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Publicado no D. O. E.

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Processo Te 0° 02524/2007

Administração Direta Municipal. Município de Brejo do Cruz.


Prestação de Contas do Prefeito Sr. Francisco Dutra Sobrinho.
Exercício 2006. Descumprimento a dispositivos
Constitucionais, legais e normativos. PARECER PRÉVIO
FAVORÁVEL À APROVAÇÃO.

PARECER PPL TC j;),r; 12009

Em exame a prestação de contas do Município de Brejo do Cruz, da responsabilidade do


Sr. Francisco Dutra Sobrinho, exercício de 2006.
O município sob análise possui 11.492 habitantes e IDH1 0,635 ocupando no cenário
nacional a posição 4.02402 e no estadual a posição 30°.

R$ 6.734.005,20 R$ 583,08 R$ 8.441.111,51 R$ 734,52


R$ 6.632.543,62 R$ 574,30 R$ 8.429.638,29 R$ 733,52
R$ 1.613.707,77 R$ 139,73 R$ 2.083.949,42 R$ 181,34
R$ 1.903.370,94 R$ 164,81 R$ 2.486.788,88 R$ 216,39
R$ 1.288.825,18 R$ 111,60 R$ 919.044,68 R$ 79,97
R$ 3.326.687,72 R$ 288,05 R$ 4.229.775,21 R$ 368,06
50,16% 50,18%

91 100
22 24

A licado 86.876,80
Fonte: IBGE - INEP - SAGRES - PCA 2005 - PCA 2006

1 Índice de Desenvolvimento urbano - UNESCO - 2000


2 O Brasil possui 5.563 municípios
C:\Meus documeotos\Assessoria\PLENO\P ARECER \BDC-PCA-2006-02524-07-catao.dol('
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Processo Te n° 02524/2007

Destaco os aspectos relevantes extraídos da matriz de indicadores construída com dados


dos exercícios de 2005 e 2006, inclusive ressaltando que em alguns aspectos a Auditora subscritora do
relatório destaca alguns aspectos relativos a qualidade da gestão.

A Receita Total Geral (RTG) e a Despesa Total Geral (DTG) apresentaram crescimento
em relação ao exercício anterior, de 25,35% e 27,10%, índices reveladores de que o gasto por habitante
apresentou discreto aumento passando de R$ 574,30 em 2005 para R$ 733,52 em 2006.

A Despesa com as funções Saúde e Educação, apresentaram acréscimos de 29,14%,


30,65%,respectivamente, e a função Administração decréscimo de 28,69%.

A título de informação, registro que em consulta ao sítio do Ministério da Educação foi


dado observar referente às metas bianuais para 2005 e 2007, o índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEBi, estabelecido numa escala que vai de O a 10, para o Ensino Fundamental da rede
municipal, apresenta os índices abaixo demonstrados:
~ _........... .. _...................................... ····r··-- -
I Ensino Fundamental t !.I?g!3.Q.~.~~!:Y~~.9.
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i.~g9.~!.~.!~!.!:t.!~
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26
! Anos Finais _..1 2,5

De forma inovadora para este relator, o relatório da Auditoria noticia que o alunado do
mumcipio esta assim distribuído: 387 na educação infantil, 1.799 no ensino fundamental e 272 na
educação de jovens e adultos. Informa ainda que o índice de evasão escolar correspondeu a 14,74% e
que a média de aprovação escolar, excetuando-se creche, correspondeu a 65,31%. Informo, para efeitos
comparativos, o seguinte dado em relação ao Brasil, extraído de estudo produzido pela FGV:

Outros motivos
.... . ••••••••••••••••••• .1••••

Foi comprovado o funcionamento do Conselho Municipal de Educação (CME), o


Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental (CACS) e o Conselho Municipal de Alimentação Escolar (CMAE).

Ainda inovando, o relatório da Auditoria, informa que predomina nas escolas da zona
rural o sistema de ensino multi-seriado no qual apenas um professor é responsável por lecionar a
estudantes de diversas idades e níveis intelectuais o que é sabidamente improdutivo e prejudicial ao
aprendizado. Afora isto, se verificou que os aluno da rede rural não são beneficiados pelo Programa
Dinheiro Direto na Escola -PDDE e/ou não possuem "Unidades Executoras Próprias". A prática
utilizada para o recebimento de material e merenda é considerada exaustiva para os docentes, porquanto
têm que se dirigir à Prefeitura e a supermercados para solicitar e receber os itens necessários a regular
condução do ensino. Todo este acúmulo de funções desvia-lhes tempo e energia que deveriam ser I

dedicados com exclusividade às atividades diretamente ligadas à sua função precípua, otimizando, assim,: I

a educação. Cabe, portanto recomendação a Secretaria da Educação, no sentido suprir as deficiências


apontadas. ljl /'
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II /
3Indicador que mede a qualidade da educação a partir de dados sobre rendimento escolar, comb~~dos com o desempenho dos alunos constantes
do censo escolar e do sistema de avaliação da Educação Básica - SAEB, o qual é composto pela'avaliação nacional da educação básica -ANEB e )
avaliação nacional do rendimento escolar (Prova Brasil).
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ARECERIBDC-PCA-2006-0"24.Q7~."o.doc }__
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Processo Te n" 02524/2007

