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No entanto, um dos pontos mais interessantes é o termo cunhado para lidar com
verdadeiras ondas de infecção que assolam a rede mundial de computadores de tempos
em tempos: Spam Storms, ou seja, Tempestades de SPAM.
Spam Storms
Não existem definições exatas do que são SpamStorms. Serviços de proteção diferentes
apontam para diferentes concepções sobre o modus operandi e a estrutura destes tipos
de ataque, mas, pelo que percebi, todos concordam em uma coisa, aliás, em 3 coisas:
Apesar do desenvolvimento de ferramentas de defesa ser cada vez mais veloz e preciso,
o número de SPAMs é cada vez maior. A característica básica das Spam Storms é a
amplitude da mensagem. Geralmente são relacionadas a temas que sempre chamam a
atenção e inflamam a curiosidade. O vírus “I LOVE YOU” foi um marco na história da
segurança na Internet e sua propagação se deu justamente pela mensagem ser um
tanto quanto “interessante” aos olhos de muitas pessoas. Entre os SPAMs que deixaram
marcas nos gráficos de “Tráfego de Problemas” das empresas de segurança, os que
eram referentes a Desastres Naturais, Agências de Segurança (FBI e CIA foram os mais
citados) e Momentos Públicos (Dia da Independência dos Estados Unidos, Natal e
Eleições Norte-Americanas, por exemplo) fizeram a diferença e deixaram nas alturas os
indicadores.
Quanto mais amplo e mais atiçar a curiosidade das pessoas, mais chances de sucesso
uma ameaça como estas pode ter.
Estados Unidos e Brasil lideraram as ondas de Spams neste mês de Dezembro. Cada um
dos países foi fonte de 16% no aumento do volume mundial de SPAMs registrados pela
Symantec, sendo acompanhados de perto pela China, com 14% do volume. No entanto,
de maneira geral, os Estados Unidos é o líder na propagação de SPAMs, sendo
responsável por 35% do tráfego. Brasil e China geram apenas 5% do tráfego mundial,
cada um.
Nesse ano 52% do tráfego de spams chegou a ser veiculado por meio de imagens. No
entanto, devido ao tamanho das mensagens (superiores a 100kb), o efeito não foi o
esperado pelos spammers, que reduziram seus arquivos. Em Novembro de 2008, estas
mensagens mantiveram média de 10kb a 50kb, uma mudança drástica no modus
operandi, para fazer frente ao tamanho médio dos spams comuns (que varia de 02 a
05kb).
O Caso McColo.com
Se pudéssemos enxergar todo o cenário dos SPAMs e outros Malwares como uma
guerra real, poder-se-ia dizer que a queda da McColo.com assemelha-se à conquista de
um ponto estratégico e à neutralização de centrais de controle de operações e
armamento.
Apesar dos registros se manterem estáveis durante todo o mês, com poucos picos de
volume de spams, analistas da Symantec observaram que estes picos (gerados por
Storms) estavam recheados de mensagens oriundas em sua grande maioria de
servidores localizados na China.
Muitos dizem que em pouco tempo a atividade de spams voltará aos padrões de antes,
em termos de periculosidade e volume, no entanto, o lado otimista da história vem de
Matt Sergeant, especialista em tecnologia antispam da MessageLabs. Em entrevista ao
site TheRegister.com, Matt disse que manter servidores em lugares como Rússia e China
aumenta consideravelmente os custos operacionais da prática de SpamStorms e
distribuição de malwares.
Aparentemente o ganho é mais quantitativo e menos qualitativo, uma vez que baseado
nos altos valores envolvidos nesse tipo de negócios, o preço será justificável ante a
possibilidade de lucros.
Volume Crescente e Preocupante
Referências utilizadas