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Obra: MULTI F.

ACETADOS 1,2 e
3
A influência da música no processo
criativo

André Luiz Fernandes e Fernandes


Santos 2009

O ARTISTA André Fernandes


Trabalha e vive de arte desde 1989, possui licenciatura plena em Artes pela
universidade Santa Cecília, participou de diversos cursos de especialização
nas áreas da Arte, Design, Educação e Computação Gráfica. Participa
ativamente de salões de arte, desenvolve projetos artísticos em seu estúdio
“Formaa”, sediado em Santos, atendendo há projetos artísticos ligados a
Arte e a Comunicação.

Contemporâneo, é um professor inovador defensor de diversas teses sobre


arte e educação, traz em sua essência às novas metodologias aplicadas na
aprendizagem da arte, buscando aprender e fazer arte através da história e
a tecnologia. É docente titular do SENAI-SP onde ministra aulas e
desenvolve todos os cursos das áreas de Moda e Design. É Instrutor de
Treinamento responsável pelo laboratório de design 2.01, que presta
assessorias para empresas e indústrias dentro da unidade de Santos. Foi
premiado como Docente Orientador por duas vezes na FIESP com projetos
inovadores “ENFESTOMAX 2006” e “SERIECO 2008”.

Diretor de arte em diversos projetos artísticos ligados ao teatro, moda,


decoração, mídia gráfica, vídeo, é um artista multimídia e experimentalista.
Como designer, difunde sua arte através das suas mídias pelo mundo a fora.
Seus trabalhos são estampados em revistas nacionais como Trip, TPM,
Venice, Playboy, Hardcore, Fluir, Alma Surf, Tribo Skate, 100% Skate e em
revistas em grifes espanholas, portuguesas, australianas e norte
americanas.

Obra: MULTI F.ACETADOS 1,2 e


3
A influência da música no processo
criativo

Agradecimentos
A minha família sempre, ao Clayton que trouxe átona a discussão
musical aliado a arte e psicologia, todos alunos que participaram
desta tese, meus professores sempre

Introdução

Multifacetados vêm com intuito de buscar uma reflexão da


importância e influência da musica no processo criativo. Além de toda
pesquisa e fundamentação por traz da obra, a obra revela um lado
estético conceituado e original. Sua influência é total de um momento
artístico impar e bem delineado em seu tempo, discute os assuntos
pertinentes as influencias musicais no canal criativo e agrega
diversas técnicas das artes. Além de revelar o lado do belo, a análise
geral dos estímulos e resultados trazem a vontade de ter um
retrospecto do fazer artístico involuntário.

1 – Resumo

2 - Influências artísticas

3 – Fatores psicológicos

4 – Conceituações da criatividade
5 – Suportes artísticos

6 – A obra

RESUMO

Esta obra trata-se de três construções em gravuras desenvolvida com


técnica mista, fotografia, Infogravura e a Serigrafia. Além das
técnicas de gravuras, a colagem também é inserida se maneira
indireta.

Para construção das obras, não visei apenas à questão do belo,


busquei muito além das técnicas artísticas, composição e linhas do
design, trago átona as INFLUÊNCIAS DA MUSICA NA AÇÃO CRIATIVA.

Venho em franca análise, estudar e decifrar alguns movimentos da


ação criativa com uso da música e ainda buscando a musicalidade
inserida no contexto criativo. Este estudo vem de encontro com os
diversos universos que envolvem a musica no processo criativo.
Busco em caráter de estudo e aplicações praticas em sala de aula, as
influências sócio-educativas, psicologia e os níveis de aprendizagem
no fator que influencia o processo criativo. Foi estabelecido que para
expressar a linguagem artista escolhida, precisaríamos fundamentar
melhor os fatores internos e externos que influenciam o fator criativo.
Os movimentos artísticos, a história na história das artes visuais e a
arte contemporânea é o combustível que move os traços e
desenvolve esta nova linguagem. Busco além das questões estéticas,
trago a reflexão comportamental e psicológicas da fazer criativo.

