Esse texto
belíssimo da multiplicação dos pães nos aponta para a Eucaristia. Jesus queria dar de comer
àquela multidão, mas os discípulos, diante de cinco pães e dois peixes, queriam fugir dessa
missão e despedir todo o povo para que fossem comprar comida. Então, Jesus os adverte
dizendo: "Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!" De fato, Jesus queria
que os discípulos aprendessem a grande missão da igreja, que é levar a Eucaristia e o evangelho
de Cristo à toda criatura. E cada um de nós podemos ser instrumento dessa graça.
Quem anda com Jesus precisa aprender a resolver situações com fé, criatividade e
partilha. Muitas pessoas têm o costume de terceirizar o bem e elas mesmas não tomam a
iniciativa que poderiam tomar. Até sentem dó dos que sofrem e acham lindas as boas obras,
mas não dão o passo da fé. "Dai-lhes vós mesmos de comer!", diz Jesus também a nós. Seja
canal da graça na vida do próximo; seja provedor da bênção para quem precisa de ajuda. Deus
nos capacita para toda boa obra e missão quando o acolhemos verdadeiramente dentro de nós.
Naquele momento, diante de toda a multidão, Jesus fez o gesto eucarístico da
multiplicação dos pães, que alimentou mais de cinco mil pessoas. O pouco nas mãos de Jesus
é muito. Esse pão eucarístico que passou pelas mãos dos discípulos, passa também hoje pelas
mãos da Igreja, através do sacerdote, e é dado a nós.
Portanto, irmãos e irmãs, acolhamos o deserto da nossa vida e renovemos as nossas
forças na santa Eucaristia. Estejamos atentos ao que Jesus nos ensinou neste evangelho, para
que não deixemos ninguém ao nosso redor ir embora de mãos vazias, pois nós mesmos
podemos ser uma Eucaristia para o mundo e dar de comer a quem tem fome, basta que
estejamos unidos ao Pai do céu.

Para refletir:

1- Meu coração é semelhante ao coração de Jesus diante das necessidades das pessoas? O que
eu percebo que ainda preciso melhorar?

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2- Somos nós que temos de dar de comer às cinco mil pessoas que vivem à nossa volta. Você
tem sentado com as pessoas para partilhar a sua vida?

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3- "Dai-lhes vós mesmos de comer!". Diante da minha realidade, o que eu posso fazer hoje para
praticar esta ordem de Jesus?

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Oremos: Senhor Jesus, vós sois o pão da vida que nos alimenta no deserto. Obrigado(a) por
me alimentar, ensinar e curar. Muitas vezes eu tenho dificuldade de acreditar no poder do
pouco, quando colocado em tuas mãos, mas hoje eu renovo a minha fé em Vós, Senhor, e
acredito firmemente que Tu podes todas as coisas. Eu me abro para ser revestido(a) da força
do teu Espírito Santo, para ser também uma Eucaristia para o mundo. Amém.

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08 de agosto - Terça-feira | Memória de São Domingos, presbítero

Evangelho: Mt 14,22-36

Depois que a multidão comera até saciar-se, Jesus mandou que os discípulos entrassem na
barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões.
Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava
ali, sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era
contrário. Pelos três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando
os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: "É um
fantasma". E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: "Coragem! Sou eu. Não tenhais
medo!" Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando
sobre a água". E Jesus respondeu: "Vem!" Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a
água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar,
gritou: "Senhor, salva-me!" Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: "Homem
fraco na fé, por que duvidaste?" Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. Os que
estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho de
Deus!" Após a travessia desembarcaram em Genesaré. Os habitantes daquele lugar,
reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os
doentes; e pediram que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a
tocaram, ficaram curados.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Que aventura São Pedro viveu. Andou sobre as águas, quase se afundou no mar, levou
um puxão de orelha de Jesus, mas foi salvo por Ele. No fim das contas, tudo isso produziu algo
muito bonito: despertou a fé nos amigos dele, que ao presenciarem toda aquela cena se
prostraram diante de Jesus e disseram: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!".
Os discípulos precisavam viver aquela experiência e nós muitas vezes também
precisamos viver para conseguir reconhecer Jesus em nossa vida. Bendita tempestade que
revelou o Filho de Deus aos discípulos naquela noite. Bendita cruz que nos apresenta Jesus
hoje.
A barca é o sinal da igreja que carrega o Cristo. A igreja, que atravessa o oceano da
história e navega sobre o mal presente no mundo, sobrevive com a força do pão que carrega: a
Eucaristia e o evangelho. Mas essa barca também pode significar cada um de nós, que muitas
vezes somos agitados por ventos contrários no meio do caminho. Contrários a nossa saúde, a
nossa vida financeira, a nossa família, ao nosso desejo de santidade. E essas agitações, na
maioria das vezes, produzem medo e o medo nos cega a ponto de não conseguirmos mais
enxergar Deus.

