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um romance gospel
1ª edição
São Paulo
Edição do autor
2009
Gonzales, Tânia, 1971 -
Edward Cullen não existe! Príncipes existem! -Um
romance gospel/ Tânia Gonzales – São Paulo, 2009.
ISBN 978-85-910249-1-9
1.Literatura Brasileira
CDD-B869
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem a
autorização prévia da autora.
Obra protegida pela Lei de Direito Autoral nº 9610/98.
Prólogo ♥ 9
1- Mudanças ♥ 12
2- Olhos azuis ♥ 22
3- No limite ♥ 35
4- A segunda chance ♥ 43
5- Tentação ♥ 55
6- Culto especial ♥ 63
7- Retiro ♥ 72
8- Palestra ♥ 87
9- Beijo e decepção ♥ 104
10- Fugindo ♥ 117
11- Esclarecimentos ♥ 132
12- Namoro ♥ 152
13- Ibirapuera ♥ 166
14- Preparativos para Páscoa e acidente ♥ 177
15- Desânimo ♥ 195
16- Rompimento ♥ 205
17- O.R.A.D ♥ 216
18- Surpresas ♥ 226
19- Visitas especiais ♥ 238
Epílogo ♥ 248
Agradeço: a Jesus, porque sem Ele nada posso fazer;
meu esposo, Jonas, por acreditar desde o primeiro
momento; minha filha, Juliana, por me dar o privilégio
de ser chamada de mãe e finalmente, a Emília, por ser
minha mãe.
Dedico este livro a você que deseja encontrar alguém
especial e ser especial para alguém.
Para comprar a versão impressa:
www.clubedeautores.com.br
Edward Cullen não existe! Príncipes existem!
Prólogo
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Capítulo 1 -Mudanças
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lá?
_Tudo pronto? - perguntou Roberto aos filhos.
_Tudo, fazer o quê, né? - Felipe respondeu meio sem vontade.
_Vamos lá, meu irmãozinho querido! - falou Ana, tentando
demonstrar alegria.
A mudança já havia seguido dois dias antes, os tios em São
Paulo se encarregaram de recebê-la. Eles estavam felizes com
o retorno, tia Isabel principalmente, ela queria ficar perto dos
filhos da irmã amada.
Os parentes já estavam todos prontos para a despedida, foi um
momento muito difícil, não tinha um que conseguia segurar
as lágrimas, a não ser Felipe, que não se permitia chorar,
sempre dizia que não era normal homem ficar
choramingando. Ana deu um abraço bem apertado em sua
amiga Kátia e ambas prometeram conversar todos os dias pela
internet.
Saíram da querida Santa Fé do Sul às 8h; dirigindo o seu
carro, Roberto não conseguia deixar de pensar que 8 anos
atrás sua amada esposa estava ao seu lado, agora era o filho
que ocupava o seu lugar, que saudade... lágrimas rolavam
lentamente e ele tratou de enxugá-las, não queria que os filhos
percebessem sua dor.
Pararam para almoçar e descansar alguns minutos antes do
meio-dia. Depois de quase duas horas, recomeçaram a
viagem, se tudo corresse bem chegariam antes das oito horas
da noite. Ana começou a pensar em sua amiga Kátia, com
certeza sentiria muitas saudades, elas sempre estavam juntas,
eram grandes amigas, daquelas que contavam tudo uma para
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_Pai!
_Já entendi! -disse Rubens.
Após o jantar, Carol levou Ana ao seu quarto para
conversarem melhor.
_Amanhã eu vou para escola bíblica, você quer ir comigo? As
aulas da professora Beth são bem legais, minha classe é só de
meninas entre 16 e 18 anos. Mas se você não quiser ir
amanhã pode ser na próxima semana.
_Eu bem que gostaria, mas amanhã terei tantas coisas para
arrumar, nem sei por onde começar...
_Eu ajudo depois da escola, não fico para o culto da manhã.
_Se meu pai não se importar, eu vou. É aquela mesma igreja?
_Não é a mesma, faz 4 anos que estamos nesta, aquela outra
era muito distante, quase uma hora de carro, meu pai achou
melhor mudarmos, esta é bem mais perto; é uma ótima igreja
e bem maior que a outra, tem uns 1000 membros. Tem muitos
adolescentes e jovens …
_Será que papai vai querer ir para uma igreja grande? Você
sabe que nós estávamos na igreja do tio Paulo, tinha no
máximo uns 80 membros, mas eu gostava de lá, sabia? Eu
vou sentir muita saudade, principalmente da Kátia, lembra
dela? Você a conheceu quando … quando foi para o ...
enterro da minha mãe- Ana disse as últimas palavras quase
sussurrando.
_É claro que me lembro, prima – Carol passou as mãos
levemente nos cabelos de Ana querendo consolá-la, pois
percebeu a tristeza no rosto dela ao lembrar da mãe.
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rever o dono dos olhos azuis, mas ela sabia que seria difícil no
meio de todas aquelas pessoas, mas, de repente ela viu o rapaz
entregando uma folha ao pastor que já estava se posicionando
para dar início ao culto. Ana estava pensando o quanto era
boba, tinha acabado de conhecê-lo e estava procurando por
ele, que absurdo. Alexandre era um rapaz muito atraente, de
cabelos castanhos claros, curtos e lisos, 1.80m de altura e
possuía um lindo par de olhos azuis, herança de seu avô
materno, que se destacava, além de ser um muito simpático e
prestativo.
O culto começou com o pastor Jair convidando todos para
uma oração e em seguida um quarteto de senhores da 3ª idade
começou a cantar um belo hino. Carol havia dito a Ana que o
culto da manhã era voltado para este grupo pois muitos não
vinham aos cultos no período noturno. Ana gostou muito de
ouví-los, dava uma grande paz, como era bom poder sentir a
presença de Deus. Depois de mais uns 2 hinos, pastor Jair
abriu sua Bíblia e leu Salmos 118.8 :
-“É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar no
homem, melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar
nos príncipes.”
Falou durante 40 minutos sobre a importância de buscar a
Deus e de não depositar nossas esperanças nas coisas
passageiras deste mundo, que o principal é saber que Deus é o
nosso refúgio e devemos confiar somente Nele.
Foi um culto maravilhoso, principalmente para Roberto que
estava precisando daquela palavra, para ele fora como um
bálsamo tratando de suas feridas.
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Verdade e Vida).
“ Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as
nossas dúvidas e hesitações de hoje." Roosevelt
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carro.
_Valeu, Alê- disse Carol dando-lhe um beijo no rosto.
_Vocês não ! - Alexandre disse antes de Ana e Lipe saírem do
carro- Vou deixá-los na porta da casa de vocês.
_Mas é tão pertinho, é logo ali, viu? - Ana apontou para sua
casa.