Esta obra é a primeira de uma série que estarei desenvolvendo a


partir do concreto da música. O ambiente de criação não será
alterado e sim o ambiente sonoro. Através de estímulos sonoros
dirigidos influenciamos o fazer artístico. Vou eleger sempre 3 discos
de um artista em especial e vou trabalhar esta proposta, inovadora e
intrigante do fazer artístico.

Disco da banca Pixies utilizado como suporte na concepção das obras

As técnicas aplicadas são todas desenvolvidas a partir da mistura e


desconstrução dos elementos concretos da música “LPs”. Trabalhei
primeiramente fotografando os LPs por gênero e separando por
temas. Nesta primeira série trouxe um estudo com influencia da
banda Pixies, banda de rock alternativo com raízes punk.
Criei três ambientes que retrata as raízes das obras da banda, além
de criar uma nova composição estar influenciando indiretamente a
linguagem visual.

O grande objetivo e a reflexão sobre a importância da musica inserido


no fazer criativo.

Fatores psicológicos

Todos sabem da importância do estudo e influencia da piscologia no


processo criativo, a partir dos trabalhos de Sartre e Vygotsky,
podemos compreender que nos processos criativos os sujeitos
unificam dialeticamente a aprendizagem dos conhecimentos técnicos,
numa postura afetiva, a qual implica em relações entre percepção,
imaginação, sentimentos e emoções. O músico, no processo criativo,
transforma os sons numa objetividade subjetivada, como negação
dialética do determinismo de um contexto, já que nele deixa,
necessariamente, a marca da sua subjetividade. O processo de
criação musical deve ser compreendido sempre como um produto
histórico-social, completamente inserido no contexto no qual se dá.

Para Sartre (1939/1965), a emoção é a estrutura afetiva da


consciência, e como consciência afetiva, na sua espontaneidade, se
constitui como uma forma de apreender o mundo. O mundo, por sua
vez, quando estamos numa postura espontânea de consciência, pode
nos aparecer como sendo amável, odiável, apaixonante, etc, e como
tendo que ser vivido necessariamente desta maneira.

Assim quando aplico exercícios em sala de aula onde trago estímulos


sonoros diferentes, além de criar novos possibilidades de estímulos,
estudo a diferença diretamente ligada ao trabalhos dos alunos.
Abaixo podemos ver alguns desenhos que fora o resultado de
experimentos do fazer artísticos que fora desenvolvida com três
possibilidades, abaixo podemos conferir os resultados dos desenhos
dos alunos com e sem estímulos musicais.

Exercícios aplicados em sala de aula

Desenho desenvolvido com música Desenho desenvolvido


sem música
Desenho desenvolvido com música Desenho
desenvolvido sem música
Desenho desenvolvido com música Desenho
desenvolvido sem música

Desenho desenvolvido com música Desenho


desenvolvido sem música
Desenho desenvolvido com música Desenho
desenvolvido sem música
Desenho desenvolvido com música Desenho
desenvolvido sem música

Os resultados são bem evidentes quando comparados, os que


fora desenvolvidos com música traz uma composição mais
rica, diagonais e fruição. Já os sem música sem cores e linhas
mortas se destacam menos e são mais pobres esteticamente.

Os ritmos, a harmonia dos períodos ou dos refrões me


trazem lágrimas aos olhos, as formas mais elementares
de periodicidade me comovem. Noto que esse
desenvolvimento regular deve ser essencialmente
temporal, pois a simetria espacial me deixa indiferente
(...) Por isso, a música é a forma mais comovente, para
mim, e a mais diretamente acessível da beleza (...) E
que essa ocorrência seja bela, isto é, que tenha a
necessidade esplêndida e amarga de uma tragédia, de
uma melodia, de um ritmo, de todas essas formas
temporais que avançam majestosamente, através de
harmonias regulares, para um fim que levam nos seus
flancos (Sartre, 1983/1983, p. 343).