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É interessante notar que neste evangelho a voz é mais importante que a visão. Eles
olham para Jesus, mas não o reconhecem. Então, Jesus grita: "Coragem! Sou eu. Não tenhais
medo!" Então Pedro, mesmo com a visão turva, desejou estar com Jesus e pediu que Ele o
levasse até seu encontro. Pedro poderia ter pedido para Jesus acalmar a tempestade, mas o
pedido dele foi esse: "(...) manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água".
Querido irmão e querida irmã, muitas tempestades na sua vida só vão se acalmar quando
brotar em seu coração o desejo de estar com Jesus. É preciso estar disposto a ter um encontro
com Ele em meio às agitações da vida.
Apesar da situação que se encontrava, o que Pedro mais queria era estar com Jesus. E
você, o que você mais quer? Jesus ou a cura? Jesus ou aquele emprego? Jesus ou o carro novo?
É claro que nós podemos pedir tudo isso a Jesus, mas é preciso, sobretudo, desejar mais a Ele
do que qualquer outra coisa que Ele possa te dar.
O desejo de estar com Jesus precisa vencer qualquer obstáculo, inclusive o da solidão.
Nenhum dos discípulos foram com Pedro ao encontro de Jesus. Ele foi sozinho, afinal, há
momentos em que ninguém caminha conosco. Existem histórias, renúncias e atos de fé que são
somente entre você e Jesus mesmo. O mais bonito disso é que Deus transforma a sua fé, a sua
renúncia e a sua solidão em fé para quem está à sua volta, afinal, ninguém se santifica sozinho.
Pedro deu um passo, se arriscou e quase se complicou, mas da fé e do fracasso dele os
discípulos puderam reconhecer Jesus. Porque Pedro teve fé, todos tiveram também. A sua fé
nunca será em vão.

Para refletir:

1- O medo tem sido determinante nas minhas escolhas, decisões e atitudes?

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2- O que Pedro mais queria era ir ao encontro de Jesus. Eu também tenho esse mesmo desejo
de Pedro, independentemente do momento em que eu esteja passando na minha vida?

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3- Quais transformações eu consigo visualizar e testemunhar em minha vida depois que
comecei a correr riscos por Jesus e a obedecer aos chamados dele?

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Oremos: Senhor Jesus, vos peço hoje a graça de ser sempre obediente ao Senhor. Ensina-me
a obedecer e agir a partir dos sinais e da voz de Deus no meu cotidiano. Pai de bondade, eu
quero ser corajoso(a) como Pedro foi naquele mar e também dar o primeiro passo. Por isso,
Jesus, liberta-me de todo e qualquer medo que tenta paralisar a minha fé. Que a partir de hoje
eu possa compreender que os ventos contrários e as tempestades deste mundo são instrumentos
para a minha santificação. Amém.