_Tudo bem, mas eu insisto!
_Então, tudo bem! - respondeu Ana sorrindo e mandando um
beijo para prima.
Alexandre estacionou bem em frente da casa de Ana e desceu
do carro, cumprimentou Felipe que entrou em seguida. Ana
ficou parada em frente ao portão. Os dois ficaram por alguns
segundos sem dizer nada e então Alexandre quebrou o
silêncio.
_Você gostou do filme?
_ A história é bem atual e eu sou fã do Michael W. Smith, o
pastor Ethan, gosto muito das músicas dele, Agnus Dei,
Friends e Draw Me close, são as minhas preferidas.
_Draw me close to you, never let me go...- Alexandre arriscou
cantarolar- Legal! Eu também gosto das músicas. Mas
mudando de assunto... então, amanhã suas aulas começam?
_Sim, amanhã é o grande dia! E as suas? Estou sabendo que é
o seu último ano em Ciência da Computação, certo?
_Certo, você está bem informada! E você vai fazer o quê?
_É o meu último no ensino médio.
_Ensino médio? - perguntou Alexandre.
_Sim, você ficou surpreso, por quê?
_É-é-é... desculpe... eu pensei que... você fizesse faculdade.
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Até aquele dia Ana nunca havia sentido vontade de ter mais
idade, até aquele dia. Alexandre também não conseguia
dormir, ficou pensando na garota de cabelos negros e em
como ele foi ridículo.
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Capítulo 5 -Tentação
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né?
_Eles vão para Jales! Parentes?
_A cunhada da Joyce mora lá. Os meus avôs moram em Rio
Preto.
_Que legal! Então sua família conhece bem a região.
_Com certeza. Se você quiser dar um passeio qualquer dia
destes em Santa Fé é só falar comigo, eu posso ser o seu
motorista! - disse Alexandre se divertindo com a ideia.
_Valeu! Eu aviso! É melhor nós irmos senão vamos ficar sem
café.
_Vale a pena o sacrifício!
Ana percebeu que Alexandre estava bem descontraído, ela
gostou disso. Ele nem havia dado sinal de sua discreta
gagueira, o que ela achou uma pena porque ele ficava mais
charmoso ainda, se é que isso era possível. Chegaram no
refeitório ainda em tempo, os tios estavam tomando café, Ana
logo avistou Carol e se aproximou dela. Achou melhor se
distanciar de Alexandre, não queria que os outros tivessem
oportunidade de fazer algum comentário, o refeitório estava
lotado.
Após o café cada um foi para sua sala de aula.
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fosse da igreja.
_Ah! Meus pais não deixariam! E se dependesse só de você?
_Professora, não faça isso comigo! Não é justo!- disse Carol.
As outras meninas não conseguiram segurar e começaram a
rir e falar todas ao mesmo tempo.
_Vocês percebem? A questão aqui é : meus pais não
deixariam! Mas se dependesse só de você, você abriria mão
por causa da sua fé? Há ainda algumas garotas que pensam
que podem começar a namorar um rapaz não cristão e depois
é só trazê-lo para igreja. Unindo o útil ao agradável: ganho
um namorado e uma alma para o reino de Deus! Mas é um
caminho bem perigoso; mas quero saber outro motivo, grupo
2.
_Porque ele é namorado da minha melhor amiga! - disse
Amanda.
_Muito bem! Então temos aqui uma competição. Ele é lindo,
maravilhoso, mas já tem dona!
comentou Beth.
_Dona! Eles são só namorados, não estão casados! Se liga!-
reclamou Priscila.
_Então, se sua melhor amiga está namorando e você se
interessa pelo namorado dela, não tem a menor importância, o
que vale é o que você sente? É isso Priscila? Vou ficar bem
longe de você! - disse Amanda sem disfarçar a indignação.
_Minhas queridas e amadas alunas, acalmem-se. Eu gostei por
vocês terem colocado este obstáculo. Ninguém gostaria de ter
o namorado roubado, aqui vale a máxima : Amar o próximo
com a ti mesmo! Ninguém gosta de ser traído, então não seja
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hoje você não vai conseguir recusar este tão doce convite.
Como dizer não àquele que sofreu e morreu por ti? Como
dizer não a um convite tão singelo? Hoje você não vai resistir!
Jesus está de braços abertos para te receber, é só você dar um
passo. Dê um passo e Jesus te receberá! Eu não vou falar
mais, eu sei que você está ansioso para aceitar o convite do
Salvador. Por isso venha, pode vir agora, nem precisa levantar
a sua mão, simplesmente venha, Jesus te ama!
Quando o Pr. Jair parou de falar algo maravilhoso aconteceu,
várias pessoas foram à frente, chorando, dava para perceber o
quanto elas estavam ansiosas. Foi algo realmente
inesquecível. E no meio daqueles que estavam se entregando
para Jesus, estavam também os pais de Carlinhos, eles
finalmente tinham sido tocados pelo Espírito Santo de Deus.
Pr. Sílvio, auxiliar do Pr. Jair , orou com todos eles, foi uma
oração de confissão e arrependimento.
_Amados – disse o Pr. Sílvio- Que grande festa! Nós só temos
que agradecer ao nosso amado Deus por estas vidas
preciosas. Venham jovens e cantem aquele hino “ Te
agradeço”, pois temos muito o que agradecer nesta noite.
“ Por tudo o que tens feito, por tudo que vais fazer, por tuas
promessas e tudo o que és, eu quero te agradecer, com todo o
meu ser”8
Quando o hino terminou, Pr. Jair fez uma oração especial e
depois os irmãos foram se cumprimentando felizes sabendo
que tinham participado de um culto inesquecível. Ana foi dar
um abraço em sua amiga da EBD, Cíntia, que estava chorando
8 Música do Ministério de Louvor “ Diante do Trono”.
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Capítulo 7 -Retiro
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para levantar.
_Solta o meu braço...
_Gata, vamos aproveitar a oportunidade! Com tanta gente
nesta chácara quando nós vamos ficar sozinhos novamente?
_Quem foi que disse que eu quero ficar sozinha com você?
Solta o meu braço...
_E aí, Edu! - Ana reconheceu a voz imediatamente e sentiu
um enorme alívio.
_Oi, Alê! Eu estava aqui conversando com a Ana. Mas eu
preciso ir agora, tchau Ana, Alê!
_Tchau! - respondeu Alexandre sem tirar os olhos de Ana.
_Por que você demorou tanto? - perguntou Ana agora
sorrindo aliviada.
_Ele estava te incomodando, é ?
_Nossa, ele é sempre assim?
_Assim como?
_Deixa pra lá! Conseguiu uma folga?
_Eu mereço um descanso, você não acha?
_Acho!
_Parabéns, o almoço estava show!
