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DOCENTE:
PROF. DRA. VIVIANA MARIA ZANTA
SUMÁRIO
3-COMPOSTAGEM............................................................................52
3.6-Exemplo:.................................................................................................55
Bibliografia consultada...............................................................................57
ii
1-Tecnologias de Tratamento e Destinação Final de Resíduos
Sólidos (Sub-módulo II)
3 Á c id o
H 2, C O 2
a c é t ic o
4 C H 4 ,C O 2
5
M e ta n o g ê n e s e
1 - B a c t é r i a f e r m e n t a t iv a 4 - B a c t é r ia m e t a n o g ê n ic a r e d u t o r a d e
CO 2
2 - B a c t é r ia a c e t o g ê n i c a p r o d u t o r a d e H 2
5 - B a c t é r ia m e t a n o g ê n ic a
3 - B a c t é r ia h o m o a c e t o g ê n i c a a c e t o c lá s t ic a
Oxaloacetato Etanol
Acrilato 4H
Acetil-CoA+Fórmico
Succinato
H2 CO2
2H 4H
propionato etanol
acetato
acetocetil CoA
4H
PH2 baixa
butiril CoA
PH2 alta 4H
acetona
butirato
2H butanol
iso propanol
Figura.2 - Esquema das vias bioquímicas a partir do piruvato. Fonte:
Modificado de McINERNEY et al.(1981) e LYNCH et al.apud MARTY (1984).
As fermentações de alguns substratos da fase acidogênica, apresentados
na Figura 3. serão abordadas simplificadamente, com base na revisão realizada
por GOTTSHALCK (1988).
A fermentação láctica dos carboidratos pode ocorrer por três vias
metabólicas que se diferenciam pelos produtos obtidos e pelo rendimento
energético em ATP.
As vias de fermentação láctica são:
Via homofermentativa que produz 1 mol de lactato para cada mol de
glicose fermentada, com um rendimento de 2 ATP.
Via heterofermentativa, que produz 1 mol de lactato, etanol e dióxido de
carbono por mol de glicose, com rendimento de 1 ATP.
Via “Bifidum” que produz acetato e lactato na proporção de 3 para 2 para
cada mol de glicose fermentada, com o rendimento de 2,5 moles de ATP.
Existem algumas bactérias que produzem etanol a partir da glicose,
produzindo cerca de 2 moles de etanol e dióxido de carbono para cada mol de
glicose fermentada. Estas bactérias possuem a enzima piruvato-descarboxilase,
cuja presença nas células bacterianas é rara. No entanto, como mencionado,
outras bactérias como as produtoras de ácido láctico ou clostrídios, podem
produzir consideráveis quantidades de etanol durante a fermentação da glicose
empregando a síntese a partir do acetaldeído ou do acetil-CoA (Figura 3.3.2).
A fermentação butírica ocorre através da fosforilação em nível de
substrato. Cada mol de glicose produz 1 mol de butirato, gerando 3 ATPs.
Um certo número de bactérias do gênero Clostridium sp, produtoras de
butirato, pode produzir pequenas quantidades de butanol. Apenas poucas
espécies, no entanto, desviam a produção de butirato para a produção de
solventes (butanol e acetona ou iso-propanol) tais como a C. acetobutylicum. O
gênero de C. acetobutylicum produz acetona e butanol a partir da glicose na
proporção de 2:1, desde que o pH da cultura seja menor ou igual a 5.
A produção do propionato é realizada por uma grande variedade de
bactérias anaeróbias. Estas bactérias podem fermentar glicose ou lactato, sendo
estes os substratos preferenciais destas espécies bacterianas.
As vias metabólicas da produção do propionato são:
Via do acrilato, na qual 3,0 moles de lactato produzem 2 moles de
propionato, 1 mol de acetato e 1 mol de dióxido de carbono, com rendimento de
1 ATP.
Via do succinato, que é empregada pela maioria dos organismos
produtores de propionato. Nesta via, o succinato é um produto intermediário,
mas pode também ser um produto final, porém em baixa concentração. Por esta
via, 1 mol de lactato produz 1 mol de propionato, com um rendimento
energético de 1 ATP.