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09 de agosto - Quarta-feira da 18ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 15,21-28

Naquele tempo, Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. Eis que uma mulher cananeia,
vindo daquela região, pôs-se a gritar: "Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha
está cruelmente atormentada por um demônio!" Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma.
Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: "Manda embora essa mulher, pois ela
vem gritando atrás de nós". Jesus respondeu: "Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da
casa de Israel". Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a
implorar: "Senhor, socorre-me!" Jesus lhe disse: "Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-
lo aos cachorrinhos". A mulher insistiu: "É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também
comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!" Diante disso, Jesus lhe disse: "Mulher,
grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!" E desde aquele momento sua filha ficou curada.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Vimos no evangelho de hoje que reconhecer a misericórdia de Deus pela fé é um dos


atos primordiais para que alcancemos bênçãos e graças diante do Pai do Céu. Temos como
exemplo a grandiosidade da fé da mulher cananeia, que foi o que permitiu que ela
experimentasse o poder de Jesus por meio da libertação de sua filha, que estava sendo
atormentada por um demônio.
Jesus foi encontrado por ela. Perceba que apesar de pagã, ela se permitiu à fé e ao
encontro com Jesus. No entanto, ela passa por um constrangimento, que também foi importante
para que o milagre acontecesse. Ao suplicar que Jesus expulsasse o demônio de sua filha, Jesus
a chama com muita cautela de ‘cachorrinha’, pois era assim que os judeus chamavam os
pagãos. “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos". Jesus quis dizer
que não era certo tirar o pão, a graça dos filhos – judeus – e dar aos pagãos, aos "cachorrinhos".
A princípio parece que Jesus foi duro e grosseiro com ela, no entanto, Ele sabia muito
bem o que estava fazendo. Jesus precisava purificar a fé daquela mulher, encorajá-la e assim
aconteceu, partindo, primeiramente, de uma resposta cheia de esperança e fé vindo dela: "É
verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus
donos!". Ela provou o tamanho de sua fé e submissão, não se importando em ficar com as
migalhas, pois, no fundo, sabia que o pouco vindo de Jesus era tudo que a filha dela precisava
para ser liberta. Triste seria se ela tivesse pensado que não tinha crédito, reputação para fazer
tal pedido a Jesus. Se tivesse pensado deste modo, não teria recebido o milagre.
Diante da história desta mulher, Jesus também nos provoca a refletir sobre o tamanho
da nossa fé, perseverança e confiança n'Ele. Jesus percebeu que estava sendo procurado por
pagãos, mas muitas vezes era rejeitado pelo seu próprio povo.

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Hoje é dia de aprender com esta mulher do evangelho a ter uma fé perseverante e
focada, que em nenhum segundo duvidou que uma migalha poderia fazer por ela o que nada e
ninguém mais seria capaz de fazer. E se uma migalha pode tanto, quanto mais o pão inteiro.
Portanto, busquemos a Jesus, que é o verdadeiro alimento que sustenta e se dá por inteiro a
cada um de nós.

Para refletir:

1- Você que sempre está na igreja, é fiel em suas orações ou serve a Deus através de algum
ministério, estás valorizando Jesus, que se dá a nós através da santa Eucaristia, ou tem sido
indiferente? Como você avalia a sua fé?

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2- Você seria capaz de suportar o silêncio de Deus diante de uma grande dificuldade?

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3- Quem você precisa ser daqui para frente, a partir do exemplo e inspiração da mulher do
evangelho?

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Oremos: Senhor Jesus, hoje quero te pedir a graça de te valorizar nas pequenas “migalhas”, de
não comungar mais de qualquer jeito, de não me aproximar de Ti sem reverencia-Lo. Reveste-
me com a virtude da humildade, da fé perseverante e focada, como a fé da mulher cananéia.
Senhor, me ajude a não abandonar a minha fé na primeira dificuldade que eu encontrar e não
permita que eu desvie o olhar de Ti. Amém.

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10 de agosto - Quinta-feira | Festa de São Lourenço, diácono e
mártir

