um fragmento de ADN ou ARN, ou seja, uma alteração do código genético do indivíduo durante as fases de replicação / transcrição / tradução dessa informação durante a síntese proteica. Embora complexo, basta saber que o ADN e o ARN são moléculas com funções semelhantes, sendo o ADN a parcela mais importante e tudo o resto uma expressão do código contido nesta, desde o funcionamento das células, forma dos órgãos, cor dos olhos e cabelo, entre outros. Tudo é uma expressão desse código único e individual. A alteração deste código em qualquer uma das fases pode resultar em alterações no funcionamento de todo o organismo e são essas alterações que estão na base das doenças genéticas. Alteração nucleotídica na fita do DNA As mutações hereditárias são as que afectam genes recessivos, isto quer dizer que um indivíduo pode ser portador do gene afectado mas não evidenciar os sintomas. No entanto caso o indivíduo possua dois genes afectados (no mesmo par) a doença evidenciar- se-á. Caso os progenitores sejam ambos portadores há uma hipótese em quatro do descendente evidenciar sintomas. Estas anomalias genéticas embora resultantes de mutações não podem ser consideradas como tal, sendo resultado de um cruzamento aleatório dos gâmetas. Como resultado, a maior parte das mutações são invisíveis. Os genes mutados recessivos não se manifestam quando em presença dos alelosdominantes. Só se manifestam na sua ausência, em geral quando dois gâmetas portadores de um gene recessivo se reúnem pela fecundação. Alguns genes mutados apenas determinam pequenas modificaões na composição química do organismo, provocando alterações diminutas e bastante difíceis de observar. Uma mesma mutação pode, assim, reaparecer periodicamente. Se for nocivo, o gene mutado perder-se-á mais cedo ou mais tarde, visto que o organismo pode ser pouco viável ou ocorrer morte prematura (verifica-se na maior parte das trissomias/monossomias com o aborto espontâneo do feto). O facto de se falar em genes normais e genes mutados não significa que os primeiros não provenham igualmente de mutações. A sua persistência deve-se ao facto de serem factores que determinam as características mais favoráveis, sendo possivelmente o produto de uma longa acção de selecção natural que conduziu à sua relativa estabilidade. As mutações são sempre alterações bruscas e imprevistas do material hereditário. Asmutações génicas são a de substituição (troca de um nucleotídeo por outro), a adição ( introdução de um nucleotídeo suplementar) e a deleção ( perda de um nucleotídeo).
Ø Substituição: Ocorre a troca de um ou mais pares de bases.
Chama-se transição a substituição de uma purina por outra ou de uma pirimidina por outra e transversão a substituição de uma purina por uma pirimidina ou vice-versa.
Ø Adição: Acontece quando uma ou mais bases são adicionadas ao
DNA, modificando a ordem de leitura da molécula durante a replicação ou a transcrição. Ø Deleção: Acontece quando uma ou mais bases são retiradas do DNA, modificando a ordem da leitura, durante a replicação ou a transcrição.
Quando o número de bases envolvidas não é
múltiplo de três, a mutação altera a leitura da tradução a partir do ponto de mutação resultando numa uma proteína com sequência de aminoácidos diferentes.
Quando o número de bases envolvidas é múltiplo de
três, a mutação resulta numa proteína com a adição ou falta de aminoácidos.