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MONOGRAFIA
I. INTRODUÇÃO
O tema deste trabalho é a executividade das duplicatas virtuais, tema escolhido com o
serão abordados temas como o surgimento das duplicatas, suas modificações, a influência da
Com o aumento das relações comerciais pela Internet, nasceu a necessidade de criar
formas de pagamento tão desenvoltas quanto o próprio ato de comprar pela Internet. Assim, a
duplicata começou a ser emitida digitalmente, como também sendo ͞assinada digitalmente͟, e
nesse trabalho, onde se propõem as hipóteses de que o vínculo contratual não nasce na
O Código Civil de 2002 veio trazendo alterações importantes para o instituto de títulos
Transações comerciais via Internet, a prática de compra e venda de produtos por meiodela,
bem como de transições bancárias, e a prática do e-processo156, tiveram suasconseqüências,
como entende o Juiz Edison Aparecido Brandão, conforme proferira em umade suas
sentenças:
"O processo tal como o conhecemos está acabando, vindo a seu lugar meio inédito,apto a
novas realidades, que formará e criará parâmetros de um futuro em muitodiferente do que se
imaginava em nosso passado ou que se tem em mente em nosso presente"
No processo eletrônico, como já tem sido a prática de alguns Tribunais como oTribunal
Superior do Trabalho, bem como os Tribunais Regionais do Trabalho e a JustiçaFederal de
algumas capitais, admitem peticionamento eletrônico, ou ainda, vista do processo ede seu
andamento via Internet, sem a presença de autos, ambos mediante senhadisponibilizada ao
advogado e as partes.
Já no âmbito comercial, foi necessária a criação de uma forma de emissão de título decrédito
que fosse tão rápida quanto a compra realizada em um e-shop. Assim, os países quefazem
parte da inclusão digital, criaram suas formas de resolver esse problema.
O Brasil, da mesma forma que criara a duplicata, iniciou, pela prática, mesmo semnenhuma
regulamentação a emitir duplicata de maneira on-line, mesmo para as negociaçõesno meio
físico. O processo da duplicata virtual vem ficando cada vez mais moderno eaperfeiçoado,
tanto o é, que o próprio Código Civil prevê agora essa possibilidade, no artigo889, inc. III:͞Art.
889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitosque
confere, e a assinatura do emitente.(͙)§ 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres
criados em computador ou meio técnicoequivalente e que constem da escrituração do
emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.͟
No entanto essa visão é ainda tida com reservas, mesmo que o Código Civil tenhaprevisto os
títulos de crédito com emissão a partir de caracteres criados em computador, o queserá
discutido em capítulo posterior.
crédito em geral.
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=221601> Acesso em 15
set. 2005.
160 LEÃES. Luiz Gastão Paes de Barros, estudos e pareceres sobre sociedades anônimas, Apud
ALBERNAZ,
100
Desta forma, Vivante conceitua o título de crédito, logo, duplicata, como ͞(͙) o
conceito esse utilizado em nossa legislação civil, em seu artigo 887: ͞O título de crédito,
características da Letra de Câmbio, no entanto, possui em seu bojo, a causalidade, que será
explicada em momento oportuno.
Direito Comercial, 7ª ed. rev. e atual. de acordo com o novo Código Civil e alterações da LSA. ʹ
São
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=221601> Acesso em 15
set.
2005.
101
uma relação comercial, no entanto é a duplicata o único título válido para comprovar que
houve um saque de vendedor por certa quantia, em relação ao comprador referente àquela
relação jurídica.
1- Letra de câmbio
2- Nota promissória
3- Cheque
4- Duplicata
7- Debêntures
8- Warrant
9- Conhecimento de transportes
10-Ações
164 MONTEIRO. Marcos Roberto Gentil. Direito comercial e direito bancário. Disponível em
2006.
102
Dentre essas a que será objeto de estudo desse trabalho é a Duplicata e sua variação
obviamente, há princípios que são mais visíveis e mais presentes em um título de crédito do
que em outro, sendo então os princípios abaixo já encorpados aos aspectos da duplicata.
especial em lei, no entanto há pontos que hoje começam a ser discutíveis, conforme a
postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular (͙). A cartularidade é, desse modo, o
postulado que evita enriquecimento indevido de quem, tendo sido credor de um título de
podendo essa ser feita por indicação, com informações sob responsabilidade do portador,
Com o avanço da tecnologia, o processo ficou mais moderno, e mais célere, conforme
͞Esse novo processo, que, na onda dos modismos cibernéticos, pode ser chamado de e-
processo (processo
essa facilidade do e-processo, como esperar que o comércio eletrônico também não o fosse
utilizar.