_Eu não sou a única responsável. Somos uma equipe!
_Que modéstia! Eu estava pensando se teria uma
oportunidade de conversar com você com toda esta agitação.
_É, parece que você conseguiu e ainda por cima me salvou!
_Você estava mesmo tendo problemas com o Edu? Eu acho
que você ia se sair muito bem da situação.
_É sério, eu fiquei aliviada quando você chegou, eu não
queria ser grosseira, mas ele estava começando a me irritar e
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Por quê?
_Agressiva? É eu acho que você pode dizer assim mesmo ou
talvez : indignação. É talvez esta seja a palavra certa,
indignação. Eu fico louca quando aquelas meninas começam
com a história do príncipe encantado. Elas são tão ingênuas!
Como que alguém pode acreditar que exista um rapaz
maravilhoso, gentil, educado, fino e o que mais? Lindo,
cavalheiro. Por favor, isso não existe!
_Então estamos todas perdidas! - concluiu Ana.
_Acho que sim. Desculpe, Ana. Eu não quero assustar você.
Mas é que eu já passei por... situações que não desejo para
ninguém.
_Se você quiser contar, fique à vontade...
_Há coisas que eu não posso te contar, Ana, não é por causa
de você, não. É que existem coisas muito difíceis de dizer-
Simone estava se referindo ao abuso que ela sofreu quando
tinha apenas 9 anos. Um primo que morou com a família
durante 2 meses, se aproveitava da ausência dos pais de
Simone, que iam trabalhar, e tentava seduzir a menina. Ele
trabalhava à noite e durante o dia ficava na casa. Simone ia
para escola de manhã e à tarde limpava a casa e com o tempo
que sobrava ficava brincando. O primo ficava conversando
com ela, a abraçava e passava as mãos em seu corpo de
menina, uma vez chegou até a dar um beijo na boca dela. Ela
não tinha coragem de contar para sua mãe. Ela só chorava
escondida, sem saber o que fazer, pensando que deveria ser
culpa dela. Foi um grande alívio quando o primo foi
transferido para uma outra cidade. Mas isso era passado e
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livremente.
Quando Ana e Simone chegaram ao refeitório ele já estava
lotado de jovens que animados saboreavam pães, bolos e
muitas outras delícias. Depois foi a hora do esporte, Ana
jogou vôlei, seu time fez uma bela partida, e estavam
esperando o resultado do outro jogo para saber com quem
jogariam no próximo dia. Alexandre estava jogando basquete
e Ana aproveitou para ir torcer por ele. Mas infelizmente o
time dele não foi muito bem e acabou perdendo. Ana gostou
de poder vê-lo ali na quadra, ele ficava uma graça ,
principalmente quando ia fazer uma cesta.
_Que pena o seu time ter perdido! Mas você jogou muito
bem, se isso servir de consolo!- disse Ana quando Alexandre
se aproximou todo suado.
_Você estava torcendo por mim? Diga que sim, me faça
feliz. - brincou Alexandre.
_Engraçadinho! E aí você conversou muito no “
Confidências” ? - perguntou Ana.
_Eu não participei, o Ronaldo precisou de mim . E você
gostou da atividade?
_Eu gostei, foi muito bom.
_Você não conversou com o Edu, não é?
_É claro que não! E não gostei da brincadeira! Eu conversei
com a Simone e foi ótimo.
_Legal! Mas não fique brava comigo.
_Não dá pra ficar brava com você!
_Que bom saber disso.
_Alê! Chega aqui amigão– gritou Tiago, filho do Pr. Jair e
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Capítulo 8 -Palestra
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certo?
Ana havia contado, no dia que foram ao shopping, que
adorava pão de queijo bem quentinho, ela ficou surpresa por
ele ter lembrado e mais ainda por ele estar ali oferecendo
para ela tendo uma plateia curiosa de olho neles.
_Nossa, que rapaz mais atencioso! - comentou Simone.
_Por favor, é pra vocês também! - Alexandre tratou logo de
dizer.
_Valeu! Mas a devoradora de pão de queijo aqui é a Ana!
_Obrigada, Alexandre! Que delícia! - Ana agradeceu, ficou
encantada com o que ele fez e também muito envergonhada ,
pois quem estava por perto começou a gritar e assobiar.
Sabrina ficou sabendo rapidamente do ocorrido, Márcia havia
presenciado tudo.
_É, a coisa está ficando séria! Tenho que agir, antes que
minha adorável priminha se envolva mais- disse Sabrina para
Priscila e a Márcia, quando se afastaram da multidão.
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que nós começamos? Não era nem pra ter começado, foi um
erro. Mas, eu não gostaria de falar sobre isso, Ana. Eu acho
que é desagradável ficar falando sobre ex-namorada.
_Mas ...quem foi que terminou? - insistiu Ana.
_Ana, Ana! Me desculpe, eu não vou falar sobre isso. Não me
leve a mal e não fique chateada comigo.
_Tudo bem, se você não quer falar... é melhor eu ir...
_Não, Ana, e-e-espera, não sai assim brava comigo, por fa-
favor.
_Eu não estou brava, você tem todo o direito de não querer
falar. Eu não deveria ter perguntado. Eu vou pra piscina,
refrescar as ideias. Tchau, mas não se preocupe, está tudo
bem.
Quando Ana saiu Alexandre ficou pensando que este era um
assunto que definitivamente ele não gostaria de falar com
ela.
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percebe que ouve a tão amada voz quando corre algum risco,
ou seja quando a adrenalina sobe, então ela resolve se jogar de
um penhasco …12
_Fala sério? Quem faria uma coisa destas? - perguntou
Gustavo.
_É uma ficção, Gu, mas vocês assistem os noticiários e já
puderam ter uma ideia do que as pessoas fazem por “amor”.
Continuando... Bella resolve se jogar de um penhasco só para
ouvir a voz de Edward, ela é salva por um outro rapaz, que
não vamos entrar em detalhes aqui; Edward, por um
equivoco, pensa que seu amor morreu e então resolve morrer
também, mas como ele é um vampiro, isso não vai ser tão
fácil, ele resolve provocar alguns vampiros conhecidos na
Itália, conclusão, ele se salva também pois Bella aparece bem
na hora...
_Quase que esta história virou “Romeu e Julieta” - foi o
comentário de Eduardo.
_Que bom você comentar sobre a famosa história de amor.
Trágica história. Uma ficção, também, mas podemos aprender
também com as ficções. Jovens, quando a pessoa amada vira
o centro de tudo, acontecem exageros. Se você começar a
perceber que tudo na sua vida gira em torno de uma só
pessoa, cuidado! É necessário equilibrar as coisas. Sua vida
não pode se resumir naquela pessoa, só vale o tempo passado
com ela e mais nada. Deus acima de tudo. Amar a Deus acima
de tudo e não o seu namorado ou sua namorada. Avaliem os
relacionamentos e peçam a Deus direção.