A produção de acetato é realizada por bactérias homoacetogênicas,
bactérias redutoras de prótons obrigatórias e bactéria redutoras de prótons
facultativas, que constituem o grupo de bactérias acetogênicas.
De acordo com MARTY (1984), as bactérias redutoras de prótons
facultativas são bactérias fermentativas, cujo metabolismo produz álcoois, ácidos
voláteis, acetato e hidrogênio quando em culturas puras. No entanto, quando em
culturas mistas com bactérias metanogênicas, que retiram o hidrogênio do meio,
o seu metabolismo é direcionado para a produção de acetato e hidrogênio. As
bactérias redutoras obrigatórias de prótons dependem das relações sintróficas
com outras espécies utilizadoras de hidrogênio para que possam catabolizar o
substrato disponível da etapa acidogênica, cujas reações químicas são
termodinamicamente desfavoráveis, sendo possíveis quando em co-cultura como
se pode observar pelo exemplo clássico apresentado por ZINDER (1991), com
relação à fermentação do etanol a acetato.
Organismos Reação ∆Go’
(Kj/reação)
Organismo S” - + +19,3 (1)
2CH3CH2OH + 2H2O→2CH3COO +2H +4H2
Metanogênica - - 135,6 (2)
4H2 +HCO3 + H+→CH4 +3H2O
Soma - -116,3 (3)
2CH3CH2OH+ HCO3-→ 2CH3COO + H++CH4+ H2O
Kills, foram determinados valores de bactérias aeróbias entre 104 a 106 UFC/g
resíduo seco. As células eram tipicamente associadas a superfícies dos resíduos.
Ensaios em meio de cultivo e técnicas de microscopia revelaram inúmeras
morfologias de células e colônias. Em relação aos microrganismos anaeróbios
fermentativos, foram encontrados valores entre 105 e 107 UFC/g resíduo seco,
sob condições anaeróbias de cultivo. Observou-se que as bactérias
degradadoras de proteínas variaram entre 2 a 15 %, e de 0 a 4% do total de
bactérias fermentativas, quando incubadas a 22 e 37C, respectivamente. As
degradadoras de amido variaram entre 0,4 a 12 % e 3 a 4 % da população
fermentativa quando incubadas as mesmas temperaturas. As bactérias
anaeróbias degradadoras de celulose não foram avaliadas quantitativamente.
A atividade de degradação da celulose de uma cultura bacteriana oriunda
de amostra de percolado de vazadouro de lixo a céu aberto foi avaliada por
GOMES (1995) através de ensaios de acompanhamento do crescimento celular
e produção de metabólitos, sob condição de anaerobiose estrita. As culturas
anaeróbias celulolíticas não foram purificadas, mas através dos procedimentos
microbiológicos, obteve-se o predomínio de bacilos celulolíticos formadores de
esporos. A cultura foi capaz de utilizar diferentes açúcares, amido, álcoois como
o glicerol e propanol, bem como proteína gelatina.
BALDOCHI (1990) identificou as fases anaeróbias ácida e metânica
instável do processo de estabilização em dois aterros sanitários experimentais,
segundo o modelo proposto por POHLAND et al. (1983) apud POHLAND e
HARPER (1985b), relacionando o comportamento dos ácidos voláteis com o
comportamento do gás, da demanda química de oxigênio, pH e alcalinidade do
percolado. O comportamento qualitativo e quantitativo dos ácidos voláteis
individuais e totais foram obtidos através de análises cromatográficas gasosas.
Os resultados indicaram que os ácidos mais significativos quantitativamente em
ordem decrescente foram o acético, propiônico, butírico, isobutírico, valérico e
isovalérico, os quais contribuíram com até 98 % da DQO solúvel encontrada nas
amostras de percolado dos aterros sanitários experimentais.