A música é uma expressão do pensamento afetivo e sua função é


simbólica, posto que revela e traduz uma época, um fato, ou outro
objeto qualquer, de forma que é possível afirmar que seu aspecto
crucial é, como afirma Vygotsky (1970/1998), sua capacidade em
compreender “pelo coração”. Ao escutarmos uma música podemos,
por meio dela, tornar mais complexos os nossos saberes, definir
melhor nossos pensamentos, dar maior precisão às nossas posições,
trazer para o presente um objeto que está ausente, e, até mesmo
criar objetos imaginários. Para o ouvinte, uma música pode despertar
novas reflexões, com ou sem a mediação de imagens, já que estas,
como parte da realidade humana, não são a antítese da reflexão, mas
tão-somente antítese dialética do real. De qualquer forma, é preciso
deixar a música agir sobre nós para que qualquer um destes aspectos
possa se realizar, seja a partir do som e das letras, seja do
movimento da dança e/ou do cenário onde os shows musicais
acontecem.

O experimentalismo em performance
O processo de experimentação de novos materiais provoca a
integração entre os gêneros artísticos. Desta forma, ocorre a
dissolução das fronteiras entre as diversas linguagens, principalmente
entre as artes plásticas, o teatro e a música, o que em última análise
leva ao surgimento de uma arte onde a característica performática
predomina. No panorama da experimentação e da
interdisciplinaridade, algumas instituições tiveram papel
determinante ao colocar em prática, através da vivência e do ensino,
os novos conceitos de arte e pedagogia, estabelecendo condições
ideais para a experimentação de novas estéticas. De grande
importância são os eventos ligados a Escola Bauhaus na Alemanha,
que têm influência direta no desenvolvimento posterior da arte da
performance, principalmente pela continuidade dada a seus ideais
pela instituição Black Mountain College, fundada em 1933 nos
Estados Unidos.
Segundo Carlson, a Bauhaus foi a primeira escola a estudar
seriamente a performance como uma forma de arte (CARLSON, 2004,
p.100). Fundada em 1919 por Walter Gropius, seus objetivos eram “o
de buscar uma fusão das artes e dos artesanatos em geral,
diminuindo ao mesmo tempo, o intervalo entre as artes e a evolução
industrial” (GLUSBERG, 2003, p.21).
Oskar Schlemmer, responsável pelo departamento de dança e teatro
da Bauhaus entre 1925 e 1929, tenta em suas produções integrar
numa só linguagem a música, o figurino e a dança. Para Schlemmer o
teatro era um local de experimentações que servia como gerador de
novas idéias. Além disto, o teatro era visto como um local onde a
junção de todas as artes, o sonho da Gesamtkunstwerk, podia ser
possível, idéia que foi perseguida pela Bauhaus, e que se faz sentir no
desenvolvimento de grande parte da arte do século XX. Carlson
aponta como principal conquista da experimentação artística na
Bauhaus a superação de fronteiras entre as diversas artes:

(...)entre as artes plásticas e as artes performáticas,


entre as artes eruditas do teatro, ballet, música e
pintura, e as formas populares tais como o circo, o
vaudeville, o teatro de variedades, de fato até entre
arte e a própria vida, como no conceito do bruitismo.
(CARLSON, 2004, p. 101)