12 Livro “Lua Nova”, 2° livro da série de Stephenie Meyer.
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_Não, claro que não, e você não precisa responder tudo o que
eu perguntar. Está no seu direito. Responde se quiser.
_Eu percebi que você ficou desapontada, mas eu tenho
comigo que não é legal ficar falando de ex-namorada.
Acabou, acabou e chega. É passado.
_Tudo bem! Esquece o assunto.
_Hoje vamos embora e e-e-eu tenho que dizer que vou …
se-sentir saudades, depois de vê-la todos estes dias...
_Você é tão … - Ana parou arrependida por ter começado.
_Tão?
_Esquece...
_Não faz isso! Eu abro o meu coração, correndo o risco de
fazer papel de ridículo e você diz pra esquecer?
_Eu só ia dizer que você é tão... surpreendente! É isso!
_É verdade? Não sei não, Ana...
_É isso! Eu não esperava que você dissesse que iria sentir
saudades, não mesmo!
_E você? Vai sentir saudades de mim?
_Eu já entendi, você está me castigando, é isso...
_Castigando?
_É isso mesmo. Eu fiz uma pergunta complicada e agora
você vem com essa!
_A pergunta que eu fiz é complicada?
_É sim! Se eu responder vou ficar envergonhada!
_Sério? Agora você vai ter que me responder... você vai sentir
saudades de mim?
_Depende de você – brincou Ana.
_De mim, por quê? O que eu posso fazer?
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"Ah o amor... que nasce não sei onde, vem não sei como e dói
não sei porque...” Carlos Drummond de Andrade
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_E você quer fazer o quê? Nós temos quase uma hora e meia.-
disse Alexandre.
_Eu não quero ficar andando, podemos ficar sentados só
conversando?- perguntou Ana.
_Gostei da ideia! Vamos encontrar um lugar.
Em poucos instantes eles estavam sentados, o movimento do
shopping naquela noite estava bem tranquilo.
_Eu quero aproveitar para agradecer, foi incrível! Eu nem
suspeitei, valeu mesmo! - Ana disse com sinceridade.
_Eu adorei a sua reação ao descobrir onde nós íamos, você
ficou tão feliz!
_Fiquei mesmo! Foi muito legal! O restaurante é show, a
comida nota 10, bom mas isso pra mim não é novidade! Você
gostou da sobremesa?
_Gostei de tudo! Mas o principal pra mim é estar agora aqui
com você. Eu gosto muito da sua companhia Ana, você é tão
agradável, desde a primeira vez que eu te vi, e-e-eu pensei:
que garota mais linda! E-e-eu ...me desculpa eu tenho este
problema quando fico nervoso, você já deve ter percebido.
_Eu já! Não esquenta, eu acho que você fica lindo falando
assim...
_Ana! Você está brincando, né?
_Não, estou falando sério! Eu acho que você fica muito
charmoso....
Alexandre chegou mais perto e começou a mexer nos
cabelos dela, depois tocou no rosto com as pontas dos dedos
bem de leve e segurou o queixo de Ana, que ficou imóvel,
não querendo estragar aquele momento, ele foi se
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Capítulo 10 -Fugindo
Quando chegou em casa Ana foi direto para seu quarto, não
queria conversar com Lipe, estava arrasada. Ela começou a
pensar no dia palestra, Ronaldo estava falando sobre
pornografia na internet e ela notou alguma coisa estranha no
ar, na hora ela achou que deveria ser só impressão, mas agora
com Sabrina contando tudo aquilo, certas coisas começavam a
fazer sentido; Ana lembrou que Alexandre deu uma olhada
para Gustavo que abaixou a cabeça no mesmo instante, eles
deveriam estar juntos nisso. E também tinha o fato de
Alexandre não querer contar o motivo do término do namoro.
Ana pensou que iria passar mal, aquilo tudo era muito triste
para ela, era uma pena e também uma grande decepção. Ela
olhou para o celular e viu que tinha uma mensagem de
Alexandre:
“ Oi Ana, como foi o seu dia? Bjs. “
“Meu dia- pensou Ana- começou lindo e está terminando
horrível! “- resolveu tomar banho, mas antes mesmo de ligar
o chuveiro o rosto já estava todo molhado, não dava mais
para segurar as lágrimas.
Às 22h o celular de Ana tocou mas ela não atendeu, depois de
alguns minutos, Lipe entrou no quarto.
_Ana, o Alê está no telefone, ele disse que tentou ligar no seu
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celular...
_Lipe, me faz um favor? Diz pra ele que eu já estou
dormindo.
_Ana, vou mentir pra ele? Por quê? Vocês dois já estavam
parecendo namorados...
_Por favor, eu me sinto péssima por fazer você mentir, mas
eu tenho motivo pra isso!
_Tá bom!
Ana não estava acreditando em como que as coisas mudavam
tão rapidamente. Ontem, ela estava feliz e Alexandre
parecia o rapaz perfeito! O problema era justamente este: era
bom demais para ser verdade, Simone é que estava com a
razão. Alguém assim tão encantador e especial, simplesmente
não existia, tinha que ter alguma coisa errada; como ela havia
sido ingênua!Imaginar que ele estaria interessado nela? Ele
só queria se aproveitar da situação, como ele deve ter se
divertido com a história do primeiro beijo! Edward Cullen
não existe, sua menina boba! - pensou Ana deixando as
lágrimas rolarem novamente.
No dia seguinte, Ana estava com os olhos muito inchados,
não daria para ir à escola daquele jeito, por isso disse para o
irmão que não estava bem, mas, ficar em casa só piorou as
coisas, ela não conseguia parar de pensar em tudo o que
Sabrina havia contado. Resolveu lavar roupa, precisava muito
se distrair, colocou um CD e deixou a música substituir o
silêncio que estava insuportável. Agnus Dei de Michael W.
Smith sempre a fazia se sentir bem, era exatamente disso que
ela estava precisando, da presença do Espírito Santo. Só Ele
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Edward Cullen não existe! Príncipes existem!
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15 Autora:Stephenie Meyer
16 Autora:Stephenie Meyer
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Cullen, não pelo fato dele ser forte, veloz, lindo, etc; mas pelo
amor que ele sentia por Bella, pela sinceridade dele, pelo
sacrifício que ele fazia para estar ao lado dela e pelo sacrifício
que fez ao se afastar dela ao perceber o quanto era perigoso
para Bella conviver com sua família. Ana sempre lembrava
das aulas de Beth, em uma delas, a professora falou a respeito
do quanto Edward se sacrificava para ficar ao lado de Bella,
ele enfrentava sua própria natureza só para ficar ao lado da
amada. E Ana achava muito interessante as comparações que
Beth fazia. O cristão, dizia Beth, também precisa ir contra a
sua natureza pecaminosa, veja o exemplo do apóstolo Paulo,
“ porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não
quero, esse faço, mas, se eu faço o que não quero, já não sou
eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.” 17.