Concernentes aos índices que comumente venho levantado registro que na Função
Educação (FED) percebe-se um aumento do percentual de aplicação por aluno. No exercício de 2005, o
gasto foi de R$ 774,99 passando agora para R$ 916,96, o que representa um acréscimo de 18,32% e que
os gastos nesta Função, acompanharam a evolução da receita. Observa-se, também, acréscimo de 10,42%
no número de alunos matriculados na rede de ensino municipal.

Registra-se na Despesa de Pessoal (DEP) acrescimo de 27,15%, no entanto, se


comparada com a Despesa Total Geral (DTG) o índice é de 50,18% contra os 50,16% observados no
exercício anterior.

O gasto per capta em Ações e Serviço Público de Saúde (SPS) foi de R$ 57,73 contra
R$ 61,76 observados no exercício anterior, registrando decréscimo de 6,52%.

Também de forma adicional a Auditoria, após inspeção assim se pronunciou.

• Unidade do Sitio Poço da Onça - fechado


• PSF I - Bairro dos Estados (zona urbana) - sua estrutura funcional engloba um
profissional das seguintes especialidades: médico, odontólogo, enfermeiro, auxiliar de
enfermagem, auxiliar de gabinete odontológico, auxiliar de serviços gerais e recepcionista.
O atendimento" é de segunda a sexta-feira pela manhã e tarde, com demanda diária de
cerca de 30 (trinta) usuários, incluindo-se um dia na escola e outro na comunidade, através
da distribuição de fichas. Todavia, só havia quatro pacientes em espera ou atendimento,
constituindo um alcance bastante limitado às necessidades da população. No dia da visita,
os únicos profissionais presentes eram o médico, a auxiliar de enfermagem e a
recepcionista. Há distribuição de medicamentos em tal unidade de saúde, tendo sido
observado controle de recebimento e estoque de medicamentos, com ausência de
comprovação do inventário respectivo;
• PSF 11 (zona urbana) - Encontrava-se aberto, mas sem atendimento, embora tenham sido
constatadas duas médicas e uma enfermeira, com horários e modalidades de atendimento
definidas, conforme quadro registrado nas fotos. Por tal razão, afirma a Auditoria que não
se justifica a ausência de atendimento na unidade. A auxiliar de serviços que acompanhou a
inspeção afirmou haver distribuição de medicamentos no local, não havendo, contudo,
controle de recebimento e estoque dos mesmos, o que impediu a obtenção do inventário
correspondente. Há, apenas, relação de remédios entregues aos PSF, nos quais a entrega
aos pacientes se dá mediante a retenção das receitas médicas, sem comprovação de
controle do estoque. Tal procedimento é considerado deficitário por este órgão técnico, por
impedir a aferição da conformidade entre os produtos adquiridos pela Prefeitura Municipal
e a sua efetiva destinação aos usuários, um dos parâmetros indicadores da eficácia do
sistema de saúde local.

• Hospital Dr. Odilon Maia Filho - A estrutura foi considerada adequada, no entanto com
sub-utilização de uso, provocando desperdício de mão de obra e ociosidade de
equipamentos. Os serviços prestados se restringem ao atendimento ambulatorial de
urgência e emergência, para ser encaminhado a outras unidades no estado. Para ilustrar,
informa que o custeio e o transporte de pacientes para outras localidades totalizam uma,
despesa R$ 373.707,74, valores que certamente poderiam ser melhor aplicados, houvesse, \)
maior abrangência no nível e na qualidade dos atendimentos médico-hospitalar. I,

• Instada a se pronunciar sobre a questão a defesa alega que a realização de procediment.~s I


mais sofisticados, com recursos do SUS, depende de prévia autorização da AGEVISA q \ ~

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4Segundo informação do auxiliar de enfermagem Francisca Alves da Silva
C:\Meus documentos\Assessoria\PLENO\P ARECER \BDC-PCA-2006-02524-07 -cata,?doc
Processo Te nO 02524/2007

por sinal já foi requerida pela administração e ainda não concedida, motivo pelo qual os
serviços de atendimento não passaram a ser oferecidos.
Vale ressaltar que em sua defesa, o gestor alega que os fatos observados pela Auditoria,
dizem respeito a 2008, época da visita, e, portanto, inválidos para a prestação de contas de 2006.

Referente aos Gastos com Medicamentos (MED) e Merenda Escolar (MES), pela
metodologia que venho adotando, os valores registrados, R$ 5,82 e R$ 45,55, respectivamente, revelam
que a despesa com o primeiro registrou um decréscimo de 25,85% (R$ 7,81 em 2005), enquanto que o
segundo apresentou aumento de 38,69%. (R$ 35,37 em 2005).