A exemplo da Bauhaus, também no Black Mountain College as novas


idéias artísticas são não apenas ensinadas, mas diariamente
vivenciadas, fazendo parte da troca diária entre seus participantes. O
conceito de arte elevada, separada da vida, é nelas recusado. Existe
também a crença de que todos possuem uma natureza criativa e
podem desenvolver sua percepção sensorial, estando aptos a
experienciar alguma forma de expressão artística.
No Black Mountain College o compositor John Cage encontra uma
atmosfera propícia às novas experimentações e um ambiente onde
suas idéias podem ser colocadas em prática, estimulando o
surgimento de uma nova arte. Em sua obra escrita e nas inúmeras
palestras performances que realizou, John Cage tentou deixar
evidente a interpenetração entre arte e vida, idéia fundamental de
sua filosofia. Sua influência fez-se sentir não apenas na música, mas
também nas artes plásticas e no teatro. Carlson coloca como as idéias
revolucionárias de Cage, tanto em música quanto em estética,
exerceram uma profunda influência no processo de experimentação
de todas as artes (CARLSON, 2004, p.103).
o pensamento Cageano, o teatro e a performance seriam formas mais
apropriadas do que outras formas de arte, por possibilitarem uma
multiplicidade de experiências, característica que os fazem mais
próximos
da vida.

Conceituação da criatividade

Historicamente, a criatividade foi entendida como uma forma de inspiração


divina, uma

dádiva concedida a poucos mortais. Encontramos também, por volta do


século XVI, uma noção que perdurou durante várias décadas, equacionando
criatividade como uma forma de loucura, algo incontrolável ao homem,
distinguindo-o de diversos mortais, e, portanto, impossível de ser medido
(Kneller,1980).

Ao redor de 1950, a importância da compreensão da criatividade foi


ressaltada em um célebre discurso apresentado por Guilford à comunidade
científica americana, indicando a necessidade de ser estudado este
fenômeno devido a sua relevância para diversas áreas do comportamento
humano Deste então, o tema da criatividade se tomou alvo de grande
interesse para os pesquisadores, o que pode ser observado pela quantidade
de publicações sobre este assunto nas últimas décadas (Isaksen & Murdock,
1993).

Encontramos, a partir desta época, posições teóricas sobre a criatividade


bastante diversas ou,até mesmo, opostas, ora relacionando-a com um
processo inconsciente, gerado como um mecanismo de defesa aos impulsos
sexuais, como afirmaria Freud (1958), ora explicando-a como resultante de
uma cadeia de associação de idéias, como proporia Skinner (1974).

O modo de se estudar a criatividade também diferiu de acordo com a


proposta teórica. Na teoria humanista, liderada por Rogers (1977) e
posteriormente, Maslow (1968), a criatividade seria uma busca para a auto-
realização, ou seja, a necessidade de desenvolvimento de potencial que
todo ser humano teria dentro de si. Já na perspectiva cognitivista, destaca-
se a posição de Guilford (196O), indicando que a criatividade seria uma
forma de operação de pensamento do tipo divergente, podendo ser
enquadrada no seu modelo tridimensional do intelecto, onde existem 120
combinações ou formas de pensar.
A visão unidimensional da criatividade foi sendo transformada,
decisivamente, em finais da década de 70, tentando-se obter uma
percepção mais integrada deste fenômeno através da combinação de
aspectos cognitivos com os afetivos. Além disto procurou-se demonstrar a
relevância e a aplicação da criatividade em vários campos da vida diária,
com ênfase, primeiramente na área educacional, e, posteriormente, na
organizacional.Dentre as novas propostas de mudança desta época, visando
uma ampliação do conceito de criatividade, destacam-se as contribuições
do educador Paul Torrance. Este autor recebeu grande influência da
abordagem cognitivista de Guilford, nos seus primeiros trabalhos ao tentar
construir testes para se avaliar a criatividade verbal e figurativa (Torrance,
1966). Na sua proposta mai sconhecida, à nível internacional, Torrance
seguiu as mesmas dimensões de Guilford para medir a criatividade, ou seja,
fluência, flexibilidade, originalidade e elaboração. A partir de 1980, Torrance
demonstrou a sua insatisfação com a pouca amplitude dos conceitos
utilizados para avaliar a criatividade nos seus testes, na medida em que
reduziam a criatividade apenas ao pensamento divergente. A partir daí,
propôs e realizou pesquisas sistemáticas sobre onze indicadores que
estariam avaliando não só os aspectos cognitivos como também os
emocionais da criatividade, além daqueles já conhecidos na sua proposta
inicial, e que poderiam ser verificados nos seus testes de criatividade
figurativa. Os indicadores propostos foram: a presença de emoção, fantasia,
movimento, combinações de idéias, resistência ao fechamento, perspectiva
incomum, perspectiva interna, humor, riqueza de imagens, colorido de
imagens e títulos expressivos (Torrance e Ball, 1980).
O Processo de construção da obra