Evangelho: Jo 12,24-26

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de
trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz
muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste
mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou
estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Hoje é dia de São Lourenço, mártir. Quando meditamos a vida de um mártir fica mais
fácil entender esse evangelho. São Lourenço foi um grão de trigo que produziu muitos frutos e
todos nós, batizados, somos um grão de trigo que veio ao mundo para produzir muitos frutos
na terra da vida, através da nossa missão e da nossa vocação.
Cada grão cai em um tipo de terra. Eu caí na terra da vocação sacerdotal, talvez você
caiu na terra da vocação de ser pai ou mãe, de ser um religioso celibatário, enfim, os frutos
produzidos por nós, mesmo cada um estando em um tipo de terreno, precisa dar o mesmo fruto,
o fruto do reino de Deus.
Não são todos que receberam a graça de ser mártir como São Lourenço e tantos outros
santos; ter a graça de derramar o seu sangue por Cristo e por sua Igreja. Entretanto, todos nós
somos convidados a ser mártires no nosso dia a dia, ou seja, convidados a morrer para o mundo
e viver para Deus.
Aqui que está, talvez, a grande resposta para a pergunta mais comentada de todos os
tempos: qual é o sentido da vida? O sentido da vida está em se doar, fazer renúncias em favor
dos outros e do céu, no anúncio do evangelho. Parece loucura, mas é isso. O sentido da vida
não está em nós mesmos.
Quando eu me sinto útil servindo o próximo, ajudando alguém a ter uma vida mais
digna e, sobretudo, ajudando a encontrar o caminho do céu, eu começo a encontrar o sentido
da minha vida.
Olhemos para Jesus, pregado no madeiro. O sentido da vida de Jesus nunca esteve nele
mesmo, mas sim em se gastar para que nós tivéssemos vida. E se o próprio Deus diz que somos
a imagem e semelhança de d'Ele, nós devemos, então, seguir o mesmo caminho que Ele seguiu
nesse mundo. É por isso que quando um mártir derrama o seu sangue em favor da Igreja, ele
está se assemelhando ao máximo ao nosso Senhor Jesus Cristo.

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Por isso, nós precisamos ser esse grão de trigo e morrer para brotar frutos; morrer para
as nossas vontades; nossas vaidades, e tudo isso começa dentro da nossa casa, servindo àqueles
que estão próximos a você, porque o fruto sempre dá perto do pé.
Quantas pessoas egoístas que não pensam nos outros. Nós precisamos praticar mais
essa renúncia no dia a dia, para que isso se torne natural em nós. Precisamos aprender a escolher
o pior lugar na mesa de jantar para que os outros possam escolher os melhores; precisamos
pegar o menor pedaço de carne ou talvez nenhum, para que o outro tenha o melhor. Sabe
aquelas moedinhas que estão no seu carro fazendo barulho e na hora que um morador de rua
pede você escolhe qual dar? Então, dê todas! As pequenas renúncias do dia a dia vão nos
tornando pessoas melhores, mais maduras, e os frutos logo começam a aparecer.
Quanto mais os nossos atos se assemelham aos atos de Jesus, mais nos aproximamos
do verdadeiro sentido da nossa vida. Portanto, não tenhamos medo de servir, de ser o último,
de gastar nossa vida em favor do próximo e do evangelho, pois é uma promessa de Jesus: “Se
alguém me serve, meu Pai o honrará".

Para refletir:

1- Em qual tipo de terreno você se encontra hoje? Quais frutos você tem dado onde está?

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2- Quais são as vontades que te afastam do propósito de Deus e que são mais difíceis de serem
denunciadas por você?

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3- O que de fato tem feito a sua vida ter sentido?

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Oremos: Senhor Jesus, hoje eu entendo que ser a sua imagem e semelhança implica em seguir
os Teus passos, renunciar as minhas vontades e gastar minha vida em favor do próximo e do
evangelho. Mas reconheço também que sou um ser humano limitado e um pouco egoísta, por
isso, peço a graça de, no dia de hoje, saber renunciar as minhas vontades, os meus prazeres,
para que as pessoas que convivem comigo vejam meus atos e palavras. Dai-me a graça, Senhor,
de me assemelhar cada dia mais a Ti. Amém.

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11 de agosto - Sexta-feira | Memória de Santa Clara, virgem

Evangelho: Mt 16,24-28

Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua
vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro,
mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do
Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo
com a sua conduta. Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes
de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

