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O NORDESTE BRASILEIRO1
1- INTRODUÇÃO
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que quando cultivadas em condições ambientais diferentes daquelas para as quais
foram desenvolvidas, as variedades tornam-se suscetíveis ao ataque de pragas e
doenças.
No BAG (BANCO ATIVO DE GERMOPLASMA - que é o elemento dos
recursos genéticos que maneja a variabilidade genética entre e dentro da espécie,
com fins de utilização para a pesquisa em geral, especialmente para o melhoramento
genético, inclusive a biotecnologia), a conservação desse material genético é feita
através de armazenagem em câmaras frias, geralmente 10ºC e 40% de umidade
relativa (atmosfera controlada), que servem para evitar a deterioração da semente e
prolongar a sua sobrevivência, que poderão ser usadas em futuros programas de
melhoramentos de plantas.
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2- MATERIAL E MÉTODOS
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das plantas apresentavam flor feminina receptiva. Cada planta recebeu 28g do
formulado (16g de uréia + 12g de KCL).
Os tratos culturais realizados foram: capina para eliminação periódica das ervas
invasoras, não houve necessidade de reposição das mudas que morreram, devido o
desenvolvimento das outras estarem em um estado mais avançado e em campo foi
feita condução de ramas, para que não ocorresse o enovelamento dos ramos, que
não dificultasse no controle por plantas e foi periodicamente executada para garantir
um melhor arranjo do stand e ainda periodicamente houve a necessidade de remover
as plantas mortas. Nos tratos fitos sanitários foram necessárias aplicações de
inseticidas (MOSPILAN) e fungicidas (CUPROZEB).
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3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após o transplantio para o local definitivo, algumas mudas não apresentaram vigor
uniforme, como é o caso da planta 09 que teve pouco desenvolvimento (Tabela 2) e a
08 e 20 que sofreram efeito da fitotoxicidade do adubo devido à sua má incorporação
ao solo e estavam em estado de estresse, após algumas semanas, e não sendo
substituídas, tornando desuniforme o stand, as quais não sobreviveram, havendo
perda de duas plantas, mas, foram arrancadas na capina e não sendo substituídas.
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Comprimento do ramo principal Desenvolvimento do
(cm) ramo principal no
30/05/2007 14/06 período
/2006
01 164 310 146
02 122 270 148
03 124 300 176
04 120 265 145
05 140 296 56
06 137 264 127
07 124 286 162
08 - --------- ------------
09 86 187 101
10 130 320 190
11 110 305 195
12 122 296 174
13 138 304 166
14 133 360 227
15 149 350 201
16 160 340 180
17 132 315 183
18 146 312 166
19 134 250 116
20 ----- -------- ----------
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Ainda no estádio inicial de desenvolvimento das plantas ao início da frutificação foi
observados sintomas de alternaria (Alternaria cucumerina) em algumas plantas, que
começava das regiões das bordas do sulco, ou seja, iniciando-se das folhas mais
velhas para as mais novas, resultando, posteriormente na queima das folhas. Porém,
no final do ciclo todas as plantas apresentaram os sintomas, sendo o
desenvolvimento das plantas seriamente comprometido, apresentando-se quase
mortas. No mesmo período do ataque por alternaria houve sintomas, supostamente,
de viroses em praticamente todas as plantas, com algumas exceções, como as
plantas 05, 06 e 07, que foram atacadas moderadamente (Figura 15), muito embora
outras plantas que estavam ao seu lado foram seriamente atacadas como as plantas
14, 15, 16, 17, 18 e a 19 (Figura 16), já algumas foram atacadas, mas o seu
desenvolvimento não foi comprometido, como as plantas 01, 02, 03 e 04 (Fig. 14),
finalizando então, em 04 mortes até o momento (08; 09; 13 e 20). Testes sorológicos
comprovaram anteriormente que na região havia plantas que apresentavam os
seguintes vírus: PRSV-W, WMV e ZYMV.
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Tabela 03. Surgimento da primeira flor feminina das plantas em referencia ao dia do
transplantio do acesso de melancia B13 DTCS/JUAZEIRO-BA, JUNHO/2007.