TÉCNICAS DE GRAVURA APLICADA NESTE TRABALHO:

A GRAVURA, E SUAS VARIADAS TÉCNICAS E FORMAS DE


REPRODUÇÃO

1. FOTOGRAFIA
A fotografia também é considerada uma forma de gravura, pois permite a
sua reprodução de suas imagens em série, utilizando suporte de papel, ou
qualquer outra superfície que possa ser impressa. A fotografia pode ser
reproduzida, além dos meios químicos tradicionais, através de impressoras
laser e plotagem.

2. INFOGRAVURA
A infogravura, surge com a informática e são imagens criadas através da
computação gráfica. Essa nova linguagem utiliza imagens fotográficas
digitalizadas ou desenhos vetoriais, podendo misturar os dois, que depois
são impressas utilizando impressoras laser ou plotter de impressão.
Dependendo do artista, a infogravura também pode ser impressa em silk-
screem ou qualquer outra forma de reprodução em série.

3. SERIGRAFIA
A serigrafia é uma técnica de impressão vazada. Em um bastidor, com seda
ou náilon esticados, sãos isoladas as partes que não vão ser impressas. Para
se obter a estampa desejada, e necessário o uso de puxadores de tinta
(rodo compressor) que fazem com que a tinta passe pelas partes não
isoladas, imprimindo a figura em papel, tecido, madeira ou outra superfície
qualquer. Essa técnica corresponde ao processo silk-screen, que é muito
utilizado para a confecção de trabalhos comerciais, publicitários e artísticos,
na indústria gráfica.

5. RESPIRAÇÃO VIVENCIADA: DESEMPENHO E CRIAÇÃO

Da experimentação prática com a Respiração Vivenciada no contexto


do trabalho que envolve movimento, respiração e canto surge
basicamente a questão que motiva este estudo e que estimula as
reflexões relativas ao aspecto de criação e performatividade do uso
da prática. O trabalho com a Respiração Vivenciada, desenvolvida
pela alemã Ilse Middendorf, teve início com a intenção de
proporcionar um processo de reorganização da respiração junto 6 (N.
da T.) Cultura do corpo livre. às atividades relacionadas ao canto,
representando estratégia alternativa às tradicionais. A partir desta
experiência e através da formação de grupos de trabalho, a pesquisa
sobre as relações entre movimento, respiração e canto tem tido
continuidade, adotando como fundamento principal a Respiração
Vivenciada. Práticas complementares são introduzidas e o trabalho
desenvolve-se livremente, porém sempre levando em conta a
integração e pesquisa dos três componentes. Surgem questões
decorrentes de um uso particular da prática de Ilse Middendorf, que
passa a ganhar contornos pessoais a partir do momento em que a
investigação se concentra em seu potencial criativo. Como produto da
vivência da respiração surgem então improvisações vocais e gestuais,
resultado das relações que a respiração estabelece com o movimento
e com a voz, sugerindo um evento performático. O processo de
experimentação conduz assim à questão central de investigação do
aspecto performático da utilização da prática. De que forma uma
prática como a da Respiração Vivenciada, baseada na vivência dos
processos respiratórios e criada para o auto-desenvolvimento e auto-
conhecimento, pode estabelecer uma ligação com a criação artística
relacionada à performance? Em que se fundamenta a experiência
performática da Respiração Vivenciada? Estas são as questões que
mobilizam a investigação dentro do contexto da performatividade e
que se situam como decorrentes de um processo histórico específico,
aqui mencionado