No evangelho de hoje, São Pedro revela a dificuldade que todos nós temos de acolher
a cruz como instrumento de santificação e como meio de nos unir a Deus. Estamos neste mundo
e a mentalidade daqui não gosta da cruz, uma vez que muita gente ainda vê o sofrimento, o
amor, o perdão, a doação como loucura. As pessoas já não almejam mais o céu e têm como
único desejo ganhar o mundo.
Este texto nos parece duro diante das condições que Jesus nos pede, no entanto, as
palavras de Cristo são promessas de salvação a cada um de nós. Jesus foi bem claro ao nos
revelar que para seguirmos a Ele é preciso renunciar a nós mesmos e tomarmos a nossa cruz.
O discipulado exige, portanto, essas três atitudes: renunciar a si mesmo, tomar a cruz e seguir.
A questão é: nós queremos mesmo seguir Jesus no caminho que leva à ressurreição? Se
eu quero uma vida nova e ressuscitada preciso me dispor a esta mortificação do meu “eu”,
renunciar a mim mesmo. Veja que Jesus não está nem falando de renunciar propriamente ao
pecado: adultério, assassinatos, roubos, os tais pecados “cabeludos” que muitos de nós não
cometemos. A santidade não consiste em não pecar, consiste em amar. E amar é renunciar a si
mesmo. O nosso ego, nossas vontades, nossas convicções são, muitas vezes, os piores inimigos
que temos, afinal, "que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida?"
Se queremos ser discípulos de Jesus, precisamos carregar a nossa cruz. Essa não é uma
regrinha chata que Jesus impõe só para nos testar; mas é porque sem carregar a cruz não
acontece o discipulado em nós. Carregar a cruz é dar sentido à própria vida, é testemunhar a
fé, é abraçar os propósitos de Deus para nós, confiantes de que sem ela é impossível
assemelhar-se a Jesus para alcançar a vida eterna.
Ser discípulo é ser seguidor no sentido de ser alguém moldável, que vai ser mudado
pelo mestre. É impossível que Deus me molde se eu não me desapego, não carrego minha cruz
e não renuncio a mim mesmo. São estes os três instrumentos que Jesus usa para nos esculpir e
nos fazer à imagem e semelhança d'Ele.

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Para refletir:

1- Qual cruz tenho me negado a assumir na minha vida?

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2- Minha conduta revela que estou vivendo para ganhar o mundo ou para ganhar o céu?

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3- Quais coisas e pessoas eu preciso me desapegar para seguir Jesus?

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Oremos: Senhor Jesus, vos peço a graça de a cada dia conseguir carregar a minha cruz com
fé, perseverança e esperança na ressurreição. Eu renuncio hoje a mentalidade mundana e fútil
que me afasta da cruz de Cristo e me revisto da força que vem do alto. Pai de bondade, me
ajude a renunciar o meu ego, minhas vontades e convicções, pois eu quero que o Senhor seja
sempre o centro da minha vida. Amém.

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12 de agosto - Sábado da 18ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 17,14-20

Naquele tempo, chegando Jesus e seus discípulos junto da multidão, um homem aproximou-se
de Jesus, ajoelhou-se e disse: "Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético, e sofre ataques
tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. Levei-o aos teus discípulos, mas eles não
conseguiram curá-lo!" Jesus respondeu: "Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar
convosco? Até quando vos suportarei? Trazei aqui o menino". Então Jesus o ameaçou e o
demônio saiu dele. Na mesma hora o menino ficou curado. Então, os discípulos aproximaram-
se de Jesus e lhe perguntaram em particular: "Por que nós não conseguimos expulsar o
demônio?" Jesus respondeu: "Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo,
se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: 'Vai daqui
para lá' e ela irá. E nada vos será impossível".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

"Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos
suportarei?" Jesus ficou bravo nessa passagem do evangelho. E o que foi que tirou Ele do
sério? As pessoas sem fé, afinal, sem fé é impossível agradar a Deus.
Jesus - que tinha acabado de descer do monte da transfiguração, onde viveu junto aos
discípulos um momento de fé poderoso - ao descer de lá já encontrou um momento difícil, um
desafio.
O pai do menino que sofria de epilepsia disse a Jesus que o havia levado aos discípulos,
mas que eles não conseguiram curá-lo. Portanto, os discípulos já eram identificados como
Jesus, ou seja, na ausência do Mestre, eles tinham autoridade para curar. No entanto, os
discípulos ainda não estavam plenamente preparados para aquilo que foram designados a ser;
e neste ponto há um ensinamento muito importante para nós: muitas vezes somos associados a
Jesus, a igreja, mas nós não estamos preparados para tal missão. A "embalagem" está pronta,
mas por dentro ainda não está. Por isso, a advertência de Jesus também é para nós hoje: "Ó
gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei?"
Então, Jesus expulsou o demônio do menino e ele ficou curado. Vendo isso, os
discípulos perguntaram a Jesus a razão de não terem conseguido curar o epilético, e Ele
respondeu: "Porque a vossa fé é demasiado pequena".
Em seguida, Jesus afirmou que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda,
podemos mover montanhas. Neste ponto, é importante meditarmos e guardarmos este
ensinamento em nosso coração: o problema não está em achar que a nossa fé é pequena do
tamanho de um grão de mostarda, mas desconsiderar o poder que há no grão de mostarda.