Para a Merenda Escolar a Auditoria diferentemente do levantamento do Relator apontou


um gasto per capita anual de R$ 90,35, o que significa uma média de gasto diário equivalente a R$ 0,41
p/ aluno [90,35: (22 dias letivos/mês x 10 meses)], incoerente em relação à proporção entre as aquisições
e o número de alunos matriculados na unidade de ensino.

Por fim, ressalto que os dados apresentados, ainda não permitem refletir com precisão o
enfoque da administração sob o aspecto da qualidade, eficiência e eficácia da gestão, diante das políticas
públicas implementadas, no entanto, é salutar o esforço da Auditoria em trazer aos autos elementos que
vão além da legalidade da despesa informando aspectos que dizem respeitos a eficiência, eficácia e
economicidade destas.

Passo, agora, a destacar os principais aspectos apontados pela unidade técnica desta
Corte, com base nas informações colhidas, da documentação encartada aos presentes autos, de inspeção in
loco', e análise de defesa apresentada pelo gestor.

1. Quanto à Gestão Fiscal (disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal):

1.1. Não atendimento quanto a:


1. Observância ao limite prudencial com gastos de pessoal e encargos sociais do Poder
Executiv06•
2. Comprovação da publicação de todos os REO e RGF em órgão de imprensa oficial.

2. Quanto à Gestão Geral:

1. A prestação de contas foi apresentada dentro do prazo.


2. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de n" 761, de 09/02/2005 estimou a receita e fixou a despesa
em R$ 7.316.665,00 bem como autorizou a abertura de créditos adicionais suplementares no valor
de R$ 3.658.332,50, equivalente a 50% da despesa fixada.
Convém ressaltar que, segundo a Auditoria, não foi guardada compatibilidade com os dispositivos da
CF, da LRF e da RN TC - 07/2004 em razão da ausência de fixação de despesas com a Previdência
Social',
3. Ausência de publicação dos instrumentos de autorização e abertura de créditos adicionais. (ReI.
fls.2624, item 2.4.2 e fls.4374, item VI). fi f

4. A Receita Orçamentária Arrecadada, subtraindo a parcela para formação do FUNDEF, no valorf'


de R$ 8.441.111,51 representou 115,37% da previsão e a Despesa Total Orçamentária Realizadaj \ !

no montante de R$ 8.429.638,29 correspondeu a 116,27% da fixação. ~


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S Período de 01 a 03 de julho de 2008
6 LRF. Art. 22, § úníco: 95% do limíte legal.
7 CF. Art. 165, § 5°.

C :\Meus documentos\Assessoria\PLENO\P ARECER\BDC-PCA-2006-02524-07 -catao.doc


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.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n° 02524/2007

5. Os dispêndios com obras públicas totalizaram R$ 1.040.224,76, os quais representaram 12,34%


da Despesa Orçamentária Total (DOT), tendo sido pagos no exercício R$ 1.038.736,45, sendo R$
981.088,22 de origem federal e R$ 57.648,23 de origem municipal. Foi formalizado processo
específico de obras" tendo esta Corte decidido" relativamente aos gastos com recursos municipais
pela compatibilidade dos serviços com os valores pagos, salvo quanto à obra de construção da 1a
etapa de implantação do sistema de esgotamento sanitário e estação de tratamento de esgotos cuja
origem de recursos também é federal, inclusive na sua quase totalidade, razão pela qual foi
encaminhado cópia da decisão ao órgão repassador dos recursos para conhecimento e
providências cabíveis.
6. Não realização de licitação10 para despesas sujeitas a este procedimento no valor total de R$
212.549,49 representando, 12,74% da despesa orçamentária". (ReI. fls. 2626, item 5.1 e fls.
4376, item X)
7. Remuneração do Prefeito e Vice-Prefeito dentro do limite da legalidade.
8. As despesas condicionadas ou legalmente limitadas comportaram-se da seguinte forma:

8.1. Despesas com Pessoal12 representando 56,80% da Receita Corrente Líquida, sendo
53,26%, do Executivo e 3,54% do Legislativo, portanto, inferior ao limite previsto no art.
20 da LRF13• Vale destacar que no exercício de 2005 o gasto de pessoal ficou abaixo do
limite legal.

