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COOPERSOL VENDA NOVA

1. APROFUNDAMENTO DO DIAGNÓSTICO

1.1. INTRODUÇÃO

A Coopersol Venda Nova é uma cooperativa que realiza a separação e a venda


de materiais recicláveis oriundos em sua maior parte da coleta seletiva
realizada pela prefeitura de Belo Horizonte. A cooperativa é uma das
integrantes da recém formada Redesol de economia solidária, junto a outras 5
cooperativas da cidade.

Atualmente, conta com 15 cooperados, sendo 13 do sexo feminino e apenas 2


do sexo masculino. Desses, 13 são responsáveis pela separação do material e
2 cuidam da parte administrativa, além de serem responsáveis pela prensagem
e coordenação da produção.

1.2. PROCESSO PRODUTIVO

Arranjo Físico

A cooperativa funciona em um galpão alugado pela prefeitura com área de


645m2, totalmente coberto. A figura abaixo mostra um esquema geral do
espaço físico na cooperativa:
Estoque de sacolas plásticas
e sacarias não pesadas

Vestiário
Feminino “Montanha”
de material a
ser triado
Vestiário
Masculino

Prensa Sacarias
Pequena com papéis
já pesados
Balança
Digital Escritório

Prensa
Grande Banheiro

Cozinha
Estoque de
Fardos

Bags com
matérias
plásticos e
rejeitos

Figura 1: Leiaute do Galpão

Neste galpão há dois vestiários com banheiro e chuveiros, uma pequena


cozinha onde os cooperados almoçam e tomam café, um escritório com
escrivaninha e computador e um banheiro entre o escritório e a cozinha.

O galpão possui dois portões na parte da frente por onde entra e sai os
materiais. Nos fundos, a direita do galpão, até a região central fica amontoado
todo o material a ser recebido pela cooperativa e que ainda será triado. Na
parte lateral direita, ficam estocados as sacarias com papéis já pesados.
Próximo aos vestiários, nos fundos a esquerda, fica o estoque de sacolas
plásticas que ainda não foram prensadas. Também há estoques de sacarias
não pesados. Na lateral à esquerda ficam os equipamentos utilizados no
processo. São duas prensas e uma balança digital. No canto frontal à esquerda
ficam os estoques dos fardos. Na região central do galpão até a parte frontal
ficam misturados bags com diferentes tipos de matérias. Em geral, os bags
contêm plásticos, sucatas, latinhas de alumínio, papelão e embalagens tetra
pak.

Maquinários e Equipamentos

A tabela abaixo sintetiza a situação atual dos maquinários e equipamentos da


cooperativa.

EQUIPAMENTO SITUAÇÃO PROPRIEDADE OBSERVAÇÕES


Prensa Grande Funcionando CRB A CRB exige exclusividade,
para isso elaborou um
documento que a
cooperativa não assinou. Na
prática a Cooperativa vende
para eles por oferecerem o
maior preço no mercado.
Prensa Pequena Inativa Própria Seus fardos são menores e
por isso os compradores
não os compram.
Balança Digital Funcionando CRB Mesma situação da prensa
1000Kg
Balança Comum Inativa Própria Ela é pequena e não atende
300Kg a demanda da cooperativa.
Computador Funcionando Próprio Apesar de ser antigo, o
computador aparenta
funcionar corretamente.
Possui o Windows 98 e
alguns softwares básicos.
Faltam algumas teclas do
teclado.
Impressora Não Própria A impressora é antiga e não
funciona está funcionando.
Telefone Funcionando Regional Venda Tanto o aparelho quanto a
Nova linha telefônica pertence a
regional Venda Nova
(ramal). O telefone apenas
recebe chamadas.
Fax Com defeito Próprio O fax parou de funcionar
depois que a água da chuva
de uma goteira do galpão
caiu sobre ele.
Geladeira Funcionando Própria A porta da geladeira não
fecha corretamente,
deixando algumas gretas.
Fogão Funcionando Próprio
Bebedouro Funcionando Próprio O bebedouro está instalado
nos fundos do galpão,
próximo ao vestiário
feminino. É pouco utilizado.
Chuveiros Funcionando SLU