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Querido irmão e querida irmã, é com a fé que você tem hoje que você vai conseguir
mover as montanhas da sua vida. Nosso problema é ficar sempre desconsiderando a fé que
temos, achando que a fé do outro é que serve.
Ainda que a sua fé seja pequena como um grão de mostarda, ela precisa atuar, ser
colocada em movimento, acreditando que, mesmo vacilante e não tão firme como poderia ser,
essa fé pode fazer o impossível se tornar possível.
Nosso Senhor não quer nos tratar com dureza. Ele acolhe a nossa fé, mas deseja que ela
cresça e frutifique cada dia mais.

Para refletir:

1- Olhando para a minha vida hoje, posso dizer que estou construindo uma história com Jesus?
Quais impossíveis Deus já realizou em minha vida e como eu tenho ajudado a construir o Reino
de Deus a partir das necessidades da Igreja do meu irmão?

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2- A fé necessita de oração, silêncio e busca constante. Eu estou priorizando esses três pilares
para viver melhor a minha fé?

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3- Ainda que a sua fé seja pequena como um grão de mostarda, ela precisa atuar. O que eu já
entendi que preciso começar a praticar para que a minha fé seja mais atuante? Estar mais
engajado nas atividades da minha Paróquia, aceitar o chamado de assumir um compromisso
em alguma Pastoral ou Movimento, ser mais fiel a oração etc…

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Oremos: Senhor Jesus, Vós me chamastes para ser o sal da terra e a luz do mundo, por isso,
através da minha pequena fé, dos meus carismas, dons e talentos eu quero ajudar a edificar o
Teu Reino, servindo sempre com amor, fidelidade e perseverança. Eu reconheço, Senhor Jesus,
que preciso ser um(a) cristão e servo(a) melhor, por isso, a minha maior prece no dia de hoje
é: Jesus, aumenta a minha fé. Amém.

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13 de agosto - 19º Domingo do Tempo Comum

Evangelho: Mt 14,22-33

Depois da multiplicação dos pães, Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e
seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois
de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali,
sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os
discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: "É um
fantasma". E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: "Coragem! Sou eu. Não tenhais
medo!" Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando
sobre a água". E Jesus respondeu: "Vem!" Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a
água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar,
gritou: "Senhor, salva-me!" Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: "Homem
fraco na fé, por que duvidaste?" Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. Os que
estavam no barco, prostraram-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho de
Deus!"

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Muitas vezes nós estamos nos sentindo como os discípulos do Evangelho de hoje: em
meio a escuridão da madrugada, sem encontrar terra firme. O nosso barquinho - nossa casa,
nossa família, nosso casamento, nossa vida financeira, sendo tomado pelas ondas e
tempestades.
Neste Evangelho nós temos a imagem da travessia humana e da Igreja sobre esta terra.
A Igreja está caminhando de uma margem à outra; eu e você também estamos e nesta jornada
é preciso fazer uma experiência de fé que corre o risco de ser inundada pela tempestade, através
das provações e tentações que enfrentamos.
Fato é que nem a Igreja e nem nós estamos neste barco sozinhos. "Depois da
multiplicação dos pães, Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à
sua frente, para o outro lado do mar." Após o primeiro milagre eucarístico - que foi a
multiplicação dos pães - Jesus mandou entrar na barca quem comeu o pão multiplicado.
Neste ponto entendemos a importância da Eucaristia em nossa vida. Jesus, que
visivelmente não está no barco, está dentro de nós pela Eucaristia comungada. Por isso é
importante comungar; por isso a fé católica é física e sacramental, pois já está dentro de nós
aquilo que gostaríamos de ver, mas não vemos.