Edward não escolheu ser o que é, mas ele se esforça todos os
dias para não ser um monstro, existe uma força dentro dele
que pede algo, mas ele diz não, para dizer sim à força do amor
e este amor prevalece. Nós também podemos dizer sim à
força do amor de Deus e dizer não ao pecado, e um detalhe
importante, temos um aliado nesta batalha, o Espírito Santo
de Deus que nos ajuda em nossas fraquezas. Ana admirava
muito a professora Beth, ela era uma professora diferente. Ela
não dizia: “ meninas vocês não podem ler este tipo de livro ou
assistir a este tipo de filme “; mas sempre tinha uma lição
para dar, sempre falava sobre a importância de ser equilibrado
em tudo. E Ana achou muito interessante o fato de Beth ler os
livros para poder conversar com elas com propriedade. Ela
17 Romanos 7.19,20
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_Não, vó!
_Eu acho que ela tem tudo a ver com essa história! Querida,
quando a Sabrina e o Alexandre começaram namorar eu
fiquei feliz e ao mesmo tempo muito apreensiva. Alexandre é
um ótimo rapaz, amo aquele menino como a um neto, que
rapaz trabalhador! Temente a Deus e ainda por cima ele é um
gato, como dizem vocês- ao falar assim Vó Telê deu um largo
sorriso- mas eu logo vi que não ia durar, a Sabrina é uma
moça linda, muito atraente, mas não tem juízo, vai à igreja por
obrigação e não por amor. Quando eles terminaram ninguém
ficou surpreso, pois era algo que todos esperavam. Quando
eu percebi a aproximação de vocês eu fiquei feliz, pois você é
tão interessada nas coisas de Deus, é uma menina de ouro e
pensei, agora sim tem tudo para dar certo. Querida, me diga a
verdade, a Sabrina está envolvida nisso, não está ?
_Vó, esqueça isso, vamos tomar um cafezinho?
_Vamos sim, mas nossa conversa não acabou. Eu tenho
certeza que a Sabrina fez alguma coisa para vocês se
afastarem, tenho certeza!
_Vó linda, pare de se preocupar...
_Eu estou orando por vocês, Aninha! Eu sei que existe algo
para ser esclarecido e Deus vai te guiar. Tenho certeza. Se
você quiser se abrir comigo, fique à vontade, senão eu vou
entender e vou continuar te ajudando em oração, querida!
Neta e vó se abraçaram e compartilharam um delicioso bolo
de cenoura com café. Depois que a vó foi embora, Ana ficou
pensando em como a vó Telê era observadora e esperta, mas
ela não iria contar, Ana sabia o quanto a vó admirava
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Capítulo 11 -Esclarecimentos
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tudo.
_Isso não pode ficar assim, Alê, o quê você acha de uma
reunião com todos os envolvidos?
_Não sei Beth, eu não gostaria de envolver o Gustavo nesta
história, ele não precisa passar por toda essa exposição e
muito menos a Ana.
_O Gustavo eu acho que até dá pra dar um jeito, mas a Ana...
_Eu acho que ela não deveria participar da reunião.
_Eu vou conversar com a Lígia , quero saber a opinião dela,
o que você acha? - perguntou Beth, mencionando a esposa do
pastor Jair.
_Concordo, depois ela mesma fala com Pr. Jair.
_Alê, não fale com a Sabrina, vocês vão acabar brigando,
tenha paciência.
_Você tem razão, mas a vontade é de ir até a casa dela...
_Eu sei, mas isso só iria atrapalhar.
Beth prometeu falar com Lígia no dia seguinte, garantiu
que daria um jeito apesar de que teriam um domingo bem
diferente, pois ela iria para o centro de recuperação em
Suzano, um ônibus sairia da igreja. Alexandre disse que
também iria passar o dia na chácara. Ele foi para casa e ficou
aliviado por não ter ninguém lá, os pais tinham ido visitar uns
amigos. Não queria explicar nada, não hoje, estava muito
magoado. Beth resolveu ligar para Ana e contar tudo. Ela
ficou aliviada e ao mesmo tempo se sentiu péssima por ter
acreditado em Sabrina. Após a conversa com Beth, chorou
muito e lamentou precisar sair no dia seguinte logo cedo, pois
os olhos com certeza estariam inchados; Roberto e os filhos
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Capítulo 12 -Namoro
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cheguei aqui.
_Então eu vou ser o seu guia turístico aqui em Sampa.
Ana e Alexandre avisaram aos pais sobre o passeio, que
ficaram bem satisfeitos pelos filhos estarem novamente se
entendendo.
_O que você quer fazer primeiro? Comer, assistir um filme,
andar por aí?- perguntou Alexandre assim que chegaram ao
shopping.
_Não ria, mas eu estou com fome!
_Tudo bem, você manda! Vamos jantar, senhorita?
_Hoje você vai esquecer que eu tenho um pai que é “chef” e
nós vamos comer... hambúrguer, batata frita, etc, etc... certo?
_Ok, garota dos lindos cabelos negros!
Foram até a praça de alimentação e comeram exatamente o
que Ana havia sugerido.
_Uau, você estava mesmo com fome, eu precisei até esconder
as minhas batatinhas!
_Exagerado!
_Eu achei interessante o seu pai não exigir nenhuma
condição para nossa saída hoje.
_É verdade, desta vez ele não disse nada. Acho que é porque
ele te conhece um pouco melhor agora.
-Que bom! Ana, naquele dia que nós fomos jantar no
restaurante “ La Sabore”, bem, nós... bem..é... e-e-eeu...
_Lindo!
_O quê?
_Eu acho que você fica lindo quando aparece esta sua ligeira
gagueira.
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_Ana!
_É verdade. E eu notei, naquele dia na chácara, que quando
você está bravo a gagueira não aparece, ela só entra em cena
quando você fica … como eu posso explicar... quando você
fica meio nervoso e envergonhado ao mesmo tempo, é isso. É
um nervosismo porque você está com vergonha. Deu pra
entender?
_Ana só você mesmo. Você notou isso?
_Eu sou muito observadora diante do que me interessa.
_Uau! Agora eu vou flutuar...
_Engraçadinho!
_Diante do que me interessa! Gostei! Então eu desperto um
certo interesse em você , desculpe a redundância, mas isso é
muito interessante!
_Acho que já falei demais...
_Então, quem vai falar agora sou eu, Ana, eu achei incrível
você ter pedido a palavra lá na reunião, você foi muito
corajosa.