Tabela 1: Equipamentos do Galpão

Processo Produtivo

A maior parte do material é proveniente da coleta seletiva realizada pela


prefeitura de Belo Horizonte. Toda semana, três caminhões despejam a coleta
no galpão, normalmente nas quartas feiras. Outros caminhões da prefeitura
também costumam mandar o material para a cooperativa, mas não há uma
freqüência definida. Em geral são carregamentos que seriam destinados a
outras cooperativas mas cujos galpões não comportam o volume de material.
Além dos caminhões da prefeitura, chega ao galpão materiais de outras fontes,
como empresas parceiras e doações feitas por pessoas e por comerciantes da
região. Eventualmente é feita a coleta dessas doações de porta em porta.

Todo material que chega ao galpão é amontoado, formando um grande monte.


As triadoras ficam ao redor desse monte e realizam a separação do material. O
esquema abaixo mostra os materiais que são separados pelas triadoras:

Chegada do Material Papéis Papelões


(coleta seletiva,
doações, parcerias, etc).
Vidros Tetra Pak
Separação do
material por tipo
Formação do “monte” Sucatas Plásticos
com material

Cada um desses materiais irá passar por processos ligeiramente distintos. Ao


final, a maior parte deles são vendidos a atravessadores. A caracterização dos
processos para cada tipo de material é mostrado a seguir.

• Papéis:

Durante a triagem os diferentes tipos de papéis são colocados em pequenos


sacos chamados de sacarias. Na cooperativa, eles separam os papéis em
quatro grupos: papel jornal, papel misto, papel revista e papel branco. Após a
triagem, cada triadora os coloca em pontos diferentes do galpão até serem
pesados. A pesagem ocorre as vésperas de se fazer a venda. Após a pesagem,
eles são novamente estocados até serem vendidos. Normalmente, eles ficam
estocados no lado direito do galpão, próximo ao escritório. O esquema abaixo
resume o processo dos papéis:

Papel Misto Embalados


Papel Jornal em sacos Estocagem Pesagem Estocagem
Papel Branco (sacarias)
Papel Revista
Venda

O mapa abaixo mostra o fluxo dos papéis dentro do galpão, representado pelas
setas:

Legenda:
Seta Vermelha: Material do “monte” sendo ensacados.
Seta Lilás: Material sendo estocados em diferentes pontos pelas triadoras
Figura 2:Marrom:
Seta Fluxo deMaterial
materiais no galpão
sendo retirados dos estoques para pesagem.
Seta Azul: Material sendo estocados após a pesagem
•Seta
Plásticos e Sucatas:
Verde: Saída do material.

Primeiramente, todos os tipos de embalagens plásticas e as sucatas são


retirados do monte de material e colocados em bags. Quando os bags enchem,
eles são estocados até o momento da pesagem, que geralmente ocorre às
vésperas de uma venda. Após a pesagem, as triadoras separam os diferentes
tipos de plásticos e os coloca em bags e separa as sucatas. Os plásticos do
tipo PET, geralmente, são prensados enquanto os demais são vendidos soltos.
As sacolas plásticas não são colocadas nos bags; elas são colocadas em
sacolas maiores e estocadas. Quando há um volume suficiente, as sacolas são
prensadas, estocadas e vendidas. O esquema abaixo resume o processo dos
plásticos e das sucatas:

Separação Sacolas Estocagem Prensagem Estocagem


do material plásticas

Venda
Embalagens
Plásticas e
sucatas

Guardados
em bags

Estocagem
dos bags
Latinhas de
alumínios, latas, Estocagem Venda
Pesagem ferro velho, etc

PEAD,
Triagem Fina Estocagem Venda
PP, PVC,
etc

PET Verde Estocagem


Estocagem Prensagem Venda
PET Transparente do Fardo

• Papelões e Embalagens Tetra Pak:

Os papelões e as embalagens Tetra Pak são colocados em bags separados.