A OBRA

Obras para inscrição

OBRA - A
1. André Fernandes
2. Multifacetados 1
3. Técnica mista
4. 42X29 cm sem moldura, 51X37 cm com moldura de
acrílico (pet)
5. 2009
6. R$ 1500,00 (conjunto 5 fragmentos)

OBRA - B
1. André Fernandes
2. Multifacetados 2
3. Técnica mista
4. . 42X29 cm sem moldura, 51X37 cm com moldura de
acrílico (pet)
5. 2009
6. R$ 1500,00 (Conjunto 5 fragmentos)
OBRA - C
1. André Fernandes
2. Multifacetados 3
3. Técnica mista
4. . 42X29 cm sem moldura, 51X37 cm com moldura de
acrílico (pet)
5. 2009
6. R$ 1500,00
Histórico do artista

André Fernandes
Nasceu em Santos em 14 de outubro de 1973, desde muito cedo é
estimulado através da arte, dentre suas atividades a interação com mundo
artístico era fundamental. Estudou na oficina de arte Sacy, profª Eliana e
aos 4 anos já desenvolvia a prospecção artística. Utilizará materiais como
grafite, lápis de cor, giz de cera, pasteis, guache e tecido. O tecido também
era um grande estímulo, costurava na máquina de costura de brinquedo da
sua irmã, muitos tecidos davam formas as diferentes expressões,
misturando as técnicas. Com a didática aplicada desde sua infância,
desenvolve uma grande facilidade na composição de suas obras. Sua
primeira exposição vem entre os seis anos e sete anos de idade, onde
desenvolveu uma serie em painéis de Duratex1, utilizando como suporte
tintas vidrais e acrílicas. Pintava com apoio de pinceis, régua, esquadros,
compassos entre outras ferramentas, fazendo assim fazer seu trabalho ser
bem diferenciado para as crianças de sua idade. Seu trabalho até os dez
anos é uma mistura de dois estilos o Cubismo e a arte popular. Utilizará em
sua arte diversos recursos e técnicas, neste momento já mostrava
personalidade e originalidade, os geométricos e as formas quânticas faziam
parte das suas composições.

1
Duratex é uma marca registrada de um tipo de chapa de madeira.
A Moda fala alto na sua vida logo cedo, se interessa por cortar, desenhar,
pintar e costuras modelos de peças apenas por diversão e prazer. A arte de
pintar painéis vai ficando para traz, enquanto as técnicas sobre tecidos
recebem maior atenção, transpassam as mídias e o suporte do fazer
artístico. Começa aos dez anos desenvolver a técnica da Serigrafia, desenha
em filmes e transparências, desenvolve suas próprias matrizes e imprime
por diversos materiais. As cores, técnicas, relevos, transparências moviam
suas obras, que hora era apreciadas e hora vendidas para amigos.

Aos quatorze anos começa suas experiências com a informática, mistura e


aprimora seus desenhos e arte finais. Busca novas técnicas e lineaturas. Aos
dezenove anos além de desenvolver para si começa a prestar serviços de
desenhista arte finalista, design de moda e estamparia. Em 1989 apresenta
seus trabalhos na sua primeira exposição “The Killer” (Nanquim sobre papel
e serigrafia sobre tecido), no Guarujá. Aos vinte e um anos além de
desenvolver para algumas grifes e sempre continuar estudando, se dedica
as exposições e consegue sua primeira internacional, “Wet Land” (Nanquim
sobre papel e serigrafia sobre tecido), em Portugal. Daí pra frente participou
de diversas exposições e salões no Brasil e no exterior, conquistou diversos
prêmios de Design, Moda, Figurino, Sonoplastia, Vídeo.

