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1º Horário
Ação Reivindicatória (continuação)
Função Social da Propriedade
2º Horário
Conseqüências do Descumprimento da Função Social da Propriedade
Formas de Aquisição da Propriedade
1º HORÁRIO
1. O prazo para propositura de ação reivindicatória para STJ é imprescritível (Resp. 49203).
2. A promessa de compra e venda é considerada pelo STJ título de domínio (propriedade) para
fins de ação reivindicatória (Resp. 252020).
5. A Ação Reivindicatória é uma ação executiva lato sensu (art. 461-A do CPC); assim, pode-se
pensar também a antecipação da tutela específica nos termos do art. 461, § 3º do CPC.
6. O detentor pode ter legitimidade passiva (ser réu) na Ação Reivindicatória? Há um aparente
conflito de normas entre o art. 1.228 (permissão ao detentor) do CC e o art. 62 (obrigação de
nomear à autoria) do CPC. Parcela da doutrina entende que o art. 1.228 do CC seria
inconstitucional por ofender a coisa julgada e seus limites subjetivos. Porém tal raciocínio é
ancorado na perspectiva de um dos casos de detenção que é o do servidor da posse ou fâmulo da
posse (art. 1.198 do CC).
Obs.: para prova do CESPE → na prova de Direito Civil adotar a literalidade do art. 1.228, e na
prova de Processo Civil adotar a literalidade do art. 62.
Desvantagem de ser detentor → quem é detentor não tem direito aos efeitos da posse.
A função social da propriedade irá conformar o exercício das faculdades inerentes ao domínio. Só
será legítimo o exercício subjetivo do direito de propriedade, se houver o cumprimento da função
social; essa é uma exigência da Constituição e da legislação ordinária.
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No art. 5º, XXII e XXIII da CR/88, o constituinte ao resguardar a propriedade privada exigiu que a
ela fosse concedida uma função social. “No Brasil é assegurada a propriedade privada desde que
cumpra sua função social”.
A função social é uma clausula geral (art. 1.228, § 1º do CC) dentro do nosso sistema, assim será
papel do aplicador do direito, seja do Executivo (INCRA) seja do Judiciário, trazer a concretude a
essa cláusula geral.
Obs.: lembrando que as cláusulas gerais são uma técnica legislativa, através da qual a vagueza
contida na norma é intencional. O legislador opta por essa abertura semântica, abandonando em
algumas passagens a tradicional técnica legislativa regulamentar.
2º HORÁRIO
Na propriedade urbana → art. 182, § 4º da CF/88 exige função social para propriedade rural. O
Município é que deve zelar pelo cumprimento da função social da propriedade.
O Estatuto da cidade prevê a obrigatoriedade do plano diretor para cidades com mais de 20.000
habitantes. A função do plano diretor é traçar uma política urbanística para o município. Podendo
estabelecer áreas as quais deve se concebida de forma prioritária a função social, editando lei
municipal específica. Essa lei estabelecerá prazo para os proprietários daquela área parcelem,
edifiquem ou utilizem sua propriedade, originando uma obrigação propter rem. Se não cumprir, o
município pode adotar a medida de instituir o IPTU progressivo, com a intenção de coagir o
cumprimento da função social (intenção extrafiscal). O município pode continuar cobrando o IPTU
na alíquota máxima, é ato discricionário, ou pode desapropriar (desapropriação-sanção), com
pagamento em Títulos da Dívida Pública, resgatáveis em 10 anos. Obs.: para o Município expedir
os Títulos da Dívida Pública tem que ter autorização do Senado.
Obs.: é opção do Município desapropriar, mas, se o fizer, terá o mesmo prazo que o proprietário
tinha para conceder função social à propriedade. Se não o fizer, o Prefeito responde por ato de
improbidade.
Na propriedade rural → art. 184 da CF. O INCRA (autarquia federal) responsável por fazer uma
análise in loco do cumprimento da função social da propriedade, segundo os critérios da Lei
8.629/93, fará o relatório aconselhando a desapropriação para reforma agrária; pagamento será
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em Títulos da Dívida Agrária, resgatáveis em 20 anos. A entidade federativa responsável por
emitir TDA é a União.
OBSERVAÇÕES:
2) Segundo o STF e o STJ o Estado-Membro pode promover seu programa de reforma agrária,
porém deverá seguir as regras do art. 5º, XXIV da CF, e o fundamento deve ser o do interesse
social, para qualquer propriedade, produtiva ou não.
3) Essas desapropriações não se confundem com confisco. Obs.: hipótese de confisco: art. 243
da CF.
Polemicas sobre o § 4º e § 5º
1) Nomenclatura → alguns autores entendem que o instituto aqui previsto seria uma espécie de
usucapião onerosa, porém, para a maior parte da doutrina, seria uma modalidade de
desapropriação por interesse privado.
2) Bem Público → segundo o CJF, quando a área for bem público, só se aplicará o instituto, se se
tratar de bem público dominical (vide Enc. 83 c/c 304 do CJF).
3) Segundo o CJF, esse instituto pode ser aplicado quando tivermos também uma ação
possessória.
4) População de baixa renda → segundo o CJF, se o número de pessoas for composto por
população de baixa renda, caberia ao poder público arcar com a indenização, para garantir o
direito constitucional de moradia (Enunciado. 308).
5) Ultrapassado o prazo prescricional para se exigir a indenização, deve ser autorizado o registro
da sentença junto ao RGI (Enunciado 311).
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A principal importância prática é com relação ao imposto; na aquisição derivada normalmente
existem fatos geradores de tributos.