8 Processo TC 04126/07. As obras inspecionadas e avaliadas pela DICOP somaram R$ ??e corresponderam a uma amostra de ?? % da despesa
paga.
9 Acórdão AC2 TC 1555/2008, publicado no D.O.E, edição de 06/0412008
10

·T········· OBJETO:::.:::::·····:::. .....J ....:·~ORNECE·º-º~···T ..y.~~º~:.~ .


lrviõs··c·~~!A~~I~: ::::.................LA!!!~I.!i~.~~.~~~~.~gl.i.Y.~.!~a L .. !?:~ºº,ºº ..
2 oria Jurídica iJ~~~ ..º~í.Y.!~..!:~.~.9..M..~.i.~ 24.720,00
3\ ..Aq~!.S..!Iiª.9.A~
..g~~.~!.~~.~!.!'.!.!~I.!!.í.~!~~..... LM.~9.~I.~.9.q~~AlI.~.i.'.y.lI..... .....:?~:E(;~º
4 . .L::r.:!.~~~p.?r.:t.~.A.~~~~~~~!~s. i José Batista de Oliveira 13.310,00
...? .._. ! Fornecimento de umas funeráriasrináclosajvlõõdosSãntõs:'jIº4~;ºº
6 ······r::~ii.l.~~~!il~~t.~::4.~:!il~t.~r.I~:L~iétricõe
..hidráüjjcõ.:::l~j~fi.~~~~f~:r.Çfª~:... 11.962,34
7 uisi ão de combustiveis . P. Com. de combustíveis "'i'L'9'3'9''''jj''
8 Fornecimento de carne bovina 1 O
9 i Convite .. !~~:~ii.i.ii~~~A~.Y.!lIg~I.!~ 12.15500'
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11 ! Convite ! Material de consumo ..1..Q.:4~.?,ºº
.
12 . [Convite ·········· ···Tpe·ase·se(;içõsmecâõicõs ·.. 10.722,34
''jx'''r'cõnvite i Serviços de dedetização9':9i650
14 ! Convite i Fo 8.829,39

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15 Convite Fornecimento de soros 8.316,00
}§ ..__ ; Convite.l~.9..~~.~. de e as ara veículosª:?ª?.,.Qº

1~~~;l~~:;::~;~~~~~;O'&",Ii"~dO - -- } 2rl::'f.:
11
12
Despesa orçamentária: R$ 5.867.017,58

13 Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

(...
)
/
,( 1
I (
/ ~ "
Os índices de gastos com pessoal do Executivo e Legislativo foram apurados conforme Parecer PN TC -12/2007, através do qual esta Corte de
Contas reconheceu a exclusão dos gastos com obrigação patronal no seu cômputo.
0.
I
0\:
III • na esfera municipal: /')
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;!:" ,
b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo. (grifo nosso) /' ~
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Processo Te n° 02524/2007

APLICAÇÃO PESSOAL

1- Linite - Linite ....__Aplicado I


62,00%
60,19"'"
60,00%
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UI
58,00%
<, __ 56,80%
.~ 56,00% <, ~
cCD 54,00%
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e
CD
52,00%
5.r,s1%
Q. 50,00%

48,00%
46,00%
2004 2005 2006
Exercício

8.2. Aplicação na Manutenção e Desenvolvimento do Ensíno'" (MDE) representando


26,35% da receita de impostos e transferência. (Relatório fls. 2628, 7.1.2, b).

APLICAÇÃO MANUT. DESENV. DO ENSINO

-Limite --Aplicado I

27,50%

11I
27,00%

26,50%
2711~
--- ---- 26,49% --- 26,35%

-e
'iij
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C
CP

CP
26,00%

25,50%

25,00%
Q.
24,50%

24,00% -

23,50%

2004 2005 2006

Exercícios

8.3. Os gastos com Ações e Serviços Públicos de Saúde15, atingiram o percentual de 14,61 % da
receita de impostos e transferências contra 15,68% observado no exercício anterior.

t/'/'./
L.'
~
~".

14 CF/88. Art. 212. Aplicação de no mínimo 25% das receitas de impostos, inclusive os transferidos, na Manutenção e Desenvolvimento ~
Ensino. Para efeito de cálculo foi considerado as disposições dos arts. 70 e 71 da lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) incIuiram-se,
também, neste cálculo os gastos com PASEP proporcionais à folha na Educação que foi de R$ 4.072,79. ,

15 Art. 77, inciso Ill, § 1° do ADCT. Limite mínimo: 15%. Foram excluídas despesas no valor total de R$ 47.693,28, sendo R$ 46.383,28 da conta
do PSF e R$ 1.310,00 finalidade diversa. Foram considerados para efeito de base de cálculo o gasto com INSS e também despesas d
exercícios anteriores pagas com recursos do exercício em análise, em atendimento a reiteradas decisões do Tribunal Pleno.
C :\Meus documentos\Assessoria\PLENO\P ARECER \BDC-PCA-2006-D2524-07 -catao.doc .\

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Processo Te n° 02524/2007

APLICAÇÃO AÇÕES E SERVo PÚB. DE SAÚDE

-Limite ••••• Aplicado

.-
18,00%

16,00%
15.68%
14,00% - 14.61%
ioo""""
11I
-'"
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Gl 6,00%
Q.
4,00%

2,00%

0,00% I

2004 2005 2006


Exercícios

8.4. Destinação de 62,75% dos recursos do FUNDEF16 na remuneração e valorização dos


profissionais do Magistério. (ReI. fls. 2627, item 7.1.1,h E 2628).

