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Escola Secundária Alves Redol

Ano Lectivo: 2008/2009


Disciplina: Área de Integração
Professora: Leonor Alves

Trabalho realizado por:


Apolo Rosado nº1 2ºPC
Catia Santos nº3 2ºPC
Cristiana Azevedo nº4 2ºPC
Diogo Martins nº5 2ºPC

Índice
Página 1………. Introdução ao trabalho realizado;
Página 2………. O que dizem as organizações internacionais;
Página 3………. Piores formas de trabalho infantil;
Página 4………. Áreas onde se pratica o trabalho infantil;
Página 4………. Qual a razão pela qual as crianças trabalham?;
Página 5………. A CNASTI;
Página 6………. A CNASTI (continuação);
Página 7………. Os direitos das crianças;
Página 8………. Os direitos das crianças (continuação);
Página 9………. Os direitos das crianças (continuação);
Página 10………. Webgrafia.

Introdução
Uma das situações mais problemáticas que se tem vindo a deparar ao longo
dos anos na nossa sociedade é sem dúvida a prática do trabalho infantil.
O trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e
adolescentes, abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho,
conforme a legislação de cada país.
O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. Especificamente, as formas
mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas
também constituem crime.
A maioria das vezes ocorre devido à necessidade de ajudar financeiramente
a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que
possuem muitos filhos.
É sobretudo em África e/ou na América Latina (países pobres – países em
desenvolvimento) onde este problema tem maior intensidade.

O que dizem as organizações internacionais


• Organização Internacional do Trabalho (OIT)
A Convenção nº 138 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), de
1973, no artigo 2º, fixa como idade
mínima recomendada para o trabalho
em geral a idade de 16 anos.
No caso dos países-membros
considerados muito pobres, a
Convenção admite que seja fixada
inicialmente uma idade mínima de 14
anos para o trabalho.
A mesma Convenção recomenda uma
idade mínima de 18 anos para os
trabalhos que possam colocar em risco a saúde, a segurança ou a
moralidade do menor, e sugere uma idade mínima de 16 anos para o
trabalho que não coloque em risco o jovem por qualquer destes motivos,
desde que o jovem receba instrução adequada ou treino vocacional.
A Convenção admite ainda, por excepção, o trabalho leve na faixa etária
entre os 13 e os 15 anos, desde que não prejudique a saúde ou
desenvolvimento do jovem, a ida deste à escola ou a sua participação numa
orientação vocacional ou programas de treino, devendo a autoridade
competente especificar as actividades permitidas e a tempo máximo de
trabalho diário.

• UNICEF
Segundo a UNICEF (Fundo das Nações
Unidas para a Infância), o trabalho infantil
é definido como toda a forma de trabalho
abaixo dos 12 anos de idade, em
quaisquer actividades económicas;
qualquer trabalho entre 12 e 14 anos que
não seja trabalho leve; todo o tipo de
trabalho abaixo dos 18 anos enquadrado
pela OIT nas “piores formas de trabalho
infantil”. A UNICEF faz as suas fundações
bases, em acordo com o Objectivos do
Milénio (Objectivo 2015 das Nações Unidas) – particularmente os que
dizem respeitos às crianças;
Piores formas de trabalho Infantil
Embora o trabalho infantil,
como um todo, seja visto como
inadequado e impróprio para
os menores abaixo da idade
mínima legal, as Nações
Unidas consideram algumas
formas de trabalho infantil
como especialmente nocivas e
cruéis, devendo ser
combatidas com prioridade.
A Convenção nº 182 da OIT, de
1999, aplicável neste caso a
todos os menores de 18 anos,
classifica como as piores formas de trabalho infantil: o trabalho escravo ou
semi-escravo (em condição análoga à da escravidão), o trabalho decorrente
da venda e tráfico de menores, a escravidão por dívida, o uso de crianças
ou adolescentes em conflitos armados, a prostituição e a pornografia de
menores; o uso de menores para actividades ilícitas, tais como a produção e
o tráfico de drogas; e o trabalho que possa prejudicar a saúde, segurança ou
moralidade do menor.

• Portugal
Em Portugal, o trabalho infantil é considerado uma grave ofensa à
integridade de uma criança e punido severamente, com prisão e multas
altíssimas. O artigo 152 do Código Penal Português define os casos
específicos em que actualmente o trabalho infantil é crime - maus tratos a
menores implicando em trabalho em actividades perigosas, desumanas ou
proibidas ou trabalho excessivo .
Os casos de trabalho infantil em Portugal são residuais, registando-se em
média anualmente apenas 1 ou 2 casos.
Áreas onde se pratica o Trabalho Infantil
O trabalho infantil é comum em países
subdesenvolvidos. Um exemplo de um destes
países é a Índia e até o Brasil, em que nas
regiões mais pobres este trabalho é bastante
comum.
As crianças trabalham muitas vezes em ramos
como a agricultura, o turismo, a construção civil
e até no comércio.
Muitas destas famílias são geralmente de
pessoas pobres que possuem muitos filhos.
Apesar de existirem legislações que proíbam
oficialmente este tipo de trabalho, é comum nas
grandes cidades brasileiras a presença de
menores em cruzamentos de vias de grande
tráfego, vendendo bens de pequeno valor
monetário.
Apesar de os pais serem oficialmente responsáveis pelos filhos, não é hábito
dos juízes de puni-los.
A acção da justiça aplica-se mais a quem contrata menores,
Criança a trabalhar
mesmo assim as penas não chegam a ser aplicadas.
numa fábrica de tijolos

Qual a razão pela qual as crianças trabalham?


