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ANALISTA DO TCU 2007

Proposta de Solução da Questão Discursiva de Direito Constitucional

Federação é a união de Estados livres e soberanos, que abrem mão de


suas soberanias para se fundirem num único Estado, mantendo sua
autonomia. A Federação pode se constituir ainda pela subdivisão interna de
um Estado em partes autônomas. Temos, assim, respectivamente, a
Federação por agregação e por desagregação.

A origem do Estado Federal moderno é tipicamente norte-americana,


surgida quando as antigas treze colônias britânicas tornaram-se livres,
passando a constituir-se em Estados independentes confederados. Em razão
da necessidade de uma união mais firme e estreita, celebraram um pacto, na
célebre Convenção da Filadélfia, aprovando a Constituição de 1787 e criando
a Federação dos Estados Unidos da América.

As principais características do Estado Federal são: autonomia dos


estados-membros, Constituição como fundamento jurídico, inexistência do
direito de secessão e personalidade jurídica dos entes federativos.

As unidades da Federação têm autonomia política, possuindo


Constituição própria, respeitando, porém, a Constituição Federal. Possuem os
três Poderes de Estado, competências para legislar de forma exclusiva ou
concorrente e orçamento próprio, pois de nada adiantaria autonomia sem
finanças para a prestação dos serviços públicos necessários à solução de seus
problemas sociais.

A Constituição dá limites à autonomia dos entes federativos e


estabelece a repartição de competências. Ela é a norma fundamental do
Estado, a partir da qual as demais normas obtêm validade e legitimidade.

Autonomia não se confunde com soberania. Os estados-membros não


podem se retirar do pacto federativo (direito de secessão). O ingresso numa
Federação é ato que um Estado pratica como sua última decisão soberana.

Embora só a Federação seja pessoa jurídica de direito internacional –


não há nacionalidade estadual, apenas a federal – também os estados-
membros possuem personalidade jurídica, mas de direito público interno,
podendo adquirir direitos e contrair obrigações, nos limites impostos pela
Constituição.

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