103
Desta feita, o Código Civil em seu artigo 225, faz o reconhecimento das provas
digitais:
exatidão.͟167
Assim, fica demonstrado que até o princípio da cartularidade fora flexibilizado, para se
legitimamente, pode exigir a prestação; b) sem o documento, o devedor não está obrigado,
em
Desta mesma forma, esta corrente entende que a duplicata escritural, qual seja, aquela
que são gravadas em fitas magnéticas, podem ensejar uma série de problemas, não devendo
III.3.2.LITERALIDADE
͞O título é literal porque sua existência se regula pelo teor de seu conteúdo. O título de
consideração; uma obrigação que dele não conste, embora sendo expressa em
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=221601> Acesso em 15
set.
2005
168 LIMA, Luiz de Freitas, Apud ALMEIDA, Amador Paes de. Op. cit, p. 5.
169 REQUIÃO, Rubens. Op. cit. p. 359.
104
͞De um lado, nenhum credor pode pleitear mais direitos do que os resultantes
outro lado, o titular do crédito pode exigir todas as obrigações decorrentes das
Isto implica dizer que, para aquele portador de boa-fé de título de terceiro, tem o
direito de receber valor integral discriminado no título de crédito, visto que os sujeitos
primários diretamente envolvidos na confecção deste título não se atentaram a dar quitação
parcial ou integral no próprio título, mesmo que haja quitação em separado, ainda que
III.3.3 AUTONOMIA
Da multidão de conceitos sobre o princípio da autonomia, o que se fez mais claro, fora
͞Diz-se que o título é autônomo (não em relação à sua causa como às vezes se tem explicado),
mas, segundo Vivante, porque o possuidor de boa-fé exercita um direito próprio, que não
pode
Isto implica dizer que de um negócio que originou um título de crédito, entre duas
partes, ao existir uma terceira relação, ou seja, o credor do título da relação originária,
endossa
esse título a um credor seu. Sendo autônomas as relações, aquele, credor da relação originária
deverá satisfazer a obrigação, independente de qualquer vício do negócio realizado por ele.
Esse instituto é um dos mais importantes, pois traz segurança jurídica para aquele que
adquire um título de crédito proveniente de um negócio onde ele tampouco fazia parte, não
seja prejudicado, por desarranjos futuros, que deverão ser satisfeitos, de forma diversa que
105
Assim, Ulhoa comenta sobre esse instituto, como sendo a ͞garantia efetiva de
III.3.3.1 ABSTRAÇÃO
desvincula da relação fundamental, sendo então pressuposto para sua existência, a circulação
do título.
mediante a circulação do título, com abstração quando se refere a emissão desta estar ou não
Nesse caso, tem-se por abstração a primeira, já que a segunda terminologia, como bem
explica Antônio Carlos Zarif, ͞a duplicata não possui esta característica, pois fica vinculada
ao negócio mercantil que lhe deu origem174͟. A duplicata, virtual ou não, é causal, depende
quem transfere o título, mas com o portador do mesmo, seja ele quem for), surgiu a
regra chamada da inoponibilidade das exceções. Por essa regra, consagrada no art. 17
da Lei Uniforme, o obrigado em uma letra não pode recusar o pagamento ao portador
alegando suas relações pessoais com o sacador ou outros obrigados anteriores do título
(por exemplo, não pode o obrigado recusar o pagamento alegando que é credor do
sacador). Tais exceções ou defesas são inoponíveis ao portador, que fica, sempre,
má-fé, ressaltando que em qualquer ação jurídica a ser tomada por devedor que se viu
175 MARTINS, Fran. Títulos de crédito Apud GRAHL, Orival. Título de crédito eletrônico. Não
publicado.
106
envolvido em uma trama de um negócio jurídico com vício, tendo esta sido transferida
doutrina, separa-o como um princípio singular como está sendo apresentado neste. Este
͞Essa é a razão pela qual nosso legislador determina que o título de crédito é um documento
necessário para o exercício dos direitos nele contido. Essa definição quer ressaltar que a
declaração constante do título deve especificar quais os direitos que se incorporam no
documento176͟.
o comprovante da entrega da mercadoria, ainda é possível ajuizar ação, no entanto não é uma
execução, mas sim ação monitória. Já no caso de se ter a instrução do protesto, é possível
duplicata existirá sob uma condição, uma causa, o crédito de uma relação mercantil.
casos de compra e venda. Atualmente, a duplicata recepciona créditos originados por contrato
qual seja, aceite, devolução, circulação, protesto e execução previstas para a duplicata
176 MIRANDA, Maria Bernadete. O título de crédito eletrônico no novo código civil. Disponível
em
107
Admitir a falta da causalidade implica em dizer que a duplicata emitida não está de
acordo com a lei, prática considerada crime, como veremos no subitem a seguir.