Há quem defenda que o trabalho infantil é uma prática disciplinadora,
prepara as crianças para a vida e é uma forma de evitar a malandragem.
Pois na verdade, a principais razão pela qual as crianças trabalham é a
pobreza das suas famílias (algumas crianças até trabalham para a sua
subsistência). É óbvio que existem também outros factores que condicionam
o trabalho das crianças, tais como, a violência; a falta de oportunidades
educativas, profissionais e de realização pessoal.
Isto leva a que, as crianças não podem ter uma boa educação, nem fazer
actividades próprias da sua idade, o que prejudica a sua formação como
pessoa e o seu desenvolvimento.
CNASTI
A CNASTI
(Confederação
Nacional de
Acção Sobre o
Trabalho
Infantil) é uma
associação privada sem fins lucrativos, que reúne 13 organizações ligadas à
acção católica, ao movimento sindical e à sociedade civil, cada uma com o
seu quadro de preocupações e finalidades próprias, mas que na CNASTI,
assumem um objectivo comum: combater o trabalho infantil, enquanto
exploração e dar apoio à formação da criança com vista ao seu futuro.

Surgiu a partir da constatação de situações graves de exploração de mão-


de-obra infantil, detectadas no Vale do Ave, por várias organizações, nos
finais dos anos 80. Porém a sua constituição jurídica data de 29 de Abril de
1994, publicada em D.R. n.º 150 III Série de 01 de Julho de 1994.
É declarada Pessoa Colectiva de Utilidade Pública a 20 de Novembro de
2002, publicada em D.R. II Série, n.º 268.

Nos últimos anos, a CNASTI tem vindo a desenvolver a sua actividade


visando formar, manter e reforçar uma rede de contactos, quer com o
cidadão comum, quer com organizações governamentais e não
governamentais, no intuito de estabelecer novas parcerias, e contribuir para
um diagnóstico mais aproximado e completo do fenómeno do trabalho
infantil, bem como, a procura de soluções criativas e eficazes para o seu
combate, articulando-as no tecido social português, em toda a sua
complexidade e estabelecendo uma ligação em rede ao resto do mundo.

Os objectivos da CNASTI
A CNASTI tem como objectivos fundamentais, combater o trabalho infantil,
enquanto exploração, e apoiar a formação da criança com vista ao seu
futuro.

Para a realização destes objectivos a


CNASTI propõe-se a:
a) Combater as causas que permitem a
proliferação do trabalho infantil,
nomeadamente as sociais, culturais e
económicas;
b) Combater todas as formas de trabalho
infantil, protegendo a criança nas diversas
dimensões;
c) Organizar e desenvolver acções, isolada ou conjuntamente com
outras organizações, no combate ao trabalho infantil.
d) Contribuir para a divulgação dos Objectivos do Milénio (Objectivo
2015 das Nações Unidas) – particularmente os que dizem respeitos às
crianças;
e) Tornar a CNASTI mais forte, mais
participada e sustentável
financeiramente;
f) Fortalecer os laços e parcerias com
organizações congéneres, particularmente
com a Coligação Portuguesa para a
Campanha Global pela Educação, a qual a
CNASTI é fundadora.

Estratégias
A CNASTI ao longo dos anos, desenvolveu diversas estratégias, não só de
combate mas também de sensibilização e prevenção de casos de trabalho
infantil junto da população.
Essas estratégias são:

• Campanhas de sensibilização e informação sobre todas as questões


que envolvem o problema da exploração do trabalho infantil, pela
manutenção de uma Exposição Itinerante, dinamização das
Assembleias de Crianças, dos Encontros de Reflexão, da Animação de
Rua, de Palestras, Conferências e/ou Colóquios;
• Sinalização de situações de exploração de trabalho infantil através da
Linha Verde - 800 20 76 serviço anónimo ao público em geral - de
denúncia e encaminhamento de casos concretos de crianças que
trabalham;
• Colaboração com Universidades e outras Instituições de Educação,
nomeadamente, na realização de estudos, participação em debates e
conferências e na orientação de estágios;
• Trabalho em rede com organizações internacionais, em particular com
as ONG's ligadas à MARCHA GLOBAL contra o trabalho infantil;
• Parcerias com Instituições governamentais e não governamentais que
realizem trabalhos nesta área;
• Centro de documentação sobre a temática do trabalho Infantil,
contendo documentos, dossiers de imprensa, bibliografia
especializada, trabalhos académicos e demais literatura cinzenta.
Direitos das Crianças
Artigo 1 - Todas as pessoas com menos de 18 anos têm todos os direitos
escritos nesta Convenção;

