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A FADA DO OUTONO

NARRADOR: A vida corria tranqüila naquele povoado. Manuel fazia o pão


como todos os dias. Carolina vendia o peixe como todos os dias. Alexandre, o
carteiro, fazia a entrega das cartas, como todos os dias. Só algo parecia ser
diferente, era a Casa dos Três Pinheiros. Tratava-se de uma formosa
construcão do século passado que estava abandonada, e até havia quem dizia
que ali vivia um fantasma. Pois bem, nesta casa estava se passando algo
muito estranho. Pela tarde, na saída da escola, Bruno e Luís voltavam à casa
pelo caminho do bosque, eram as últimas tardes do verão e eles gostavam de
escutar os passáros e ver os bichinhos que ali viviam.

BRUNO: É uma pena que o verão está terminando, Não é, Luís?

LUÍS: Sim, mas as outras estacões tambén são formosas. Ei Bruno, parece
que tem alguém nos Três Pinheiros!

BRUNO: Que estranho. Quem andará por aí ?

LUÍS: Vai ver que tem um fantasma lá.

NARRADOR: Os meninos foram se aproximando da mansão.

LUÍS: Olha, Bruno, estou ficando com um pouco de medo.

BRUNO: Não tenha medo! Certamente é alguém acabou de se mudar. Venha,


vamos ver !

NARRADOR: Bruno e Luís se aproximaram de uma janela que estava


entreaberta, e olharam para o interior, ali viram a uma formosa mulher que
cantarolava uma melodia enquanto cozinhava.

BRUNO: Está vendo! É o que eu disse! É uma nova vizinha.

FADA: Olá garotos ! Entrem, entrem.

NARRADOR: Os meninos entraram na casa e viram que não parecia que


estava tantos anos abandonada; tinha almofadas, cortinas e os movéis não
tinham nem um cisco de pó.

LUÍS: Tudo está tão lindo! Você deve ter tido muito trabalho para deixar tudo
isto limpo !

FADA: É verdade... Mas sentem e comam uma tortinha , venha são para
vocês.

Meninos: Para nós? Mas, Como? Se você não sabia que a gente vinha. Ou
sabia ?
FADA: Como não ia saber se eu sei de tudo.

Meninos: Tudo ?

FADA: Eu sou Tiana, a Fada do Outono.

MENINOS: Uma fada! Nós nunca vimos uma.

NARRADOR: Tiana trouxe um prato com muitas tortinhas de todas as cores,


que pareciam cochichar.

LUÍS: Ah, que bonitas! Podemos comer ?

FADA: Mas é claro ! Para isso as fiz.

NARRADOR: Os garotos se aproximaram do prato para comer uma tortinha


quando escutaram uns murmúrios.

TORTINHAS: A mim , a mim, comam a mim. Não eu,eu quero ser comida
primeira. Shhhhh, calada, calada.

NARRADOR: As tortinhas falavam !

LUÍS: Mas, estas tortinhas falam ! São tortinhas de fada e são mágicas.

BRUNO: Mágicas ? e o que fazem ?

FADA:Ensinam a amar o outono. Recordas que eu sou uma fada do outono ,


eu sacudo as árvores com a minha varinha para que as folhas caiam, e vou
pintando o bosque de cores douradas com um pincel mágico.

NARRADOR: Bruno e Luís estavam entusiasmados, e olhavam tudo as suas


voltas e encima de um armário viram três potes que pareciam ser de ouro.

LUÍS: Que potes tão bonitos ! O que guardas aí?

NARRADOR: Tiana baixou os potes con muito cuidado e colocou em cima da


mesa.

FADA: Neste primeiro guardo o vento do outono.

MENINOS: Uauuuuu !

FADA: No segundo guardo as primeiras chuvas do outono, e no terceiro guardo


os raios do sol de outono.

BRUNO: Que bonito é o outono !

LUÍS: E para que os guardas aí ?


FADA: Quando o verão está terminando , eu levanto as tampas dos três potes,
e deixo sair o vento, a chuva e os raios de sol.

BRUNO: Pois sim, o outono vai ser bonito.

FADA: Todas estacões são bonitas, só é preciso que se pare e dê uma olhada
ao redor.

NARRADOR: Bruno e Luís , compreenderam que o outono também era bonito.


Correram para a casa , e quando chegou o outono aproveitaram o vento, os
raios do sol...e até a chuva.

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