Essa prática, não é novidade para operadores do direito da área comercial, e pelos
empresários, vítimas deste ato: emitir duplicata em nome de terceiro, sem existir nenhuma
͞fria͟ pois acreditamos, ser distintas. O art. 19 da Lei 8.137/1990 alterou o art. 172 do Código
͞(͙)
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a
179 BRASIL, Lei nº. 8.137/1990. Define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra
as
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/listaPublicacoes.action?id=134552>. Acesso em 12
fev. 2006
108
Já a duplicata fria era muito bem conceituada pelo art. 172 do Código Penal antes da
alteração realizada pela lei 8.137/1990, no entanto, esta definição ainda está presente na Lei
"(͙)
Art. 172. Expedir ou aceitar duplicata que não corresponda, juntamente com a fatura
duplicata
Sendo assim, a duplicata fria, seria no caso, a duplicata emitida sem a existência real
Este assunto ficara então polêmico e com divergências, pois, segundo alguns autores, a
lei tipificou como crime, por um lado, mas aquilo que é considerado mais grave, tornou-se
͙͞a duplicata fria não é mais o mesmo que a duplicata simulada e o saque
atípica180͟.
Rubens Requião, de antemão, interpreta nessa mudança de lei, que houve uma
ampliação da tipificação penal, e não um estreitamento, como pensa Ulhoa. Dessa forma:
O crime pode ocorrer, portanto, pela simples emissão da duplicata que não
180 COELHO, Fabio Ulhoa. O saque da duplicata fria não é mais crime. Tribuna do Direito, São
109
Não podemos considerar que antes da Lei nº. 8.137/90 fosse punido emissão não só na
inexistência de venda, como na emissão sem conformidade com a venda, e que, após a Lei,
punir a conduta menos gravosa, deixando a de maior alcance sem o crivo penal.
III.4.3. ACEITE
crédito do vendedor, ou seja, reconhece o devedor sua própria dívida, ou ainda, recusá-la por
motivos previstos em lei. Isso era útil para que não se incorresse na falta de causa para
emissão de duplicata, ou ainda nos crimes de duplicatas frias e simuladas, no entanto foi
Na falta do aceite, esse é um dos requisitos mais fáceis de serem supridos, por
exemplo, se no caso de não haver o aceite é possível suprir com o protesto e ainda com
canhoto de recebimento da nota fiscal, como expressa a súmula do STJ nº. 248, ͞comprovada
a prestação de serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para instituir
pedido de falência184͟.
A duplicata para se tornar completa, deve conter algumas informações em seu corpo,
por questões de formalidade, e tendo a duplicata em seu bojo, o princípio da literalidade,
decorrem então os requisitos abaixo que devem estar no corpo do título, sendo citadas por
184 BRASIL. Supremo Tribunal de Justiça. Súmula nº. 248. Fonte Disponível em:
110
sacador185͟.
aplicável a duplicata virtual, não pela imagem da assinatura digitalizada para o computador,
mas sim uma chave particular (letras e números) ligadas a uma Autoridade Certificadora,
empresas com custo de papel e de envio de encomenda, bem como do tempo, que também é
dinheiro.
O Comércio eletrônico tem sido uma das forças motrizes da Internet, além dos bancos
que são praticamente obrigados a utilizar dela para oferecerem um serviço rápido, como
também as grandes empresas que fazem transações pela rede mundial, reuniões entre
O comércio eletrônico tem começado a ter um respaldo jurídico específico, mas claro
que, ainda que não tivesse o juiz a lei prevendo o caso concreto, não poderia ele negar a
títulos de crédito. 4ª ed ʹ São Paulo: Atlas, 2002, Série Fundamentos Jurídicos. p. 144.
111
112
͙͞fazendo uma analogia como o nosso dia à dia, quando vamos a um jornaleiro
transações, haverá também aquele mercado informal, tal qual existe no mercado real hoje, e
que neste mercado talvez não haja a eficácia das Certificadoras de fato.
que estão dispostos a obter seu número de cartão de crédito, ou enviar um vírus a seu
computador, portanto, pode até vir a ser informal na sua compra, que vem a ser concretizada,
que não deve ser encarada dessa forma, quanto a segurança que deve envolver a Internet para
Não há como se falar em comércio eletrônico, sem falar de alguns dos sites de
espaço para pessoas físicas anunciarem seus produtos, e inicialmente estes sites existiam
Atualmente efetua vendas, passando a ser uma extensão de empresas, que no plano
físico talvez não estivessem tão bem, mas que viram no mundo cibernético, uma maneira de
se ganhar dinheiro, âmbito que o Estado ainda não repousou seus olhos quanto a questão
Os sites de leilão, tema que serviria para uma obra monográfica sozinho, servem como
mediadores, entre o comprador e vendedor, ganhando comissão pela venda, pelo mero
anúncio, e ainda, até disponibilizando formas de pagamento por cartão e duplicata para
aqueles interessados.
começando a decidir sobre até onde vai a Responsabilidade Civil destas junto aquele
<http://www.sebraepb.com.br/bte/download/informatica/200_1_arquivo_juridica.pdf>
Acesso em 14
fev. 2006.