Planta 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
N° de ramos 08 07 07 06 07 07 07 05 06 07 05 05 06 05 07 04 07 07 07 --
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assim o numero de frutos que não fixaram e os que fixaram, respectivamente, na
parcela 24 após a polinização controlada (Tab. 06).
Ao comparar o vigor de depois (Tab. 04) e antes (Tab. 05), concluímos que tanto
quanto antes e depois da colheita a maioria das plantas ainda tinha resistência para
poder formar um novo ciclo, que poderia ser uma entressafra, apenas três das
plantas não resistiram ao ataque de pragas e doenças, que foram 08; 09 e a 13. A
parcela apresentou uma quantidade total de 24 frutos, tendo uma média de 1,5 frutos
por planta (Tabela 07).
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ser considerado de sucesso de fixação de frutos com o total de 45,45% de fixação
(tabela 06), esse percentual exclui o valor de frutos oriundo da polinização livre.
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Parcela 24 Parcela 24 Parcela 24
Fotos: James Pereira
No caso da parcela 24, os frutos obtidos foram de varias formas e tamanhos, de acordo
com as imagens, os frutos tiveram três formatos padrão: esférico de coloração verde e
listras verdes (Fig.09), alongado com listras verdes (Fig.10), e alongado com coloração
com coloração branco e listras claras (Fig.11) e frutos com predomínio de coloração
vermelho e sementes de cor preta de forma oval (Fig.12).
Fotos: James Pereira
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Entretanto, a situação final da parcela se encontrava com varias plantas determinando
um novo ciclo, devido a sua remissão de ramas com novas flores e folhas (Fig.13), e na
região das ramas antigas encontrava-se com alternaria, de forma que uma era uma
planta era mais tolerante do que a outra (Fig.14), de forma que as primeiras eram mais
resistentes do que as mais posteriores (Fig.15), que estavam próximo à sombra de uma
algoroba, tornando-se possível, poderiam ser esta uma das condições para a ambiente
interferir na regeneração do acesso B 13.
Parcela 24 Parcela 24
Fotos: James Pereira
(Parcela 28 A )
Parcela 03
Parcela 02
Fotos: James Pereira
(Parcela 28 B )
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outra metade, ainda não foram infectadas, ou não, passaram por estresse hídrico,
poderia não ser tolerante ao ataque. Desta forma, já conhecendo as que sofreram,
poderiam ser indicadas para multiplicação aquelas que foram atacadas, pois, sabe
que são resistentes, ate mesmo pós-colheita, e também, por ter capacidade de
regenerar novos ramos, e conseqüentemente com remissão de flores e novos frutos,
mesmo existindo em si, regiões de ramos velhos bastante atacados pelo patogeno.
4 - CONCLUSÕES
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FERREIRA, M.A.J.F. Sistema reprodutivo e potencial para o melhoramento
genético de uma população de melancia Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. &
Nakai. (Tese de Doutorado). Piracicaba. Escola Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz", Universidade de São Paulo. 2000.
LIMA, J.A.A., QUEIROZ, M.A., RAMOS, N.F. & GONÇALVES, M.F.B. Sintomas
atípicos em frutos de meloeiro e de melancia ocasionados por Watermelon
mosaic virus2. Fitopatologia Brasileira 27:546. 2002
QUEIRÓZ, M.A., SILVEIRA, L.M., TAVARES, S.C.H. & COSTA, N.D. Identificação de
fonte de resistência à queima das folhas por Alternaria em melancia. Anais, 16º
Encontro de Genética do Nordeste, São Luis, MA. 2002. p.114
OLIVEIRA, V.B., LIMA, J.A.A., VALE, C.C. & PAIVA, W.O. Caracterização biológica e
sorológica de isolados de potyvirus obtidos de cucurbitáceas no Nordeste brasileiro.
Fitopatologia Brasileira 25:628-636. 2000
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pela vida, ao professor Manoel Abílio, pela compreensão, Izaías, pelas
dicas, todos os funcionários e colegas de curso,
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