_Eu tinha que falar, era o mínimo que eu deveria fazer. Pelo
menos ter a coragem de me desculpar.
_Tudo bem, agora vamos deixar esta história no passado,
lembra que o pastor Jair disse? Sem comentários. Eu só queria
que você soubesse o quanto eu admirei a sua atitude. Com
essa coisa toda nós perdemos um mês e é por isso que eu não
coloquei você na geladeira, eu não quero perder mais tempo,
Ana, naquela fatídica semana eu tinha decidido fazer algo que
foi adiado por causa da distância que foi colocada entre nós.
Depois do nosso... eu vou conseguir... é só respirar fundo....
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esperado momento.
_Será que eu consigo?
_Eu prometo que vou ficar bem quietinho.
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Capítulo 13 -Ibirapuera
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_Não é nada.
_Ei, garota dos cabelos negros, você acha que me engana?
_Eu só estava pensando o quanto minha mãe iria gostar de
conhecer você. É uma pena mesmo. Ela ficaria muito feliz
por eu ter encontrado alguém tão especial. E você também iria
gostar dela.
_Disto eu não tenho dúvida. Ela me deixou um lindo presente
sem nem mesmo me conhecer. Ana, você pode ficar à vontade
para falar sobre sua mãe pra mim, quantas vezes você quiser.
Eu gostaria que você me mostrasse fotos de sua família. Outro
dia eu li uma frase que achei muito interessante é de Olavo
Bilac: “ Saudade...presença dos ausentes...”, pensei em você e
na sua mãe.
_Que lindo, gostei... “ Saudade... presença dos ausentes”... eu
vou mostrar o álbum de casamento dos meus pais e as minhas
fotos e do Lipe, mas quero ver as suas também.
_Certo. Quase que eu estava me esquecendo- disse Alexandre
tirando uma câmera digital do bolso de sua jaqueta- Vamos
tirar a nossa primeira foto juntos?
_Você é inacreditável! Lembrou de trazer a câmera... mas
espera aí , vou arrumar os meus cabelos...
Alexandre tirou algumas fotos de Ana e depois dos dois
juntos. Ana quis tirar pelo menos uma dele sozinho, mas ele
não concordou.
_Domingo eu vou pedir a sua mão em...
_Você não vai pedir a mão...
_Em namoro!
_Ninguém fala assim: “ Sr. Roberto, hoje eu estou aqui para
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mãe, que era muito simpática e estava muito feliz por receber
a namorada do filho, Luísa fazia questão de não esconder
isso.
Alexandre deixou Ana no horário combinado e em seguida foi
para seu trabalho. Na terça-feira eles só se falaram pelo
telefone e combinaram saírem no dia seguinte.
_Eu esqueci, mas eu tinha combinado com a Carol, a Simone
e o Lipe de irmos ao shopping amanhã, nós vamos comprar
os presentes do chá da Laura e o Lipe precisa comprar um
tênis,
vamos depois das sete. Me desculpe... - explicou Ana pelo
telefone.
_Eu vou chorar! Minha namorada está me dispensando...
_Não fala assim... é que eu não queria desmarcar com eles,
você entende?
_Ana, é claro que eu … não entendo. Estou brincando com
você. Eu busco vocês, tá?
_Não precisa, você vai chegar cansado...
_Ana, eu vou pra casa, tomo um banho e fico todo cheiroso...
janto e depois vou até o shopping, assim eu aproveito para
comprar os ovos de páscoa dos meus sobrinhos...
_Combinado.
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_Oi, filha! Este rapaz está mesmo apaixonado, não perde uma
oportunidade para vê-la- constatou Roberto ao ver a filha.
_Oi, pai! - disse Ana cumprimentando o pai com um beijo- É ,
parece que sim.
_Vocês estão se entendendo bem, não é?
_Estamos sim. Eu gosto de estar com ele e nós conversamos
bastante. Lembra que uma vez você disse que é muito
importante em um relacionamento os dois dialogarem muito?
_Com certeza. Sabe, se você estiver com alguém só porque
ele agrada à seus olhos, isso não vai durar muito, porque vai
chegar uma hora que a aparência não vai ser tão boa, pela
idade , alguma doença ou outro acontecimento, e aí? Por isso
que é importante você conhecer bem a pessoa e amar o que
ela é por dentro, pois isso permanece.
_Domingo ele vem almoçar aqui para falar com você, tá?
_O que será que ele tem para me dizer...
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_E a Carol e o Lipe?
_Deixa comigo...
Ana ficou esperando por Joyce dentro do carro . Ela sabia
que havia acontecido algo muito grave e pedia a Deus para
não levar Alexandre para longe dela. Lágrimas rolavam sem
parar, ficou pensando nos momentos que Alexandre havia
proporcionado para ela. “ Ele não pode ter partido, não pode!
Ele não, por favor, Deus! Ele não! Eu o amo! E ainda nem
disse isso pra ele. Será que não há tempo? Não, ele não!”
_Agora podemos ir; Ana calma! Vai dar tudo certo- disse
Joyce tentando tranquilizá-la.
_Mas... o que aconteceu? Me conta, por favor, eu não
aguento isso...
_Ana, fique calma... o Alexandre e o Gustavo se envolveram
em um acidente, calma, eles estão vivos... estão em um
hospital recebendo todos os cuidados.
_Você está mentindo, ele morreu, não morreu?
_Ana, não! O que eu te falei é a verdade...
_Você não quer me dizer...
Ana começou a lembrar do dia que recebeu a notícia sobre o
acidente de sua mãe. Para poupá-la não vou falado
diretamente que a mãe já estava morta, apesar dela ter
morrido no local do
acidente; por essa razão era muito complicado para Ana
acreditar agora.
_Chegamos. Você vai ver que eu falei a verdade.
Na casa do Dr. Afonso estavam Roberto e Celso, marido de
Joyce, que havia deixado as crianças na casa de sua mãe.
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injeções! E você?
_Agora eu estou bem. Mas ontem sem saber o que tinha
acontecido, foi uma sensação horrível...
_Meu amor, eu sinto muito por fazer você passar por isso, me
desculpe pelo furo de ontem e por hoje também, eu não pude
ir ao almoço... - brincou .
_O seu humor está ótimo...
_É porque você está comigo, apesar de que por mim você não
entraria aqui hoje...
_Por quê? Que maldade!
_Eu não queria que você me visse assim.
_Você continua lindo pra mim. Eu tinha que vê-lo hoje...
_Você pelo jeito não dormiu nada, né? Ficou molhando o
travesseiro...
_Dá pra notar, né? Sua aparência está melhor que a minha.
_Não mesmo, você está linda como sempre. Como foi a festa
ontem?