187 http://www.ebay.com
188 http://www.mercadolivre.com.br
113
comprador de boa-fé, que compra e não recebe, e o vendedor, que envia e não lhe é
repassado
dinheiro algum.
Essas empresas servem para propagar a evolução digital e comercial, sendo delas também
As causas da busca pelo digital em detrimento do papel, são muito simples, fácil
para impressão ou produção de documentos, pelo menos, ainda, mas as idéias transmitidas
para nós em filmes futurísticos, nos fazem ter uma idéia do que pode estar adiante, como por
exemplo, cada ser humano ter um Handheld189, ou ainda pelo pagamento de contas por meio
tão somente do cartão, dispensando o uso de dinheiro em cédulas, mas apenas transferência
de
A economia que se faz com o uso da Internet gera um maior lucro, e esta é a função
comunicação, possibilidade de não haver mais a inadimplência, pois as transações serão feitas
empréstimo, sem nem mesmo ir ao banco, sabendo até quanto irá pagar de juros e taxas ao
quebrados, como também princípios relativizados. Abaixo são dois casos de princípios que
tiveram que ser mitigados, para que assim, a prática das duplicatas virtuais fosse possibilitada,
114
IV.3.1. LITERALIDADE
Os princípios ao serem formados, não tinham ainda nem como prever o que seria o
eram extremamente limitados, exigindo de conseguinte, que o título fosse cercado das
maiores cautelas para que o terceiro de boa-fé, em caso de circulação cambial, não
duplicata especificada.
IV.3.2. CARTULARIDADE
do banco. Com isso evita-se todo o procedimento de se dar vida material à duplicata, o
Ainda, a mesma autora faz uma importante consideração sobre esses princípios:
115
͞De toda forma, mesmo que não se admita o protesto por indicação entendendo-se que
real da duplicata que não fosse paga através dos meios virtuais de cobrança͙193͟
Da mesma forma que princípios são relativizados pela prática e costume, alguns aspectos
alguns aspectos, para tornar a duplicata virtual plausível, como veremos a seguir.
da duplicata virtual. Ao contrário do que se parece esse requisito formal da duplicata, não
(a) declarativa, pela qual se determina que é o autor da assinatura; (b) probatória, pela
três requisitos e segundo Albernaz, ela o faz, conforme o art. 2º da Lei Modelo sobre
116
como:
com demasiada confiança, como análoga à assinatura física em papel. Embora existam
analogias, também existem diferenças que podem ser importantes. O termo assinatura
electrónicas como endereços Telex e cabo, bem como a transmissão por fax de
veio do emissor. Para verificar este requisito, uma assinatura digital deve ter as
emissor; integridade - a assinatura não pode ser falsificável; não repúdio - o emissor
explicada, pelo Mestre em Direito Processual, Augusto Tavares Rosa Marcacini197, segundo
PGP, foi possível com a chave privada, mantida pelo usuário do computador, e a chave
pública, que é distribuída para aquele que disponibiliza acesso aos usuários portadores da
A mensagem cifrada por uma chave pública só pode ser aberta por uma chave privada,
e vice-versa, com isso, a cada documento gerado e assinado, a chave privada gera uma
assinatura, onde por combinação matemática é possível saber quem é seu emissor.
nova assinatura, que seria diferente da primeira, formando-se então dois documentos
195 Lei Modelo sobre a assinatura Eletrônica da Comissão das Nações Unidas para o Direito
Comercial
Internacional ʹ UNCITRAL, versão 2001, Apud ALBERNAZ, Lister de Freitas, Op. cit.
197 MARCACINI, Augusto Tavares Rosa. O documento eletrônico como meio de prova.
Disponível
198 Criptografia: o estudo dos princípios e das técnicas pelas quais a informação pode ser
transformada
da sua forma original para outra ilegível, a menos que seja conhecida a "chave secreta", o que
a torna
difícil de ser lida por alguém não autorizado. Assim sendo, só o receptor da mensagem pode
ler a
117
Através da assinatura é possível saber ainda a data em que o documento fora gerado, e
Não se pode dizer que o legislador está totalmente atrasado, ou que não esteja
preocupado com as mudanças tecnológicas, pois se por um lado, fica emperrado para
aprovação de leis, por outro, pode criar outros dispositivos que agilizem o processo de
mudanças.
forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem
específicas, por exemplo, a Circular nº. 3.234 de 15/04/2004, com procedimentos técnicos na
Carta Circular nº. 3.134 de 27/04/2004, emitida pelo BACEN, em seu art. 1º:
199 BRASIL. MP. Nº. 2.200-2/2001. Institui a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira ʹ
ICPBrasil,
transforma o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em autarquia, e dá outras
providências. Disponível em
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=233404> Acesso em 14
fev. 2006.