VILLAS BÔAS (1990) estudou a microbiota anaeróbia hidrolítica
fermentativa nas amostras de resíduo sólido coletadas a dois metros de
profundidade em aterros sanitários empregando técnicas de bacteriologia para
anaeróbios. Contagens desse grupo bacteriano foram realizadas nas amostras
de percolado do aterro sanitário experimental 1 e nos resíduos sólidos da cidade
de São Carlos aterrados há cinco e dez anos. Quatro cepas foram isoladas e
identificadas. Além disso, mediu-se o potencial de biodegradabilidade dos
Solo
• Capacidade de retenção de contaminantes (o teor de matéria
orgânica, o teor e a natureza dos argilo-minerais presentes, o teor
de ferro e manganês, pH e ambiente redox , Permeabilidade,
Erodibilidade: (textura, estrutura, composição, teor de umidade,
coesão, espessura, relação textural entre os horizontes ou
camadas, e plasticidade do solo).
•Compressibilidade e recalques
•Colapsividade e capacidade de suporte (SPT)
CETESB (1993) indica os solos classificados como CL ,. CH , SH ou OH
( classificação de Casa Grande ) , que tenham um percentual de mais de 30 %
passando pela peneira nro 200, que apresentem um Limite de Liquidez maior
ou igual a 30 %; que apresentem um Índice de Plasticidade maior ou igual a
15, pH maior ou igual a 7,0 e um coeficiente menor ou igual a 10 –7 cm/s.
Topografia e Declividade
Segundo ZUQUETTE (1987) e McBEAN et al. (1995), a faixa de declividade
ideal situa-se entre 2 e 5%.Para ZUQUETTE (op. cit.), terrenos com declividades de
até 10% podem ser utilizados.
Geologia/hidrogeologia
Geologia/Hidrogeologia
Alguns valores de espessuras mínimas para camadas adjacentes ao
aterro e os respectivos coeficientes de permeabilidade e a espessura da
camada insaturada.
(1) NBR 13.896 – Aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto,
implantação e operação, 1997.
(2) Ministere de l’amenagement du territoire et de l’environnement, 1998.
(3) Commission of the european communities – proposal for a council directive
on the landfill of waste,1997.
(4) Ministry of environment, lands and parks, 1988.
(5) US EPA (1991) apud Lee & Jones-Lee, 1998.
(1) NBR 13.896 – Aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto,
implantação e operação, 1997.
(2) US EPA (1991) apud Lee & Jones-Lee, 1998.
(3) Ministry of environment, lands and parks, 1988.
(4) Norma Boliviana de Residuos Sólidos NB 757, apud Valeriano & Escalera
(1998).
Água Superficial
CETESB (1993) considera que deve ser observada uma distância
mínima de 200 m entre o aterro e o corpo d’água. Para LEITE (1995), a
distância mínima do aterro às drenagens não deve ser inferior a 300 m. Já
ZUQUETTE (1993) apud SARAIVA & RODRIGUES (1994), considera como
favorável distâncias maiores que 500 m. A seguir apresenta-se as distâncias
mínimas recomendadas por alguns países.