_Até eu ficar desesperada sem saber de notícias suas, foi
ótima, estava muito divertido. A Laura estava tão feliz, mas
sofreu... precisou pagar tanto mico!Foi muito legal. A Beth
me contou que depois que eu fui embora com a Joyce, o
Ronaldo informou o que havia acontecido e eles oraram por
você e o Gustavo.
_Que bom! Falando na Beth, e a peça, hein?
_Está tudo certo. Ela fez uma mudança nas falas e colocou
dois narradores para fazer a nossa parte, mas ela disse que
quando você ficar bem, vai haver uma reapresentação com o
elenco completo.
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_Legal.
_O que aconteceu? Você lembra?
_Eu prefiro não falar sobre isso, não hoje, tá?
_Tudo bem. Só a perna esquerda mesmo foi atingida?
_A direita também, foram só alguns cortes sem gravidade. O
problema mesmo foi na esquerda. Eu não estou sentindo
nada... pelo menos agora.
_Muito medicamento por isso você não está sentindo dor. Eu
vou passar a noite aqui...
_Não mesmo. Esquece isso, amanhã você vai pra aula, pensa
que eu me esqueci que você tem a semana inteira de provas,
eu bati a cabeça mas não estou com amnésia.
_Eu quero ficar com você...
_Ana, não quero mais falar sobre isso. Vamos para um
assunto agradável: meu almoço com o chefe Roberto, fui
obrigado substituir pela comida do hospital, isso não é justo.
_E eu com a história de esperar uma semana! Eu não deveria
tê-lo impedido de falar com meu pai.
_Tudo bem, a vida é assim. Traçamos planos que às vezes não
podem ser realizados. Nós não temos o controle de tudo,
Ana. Mas foi só um adiamento.
_A culpa é minha. Fiquei pensando como eu fui boba, que
diferença faria? Eu fiquei imaginando se você tivesse partido,
eu teria perdido a oportunidade de dizer que eu te amo, por
isso eu estou dizendo agora e não me importo se estiver
fazendo papel ridículo. Eu sei que o amor cresce aos poucos,
mas eu já posso dizer que eu te amo e mesmo que você pense
assim: “Esta menina nem sabe o que é isso, está aí toda
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emocionada”, não faz mal. Eu pedi a Deus pra que Ele não
levasse você. Eu falei: “ Deus eu sei que ele é muito precioso
para Ti, mas ele faz parte da minha vida, não o leve, por favor.
Eu já perdi a pessoa que eu mais amava neste mundo.... não
leve ele também...- Ana conseguiu dizer estas palavras entre
lágrimas, enquanto Alexandre enxugava as dele.
_Eu também te amo, Ana. Eu queria muito falar isso, mas
tinha vergonha. Achei que você poderia pensar que seria
muito cedo pra fazer este tipo de declaração. E sabe de uma
coisa? Se eu não estivesse em um leito de hospital,
impossibilitado de andar , eu chegaria bem perto de você e a
beijaria.
_Eu posso chegar até você – disse Ana já se aproximando.
_Eu estou com um gosto amargo na bo...
Ele não teve tempo de completar...
_Ei! Vocês lembram onde estão? - perguntou Lipe ao entrar
no quarto.
_Oi, maninho, você ainda não aprendeu que se deve bater na
porta?
_Aprendi maninha, só que acontece que eu bati mais de uma
vez...
_Oi Lipe, vai desculpando a sua irmã é que ela não consegue
resistir a um homem indefeso, porém charmoso, como eu.
_Engraçadinho! Você percebeu que ele está ótimo, né, Lipe?
_”Tô” vendo. E aí cara que pancada, hein?
_É amigo, foi dureza! Mas estou me recuperando...
Ana ainda ficou por várias horas fazendo companhia a
Alexandre. Luísa passou a noite no hospital com o filho.
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Capitulo 15 -Desânimo
Ana foi para aula meio contrariada, o que ela queria mesmo
era estar ao lado de Alexandre no hospital, mas justamente
naquela semana ela não poderia faltar, pois teria várias
provas. Tio Rubens dispensou os serviços dela durante alguns
dias para que ela pudesse visitar Alexandre todas as tardes.
Naquela segunda- feira ela aproveitou para levar algumas
fotos da mãe e de toda a família, atendendo um pedido de
Alexandre.
_Nossa, como você se parece com ela!- disse Alexandre
olhando as fotos do casamento de Sônia e Roberto.
Ana foi folheando o álbum com ele e informando os nomes de
cada membro da família. Depois ela também mostrou
algumas fotos dela.
_Que menininha mais linda, aqui você deveria ter … acho que
um aninho, certo?
_Certo, um aninho e alguns meses.
_Olha o Lipe, que gracinha! Que ele não me ouça!
Assim passaram a tarde olhando as fotos e conversando
muito. Ana saiu do hospital no final da tarde contente por
Alexandre estar animado. À noite, Joyce foi até a casa de Ana
para entregar uma cesta de Páscoa que Alexandre havia
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_Filho, está tudo tão recente! Ainda vai fazer um mês que
aconteceu o acidente.
_E se eu não conseguir? Pai...
_Confie em Deus, meu filho. Você não pode ter este tipo de
pensamento, que história é esta de não conseguir? Acho que
chegou alguém, deve ser a Ana, então mude esta expressão de
derrotado, ela ficaria muito triste.
_Tudo bem.
Assim que olhou para Alexandre, Ana percebeu que ele não
estava nada bem. Tentou conversar, mas ele só respondia com
monossílabos.
_Nossa conversa hoje vai ser assim? Se é que se pode chamar
isso de conversa.
_Eu... não estou com vontade de conversar...- explicou
Alexandre com uma voz quase inaudível.
_Bom, já melhorou...
_Ana, me desculpe, mas eu acho melhor você ir embora, vá
pra casa ou sai com alguma amiga, quem sabe com a sua
prima. Sábado à tarde e você aqui comigo neste tédio? Não,
isso não está certo. Você não precisa ficar aqui nesta …
monotonia.
_Pelo menos agora você está falando, mesmo que seja um
monte de bobagens. É melhor do que : sim, não, é, sei...
_Estou falando sério. Desde o acidente o que você tem feito?
Passado horas e horas com o Alexandre. Vai pra escola,
depois para a papelaria e Alexandre. E ainda por cima precisa
cuidar das coisas na sua casa. Que rotina é esta? Me diz? Isto
é justo? Você só tem 17 anos!
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_Terminou?
_Não. Já que você quer ouvir minha voz, eu vou falar mas
você não vai gostar. Ana, você precisa viver a sua vida. Eu é
que estou impossibilitado e não você. Eu agradeço todo o seu
carinho, a sua atenção, eu agradeço muito, mas é melhor você
modificar a sua rotina. No momento eu não sou uma boa
companhia pra você.