200 BACEN. Circular nº. 3.234 de 15/04/2004. Altera a regulamentação cambial para prever a
<http://www5.bcb.gov.br/pg1Frame.asp?idPai=NORMABUSCA&urlPg=/ixpress/correio/correio
/CO
NTINUACORREIO.DML?NUMERO=104058040&ISN=00210456&PAGINA=2&C=3234&ASS=C
201 LUCCA, Newton de, Apud GOMES, Cárita Carolina dos Santos. Breves comentários sobre a
118
signatários.
estrutura dos órgãos subjacentes. Existe de acordo com a lei Autoridade Certificadora Raiz
autenticidade, como pode ser visto na figura abaixo o Certificado dado pela Certificadora
Verisign ao Banco do Brasil, onde é visível que há prazo de validade para cada certificado,
universidade católica de Petrópolis In: REDE - Revista do Direito Eletrônico. IBDE ʹ Instituto
119
coisa, como interpreta doutrinadores como Chiovenda e Pontes de Miranda, mas sim de sua
essência, ͙͞é qualquer escrito utilizável como prova do ato ou fato jurídico204͟. Interessante
como define como ͞escrito͟ e não mais como ͞coisa͟, sendo que é nesse sentido que o
͙͞é a seqüência de bits e, onde quer que esteja gravado qualquer quantidade de
cópias, desde que seja reproduzida exatamente a mesma seqüência, tem sempre o
mesmo documento205͟.
120
que o documento provém do autor nele indicado206͟ como já exposto em item específico
supra, só é autêntico devido a sua Chave Pública. Entretanto, há grande diferença entre a
Assim, um documento, pode ser perfeito em sua forma e produção, ser o documento
em questão justamente ao qual se faz referência, nos autos de um processo, por exemplo, isso
não implica dizer que suas informações são verdadeiras, decorre daí então uma falsidade
A assinatura possui ainda maior segurança por possuir mecanismo que indica quando a
assinatura for realizada, de forma imutável, pois essa faz parte da combinação de números
impressão, como também o documento físico, pose ser digitalizado, através de um scanner
para o computador para uma possível busca, muito mais facilitada destes documentos.
que lhe atribui a situação de cópia é justamente tê-lo transferido para o meio físico, que se for
impugnada sua validade, sempre será necessário, comprovar sua autenticidade com aquela
No meio digital, não importa quantas cópias sejam feitas, as cópias também serão
inicial, ainda será o original e o segundo alterado uma vez alterado, nada tem de relação ao
primeiro, pois passou a ser outro documento, original, pois terá sua própria assinatura.
É possível ainda que haja a digitalização de algo do meio físico para o mundo digital.
Quando isso é realizado por órgão que tenha fé pública, e ainda tenha a certificação digital
206 SANTOS, Moacyr Amaral Apud MARCACINI, Augusto Tavares Rosa. Op. cit.
121
suas cópias digitalizadas, ou ainda seus originais eletrônicos, terão validade de documento,
como é o caso da Imprensa Nacional que o mesmo documento emitido eletronicamente seja
aquele do meio físico, que desde outubro de 2004 contém Certificação Digital em seu site,
para os assinantes dos diários publicados por este órgão, dando garantia de autenticidade as
Fonte: Imprensa Nacional. Diário Oficial da União ʹ Seção 2, nº. 31 de 13 de fevereiro de 2006,
segunda-feira,
fev. 2006.
122
negativas emitidas pela Receita Federal, INSS e outros que tem validade, principalmente em
pregões e licitações.
assinatura ou, no fundo, tem o ônus de provar a autoria, sendo autêntica a assinatura, ou
melhor, -- demonstrada incontroversa a autoria --, incumbe a quem alega provar eventual
branco207͟.
caso o ônus da prova, por analogia seria a mesma hipótese do art. 389, II, quando se alega ser
podemos citar aquelas que já vem sendo citadas ao longo deste trabalho.
documentos eletrônicos, pois reconhecera a assinatura digital e sua autenticidade, bem como
o
Código Civil.
͞A prova eletrônica foi, final e taxativamente reconhecida no art. 225, o que deve
123
Provisória 2.200-2/01. Anotamos, ainda, que o art. 889, § 3º, admite a emissão de
Ainda, na esfera do Código Civil, e sua aplicabilidade a Internet citamos o art. 428, I,
que diz respeito a compra por telefone e ͞por meio de comunicação semelhante͟, bem como
os art. 884, 885 e 886, que dizem respeito ao enriquecimento sem causa, que podem ser
͞Não obstante serem positivas as inovações do Novo Diploma (Código Civil de 2002)
O país tem tentado ainda, entrar no século XXI, com a disponibilidade da reforma das
leis para se adaptar a esse milênio, o que outros países já vêm fazendo há quatro décadas,
como é caso da França, que desde então já prevê a letra de câmbio por banda magnética, e
ainda na França desde 1981, através da Lei Dailly, dando força executória ao borderô
(comprovante de entrega das fitas magnéticas que tenham sido objeto de desconto bancário).
