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Centro Universitário do Leste de Minas Gerais

Eletrônica II
Engenharia Elétrica – 7° Período

RELATÓIO PRÁTICA II: AMPLIFICADOR DIFERENCIAL


Aluno(s): Érico Luiz de Melo Carneiro

Professor: Carlos Renato Magalhães Duarte

Resumo: a prática desenvolvida consiste em Figura 1: Amplificador de diferenças


implementar, simular e observar o comportamento do Amplificadores práticos nunca são perfeitamento
circuito de um amplificador diferencial. Conta-se com simétricos, o que significa que o amplificador produz
auxílio de um software(LTSPICE) livre para uma tensão de saída mesmo que as duas entradas
simulação de circuitos eletrônicos e monitoração das tenham o mesmo potencial (o chamado 'modo
variáveis do sistema durante a operação do mesmo. comum') O Ganho de modo comum, Ac.
Foram fornecidos valores do circuito e coletados
resultados que esclareceram o funcionamento do 2 O AMPLIFICADOR DIFERENCIAL
circuito.

2.1 O par diferncial


1 INTRODUÇÃO Considere-se a montagem da figura 2, em que o par
Um amplificador diferencial é um tipo de diferencial é realizado com dois BJTs.
amplificador eletrônico que multiplica a diferença Se vB1 = vB2 = vCM , tensão de modo comum, as
entre duas entradas por um valor constante (o ganho tensões vC1 e vC2 mantêm-se inalteradas mesmo
diferencial). Um amplificador diferencial é o estágio quando vCM varia (dentro de certos limites, impostos
de entrada da maioria dos amplificadores pela necessidade de os transístores funcionarem no
operacionais. modo activo).
Por outro lado, se vB1 ¹ vB2, as tensões vC1 e vC2
serão diferentes.
Assim, dizemos que o par diferencial (idealmente)
responde a sinais diferenciais (i.e., a diferença das
tensões de entrada) e rejeita o modo comum, i.e., não
reage a sinais idênticos.

Circuitos Elétricos III – Engenharia Elétrica – 1º Semestre 2010 1


Figura 2: Par diferencial bipolar
2.2 Funcionamento em modo comum
O funcionamento em modo comum está ilustrado
na figura 3. pelo que, para saída única (vc1 ou vc2), teremos     
Devido à simetria e a ser vB1 = vB2, basta analisar
metade do circuito, como se mostra na figura 4
(note-se que, para sinais de modo comum,
podemos substituir a resistência R por duas e para saída diferencial CMRR = , exceto,
resistências 2R, em paralelo, o que nos permite evidentemente, se não houver simetria perfeita.
analisar cada transistor separadamente). Verifique que, por exemplo, se RC1 = RC e
RC2  = RC +   RC, teremos:

Considerando apenas meio circuito, a resistência


vista por vCM será 2 RiCM .

3 PARTE PRÁTICA

Com o auxílio do software de simulação de


circuitos eletrônicos LTSPICE, foi implementado
o circuito do amplificador diferencial. Os valores
inseridos nos parâmetros do circuito são:

Figura 3: Funcionamento em modo comum


Vcc = Vee = 12V
Q1 = Q2 = Q3 = Q4 = BC546B
Iref = 1,55mA
Rc = 1,5KΩ
Vb1 = 10sen(120πt)mV

Como proposto pelo roteiro da prática, foi


inserido valores de polarização de base nos
Figura 4: Montagem EC equivalente para o modo comum
transistores Q1 e Q2, ajustando os valores de vb1
e vb2. Os valores utilizados acompanham a tabela
abaixo:
Se RC « ro, teremos:

e por analogia  

    e   
O coeficiente de rejeição do modo comum é, por
definição, Tabela 1: Valores de diferenças em relação a polarização de
bases

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Podemos observar na tabela 1 que de acordo com
a diferença na polarização de base nos
transistores podemos ver que é gerada uma
diferença no sinal. Essa diferença pode ser vista
na parte lateral direita da tabela onde vemos Vc1
– Vc2.

4 CONCLUSÃO
Conclui-se que o amplificador de diferenças tem
o papel de fornecer na sua saída a diferença dos
sinais de entrada. Durante a execução da prática
foi claramente evidenciado essa afirmação, logo o
entendimento foi total.

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