_Chega. Eu estou aqui porque quero estar ao seu lado. Você
fala como se fosse um empecilho na minha vida.
_É isso mesmo, eu sou um empecilho na sua vida... é isso que
eu sou, é assim que eu me sinto, como um grande obstáculo à
sua frente, atrapalhando...
_Amor, não fala assim. Você não me atrapalha. Eu venho aqui
para ficar com você porque eu te amo- dizendo estas palavras
ela se aproximou dele e o abraçou com muito carinho.
_Amanhã eu quero que você participe da escola bíblica,
combinado? - pediu Alexandre.
_Combinado.
No dia seguinte Ana foi para a aula de Beth, e pediu para que
a professora lhe concedesse alguns minutos.
_Obrigada, Beth- começou Ana- Em primeiro lugar, eu
gostaria de agradecer a todas vocês que têm orado pelo
Alexandre. Eu quero compartilhar algo com vocês. Eu e o
Alexandre somos namorados, nós íamos oficializar no
domingo de Páscoa, mas todas vocês sabem o que aconteceu.
Ele está precisando muito que vocês o apresentem em oração,
mais do que antes, pois está entrando em uma fase de
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"A provação vem, não só para testar o nosso valor, mas para
aumentá-lo; o carvalho não é apenas testado, mas enrijecido
pelas tempestades." Lettie Cowman
Capítulo 16 -Rompimento
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_Fraturou o quê?
_A fíbula.
_É como eu falei, andar normalmente nunca mais. Agora eu
preciso ir. Tchau cara.
_Tchau.
Dr. Afonso tentou conversar com o filho durante o caminho
para casa, mas Alexandre permaneceu calado pensando em
tudo o que Vítor havia lhe falado.
_Oi, filho, e aí como foi hoje? - perguntou Luísa.
_Como todas as outras vezes... progresso zero.
_Querido, tenha pa...
_Paciência? Mãe, hoje eu conversei com um rapaz que
fraturou o fêmur, está na fisioterapia há 4 meses e me falou
que não teve melhora alguma. Ele disse que não adianta
nada...
_Em primeiro lugar, não foi o fêmur que você fraturou e você
prefere dar ouvidos à pessoas pessimistas, por quê? Eu
pesquisei na internet e...
_Eu não quero ouvir, me desculpe... o que eu sei que já fiz um
mês de fisioterapia e nada. Eu sinto uma dor horrível e não
consigo...
_Filho, o seu maior problema não está na perna, está na
cabeça...
_Pronto, o que a senhora quer? Quer que eu me encha de
pensamentos positivos do tipo: Eu vou conseguir, eu sou
vencedor! Mãe, para com isso...
_Você está se esquecendo que Deus é que nos fortalece; você
está focado no problema...
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descansar.
Ana percebeu que não ia adiantar discutir com ele naquele
momento, então saiu em silêncio.
_Ana, está tudo bem? - perguntou o doutor Afonso assim que
a viu saindo do quarto de Alexandre.
_Não … - foi só o que ela conseguiu dizer, para em seguida
desfazer-se em lágrimas.
_Querida... - disse Luísa abraçando-a.
_Ana, ele está deprimido, seja o que for que ele disse, não
leve em conta- pediu Afonso.
_Ele... ele... terminou o namoro.
_Ana, é como eu disse, ele não sabe o que está dizendo... ele
só quer poupá-la... - explicou Afonso- Vou levá-la para sua
casa.
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Se bem que logo, logo você vai completar dezoito anos, né?
Aí você tira sua carta...
_Sabrina! Pare com isso! Como você pode ser tão insensível?
- perguntou a avó- Você sequer foi visitá-lo!
_Vó, eu sou sincera e prática. Ana, você deve agradecer a
Deus pelo Alexandre ter terminado o namoro, ele fez um
favor para você, que passava horas paparicando ele. É isso
que você quer de um namorado? Ele precisa de uma
enfermeira, isso sim!
_Você não entende, não é? Isso é porque você precisa tirar
vantagens dos relacionamentos, sempre! Um dia você vai
gostar realmente de alguém, aí então você vai compreender o
que é se doar, querer cuidar de alguém com carinho... estar
perto, conversar e compartilhar tudo, até mesmo os momentos
difíceis.
_Aninha, para com isso! Tchau pra vocês, cansei...
_Querida, não ligue para Sabrina... - Vovó Telê abraçou a neta
e continuaram a conversa por alguns minutos.
Quando voltaram para casa, ela e o pai tiveram uma longa
conversa. Ana pensou em como era bom poder contar com a
ajuda da família e dos amigos, tudo parecia mais fácil. Ela
estava sentindo que Deus a estava guiando. Algumas ideias
surgiram em sua mente e ela começaria a pôr em prática
imediatamente. Foi ao culto de domingo à noite e teve uma
conversa com Tiago, o filho do pastor; o único problema foi
que Simone viu e foi logo tirando suas conclusões.
_Ana- começou Simone assim que a viu sozinha- O que você
está inventando? Pensa que eu não vi você conversando com
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o Tiago?
_Calma, Si, não é o que você está pensando. Eu falei com o
Tiago sobre o Alexandre. Relaxa, tá? Mas se você quiser...
_Pode parar...
Ana também falou com Beth. E ao chegar em casa fez um
pedido especial para o irmão.
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Capítulo 17 -O.R.A.D
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Capítulo 18 -Surpresas
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com as fotos.
_Que gracinha! Ela deve ter amado! Esta música é linda...
_Quase que eu ia me esquecendo... fiquei sabendo da visita
que você e a Ana fizeram à R.R.D.S.
_Não acredito que o Renato contou! Nós falamos para ele que
era segredo...
_Coitado, saiu sem querer... vocês duas...
_Foi ideia da Ana, eu só a acompanhei. E aí o quê você
achou?
_Eu achei ótimo, era exatamente do que eu estava precisando,
trabalho. A Ana é incrível.
_Com certeza. E você mandou ela embora! Dá pra acreditar
nisso?
_Mas eu vou consertar isso.
_Na verdade você já começou e muito bem por sinal...
_Hoje à noite eu vou fazer uma surpresa para Ana, bom, não
só para ela ...
_O quê você vai fazer?
_Me aguarde...
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_Que pena!
_Mas, pensando bem eu faço o pedido depois... pode fazer o
que você estava pensando.
Depois de se beijarem Ana pediu para Alexandre conversar
com Tiago para saber se ele realmente estava interessado em
Simone.
_Cupido! Minha noiva amada, você resolveu arrumar a vida
amorosa de todo mundo?
_Algumas pessoas. Se eu puder ajudar... qual o problema?
_Nenhum! Deixa comigo, eu vou fazer ele falar tudo! Mesmo
que seja necessário usar o polígrafo!
_Exagerado como sempre!
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Epílogo
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FIM
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