Mais recentemente, em 1997, nos Estados Unidos, o Estado de Utah, foi o primeiro
estado a prever matéria de certificação digital, seguida dos demais estados americanos e
países como Alemanha, Argentina, Austrália, Dinamarca e Brasil. Na lei do estado de Utah,
como o conceito de vários institutos da informática desde assinatura digital até Criptografia
Assimétrica.
Os projetos de Lei, sobre o assunto, passam hoje, de mais de 150 em trâmite pela
Câmara ou Senado, fazendo com que o estudo dessas fique ainda mais demorado, não
208BLUM, Renato M. S. Opice. O novo código civil e a Internet. In: REDE - Revista do Direito
Eletrônico. IBDE ʹ Instituto Brasileiro de Direito Eletrônico. Ano I ʹ nº. 02. Disponível on-line
em:
Temos que considerar ainda, que a maioria dos projetos de Lei propostos são de certa
forma tímidos, pois não aprofundam na matéria e talvez não tenham sido utilizados de grande
Lei nº. 4.906-A/2001 (Anexo) de autoria de Lúcio Alcântara (PSDB-CE) com substitutivo de
Senado.
possibilidade de aprovação, visto que já fora analisado também por Comissão Especial da
Câmara.
eletrônicos, alteração que se faz importante na lei vigente para não restar empecilho algum
conceitua alguns termos do comércio eletrônico e do meio informático para efeitos da lei.
Traz também que qualquer lei que tenha como requisito a assinatura, e apresentação de
documento original em meio físico poderão ser considerados supridos, face a apresentação e
Este projeto foi correto no art. 4º em estabelecer os princípios pelos quais o comércio
eletrônico deverá ser regido, pois é notório que a tecnologia no meio eletrônico muda de um
tecnologia, dos sistemas de criptografia, bem como da assinatura digital, pois no futuro, pode
vir a ser criado sistema de identificação diversa ao da assinatura digital, por meio de outro
sistema de segurança, senha, que seja ainda mais seguro, por exemplo através da íris do globo
e ainda, sobre os casos de validade dos e-mails com resposta, e sem resposta.
É bem verdade que se faz necessária uma lei mais completa, que detalhe a questão da
segurança desta chave, pois a Medida Provisória não é o instrumento correto para dispor
sobre
o assunto, como faz a Medida Provisória 2.200-2/2001, mas sim a Lei, propriamente dita.
125
costume, será necessário que essa lei, ou outra melhor que essa, seja aprovada o quanto
antes,
pois necessário se faz que seja disciplinado de uma vez por todas a validade jurídica do
O tema é tão novo quanto o instituto das duplicatas virtuais, e não se encontra muitos
doutrinadores dispostos a discorrer sobre o assunto. Fábio Ulhoa Coelho, no entanto, dispõe
em sua obra um subitem específico tão somente para a execução das duplicatas virtuais, a
LUIS EMYGDIO ROSA JÚNIOR, e também da jurisprudência, que afirmam ser a duplicata
virtual, um título executivo, além de tudo, funcional, discordando da visão de Amador Paes de
Almeida:
suscetível de endosso, não podendo, também, ser objeto de aval ou, ainda, de protesto211͟.
Esse é um tema importante, que pode implicar na obtenção de valor correspondente a
inadimplência de uma duplicata, muito mais rapidamente, visto que o processo de execução é,
A outra opção de ação proposta para aqueles que entendem que a duplicata virtual não
Há quem entenda ainda ser passível a ação monitória. As diferenças entre a Ação de
Execução de Títulos de Crédito, prevista no art. 566, I; 567, I, in fine, inclusive da duplicata,
126
prevista como título de crédito, no art. 585, I, em relação a Ação Monitória e seus
procedimentos prevista nos artigos. 1.102a, serão vistas a seguir, após serem discutidas as
do tipo de processo, sendo aquele incurso no Processo de Execução (Livro II) e este no
No Processo de Execução já se tem o Título Executivo nas mãos, sendo que assim não
se faz necessária a discussão do mérito, e o Mandado deste é de citação do devedor para, ͞no
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou nomear bens à penhora213͟, o que já é bem mais
Titulo, não são tantas, mas é válida a observação, pois se não houvessem diferenças, não
seriam duas ações diversas.