APLICAÇÃO VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

-Limite --- Aplicado

64,00%
63,00%

11I 62,00% - ~62,75%

-
61 ':";';--
.~ 61,00%
./
; 60,00%
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~ 59,00%
Gl
Q. 58,00%
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57,00%
56,00%

2004 2005 2006


Exercícíos

8.5. ~U~::~~i~$~';;5~~;,~~~sos da ordem de R$ 1.366875,77, !e",ndocontribU",idO


para ~

/d ..'' ~,w
\.~/ 1\
16 Lei 9.424/96. art. 7° - aplicação de no mínimo de 60% dos recursos do FUNDEF na remuneração
C,\M~, doe••• ""ooIA,~~oriaIPLENOIP ARECERIBDC·PCA.2006-02524.Q7·,,"w.doo + dos profissionais
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do magistério. It

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Processo TC n° 02524/2007

APLICAÇÃO FUNDE F

1- Transferido - Recebido I
1.500.000

.--
.-1-----1.366.876
1.200.000
i
943.318 _ 1.115.718
l/l
900.000
2!
o
- 695.789
~ 600.000
544.760 •. 653.368

300.000

2004 2005 2006


Exercícios

9. Sobre os balanços e dívida municipal foi observado:


9.1. O balanço orçamentário apresentou superávit equivalente a 0,14 % da receita orçamentária
arrecadada;
9.2. O balanço Financeiro apresenta saldo para o exercício seguinte de R$ 153.529,68,
distribuído na conta Caixa e Bancos, nas proporções de 4,44% e 95,56%, respectivamente;
9.3. O balanço Patrimonial apresenta superávit financeiro no valor de R$ 91.679,15;

10. A dívida municipal, no final do exercício, era de R$ 4.456.068,72 correspondendo a 52,86% da


receita orçamentária total arrecadada, dividindo-se nas proporções de 1,39% e 98,61 % entre
Dívida Flutuante e Fundada. Quando confrontada com a dívida do exercício anterior, apresenta
decréscimo de 8,59%. Vale destacar que a dívida flutuante não reflete a realidade, porquanto, não
foi empenhada a título de obrigações patronais a importância de R$ 286.991,44, já que dito valor
resultaria na inscrição em Restos a Pagar e seriam adicionados ao valor da dívida. (ReI. fls. 2639
e fls. 4375, item VIII)
11. Ausência de tombamento" dos bens municipais; A defesa alega que está tomando providências
com vistas à efetivação do inventário de bens móveis e imóveis (ReI. fls. 2633 e fls. 4380)
12. Despesas insuficientemente comprovadas no valor total de R$ 20.354,7018; (ReI. fls. 2634, item
9.2.1 e fls. 4381, item XV)
13. Transporte" inadequado de estudantes; (ReI. fls. 2636, item 9.3.5 e fls. 4382, item XVII)
14. Desobediência às normas" relativas ao controle de medicamentos e ao atendimento público
nas unidades de saúde municipais (PSF I e lI); (ReI. fls. 2636, item 9.4.1 e fls. 4382/3)

17 Infração ao disposto nos art. 85 e 96 da Lei 4.320/64


18

19
20
Utiliza-se caminhonete D-20 e duas motos.
Portaria-MS na 648, de 28 de março de 2006. Capítulo II
C,IMeus docurn ent",,,,,,~,,,".\PLENOIP ARECER\BDC-PCA-2006-<J2524-<J7~."o.doc h /'

.~ ~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo TC n° 02524/2007

15. Excessiva aplicação de recursos" em uma unidade de saúde com desempenho inexpressivo,
dado a mínima cobertura médica disponibilizada à população. (ReI. fls. 2637 e análise de defesa
fls. 4383, item XIX)
16. Pagamento irregularf a título de aposentadoria e pensões pelo Município no valor de R$
64.435,30, já que a efetiva instalação do Instituto de Previdência (BCPREV) se deu no exercício
seguinte", o que evidencia a falta de avaliação atuarial e, bem assim, a instituição de
contribuições dos servidores, da Prefeitura e da Câmara. O gestor encaminhou os processos
concernentes aos atos de aposentadoria e pensão para o Tribunal declarar a legalidade ou não,
adiantou que estes benefícios já estavam sendo pagos há muito tempo. A Auditoria sugeriu o
desentranhamento dos processos encaminhados pelo gestor de fls. 4180/4295 e encaminhamento
ao setor competente para análise da legalidade dos atos e cálculos das aposentadorias e pensões.
(ReI. fls. 2638/39 e fls. 4384, item XX)
17. Indícios de insuficientes retenções e recolhimento das contribuições previdenciárias de
servidores ao INSS no montante estimado de R$ 113.720,224. Importa salientar que o gestor no
exercício anterior e neste não recolheu tempestivamente as contribuições previdenciárias no
montante devido, posto que realizou dois parcelamentos envolvendo as competências indicadas.
(ReI. fls. 2638/39 e análise de defesa fls. 4385/86)