Os bags são estocados até que se acumule um volume de material suficiente
para se prensar. Após a prensagem, os fardos são pesados e estocados até
serem vendidos. Ressalta-se que há dois tipos de papelão: o papelão mais
grosso, chamado de papelão especial e o mais fino chamado de papelão
comum ou misto. O esquema abaixo ilustra o processo desses materiais:

Papelão
Papelão Especial
Tetra Pak
Guardado Estocagem
s em Bags Prensagem
do bag

Pesagem Estocagem
Venda do Fardo
• Vidros:

Os vidros são retirados pelas triadoras do monte e colocados em sacolas ou


caixas. Em seguidas elas depositam o vidro em um container do lado de fora
do galpão, onde, de 15 em 15 dias, um caminhão da prefeitura realiza a coleta.
Esses vidros são pesados e vendidos a uma empresa de reciclagem de São
Paulo. O dinheiro arrecadado é doado a Santa Casa.

• Rejeitos

Tudo que não é aproveitado pela cooperativa são considerados rejeitos. Os


rejeitos, em geral, são compostos por alguns tipos de plásticos não recicláveis,
borracha, madeira, isopor, restos de alimentos entre outros materiais. Os
rejeitos são colocados em bags e estocados próximo aos portões. A cada dois
dias um caminhão da prefeitura realiza a remoção dos rejeitos e os leva a um
aterro sanitário.

Organização do Trabalho

A Cooperativa funciona de Segunda a Sexta-feira das 8:00 horas até as 18:00


horas e aos Sábado das 8:00 horas até as 15:00 horas, sendo que entre 12:00
horas até as 13:00 horas é dado um intervalo para o almoço. No meio da tarde
é feito um intervalo de 15 minutos para um lanche.

Entre os cooperados, há duas pessoas que cuidam das questões


administrativas da cooperativa. Elas são responsáveis pela mobilização do
pessoal, contatos com os compradores e fornecedores, divisão do dinheiro
entre uma séria de outras funções. Além disso, eles auxiliam na produção,
sendo as únicas pessoas capacitadas a utilizarem a prensa.

Os demais cooperados realizam basicamente a triagem do material. Cada um


deles fica posicionado em um ponto do galpão ao redor do “monte” e separam
o material da maneira descrita anteriormente. A cada dois dias é feito um
revezamento para que um deles seja responsável pela limpeza dos banheiros e
da cozinha. Nos dias de pesagem, um dos cooperados assume a função de ser
o responsável por monitorar a pesagem dos demais.

A remuneração é feita no momento em que há um montante de dinheiro


considerado suficiente para se fazer a distribuição. A divisão é feita entre três
grupos de cooperados:
a) Os líderes da cooperativa, que cuidam da parte administrativa
b) Aqueles que atingiram uma determinada meta de produção
c) Aqueles que ficaram abaixo da meta de produção

A meta de produção varia de acordo com o total que foi vendido para a
distribuição. As faltas são descontadas na divisão.

1.3. PROBLEMAS IDENTIFICADOS

• Pesagem dos materiais.

Não há na cooperativa uma rotina para a pesagem dos materiais triados. A


pesagem, normalmente, ocorre próxima a data de se vender o material ou
quando se acumula um grande volume. A pesagem é restrita apenas aos
papéis, plásticos e sucatas; os papelões, as sacolinhas e as embalagens Tetra
Pak não são pesados e, dessa forma, impossibilita a mensuração da produção
desses materiais pelas triadoras.

