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Recursos Humanos Interculturais
Recursos Humanos Interculturais
Creio não haver mais dúvidas de que com o avanço da mobilidade global o
desafio hoje é colocarmos em contato pessoas de diferentes culturas, seja
de forma virtual ou presencial, colaborando e trabalhando em grandes
equipes, sendo o sucesso dessas equipes, o principal desafio dos Recursos
Humanos. A pergunta que me faço constantemente como profissional
profundamente comprometida com este processo é: Como garantir o bom
desempenho dessas pessoas interculturalmente diversas desde o ponto de
vista individual quanto grupal? A mudança, o caos, o desconhecido são os
novos padrões de trabalho onde novas abordagens e metodologias nascem
e morrem todos os dias na tentativa de encontrar, de fato, o melhor
caminho. Nos últimos 30 anos podemos acompanhar uma mudança
dramática no cenário dos Recursos Humanos e por conseqüência, dos
profissionais ali envolvidos. Até então um número importante de
organizações não reconheciam a necessidade de preparar as pessoas para
trabalhar com ou em outras culturas pois assumiam que a forma norte-
americana de trabalhar deveria ser o padrão ou a norma. Ou ainda pior, que
nós, brasileiros, deveríamos padronizar nossa forma de trabalhar onde quer
que fosse – e daí a formação de guetos ou conselheiros e “padrinhos” locais
do Brasil que os esperavam no país estrangeiro para ajudar na mudança de
casa, explicar como era o país, como comportar-se, o que esperar do outro
(estrangeiro) e claro, a padaria mais próxima onde poderia encontrar “pão
de queijo”. Ou seja: a raiz da ignorância cultural reinava absoluta entre
muitos de nós e ainda, pessoas que acreditavam que eles devem pensar do
mesmo jeito que a gente, com a velha crença de que repertório que tenho
aqui há de se adequar lá também. Então pouquíssimo esforço e
investimento era destinado as atividades interculturais dentro dos RH’s.
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funcionário expatriado era lançado ao mar tal qual uma frágil canoa. Se
boiasse, seria excelente, caso contrário, a culpa era dele.
Por isso que estimulo todos nós que estamos inseridos nesse processo de
“jogar ao mar” estes executivos a pensarmos em cada etapa dessa
experiência, desde a escolha da canoa, o navio que nos leva, para onde nos
leva e o que se deseja alcançar na viagem – tanto aquele que envia como
aquele que é enviado. Pensarmos juntos não apenas numa Política de
Expatriação, mas principalmente no nosso papel enquanto responsáveis por
ela. O sucesso ou fracasso de um processo de expatriação não pode e nem
deve recair num único elemento pois este faz parte de um complexo que
compreende a seleção, o treinamento, a manutenção, a repatriação e a
gestão desses profissionais. Precisamos rever nossas crenças, nossas
atitudes, nossa postura, nossos pensamentos, nossa mentalidade,
precisamos rever quase tudo para sairmos do velho RH e nos lançarmos a
um nova nomenclatura que convido a acolhermos: o RHI- Recursos
Humanos Interculturais. Profissionais do RHI (gestores, diretores,
gerentes) que sentem e sabem que a antiga bússola já não nos serve mais,
quando os campos magnéticos há muito tempo já se alteraram.
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expatriação, de treinamento, de desenvolvimento, de liderança ou de
gestão de pessoas. Sabemos que existem aqueles executivos globais, que
lidam com equipes multiculturais e talvez não precisem sair de seu país
para tanto. Eles precisam ser atendidos em suas necessidades pelos RHI’s.
Da mesma forma o expatriado que será mandado ou recebido num país
estrangeiro. O suporte dele? Virá do RHI. A equipe local que deverá ser
transladada para o extremo norte do país, e não para o exterior, portanto
uma designação inter-regional – novamente o
Porém, é importante notar que este profissional que hoje atua neste enorme
braço corporativo é uma profissão relativamente nova. E como uma
profissão nova, ainda está construindo sua identidade e desenvolvendo
novas formas de atuação no mercado. A emergência de enfatizarmos essa
mentalidade global é quase o oposto que tínhamos da ênfase na
mentalidade tarefeira e técnica do trabalho e é justamente isso que vem
acontecendo com os RH’s tradicionais ao serem obrigadas a repensar seu
approach e incluir o desenvolvimento intercultural. Numa revisão ampla de
literatura (ver tabela abaixo) encontrei pelo menos 5 áreas de atuação dos
RHI’s: na seleção de candidatos para a expatriação ou para posições
estratégicas de empresas multiculturais, no treinamento e desenvolvimento
de carreira, na gestão de pessoas, no desenvolvimento organizacional e na
comunicação global.
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