Pa= A x B onde
Q= 1 x P x AX K onde:
T
Parâmetros empregados :
ES= C’ x P
` Sendo P- precipitação
ES – Escoamento superficial
C’ = α x C onde
C a razão entre o volume escoado superficialmente e o volume
precipitado influenciado por tipo de solo, cobertura, tipo de ocupação , tempo
de retorno e intensidade da precipitação . Portanto, encontra-se na literatura
valores de C fornecidos em função do tipo de superfície ( Ex.:asfalto , grama,
solo ) , ou em função do tipo de ocupação ( Ex.:área comercial , industrial ,
parques , cemitérios) ou ainda, com base na densidade de ocupação ( Ex.:
edificação muito densa , surbúbios com alguma edificação ). Neste exemplo,
os valores para o coeficiente de escoamento (C’) foram dados em função do
tipo de solo arenoso ou argiloso ( C) , da declividade para terrenos planos e
com inclinação média e para a intensidade de precipitação ( α) . A tabela
5.15 indica os valores para C e α
-Infiltração ( I) : Valores médios dados pela diferença entre a precipitação
e o escoamento superficial
I=P - ES
∑ NEG( I-EP)
∆ AS = ASn-ASn-1
(I - EP)>0 → ER=EP
( I - EP)<0 → ER= EP + [(I- EP)-∆ AS] ou seja ER= I- ∆ AS
Considerações Finais
Parâmetros JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ANUAL
(mm)
EP 96,2 103,2 107,1 61,0 54,8 49,3 65,6 89,7 87,6 101,6 110,5 89,0 1015,6
P 238,0 173,0 135,0 65,7 29,1 47,7 35,2 25,9 60,9 116,1 149,3 225,4 1301,2
C’ 0,22 0,22 0,22 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,22 0,22 0,22
ES 52,4 38,1 29,7 11,8 5,2 8,6 6,3 4,6 11,0 25,5 32,8 49,6 275,6
I 185,6 134,9 105,3 53,9 23,9 39,1 28,9 21,2 49,9 90,6 116,5 175,8 1025,6
I-EP +89,4 +31,7 -1,8 -7,1 -30,9 -10,2 -36,7 -68,5 -37,7 -11 +6,0 +86,8 +10
NEG(I-EP) (0) -1,8 -8,9 -39,8 -50,0 -86,7 -155,2 -192,9 -203,9
AS 150 150 148 141 114 107 83 52 40 37 43 129,8
∆AS 20,2 0,0 -2 -7 -27 -7 -24 -31 -12 -3 6 +86,8
ER 996,2 1-3,2 107,3 60,9 50,9 46,1 52,9 52,2 61,9 93,6 110,5 89,0 924,7
PER 69,2 31,7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 100,9
Sistemas de Drenagem de Gases
-Recirculação do percolado
-Evaporação do percolado
-Tratamento conjunto com esgotos sanitários
-Tratamento biológico aeróbio
-Tratamento biológico anaeróbio
-Tratamento físico químico : precipitação química , oxidação química ,
adsorção com carvão ativado, osmose inversa , flotação.
Algumas das limitações de emprego destas alternativas citadas em
literatura são :
-A recirculação é recomendada par áreas com baixa pluviometria
-O co-tratamento com esgotos domésticos pode ser viável
dependendo dos custos de transportes envolvidos.
-Os tratamentos físicos não apresentaram grande eficiência quanto a
DQO e utilizam substâncias químicas que podem elevar os custos do
tratamento
- A viabilidade dos processos biológicos está condicionada as
características do percolado (presença de compostos tóxicos aos
microrganismos). Para os processos aeróbio deve se considerar o custo de
energia e a produção de lodo. O processo anaeróbio não possue estas
desvantagens.
Sistemas de monitoramento
Estruturas de Controle
- Procedimentos Operacionais
-Preparação da área
Fórmulas:
3
h= v (1) fazendo-se L =b= 2 v = 3
pxv (2)
p2 h
A= b2 + 2 x b x h x p (3)
onde
h : altura da célula (m)
v = volume diário ( m3)
p= Talude de rampa de trabalho (1(v) :3 (H=p))
L= profundidade de célula (m)
b= frente de operação (m)
A= área a ser coberta com solo ( m2)
1
h
h b p=3
L
Encerramento do Aterro
2.1-Conceito
3.6-Exemplo:
-Dados:
produção : 13 toneladas de resíduo orgânico
peso específico 0,6 ton/m3
Dimensões adotadas para as leiras:altura: 1,50 m e largura de 3,0 m
C = 21,67 = 9,63 m
2,25
adotado: 10 m