Enquanto não ocorre a pesagem, cada triadora é responsável por zelar pelo
seu material nos bags ou sacarias. Elas colocam seus nomes nos materiais
separados e os guardam em determinados pontos do galpão. Quando é
realizada a pesagem, as triadoras devem retirar seus materiais dos estoques e
lev-los até a balança. Tal tarefa, embora possa parecer simples, é cansativa,
pois geralmente o volume de material transportado é alto já que houve acúmulo
de dias de trabalho realizados. Se não bastasse, as triadoras, após a pesagem,
devem ajudar a transportar o material até o seu estoque definitivo. Todos esses
fatores fazem com que a tarefa de pesagem dos materiais dure até 30 minutos
para cada cooperado. No caso dos plásticos e sucatas, elas devem realizar a
triagem fina após a pesagem.

O momento de pesagem dos materiais é uma fonte de conflitos. Como não há


espaços delimitados para cada triadora, muitas vezes ocorre a mistura de seus
materiais. Embora elas coloquem seus nomes, em alguns casos elas
esquecem de fazê-lo ou utilizam bags ou sacarias que outrora foram nomeados
por outra triadora. Assim, no momento da pesagem, algumas triadoras
disputam a posse de determinado bag ou sacaria.

O diagrama abaixo ilustra esse problema:


Acúmulo de
Falta de
Materiais
Espaço Dificuldades
de estocagem Aumento do tempo
Conflitos da pesagem
entre os
cooperados
Problemas na
pesagem dos
materiais

Não pesagem de
todos os materiais

• Sistema de remuneração.

Conforme já foi exposto, o dinheiro arrecadado pela cooperativa é dividido a


três grupos de cooperados: entre os líderes; entre aqueles que alcançaram
uma meta de produção e entre aqueles que não alcançaram a meta.

Tal sistema é confuso e gera conflitos na cooperativa. A meta de produção não


é previamente definida e varia a cada divisão. Assim, os cooperados não têm
uma noção do “quanto produzir”. Aliado a isso, não há na cooperativa um
modelo de prestação de contas que seja claro a todos. Isso faz com que alguns
cooperados tenham dúvidas se realmente a distribuição do dinheiro é feita de
maneira honesta.

A tabela abaixo mostra como foi feita a última distribuição ocorrida no início de
dezembro:

COOPERAD TOTAL QUANTIDAD OBSERVAÇÕE QUANTIDAD


O PRODUZID E RECEBIDA S E RECEBIDA
O (KG) POR KG
Cooperado 1 R$110.00 Líder
Cooperado 2 R$110.00 Líder
Cooperado 3 590.7 R$105.00 R$0.177
Cooperado 4 529.8 R$100.00 R$0.189
Cooperado 5 510.6 R$100.00 R$0.195
Cooperado 6 507 R$100.00 R$0.197
Cooperado 7 467.6 R$95.00 R$0.203
Cooperado 8 441 R$95.00 R$0.215
Cooperado 9 439.5 R$95.00 R$0.216
Cooperado 10 366.8 R$90.00 R$0.245
Cooperado 11 357.6 R$90.00 R$0.251
Cooperado 12 354.2 R$90.00 R$0.254
Cooperado 13 346.2 R$90.00 R$0.256
Cooperado 14 323.2 R$90.00 R$0.278
Cooperado 15 304 R$90.00 R$0.296
Cooperado 16 284.2 R$85.00 R$0.299
Tabela 2: Dados da distribuição realizada em dezembro

Percebe-se o quão injusto foi a distribuição. Enquanto o cooperado mais


produtivo recebeu aproximadamente R$0.18 por quilo de material produzido, o
menos produtivo recebeu aproximadamente R$0.30 por quilo de material
produzido.

Segundo os coordenadores da cooperativa, geralmente são feitas duas


distribuições mensais, mas isso depende da quantidade de material vendido e
do dinheiro arrecadado. Como não há uma definição da data da distribuição, os
cooperados não sabem o dia em que receberão o pagamento.