͞Art. 1.102a A Ação monitória compete a quem pretender, com base em prova
mais célere, no entanto, nessa, compete ao autor juntar prova escrita, que não tenha validade
de título executivo, pois este tornar-se-á um novo título. No entanto, nesse, como elucida José
G. Ramanello Bueno:
213 Art. 652. BRASIL. Lei nº. 5.869/1973. Institui o Código de Processo Civil. Disponível em:
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=102373> Acesso em 10
fev. 2006.
127
Esse autor considera ainda a ação monitória um tipo de ação de execução, diferenciado
daqueles do Processo de Execução, mas que tem como mandado a intimação de pagar ou a
embargar, caso não o faça, só então é citado para pagar e nomear bens à penhora.
É por essa razão que o cheque, por exemplo, ao ser devolvido, deve ser executado logo
em seus primeiros meses, ou será considerado prescrito, e assim passível de ser reavido
apenas por meio da Ação Monitória, o que levaria um pouco mais tempo.
Assim, para aqueles que entendem que a duplicata virtual não é um título de crédito
executivo, essa seria a maneira de se obter o crédito, no caso da inadimplência, visão que
discordamos por ter a duplicata todos os requisitos para ser considerada duplicata virtual,
não exige a sua exibição em papel, como requisito para liberar a prestação
jurisdicional satisfativa216͟.
Complementa ainda Ulhoa que ͞em juízo basta a apresentação de dois papéis: o
banco, seu desconto em carteira, já descontando os juros que cobram os bancos, a emissão do
boleto tudo pela Internet, para então o envio deste via correio ao sacado, e em alguns casos,
se
para pagamento, pois ao entrar no Internet banking218, já consta quais as duplicatas que
estão
lançadas para aquele sacador, o valor e a data de vencimento, e a opção de pagar aquele
título,
devedor ter pago em dias seu título, ou ainda, desconto antecipação, que vem a ser desconto
128
proporcional a quantidade de dias ou meses que este pagou sua duplicata antes da data do
vencimento, como se fosse um abatimento automático dos juros aplicados àquela parcela com
vencimento a prazo. Todas essas virão no corpo da duplicata, que o próprio software utilizado
para criação da duplicata disponibilizará para preenchimento, bem como do prazo para
protesto automático, como também qualquer aviso que o credor deseja dar a seus clientes,
como felicitações de feliz natal, pois tudo isso, ao ser externalizada via boleto, emitida pelo
enviadas ao banco, as quais deverão estar sob a assinatura digital daquele sacador, para que
Nestes casos, geralmente o sacado foi até a própria empresa na data do vencimento, ou
mecânica no corpo do boleto, ou por compensação de cheque, que deverá conter em seu
verso
No primeiro caso, o sacado, deve acessar o site de seu banco, e emitir o comprovante de
pagamento daquela duplicata. É válido este comprovante como quitação pois ele faz
fosse, assim, necessário se faz que o sacado leve o comprovante ao sacador, para emitir recibo
de que o valor correspondente àquela duplicata fora pago. Essa prática poderá trazer
problemas, a não ser que o sacado certifique-se que o sacador deu baixo de quitação da
129
A definição de protesto vem da Lei 9.492/1997 que trata dos serviços de protestos de
título:
A função do protesto então é comprobatória, não gerando em si direito algum, mas que
gera efeitos, um deles é a restrição do crédito, fato que pode trazer certa constrição psíquica
ao devedor, mas que, se feita dento da legalidade, não incorre o sacador em problemas como
O que nos importa agora é o protesto por indicação, pois foi através deste texto da lei,
modificado pelo Decreto-Lei nº. 436/1969 que se justifica a possibilidade do sistema bancário
indicar a duplicata para protesto, possibilitando a execução e o pedido de falência por meio da
execução vai recair sobre endossatários e os avalistas destes, deverá o protesto ser realizado
instruir o processo com a duplicata, assinada pelo sacado inadimplente, sem protesto, nos
Para haver a possibilidade de aceite por via eletrônica, deverá haver mudança na
legislação, pois essa ainda não criou formas para viabilizar essa possibilidade.
deve-se juntar a comunicação aos autos. Mas quando essa é feita por meio eletrônico, há aqui
130
um problema, devido a falta de uma legislação específica, que prevê a validade do correio
eletrônico.
comunicação válida, pois não há como se provar que se originou de uma pessoa em
específico, como também há diversas formas de se criar forjar um e-mail. Nesse mesmo
͞Essa modalidade, das três, é a menos usual, de existência praticamente nenhuma. (͙)
como é o caso do site da Receita Federal, que para a comunicação com os contribuintes que
optam por essa prática, podem criar uma caixa postal eletrônica no site da Receita e assim ter
mas neste caso é criado via formulário, um vínculo do advogado com aquela conta de e-mail,
mas esse sistema depende do papel, pois o advogado tem que enviar a petição original até
cinco dias depois do término do prazo ou cinco dias depois da recepção pelo Tribunal do
material que não depende de prazo, nos termos do art. 2º da Lei nº. 9.800/1999221.