18. Concessão de ajudas fínanceirasf sem lei específica que autorizasse e estabelecesse os critérios
de caráter geral que atendessem aos princípios da isonomia e impessoalidade, A defesa alega que
dita despesa constou na LOA e LDO (ReI. fls. 2640, item 12.1 e análise de defesa fls. 4386, item
XXIII)
19. Diversas incorreções em empenhos'", o que revela descontrole e falta de transparência na
contabilização da despesa, além de constituir embaraço à coleta e análise de dados. (ReI. fls.
2641, item 12.2.2 e análise de defesa fls. 4386/87);
20. Gastos anti-econômicos com assessoria e consultoria jurídica". Vale salientar que durante a
inspeção em nenhum momento qualquer dos profissionais se apresentou para apresentar

21 Gastos R$ 373.707,74 (folha de pagamento, material hospitalar e transporte de pacientes. As unidades que comportam Equipes de Saúde de
Família apresentam baixa freqüência).
22 De acordo com o SAGRES os "beneficios foram pagos através da Função 8 (Assistência Social) e classificados no elemento 11 - Vencimentos
e Vantagens Fixas ao invés dos elementos 01 - Aposentadorias e Reformas e 03 - Pensões.
23 60 dias após a data da promulgação da lei criadora (Lei 778, de 11112/2006)
24

..............············Gastos com"Pessõãf H

...................... ~
f. Contribui - INSS
~ ..::::::
..·::::::::·::·:::::::::===P.is..~~i'!!!I!~x~g..... . 1- R$
l Retidas.... . J.......... ..::::?ºL~ª-~AI:::, )
l..B.:ecolhi~as.... .._ _ i... 189~698,1l .. ' . 1 f'~

~ g'~~~~~~ui Ões"õiõ recolhidas . .. . !...... .. i~~:i~~~1 L·. Ii .:; ~ "


A Auditoria, em sua estimativa, utilizou a menor alíquota aplicável aos segurados com base na Portaria MP AS 342/06 (7,65%) I
25 R$ 24.772,18 ( doc. Fls. 2544/2549). LRF. Art. 26: A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas ~

O(
fisicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorízada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes ,
orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. (grifo nosso)
26 Divergência no favorecido do empenho informado ao SAGRES e na documentação coletada in loco, utilização imprópria de elementos de
despesa ao invés da verdadeira denominação de credores, impossibilitando a identificação nos empenhos.
27
Processo Te n° 02524/2007

esclarecimentos acerca de matérias jurídicas tratadas pela Auditoria e, por vezes, não elucidadas
pelos funcionários municipais. (ReI. fls. 2641, item 12.3 e 4387)
21. Não cumprimento das formalidades exigidas para desapropriação de terreno" destinado à
implantação de estação de tratamento sanitário e, bem assim, realização de empenho a posteriori;
(ReI. fls. 2642 e Análise de defesa, fls. 4387/88)
22. Concessão de diárias ao Prefeito, assessores, servidores municipais sem comprovação do
requerimento dos interessados, contendo o objetivo do deslocamento e, também, declarações
confirmatórias da realização da viagem 29, em desrespeito à Lei Municipal 721/03 e a Resolução
RN TC 09/2001; (ReI. fls. 2642/43 e Análise de defesa, fls. 4384/89)
23. Ausência de cópia dos cheques emitídos'", revelando descontrole administrativo e financeiro e
embaraço aos trabalhos da Auditoria. (ReI. fls. 2643/44 e fls. 4384)
24. Pagamento indevido no valor total de R$ 13.794,20 decorrentes de despesas com IPVA31, multas
de trânsit032 e manutenção do veículo" locado (Camioneta Ford Ranger, ano-modelo 200534).
Segundo a defesa, a despesa foi precedida de procedimento licitatório (Convite 11/06) previsão
em cláusula contratual da responsabilidade do Município na manutenção do veículo,
ressarcimento dos danos e pagamento das obrigações e infrações envolvendo o veiculo. (ReI. fls.
2644 e fls. 4389/90).

Submetidos os autos ao órgão Ministerial, este se pronunciou, em síntese pela (o):

5.476,00

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o laudo de avaliação no valor de R$ 25.000,00 foi datado de 05/06/2006
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29 Ausentes requerimentos dos interessados, contendo o objetivo do deslocamento e, também, declarações confirmatórias da
realização da viagem. O Prefeito percebeu a título de diárias o valor total de R$ 18.013,14, equivalentes a 25% de sua
remuneração.
30 Os empenhos estavam acompanhados apenas de cópia de cheque administrativo, que não são adequados à comprovação da
despesa e à confirmação dos respectivos credores.
31 Nota de empenho 3344 no valor de R$ 80,10

32 Notas de empenho 16586 e 11177 no valor total de R$ 319,23


33

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jJ.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n° 02524/2007

a) emissão de Parecer Contrário à aprovação das contas do Prefeito Municipal de Brejo do Cruz,
relativas ao exercício de 2006.
b) Aplicação de multa, nos termos do inciso 11da LüTCEIPB.
c) Comunicação à Receita Federal do Brasil dos fatos relacionados às contribuições
previdenciárias para as providencias a seu cargo.
d) Abertura de Inspeção Especial para apuração da legalidade e eventual concessão de registro às
aposentadorias e pensões conferidas sem embasamento legal, segundo a Auditoria.
e) Remessa de cópia dos presentes autos à Procuradoria Geral de Justiça para as providências que
entender cabíveis.