O diagrama abaixo sintetiza o problema:

Ausência de Critério confuso


prestação de e injusto de Beneficia quem produz
contas distribuição menos e prejudica quem
produz mais produz
Dúvidas quanto Não se sabe o mais
a honestidade quanto
da distribuição produzir
Problemas na
distribuição do
dinheiro
Falta de definição
dos dias da
Falta de distribuição
planejamento

• Espaço das Triadoras

Durante a triagem, os cooperados se posicionam ao redor do “monte” de


material. Cada triadora coloca suas sacarias ou bags ao seu redor e sentam
em uma cadeira ou banquinho. Os bags que não pesados, como os de
papelão, sacolinhas e de embalagens de Tetra Pak são compartilhados por
duas ou três triadoras.

A posição das triadoras varia de acordo com a disposição “monte” de materiais


e da quantidade de material acumulada. Dessa forma, constantemente, elas
são obrigadas a mudarem de lugar. Não há no galpão um espaço definido para
elas, muito menos uma bancada para facilitar seus trabalhos. Isso gera
conflitos entre elas pela disputa de um determinado ponto ou pelo fato de
ocorrer misturas das sacarias ou bags.
Quando um caminhão chega ao galpão para descarregar material, parte das
triadoras são obrigadas a interromperem seus trabalhos para abrir espaço. Só
há portões na parte da frente, sendo assim, a única forma de se adentrar ao
galpão. Enquanto o caminhão está descarregando o material, as triadoras
afetadas ficam paradas aguardando. Isso demora, em média, 25 minutos para
o casos dos caminhões da coleta seletiva e 10 minutos, para o caso dos
caminhões compactadores. Em alguns casos, os objetos ou os materiais já
separados pelas triadoras acabam sendo soterrados, fazendo com que as
triadoras tenham mais um trabalho de desenterrá-los.

Como já foi exposto, a falta de espaço das triadoras também gera problemas
durante a pesagem do material. Não há muito espaço para estocar o material já
separado e por isso muitas vezes ocorre a mistura de materiais de diferentes
triadoras. Isso gera os conflitos já relatados anteriormente.

O diagrama a seguir esquematiza o problema:

Leiaute
Desorganização
dos estoques
do galpão
Falta de
espaço para
as triadoras
Excesso de
materiais

• Produtividade da Prensa

Há na cooperativa duas pessoas aptas a utilizarem a prensa, que são as


mesmas pessoas que cuidam da administração. Por causa disso, essas
pessoas não têm condições de se dedicarem integralmente a prensagem, e,
dessa forma, a prensa passa boa parte do tempo ociosa, mesmo havendo
material para ser prensado.

Aliado a isso, as pessoas responsáveis pela prensagem não possuem tanto


conhecimento para realizar essa atividade. Eles próprios admitem que não
sabem se realizam tal tarefa da maneira correta. Muitas coisas eles fazem por
intuição.

Um prensista experiente consegue fazer mais de 20 fardos em um único dia.


Na cooperativa, o máximo que já conseguiram em um dia foram 7 fardos. Tais
números mostram que a produtividade da prensagem na cooperativa está bem
abaixo da produtividade considerada média.
Inexperiência
dos prensistas

Baixa
produtividade
da prensa

Falta de Excesso de
afazeres
tempo

2. APROFUNDAMENTO DOS PROBLEMAS

2.1. PROBLEMA I: Mudanças no sistema de remuneração e pesagem na


Cooperativa

Conforme já foi apresentado, a cooperativa não possui uma rotina para a


pesagem dos materiais separados pelas triadoras e seu sistema de
remuneração é bastante confuso e gera conflitos. Ambos os problemas envolve
a organização do trabalho no galpão e para soluciona-los será necessário
mudanças nesse quesito. São propostas dois modelos para o sistema de
remuneração e pesagem:

Proposta 1: Fazer a pesagem diária e individualmente.

Ao final do expediente, teria início a pesagem dos materiais. Todos ajudariam,


sejam carregando os bags ou guardando-os nos estoques. Uma pessoa ficaria
responsável por preencher a tabela com os pesos.