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Se Jesus nos mandar entrar no barco e atravessar a margem é preciso confiar que nós
chegaremos ao outro lado de alguma forma. Seja fácil ou difícil o percurso, nós chegaremos
lá! A tempestade nunca é maior do que a Palavra e a ordem de Jesus.
Quando chegou as três horas da manhã, o mar ficou revolto, a barca quase afundou e
os discípulos ficaram apavorados. Eis que veio Jesus andando sobre as águas, calmo e pacífico,
acalmando toda aquela tempestade, porque a tempestade não estava dentro Dele. Ele acalmou
o furor do mar, porque dentro Dele só havia paz. E só havia paz, porque Jesus subiu ao monte,
para orar a sós.
Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, andou sobre as águas, porque antes havia
rezado. Irmãos e irmãs, nós precisamos aprender a rezar sozinhos; a ter nosso momento de
intimidade com o Senhor. Este Diário Espiritual é uma oportunidade de te ajudar a ter um
momento a sós com Jesus, de estudar a Palavra, de grifar sua Bíblia, de anotar e rezar o que
Deus suscita ao seu coração. Sem dúvidas é isso que falta em nossa vida: rezar todos os dias;
rezar sozinhos e ter um encontro com o Senhor diariamente. Isso pacifica a vida.
"Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" Para nós é muito difícil reconhecer Jesus em
meio a tempestade, mas com a ajuda do Espírito Santo é preciso confiar que Jesus está em
tudo, presente em todos os momentos da nossa vida.
"Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus". Apesar
da situação que se encontrava, o que Pedro mais queria era estar com Jesus. O desejo de estar
com Jesus precisa vencer qualquer obstáculo. Nenhum dos discípulos foram com Pedro ao
encontro de Jesus. Ele foi sozinho, afinal, há momentos em que ninguém caminha conosco.
Contudo, Pedro "ficou com medo e, começando a afundar, gritou: 'Senhor, salva-me!'"
Pedro era pescador, sabia nadar e conseguiria voltar para a barca nadando, mas escolheu clamar
por Jesus naquele momento; escolheu depender totalmente Dele e não resolver o problema
com as próprias forças.
"Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: 'Homem fraco na fé, por que
duvidaste?'" Se Pedro, que andou sobre as águas na escuridão da madrugada, é fraco na fé, nós
somos o que?
O mais bonito disso é que ninguém se santifica sozinho. Deus transforma a nossa fé em
fé para quem está à nossa volta. A fraqueza e o gesto de Pedro abençoou os outros discípulos
também. Pedro deu um passo, se arriscou e quase se complicou, mas da fé e do fracasso dele
os discípulos puderam reconhecer Jesus.
Quem sai do barco e dá passos na fé nunca mais é o mesmo; nunca volta igual e
consegue abençoar o lugar para onde voltou. Ninguém continua igual após viver uma
experiência com Jesus.

Para refletir:

1- Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Minha vida
está parada ou em movimento? Quando Jesus me diz "Vem!", como disse a Pedro, eu consigo
confiar como Pedro confiou?

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2- "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" Eu tenho muitos medos? Algo está me paralisando
na vida?

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3- Qual gesto concreto o evangelho de hoje desperta ao meu coração?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero pedir a graça de sempre seguir em frente e ter coragem para
dar passos na fé. Muitas vezes, as tempestades da vida e o medo me fazem ter vontade de olhar
para trás e desistir, por isso, Jesus, dá-me a virtude da coragem a partir da confiança em Deus
Pai. Peço-vos o dom do entendimento para reconhecer a Tua presença na minha vida, mesmo
em meio às tempestades. Eu quero ir ao teu encontro com coragem para cumprir a minha
missão e a minha vocação com a mesma força de Pedro. Amém.