Cumpre, por fim, informar que esta Corte assim se pronunciou em relação aos exercícios
anteriores:
ontrário à aprovação - Parecer PPL TC Francisco do Nascimento
0/2008, e Alencar
o - Parecer PPL T cisco Dutra Sobrinho
90/2007.

É o Relatório, informando que foram feitas as notificações de praxe.

No tocante à gestão Fiscal, entendo que houve cumprimento parcial à LRF35.

No que diz respeito à gestão Geral, como já relatado, restou evidenciada pela Auditoria a
ocorrência de irregularidades e falhas sob os aspectos administrativo, financeiro e contábil, que
convergem em desrespeito à lei 4.320/64.

As observações da Auditoria sobre o setor de saúde devem ser levadas em consideração


pelo gestor no sentido de otimizar os recursos aplicados, já que nada indica que no passado o quadro que
ora se apresentam tenha sido diferente. No entanto, não se deve desconhecer para avaliação destas as
razões da defesa quanto à temporalidade, de vez que fatos verificados em 2008 não podem ser levados em
conta para a análise de 2006.

No que diz respeito às despesas no valor total de R$ 20.354,70, que a Auditoria diz
insuficientemente comprovadas, entendo que a documentação comprobatória de que os empenhos
sofreram anulação parcial elide a irregularidade.
Concernente à falta de comprovação da publicação na imprensa oficial de lei autorizadora'"
de créditos adicionais entendo que a documentação apresentada é suficiente para elidir a irregularidade.
Por outro lado, revela descontrole a constatação de contabilização incorreta de despesas",
as .despe~sa~com desapropri.ação sem qualquer procedimento expropriatório" do J Município e gasto~..,. -
antíeconõmico com Assessona. j .~ ,"
35 Observância ao limite prudencial com gastos de pessoal e encargos sociais do Poder Executivo e 0~~rovação da pUblicação' 'i

de todos os REO e RGF em órgão de imprensa oficial. /


d

36 O documento colacionado às fls. 2689 não se mostra capaz de elidir a irregularidade dado a forma não confirma~ra de
veracidade ~ ,~'
37 demonstrada pela incompatibilidade entre a NE 18325, coletada in loco, e informa"..ç,ão do SAGRES ~~' \ !/
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Processo Te 0° 02524/2007

Acerca do gasto excessivo com assessoria cabe aqui um parêntese, porquanto não há
como se admitir uma Prefeitura com duas assessorias jurídicas e uma consultoria tributária cujo gasto
anual foi de R$ 62.596,00 apresentar tamanha quantidade de falhas e irregularidades reveladoras de que
os serviços jurídicos não foram prestados satisfatoriamente.
Ainda no rol de irregularidades verificou-se: a) a utilização de transporte inadequado de
estudantes, em desobediência ao Código de Trânsito Brasileiro e à Resolução Normativa RN TC 04/06,
alterada pela RN TC 06/06; b) o pagamento irregular de R$ 64.435,30 a título de aposentadoria e
pensões, porquanto sem embasamento constitucional e legal gerando ônus aos cofres do município,
aspecto que deve ser analisado em processo apartado; c) despesas indevidas com IPVA, muitas e
manutenção de veículos, em que pese constar do contrato, não há falar em devolução ao erário, no
entanto, contrariam o interesse público, o principio da economicidade e oneram os cofres do município, já
que estas obrigações deveriam estar inclusas nos deveres do contratado.

Concernente a não realização de procedimento licitatório, porquanto, embora


configuradora de desrespeito à norma legal, à luz de entendimento pacífico desta Corte, a sua
inexpressividade 2,52% da despesa orçamentária total'", comporta relevação sem prejuízo de
recomendação ao gestor.

No que diz respeito à falha suscitada pela instrução respeitante ao recolhimento abaixo do
valor retido'", assunto que no meu entender escapa da competência deste Tribunal, consta às fls.
2307/2345 comprovação do parcelamento de débito previdenciário.

Quanto à aplicação de apenas 14,61 % da receita de impostos e transferências na Saúde, que


à vista do Parecer PN TC 52/2004, enseja a emissão de parecer contrário à aprovação das contas, entendo
que o percentual não aplicado de 0,39, pode ser relevado, à vista de reiteradas decisões desta Corte.