Uma parte do dinheiro arrecadado seria destinado a cooperativa, como forma


de se pagar as despesas (de acordo com os dados da cooperativa, até o mês
de novembro de 2008, 16% do dinheiro arrecadado foram gastos com
despesas). A outra parte seria dividido entre os funcionários, de acordo com
sua produção.

Semanalmente, poderia ser feito um mutirão para separar os plásticos. Tal


mutirão poderia ser feito nas quartas, já que é o dia que mais chega material à
cooperativa. Dessa forma, não haveria o problema de a todo o momento as
triadoras interromperem seus trabalhos. Uma outra forma, seria as triadoras
terminarem a triagem mais cedo e fazerem a separação no final do expediente.

Pontos positivos: É possível acompanhar a produção de cada triadora. Assim a


remuneração tende a ser mais justa.
Pontos negativos: É necessário aumentar o espaço de cada triadora, para que
elas possam acomodar os bags com papelão e tetra park.

Proposta 2: Dividir as triadoras em grupos

Nesse modelo as triadoras trabalhariam em equipes. Seria formadas equipes


com 4 ou 5 membros. Cada equipe teria um líder para coordenar e motivar os
demais. Ao final do expediente, toda a produção de cada equipe seria pesada e
anotada em tabela apropriada.

Seria de responsabilidade das equipes fazer a separação dos plásticos e das


sucatas. A freqüência de separação desse material pode ser semanal,
quinzenal ou diária.

Ao final de um determinado período, a quantidade de material produzida por


cada equipe seria dividida pelo número de componentes de cada, de forma a
identificar qual equipe é mais eficiente. Obviamente essa equipe receberia uma
maior parcela do dinheiro arrecadado. Os membros de uma mesma equipe
receberia a mesma quantia.

Pontos positivos: Estando em equipes, as triadoras podem compartilhar os


bags e assim terem mais espaços.

Pontos negativos: Deve-se evitar que haja conflitos dentro das equipes.
Também se deve montar equipes que sejam equilibradas.

Para facilitar o controle da pesagem de cada cooperado, foi proposta uma


planilha, como se segue:
COOPERSOL VENDA NOVA
Nome do NOME:
PLANILHA DE CONTROLE INDIVIDUAL DE PESAGEM DE MATERIAS

Cooperado DATA
PAPEL PAPEL PAPEL PAPEL
PLÁSTICOS SUCATA TOTAL ASSINATURA
BRANCO MISTO REVISTA JORNAL
Assinatura do
Cooperado
Data da
Pesagem

Pesagem de
cada material

Totalização
do peso de Total a ser
cada material pago ao
cooperado

Preço a ser Assinatura do


pago por quilo responsável pela
de material TOTAL
DATA RESPONSÁVEL
distribuição
PREÇO (Kg)
TOTAL A RECEBER ASSINATURA
QTDE A
RECEBER

Assinatura do
cooperado

Figura 3: Planilha de controle individual de pesagem


2.2 Problema II : Elaboração de um modelo de prestação de contas

Para que o sistema de distribuição funcione adequadamente e seja


transparente, é importante que periodicamente seja feita na cooperativa a
prestação de contas, mostrando toda a movimentação financeira. Para tanto,
foi proposto um modelo como se segue:
PRESTAÇÃO DE CONTAS - COOPERSOL VENDA NOVA
PERÍODO:
RECEITAS VENDA DE MATERIAIS
QUANTIDADE PREÇO POR
MATERIAL TOTAL ARRECADADO
VENDIDA (Kg) QUILO
LATINHAS DE ALUMÍNIO
PAPEL BRANCO
PAPEL JORNAL
PAPEL REVISTA
PAPEL MISTO
PAPEL OUTROS
PAPEL REVISTA
PAPELÃO COMUM
PAPELÃO ESPECIAL
PAPELÃO OUTROS
PLÁSTICO PEAD/PP/MISTO
PLÁSTICO PET
PLÁSTICO SACOLAS
PLÁSTICOS - OUTROS
SUCATA
TETRA PAK