Se inscrever nos salões e Bienais nunca foi seu forte, porém participará de
alguns salões de arte contemporânea importantes. Sua última participação
foi no salão da Praia Grande em 2005, co obra MAIOR JARDIM DO MUNDO.
Ganhou prêmio no Chile com Infogravura “In Design, Me” Gravura digital.
Em 2005 desenvolve e recebe prêmio com o INOVA SENAI na FIESP em São
Paulo co projeto ENFESTOMAX. Em 2007 expõe em diversos lugares com a
obra FRAGMENTOS NEO-CLASSISTAS. Em 2008 recebe novamente o prêmio
no INOVASENAI com SERIECO.

Como professor além de ministrar aulas é o responsável pelo


desenvolvimento dos cursos de DM1- Pesquisador de Moda, DM2 –
Desenhista de Moda, DM3 – Desenvolvimento de Produto, DM4 – Design de
Moda Aplicado, SEA1 – Serigrafia Básica, SEA2 – Serigrafia Técnicas
Especiais, SEA3 – Colorista, ENC1 – Encarregado da produção, SOIC, Sistema
Integrado a Confecção, SAD-PC- Sistema de Apoio e Planejamento no
Desenvolvimento de Coleções, todos para o SENAI São Paulo, instituição que
representa Sob nº SN 77524. Desenvolve e participa ativamente das ações
de suporte técnico e assessoria técnica e tecnológica da escola SENAI, onde
desenvolve programas de treinamento e capacitação para empresas do
setor do vestuário. Empresas como Cliper uniformes (Petrobras, Ultravertil,
Coca Cola), Big Pipe (Onbongo, Rusty e Reef), Aruanda (C&A, Ace, Liquido),
BordWay, AeroArt, Gabriela Figliolia, entre outras. “É o responsável pelas
clínicas tecnológicas do SEBRAE de “Laboratório de Criação”, “Criação de
Logo e Marca”, Desenvolvimento de produto”. Foi o patrono na 1ª turma de
Negócios da Moda da universidade Santa Cecília.
Por que MULTIMÍDIA?

Porque realmente trabalha com todas as mídias e técnicas da comunicação


visual, artista experimentalista sempre buscou unir e desvendar novas
mídias sem perder a qualidade e o valor artístico. Mistura formas a efeitos
sonoros e visuais, seus trabalhos são de uma expressão extrema e mostra
sua maneira e formula para administrar e sustentar o fazer artístico.

Suas mídias:

Moda

Participou de diversos trabalhos de desenvolvimento de coleções, estampas,


padronagens e desfiles, suas peças fora reconhecida no Brasil inteiro como
no exterior. Desenvolveu trabalhos para marcas como Fico, Hang Loose,
Town&Country, Sthill, Wet Works, Forum, Vicio, Abordagem, Yupie, Billabong,
Autralia Down South, Anti Queda, Maresia, Oakley, Gold Coast, entre outras.
Atualmente foi o responsável pelas coleção de inverno retilínea das marcas
M.officer, Siberian, Inthewood, Victoria woman, e acessórios para marcas
C&A e Riachuelo desenhou as linhas do Homem Aranha, Barbie, Princesas,
Ace entre outras. Além de trabalhar como desenhista e estilista ministra
aulas de moda na escola SENAI e dirige seu estúdio FORMAA em Santos.
Hoje é responsável pelas últimas campanhas de marketing da marca Natural
Art, é estilista chefe da marca internacional HURL PERFORMANCE Co. Esta
desenvolvendo a nova linguagem dos uniformes do Sirio Libanês em São
Paulo. É o responsável pela nova linha de uniformes da CET santos.

