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Projeto Gre-Nal

Histórias de Grêmio e Internacional


Grêmio

 
História
O paulista Cândido Dias foi o responsável pela fundação do Grêmio. Com ele chegou a Porto Alegre,
segundo muitos, a primeira bola de futebol da capital gaúcha. A bola deu origem à primeira "pelada" e
este primeiro jogo rendeu uma reunião no dia 15 de setembro de 1903 num prédio na Rua José Montaury
- centro de Porto Alegre.Trinta e três jovens compareceram e Carlos Bohrer foi eleito o primeiro
presidente do Grêmio Foot-ball Portoalegrense, sem jamais imaginar a projeção mundial que o recém-
nascido clube um dia alcançaria. As cores escolhidas para o clube foram o havana (quase alaranjado) e o
azul. A falta de tecidos havana no comércio fez com que houvesse uma alteração no uniforme. A cor foi
substituída pelo preto, com a incorporação posterior do branco.

O primeiro estádio efetivo do clube foi a Baixada do Moinhos de Vento, que ficou conhecido como
"fortim", dada a dificuldade dos adversários baterem o time em seus redutos. Nos anos 30 surgiram os
primeiros grandes ídolos: Eurico Lara, o goleiro que virou lenda; Luiz Carvalho, o "rei da virada" que
viria a ser tudo no clube, inclusive presidente nos anos 70; Oswaldo Rolla, o "Foguinho", que
revolucionaria o futebol gaúcho anos depois no cargo de treinador do próprio Grêmio, dando ênfase ao
futebol-força ou ainda Luiz Luz, zagueiro com passagem pela seleçao brasileira.

Em 1954 o clube trocou de casa. Saiu do "Fortim da Baixada" e se transferiu para o moderno Estádio
Olímpico.
Internacional

 
 História
Histórico do Internacional:
A origem do Sport Club Internacional está associada a três integrantes da família Poppe: Henrique, José e Luis. Eles
chegaram a Porto Alegre, em 1908, vindos de São Paulo, e logo abriram uma loja. A capital gaúcha se modernizava e
progredia rapidamente. Desde o fim do século XIX, possuía fábricas de máquinas, tecidos, móveis e cerveja; há quatro anos
os bondes elétricos tinham substituído os puxados a burro; acabava-se de instalar iluminação elétrica em todas as ruas do
centro; e a população havia saltado de 73 000 habitantes em 1900 para 120 000 naquele ano de 1908. Difícil mesmo para os
Poppe foi serem aceitos como sócios em algum clube da cidade. Jovens de 20 e poucos anos, eles queriam praticar esportes,
de preferência o futebol. Mas o Grêmio, que já existia há seis anos, se fechou para eles. E também os clubes de remo, de tiro,
de tênis. A desculpa era sempre a mesma: gente recém chegada, pouco conhecida. A dificuldade que Poppe encontrou
acabou servindo de motivação para a criação de um novo clube em Porto Alegre, o Sport Club Internacional. Os discursos
ouvidos nas reuniões sempre giravam em torno de um princípio muito importante para os Poppe e para aqueles que ali
estavam. O Internacional estava sendo criado para brasileiros e estrangeiros, uma clara alusão à política de discriminição dos
outros clubes de Porto Alegre. E esta democracia de acesso muito cedo oferecida pelo Internacional é a melhor explicação
para o fato de que estudantes e empregados do comércio predominassem como jogadores do time. A cada domingo crescia o
núcleo dos que iam apoiá-los contra seus adversários.
Nem todos ficaram de acordo com a cor da futura camisa do Clube. Subdividiram-se em dois grupos como fora o carnaval
daquele ano, a decisão veio do carnaval de rua entre Venezianos e Esmeraldinos, um vermelho, outro verde. Justamente as
cores pretendidas, ou uma ou outra. O resultado da votação tirou da ata de fundação os que defendiam o verde. Mas o racha
não esvaziou a reunião, muito menos o Clube. Ficou vermelho e branco para o resto da vida. E, ao contrário dos times de guris
que viram o clube de salinha e campo emprestado, o Internacional cumpriu o esforço de eternidade de seu ato de fundação e
já completa 100 anos de existência, uma promessa talvez muito maior que a dos Poppe e dos seus amigos do 2º Distrito.
O primeiro presidente do Sport Club Internacional surpreendia pela idade. João Leopoldo Seferim tinha 17 anos quando foi
eleito para comandar o Clube. Mas, o presidente de honra tinha que ser mais velho e com prestigio indiscutível na cidade. E
assim ocorreu. Foi escolhido para o cargo o diretor da Limpeza Pública e líder político distrital, capitão Graciliano Ortiz, para
vice-presidente, Pantaleão Gonçalves de Oliveira. Legendre das Chagas Pereira, 1° secretário; Manoel Lopes da Costa, 2º
secretário; Antonio Cícero, 1° tesoureiro; Waldemar Fachel, 2° tesoureiro; Henrique Poppe Leão, orador oficial; e Irineu dos
Santos Luis Madeireira Poppe, e Alcides Ortiz, integrantes da comissão de campo completavam a diretoria.

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