TOTAL:
Tabela 3: Modelo de Prestação de Contas - Venda de Materiais

PRESTAÇÃO DE CONTAS
PERÍODO: Tabela 4: Modelo de Prestação de
DESPESAS Contas - Despesas
TIPO QUANTIDADE
ÁGUA
PRESTAÇÃO DE CONTAS
ENERGIA ELÉTRICA
PERÍODO:
ALUGUEL DO GALPÃO
TELEFONE PAGAMENTO DOS ADMINITRADORES
TOTAL ARRECADADO
MATERIAIS DE ESCRITÓRIO
PORCENTAEM
MATERIAS A SER PAGA
DE LIMPEZA
TOTAL PAGO
MATERIAS GERAIS
MANUTENÇÃO Tabela 5: Modelo de Prestação de
ALIMENTAÇÃO Contas - Pagamento da
PASSAGENS DE ÔNIBUS Adminisração

PRESTAÇÃO DE CONTAS
PERÍODO
PAGAMENTO DO PRENSISTA
NÚMERO DE FARDOS
TOTAL DE DESPESAS:
PESO TOTAL DOS FARDOS
PREÇO/Kg
TOTAL:
Tabela 6: Modelo de Prestação de Contas - Pagamento do Prensista

PRESTAÇÃO DE CONTAS - COOPERSOL VENDA NOVA


PERÍODO:
PREÇO A SER PAGO AOS COOPERADOS
QUANTIDADE TOTAL A SER
MATERIAL PREÇO PAGO
PRODUZIDA PAGO
LATINHAS DE ALUMÍNIO
PAPEL BRANCO
PAPEL JORNAL
PAPEL REVISTA
PAPEL MISTO
PAPEL OUTROS
PAPEL REVISTA
PAPELÃO COMUM
PAPELÃO ESPECIAL
PAPELÃO OUTROS
PLÁSTICO PEAD/PP/MISTO
PLÁSTICO PET
PLÁSTICO SACOLAS
PLÁSTICOS - OUTROS
SUCATA
TETRA PAK

TOTAL:
Tabela 7: Modelo de Prestação de Contas - Distribuição Geral

PRESTAÇÃO DE CONTAS
PERÍODO
TOTALIZAÇÃO
RECEITAS
DESPESAS
PAGAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO
PAGAMENTO DO PRENSISTA
DISTRIBUIÇÃO
SALDO DO PERÍODO
Tabela 8: Modelo de Prestação de Contas – Totalização

2.3.problema III: Capacitação dos prensistas


Como já foi exposto, apenas os coordenadores da cooperativa fazem a
prensagem dos materiais. Além disso, eles não possuem tanto conhecimento e
fazem algumas coisas de maneira intuitiva.

Para melhorar a eficiência desse processo e reduzir a quantidade de atividades


sob responsabilidade dos coordenadores, no dia 23 de dezembro, dois
cooperados fizeram um treinamento na COMARP, que tem prensistas com
muita experiência.

3.VALIDAÇÃO DAS PROPOSTAS

As propostas citadas anteriormente foram discutidas com alguns a


administração da cooperativa. A tabela a seguir mostra os resultados dessa
discussão:

PROPOSTA SITUAÇÃO OBSERVAÇÕES


Mudanças no Validada Ambas as propostas foram discutidas. O
sistema de Modelo 1 foi mais bem aceito e será testado
pesagem e em breve. Quanto ao Modelo 2, se teme que
remuneração haja conflitos, tanto nos grupos, quanto entre
os grupos.
Novo modelo de Validada Os administradores da cooperativa estão
prestação de conscientes da necessidade de se fazer a
contas prestação de contas. O único problema,
segundo eles, é conseguir tempo para
organizar os dados e divulgá-los.
Realização de Validada A capacitação da prensa foi aceita e já está
capacitações sendo encaminhada. As outras também foram
consideradas importantes.
Tabela 9: Validação das Propostas

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