Teatro

Foi precursor dos efeitos áudios-visuais entre eles a utilização de projeções


de eslaides sobre as ações cênicas, buscou sempre a vanguarda dos
movimentos, o Happing fora a grande ferramenta para sua arte no teatro.
Participou de diversas peças de teatro como: “Meu Guri”, de Neto Alves e
Zeno Wilde 1991, “Uma história sem fim” Neto Alves e Antonio Fagundes
1993, “O Ordálio da Pedra enlutada” direção Gilson de barros(TEP) 2004,
este espetáculo lhes renderam mais de 15 prêmios entre Pagú e Plínio
Marcos, “Olhos de Fazer Doer” Luana Bortolotti, 2005. “Mas Será o Benedito
Calixto?” direção de Platão Capurro, 2006. “Trupe do Olho da Rua”
Fotografia e folder 2007 e 2008, direção Zeca Sampaio. “Despautérios”,
Figurino 2009, direção Domingos Montagner.
Fotografia

No começo a fotografia servia apenas como suporte para as criações,


depois como conheceu a técnica também bem cedo começará a
desenvolver trabalhos comerciais como Fotografo. Fotografou para o teatro,
musica e revistas. Teve seu trablaho em publicações dentro e fora do Brasil
como: Revistas: Venice, Tribo, Cem Por Cento Skate, Trip, Hardcore,
nacionais e Surfer e Surfing americana e espanhola.

TV

Desenvolveu diversas vinhetas e dirigiu alguns trabalhos que fora


desenvolvidos para algumas TVs como MTV, ESPN Brasil e TV tribuna, seus
trabalhos se caracteriza pela junção das artes plásticas. Apresentou
programa HARDCOREZ de 1998 até 2001, programa de arte interativa em
uma TV local.

Musica

Criou a trilha sonora de diversos espetáculos teatrais e projetos especiais


para FIESP e Universidade Santa Cecília. Busca a musica como elemento de
sentimento e continuidade. Ganhou alguns prêmios com sonoplastia e
mixagens.

Impressa

Possui uma gama de publicações impressas em jornais, revistas, site de


internet, folders, catálogos, etiquetas, tags, gravuras, etc.

Gravura

Utiliza além da técnica da fotografia, a serigrafia, a xilogravura, a cola-


gravura, litogravura e principalmente a infogravura. Onde busca integrar
todas técnicas aprendidas, explora a fotografia, serigrafia, colagem e
mistura em sua forma de expressar a arte.

Internet

Além de ter desenvolvidos websites, também desenvolve filmes online para


cursos online e palestras interativas. Trabalha com programas como Flash,
Premiere e after efects.
Filmes

Desenvolveu filmes para diversas empresas e principalmente institucionais


para SENAI SP, onde demonstra a interação da arte e a educação.
2006 “ENFESTOMAX” Recebe prêmio FIESP no INOVA SENAI 3º lugar

2008 “SERIECO” Recebe prêmio na FIESP no INOVA SEBAI, 3º lugar


Alguns trabalhos
Teatro - Olhos de Fazer Doer - 2005

Internet – 2007

Fotografia – Carnaval vida e inspiração 2007


Arte e design - Revista Hardcore 2006 Arte e design - Revista
Hardcore 2006
Fotografia – Arte e design - 2006 Fotografia –
Arte e design – 2006

Arte – Design – 2005 Arte – Design – 2005


Arte – Design – 2007
Arte – Design – Desenvolvimento
- 2007
Fotografia – Arte e design – Teatro /Trupe do Olho da Rua – 2008

Fotografia - Direção Multimídia – Teatro / Mas Será o Benedito Calixto - 2006


Arte – Design – Desenvolvimento – 2007/08
Arte – Design – Desenvolvimento – 2007/08
REFERÊNCIAS

Sartre, J. P. (1965). Esboço de uma teoria das emoções. (F. de C. Ferro,


Trad.). Rio de Janeiro: Zahar. (Trabalho original publicado em 1939)

Sartre, J. P. (1996). O imaginário. (D. Machado, Trad.). São Paulo: Ática.


(Trabalho original publicado em 1936)

Vygotsky, L. S. (1998). Psicologia da arte. (P. Bezerra, Trad.). São Paulo:


Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1970)

Vygotsky, L. S. (1992). Pensamiento y palabra. Em Obras escogidas II (pp.


287-348). Madrid: Visor Distribuiciones. (Trabalho original publicado em
1982)

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