Artigo 2 - Tens todos esses direitos seja qual for a tua raça, sexo, língua ou
religião. Não importa o país onde nasceste, se tens alguma deficiência, se
és rico ou pobre;

Artigo 3 - Quando um adulto tem qualquer laço familiar, ou responsabilidade


sobre uma criança, deverá fazer o que for melhor para ela;

Artigo 6 - Todas as pessoas devem reconhecer que tens o direito à vida;

Artigo 7 - Tens o direito a um nome registado, ou seja, que haja um registo


do nome dos teus pais, do teu próprio nome e de onde nasceste;

Artigo 9 - Não deves ser separado dos teus pais, excepto se for para o teu
próprio bem, no caso de os teus pais te maltratarem ou não cuidarem de ti.
Se eles se decidirem separar-se vais ter de ficar a viver com um deles, mas
tens o direito de contactar facilmente os dois;

Artigo 10 - Se tu e os teus pais viverem em países diferentes, tens o direito


a regressar e a viver junto deles;

Artigo 11 - Não deves ser raptado, mas se isso acontecer o governo dos teus
países tem de fazer tudo o que for possível para te libertar;

Artigo 12 - Quando os adultos tomarem alguma decisão que te afecte a


vida, tens o direito de dar a tua opinião e de ser ouvido;

Artigo 13 - Tens o direito de descobrir coisas e dizer o que pensas através da


fala, da escrita ou de outros meios, excepto se, ao fazê-lo, estiveres a
interferir com os direitos de alguém;

Artigo 14 - Tens direito à liberdade de pensamentos e de praticares a


religião que quiseres. Os teus pais têm o dever de te fazer compreender o
que está certo e o que está errado;
Artigo 15 - Tens o direito a reunir-te com outras pessoas e a criar grupos ou
associações, desde que não violes os direitos dos outros;

Artigo 16 - Tens o direito à privacidade. Podes ter por exemplo um diário,


onde mais ninguém possa ter acesso;

Artigo 17 - Tens o direito de ser informado o que se passa no mundo através


dos "media" (televisão, jornais, rádio, etc). Os adultos devem ter a
preocupação que tu compreendes tudo;

Artigo 18 - Os teus pais devem educar-te, procurando o que é melhor para


ti;

Artigo 19 - Ninguém deve exercer sobre ti qualquer espécie de maus tratos.


Os adultos devem proteger-te contra abusos, violência e negligência.
Mesmo se forem os teus pais eles não têm o direito de te maltratarem;

Artigo 20 - Se não tiveres pais, ou se não for bom para tu víveres com eles,
tens o direito a protecção e ajudas especiais;

Artigo 21 - Caso tenhas sido adoptado, os adultos têm de garantir que tudo
é feito de melhor maneira para ti;

Artigo 22 - Se fores refugiado (se tiveste de abandonar os teus pais por


motivos de segurança), tens direito e cuidados especiais;

Artigo 24 - Tens direito à saúde. Se estiveres doente tens direito a ter acesso
a medicamentos. Os adultos devem ter todo o cuidado que as crianças
adoeçam, dando-lhes alimentação adequada;

Artigo 27 - Tens direito a um nível de vida digno. Isso significa que tens
direito a comida, roupa, casa, se os teus pais não te poderem dar isso tudo
o governo tem o dever de ajudar;

Artigo 28 - Tens direito à educação. O ensino básico deve ser gratuito.


Também deves ter a possibilidade de frequentar o ensino secundário;

Artigo 29 - A educação tem como objectivo desenvolver a tua


personalidade, talentos e aptidões mentais e físicas. A educação deve
também preparar-te para seres um cidadão informado, autónomo e
responsável, tolerante e respeitador dos direitos dos outros;

Artigo 30 - Se pertenceres a uma minoria, tens o direito de viver de acordo


com a tua cultura, praticar a tua religião e falar a tua língua;

Artigo 32 - Tens direito a protecção contra a exploração económica, ou seja,


não deves trabalhar em situações que ponham em causa a tua saúde ou a
tua educação. Em Portugal existe uma lei que proíbe que crianças com
menos de 16 anos não devem estar empregadas;
Artigo 33 - Tens direito a ser protegido contra o tráfico e consumo de
drogas;

Artigo 34 - Tens o direito de ser protegido contra abusos sexuais, ninguém te


pode tocar, tirar fotografias contra tua vontade;

Artigo 35 - Ninguém te pode raptar ou vender;

Artigo 37 - Não deverás ser preso, excepto como medida de último recurso,
nesse caso tens direitos e cuidados próprios para a tua idade e a visitas
regulares da tua família;

Artigo 38 - Tens direito a protecção no caso de guerra;

Artigo 39 - Uma criança vítima de maus tratos ou de negligência, tem direito


a protecção e a cuidados especiais;

Artigo 40 - Se fores acusado de teres cometido um crime, tens direito a


defender-te. No tribunal, a polícia, advogados e o juiz devem tratar-te com
respeito e de procurar fazer-te compreender o que se está a passar;

Artigo 42 - Todos os adultos e crianças devem conhecer esta Convenção.


Tens o direito a compreender os teus direitos e os adultos também.
Webgrafia
• www.cnasti.pt
• www.wikipedia.org

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