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14 de agosto - Segunda-feira | Memória de São Maximiliano
Maria Kolbe, presbítero e mártir

Evangelho: Mt 17,22-27

Naquele tempo, quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse:
"O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, mas no terceiro
dia ele ressuscitará". E os discípulos ficaram muito tristes. Quando chegaram a Cafarnaum, os
cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: "O vosso mestre
não paga o imposto do Templo?" Pedro respondeu: "Sim, paga". Ao entrar em casa, Jesus
adiantou-se, e perguntou: "Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de
quem: dos filhos ou dos estranhos?" Pedro respondeu: "Dos estranhos!" Então Jesus disse:
"Logo os filhos são livres. Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e
abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a
moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

No evangelho de hoje, Jesus deixou muito claro que Ele tem uma missão e está focado
nela. Mas assim como a nossa vida, a vida de Jesus também está cheia de entremeios que tentam
tirar o foco d'Ele do que realmente é importante, no entanto, Jesus nos dá uma aula de como
resolver os “probleminhas” da nossa vida; de como se envolver nos assuntos menos
importantes, sem tirar o foco do assunto mais importante, que é o céu.
Veja bem, queridos, os cobradores de impostos do templo perguntam a Pedro se o
mestre dele - Jesus - pagava o imposto do templo. Jesus era o verdadeiro templo, mas Ele não
quis causar confusão naquele momento, justamente para não tirar o foco do mais importante.
Entenda uma coisa: Jesus estava cumprindo um preceito da época, portanto não estava
cometendo nenhum erro e isso para nós é muito importante.
Não quer dizer que para evitar assuntos “estressantes” e menos importantes eu preciso
concordar com coisas erradas. Não é isso! De fato, existem assuntos que não merecem a nossa
energia e que podem ser resolvidos rapidamente, porém, infelizmente alguns de nós gastamos
tempo desnecessário tentando resolver assuntos que na maioria das vezes poderiam ser
resolvidos com menos esforço, sobretudo quando estamos tentando resolver assuntos que não
são nossos.
Tudo na vida precisa de um foco, de um empenho e um esforço. Para fazer esse diário
todos os dias é preciso foco, dedicação e esforço. Não dá para ficar parando de cinco em cinco
minutos pra dar uma olhadinha no celular, não é mesmo?! Será que você não consegue reservar
meia hora por dia para Deus? Que assunto é tão mais importante aos domingos do que a Santa

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Missa? Que assunto é tão mais importante que sempre se torna urgente quando você precisa ir
se confessar?
Nós precisamos colocar prioridades em nossa vida e ter foco. O nosso querido e futuro
santo brasileiro Padre Léo dizia: "Buscai as coisas do alto". Ou seja, buscai as coisas do céu.
Essa é nossa meta, esse precisa ser o nosso foco diariamente.
Às vezes nós estamos focados demais em pequenos problemas ou coisas supérfluas;
estamos tropeçando demais em pedrinhas pequenas e isso tem nos desviado do caminho. Seja
através de uma música, que aparentemente é inofensiva, ou de um seriado que você passa o
fim de semana todo assistindo, quando se dá conta de que não tirou nem cinco minutos para
Deus.
Se de fato queremos alcançar grandes coisas no reino do céu, precisamos parar de
tropeçar em pequenas coisas aqui na terra.

Para refletir:

1- Quais são as prioridades em sua vida? Honestamente, faça uma lista aqui com as cinco
prioridades da sua vida e veja onde Jesus está nela. Caso Ele não esteja em primeiro lugar,
escreva o que é preciso fazer para que Ele chegue ao topo.

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2- Como você lida com os pequenos problemas da sua vida? Você os torna grandes ou consegue
resolver rapidamente?

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3- Quais são as coisas que mais te tiram do foco, te irritam ou te tiram do sério? Anote-as e
peça para que Jesus te dê as virtudes necessárias para vencê-las.

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Oremos: Senhor Jesus, dai-me a graça de ter minha mente e minhas vontades voltadas
inteiramente para Ti, ainda que eu viva nesse mundo, mas que eu não seja dele. Que eu saiba
lidar com os obstáculos e pedras que aparecerem em meu caminho e que nada me tire o foco
do verdadeiro e único objetivo: o céu. Amém.

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