Dito isto, voto no sentido de que este Tribunal:

I. Declare o atendimento parcial às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal no tocante à


gestão do Sr. Francisco Dutra Sobrinho com recomendação no sentido de observar o limite
prudencial concernente a Pessoal adotando as medidas legais pertinentes.

2. Emita e encaminhe à Câmara Municipal de Brejo do Cruz, na conformidade do disposto no


Parecer Normativo 52/04 parecer favorável à aprovação das contas de gestão relativas ao
exercício de 2006, de responsabilidade do gestor Sr. Francisco Dutra Sobrinho.

3. Aplique multa, nos termos do art. 56 da LOTCEIPB, ao gestor, Sr. Francisco Dutra Sobrinho,
no valor de R$ 2.805,10, por transgressão às normas constitucionais e legais.

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38 decreto, lei específica j'
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40
R$ 8.429.638,29 f L

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n" 02524/2007

4. Assine-lhe o prazo de sessenta (60) dias, para fins de recolhimento ao Tesouro Estadual, à
conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal da importância relativa
à multa, atuando, na hipótese de omissão, o Ministério Público, tal como previsto no art. 71, §
4°, da Constituição Estadual.

5. Desentranhem-se a documentação pertinente ao pagamento de R$ 64.435,30, a título de


aposentadoria e pensões sem embasamento constitucional e legal, cujas despesas são
geradoras de ônus aos cofres do município e formalize-se processo específico.

6. Recomende ao atual gestor a adoção de providências no sentido de:

6.1 Conferir estrita obediência às normas consubstanciadas na Constituição Federal


especificamente no tocante à aplicação em Saúde e, bem assim, nas Leis Federal 4.320/64,
8.666/93 e na Lei Complementar 10112000.
6.2 Organizar e manter a Contabilidade do Município em consonância com os princípios e regras
contábeis pertinentes.
6.3 Abster-se de incluir nos contratos futuros cláusulas com exigências excessivas e oneradoras
dos cofres públicos.
6.4 Realizar planejamento das eventuais despesas que seriam necessárias no exercício financeiro
para que as aquisições sejam precedidas de licitações e submetidas à modalidade licitatória
pertinente, evitando-se a má gerência dos recursos públicos e o fracionamento de despesas.

DECISÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

o
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, usando da competência que lhe é
conferida pelo art. 13, § 2°, da Constituição do Estado e art. l°, IV, da Lei Complementar n." 18/93, na
sessão plenária realizada nesta data, à unanimidade:

DECIDE:

I. Declarar o atendimento parcial às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal no tocante à


gestão do Sr. Francisco Dutra Sobrinho, com recomendação no sentido de observar o limite
prudencial concernente a Pessoal adotando as medidas legais pertinentes.
2. Emitir e encaminhar à Câmara Municipal de Brejo do Cruz, na conformidade do disposto no
Parecer Normativo 52/04, parecer favorável à aprovação das contas de gestão relativas ao
exercício de 2006, de responsabilidade do gestor Sr. Francisco Dutra Sobrinho.
3. Recomende ao atual gestor a adoção de providências no sentido de:

3.1 Conferir estrita obediência às normas consubstanciadas na Constituição Federal e Lei


especificamente no tocante à aplicação em Saúde e, bem assim, nas Leis Federal 4.320/64, "
8.666/93 e na Lei Complementar 101/2000. ~

3.2 ~rg~nizar.e manter a Contabilidade do Município em consonância com oSljl'C!Í>iOS e regrasÇ:' .


contábeis pertmentes. /r .:

3.3 Abster-se de incluir nos contratos futuros cláusulas com exigências excessivas e eneradoras

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Processo Te n° 02524/2007

3.4 Realizar planejamento das eventuais despesas que seriam necessárias no exercício financeiro
para que as aquisições sejam precedidas de licitações e submetidas à modalidade Iicitatória
pertinente, evitando-se a má gerência dos recursos públicos e o fracionamento de despesas.

4. Em separado, através de Acórdão, à unanimidade, acompanhando o voto do Relator:

4.1 Aplicar multa, nos termos do art. 56 da LOTCEIPB, ao gestor Francisco Dutra Sobrinho, no
valor de R$ 2.805,10, por transgressão às normas constitucionais e legais.
4.2 Assinar o prazo de sessenta (60) dias, para fins de recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta
do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal da importância relativa à
multa, atuando, na hipótese de omissão, o Ministério Público, tal como previsto no art. 71, §
4°, da Constituição Estadual.
4.3 Desentranhar a documentação pertinente ao pagamento de R$ 64.435,30, a título de
aposentadoria e pensões sem embasamento constitucional e legal, cujas despesas são
geradoras de ônus aos cofres do município, formalizando-se processo específico.

Publique-se, registre-se e.cumpra-se.

PLENÁRIO MINISlRO JOÃ~~n;jem)fJ de junho de 2009.

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Conselheiro Subs~itu: am ~7'Sai tiago Melo
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André Carla torre Pontes

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