instrumento de protesto, conforme art. 13, II da Lei de Duplicata. Da qual não se pode exigir a
cártula da Duplicata.
ser realizado por via eletrônica. Essa possibilidade através do e-mail não deve ser aplicável,
conforme visto acima, por sua fragilidade como prova, pelo menos até a atualidade. Nada
No caso dos sites de leilão, poderia ser utilizada a qualificação que o comprador faz ao
vendedor. Por exemplo, quando um dos participantes realiza uma compra, este deve qualificar
a venda e o usuário vendedor, nos quesitos: ͞a compra foi realizada com sucesso?͟ Se não,
221 BRASIL. Lei nº. 9.800/1999. Permite às partes a utilização de sistema de transmissão de
dados
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=226554> Acesso em 19
fev. 2006.
131
digitar algo seu comentário da venda, tudo isso em área segura, ou seja, com assinatura digital
DUPLICATA VIRTUAL
Da mesma forma que a execução pode ser realizada sem a apresentação da duplicata,
entendemos ser o pedido de falência realizável, após o protesto, que deverá ser realizado por
indicação.
͞Art. 9º A habilitação de crédito realizada pelo credor nos termos do art. 7º, § 1º, desta Lei
deverá conter:
I ʹ (͙)
II ʹ (͙)
produzidas;
IV ʹ (͙)
V ʹ (͙)
Parágrafo único. Os títulos e documentos que legitimam os créditos deverão ser exibidos no
Judicial, nos termos do art. 51, inc. VIII, da Lei de Falências, isto implica dizer que é o
VII.1 JURISPRUDÊNCIA
222 BRASIL. Lei nº. 11.101/2005. Regula a Recuperação Judicial, a extrajudicial e a falência do
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=250164> Acesso em 15
fev. 2005.
132
Especial:
A recorrente aponta, além de dissídio, violação aos arts. 6º, 7º, 8º e 12 da Lei 5.474/68.
Alega que a recorrida não cumpriu as exigências dos dispositivos, ao deixar de provar o
recebimento da mercadoria e que remeteu a duplicata para aceite. Salienta que nem mesmo
se
apresentou o título em discussão. O recurso não merece prosperar. O aresto afirma que os
duplicata para aceite, não houve discussão sobre o tema, pelo que carece do indispensável
Ainda no STJ, a decisão do Min. Ruy Rosado de Aguiar da Quarta Turma em Recurso
Especial:
A lei permite a execução sem a apresentação da duplicata ou da triplicata, desde que a petição
entrega e recebimento da mercadoria (art. 15, §2º, da Lei 5.474/1968). Precedente. Recurso
conhecido e provido224͟.
aceitação deste instituto, que vem apenas para somar as boas transformações que ocorrem na
VIII. CONCLUSÃO
O número de inovações tecnológicas nos últimos 50 anos é absurdo, quanto mais nos
pelo mundo e no Brasil, que é um dois países que mais têm a população de internautas em
223 Agravo em Recurso Especial nº. 294.826-MG, publicada no DJ de 10.ago. 2000. Min.
Eduardo
Ribeiro.
224 Resp 309829/CE; RECURSO ESPECIAL 2001/0029476-6. Órgão Julgador: 4ª Turma. Data do
Julgamento: 04/12/2001. Data de Publicação: 08/04/2001, p. 221. Min. Ruy Rosado de Aguiar.
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também do crime, mas que é em seu todo muito útil, pela velocidade proporcionada por ela.
O Comércio Eletrônico surgiu claro, no intuito da empresa alcançar o lucro. Com esse
surgimento do e-commerce, veio também as soluções que se buscam para facilitar o comércio,
como é o caso da duplicata virtual, que atinge o comércio eletrônico e o físico, mas que tem
sua realização toda feita por meio eletrônico, vez que o comerciante se vê praticamente
obrigado a se ͞plugar͟ na Internet, para que possa trabalhar com a emissão da duplicata, pois
134
certamente o processo para a legalização da duplicata virtual, pois trouxe em seu corpo a
contemplação do mundo eletrônico, algo que era impossível de se ter no Código Civil de
1916.
O ideal será a promulgação de uma lei que discipline todo o assunto, sem vontades
políticas de autopromoção do candidato e sem o entrave político das negociações para votos
de lei.
Mas, enquanto isso cabe aos Tribunais Superiores definirem sobre o assunto, e,
espera-se que positivamente, pois esse instituto só vem a ajudar o comércio, com isso, o
progresso.
Ao que tudo indica, os títulos de crédito desaparecerão, pois na sociedade que está
sendo remodelada pela tecnologia, não vai haver espaço para o papel, por desvantagens
óbvias como fazer uma busca de informações, o que pode ser feito por um computador em
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