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91 100
22 24
A licado 86.876,80
Fonte: IBGE - INEP - SAGRES - PCA 2005 - PCA 2006
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Processo Te n° 02524/2007
A Receita Total Geral (RTG) e a Despesa Total Geral (DTG) apresentaram crescimento
em relação ao exercício anterior, de 25,35% e 27,10%, índices reveladores de que o gasto por habitante
apresentou discreto aumento passando de R$ 574,30 em 2005 para R$ 733,52 em 2006.
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De forma inovadora para este relator, o relatório da Auditoria noticia que o alunado do
mumcipio esta assim distribuído: 387 na educação infantil, 1.799 no ensino fundamental e 272 na
educação de jovens e adultos. Informa ainda que o índice de evasão escolar correspondeu a 14,74% e
que a média de aprovação escolar, excetuando-se creche, correspondeu a 65,31%. Informo, para efeitos
comparativos, o seguinte dado em relação ao Brasil, extraído de estudo produzido pela FGV:
Outros motivos
.... . ••••••••••••••••••• .1••••
Ainda inovando, o relatório da Auditoria, informa que predomina nas escolas da zona
rural o sistema de ensino multi-seriado no qual apenas um professor é responsável por lecionar a
estudantes de diversas idades e níveis intelectuais o que é sabidamente improdutivo e prejudicial ao
aprendizado. Afora isto, se verificou que os aluno da rede rural não são beneficiados pelo Programa
Dinheiro Direto na Escola -PDDE e/ou não possuem "Unidades Executoras Próprias". A prática
utilizada para o recebimento de material e merenda é considerada exaustiva para os docentes, porquanto
têm que se dirigir à Prefeitura e a supermercados para solicitar e receber os itens necessários a regular
condução do ensino. Todo este acúmulo de funções desvia-lhes tempo e energia que deveriam ser I
dedicados com exclusividade às atividades diretamente ligadas à sua função precípua, otimizando, assim,: I
ARECERIBDC-PCA-2006-0"24.Q7~."o.doc }__
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Processo Te n" 02524/2007
Concernentes aos índices que comumente venho levantado registro que na Função
Educação (FED) percebe-se um aumento do percentual de aplicação por aluno. No exercício de 2005, o
gasto foi de R$ 774,99 passando agora para R$ 916,96, o que representa um acréscimo de 18,32% e que
os gastos nesta Função, acompanharam a evolução da receita. Observa-se, também, acréscimo de 10,42%
no número de alunos matriculados na rede de ensino municipal.
O gasto per capta em Ações e Serviço Público de Saúde (SPS) foi de R$ 57,73 contra
R$ 61,76 observados no exercício anterior, registrando decréscimo de 6,52%.
• Hospital Dr. Odilon Maia Filho - A estrutura foi considerada adequada, no entanto com
sub-utilização de uso, provocando desperdício de mão de obra e ociosidade de
equipamentos. Os serviços prestados se restringem ao atendimento ambulatorial de
urgência e emergência, para ser encaminhado a outras unidades no estado. Para ilustrar,
informa que o custeio e o transporte de pacientes para outras localidades totalizam uma,
despesa R$ 373.707,74, valores que certamente poderiam ser melhor aplicados, houvesse, \)
maior abrangência no nível e na qualidade dos atendimentos médico-hospitalar. I,
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4Segundo informação do auxiliar de enfermagem Francisca Alves da Silva
C:\Meus documentos\Assessoria\PLENO\P ARECER \BDC-PCA-2006-02524-07 -cata,?doc
Processo Te nO 02524/2007
por sinal já foi requerida pela administração e ainda não concedida, motivo pelo qual os
serviços de atendimento não passaram a ser oferecidos.
Vale ressaltar que em sua defesa, o gestor alega que os fatos observados pela Auditoria,
dizem respeito a 2008, época da visita, e, portanto, inválidos para a prestação de contas de 2006.
Referente aos Gastos com Medicamentos (MED) e Merenda Escolar (MES), pela
metodologia que venho adotando, os valores registrados, R$ 5,82 e R$ 45,55, respectivamente, revelam
que a despesa com o primeiro registrou um decréscimo de 25,85% (R$ 7,81 em 2005), enquanto que o
segundo apresentou aumento de 38,69%. (R$ 35,37 em 2005).
Por fim, ressalto que os dados apresentados, ainda não permitem refletir com precisão o
enfoque da administração sob o aspecto da qualidade, eficiência e eficácia da gestão, diante das políticas
públicas implementadas, no entanto, é salutar o esforço da Auditoria em trazer aos autos elementos que
vão além da legalidade da despesa informando aspectos que dizem respeitos a eficiência, eficácia e
economicidade destas.
Passo, agora, a destacar os principais aspectos apontados pela unidade técnica desta
Corte, com base nas informações colhidas, da documentação encartada aos presentes autos, de inspeção in
loco', e análise de defesa apresentada pelo gestor.
8.1. Despesas com Pessoal12 representando 56,80% da Receita Corrente Líquida, sendo
53,26%, do Executivo e 3,54% do Legislativo, portanto, inferior ao limite previsto no art.
20 da LRF13• Vale destacar que no exercício de 2005 o gasto de pessoal ficou abaixo do
limite legal.
8 Processo TC 04126/07. As obras inspecionadas e avaliadas pela DICOP somaram R$ ??e corresponderam a uma amostra de ?? % da despesa
paga.
9 Acórdão AC2 TC 1555/2008, publicado no D.O.E, edição de 06/0412008
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15 Convite Fornecimento de soros 8.316,00
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Despesa orçamentária: R$ 5.867.017,58
13 Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:
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Os índices de gastos com pessoal do Executivo e Legislativo foram apurados conforme Parecer PN TC -12/2007, através do qual esta Corte de
Contas reconheceu a exclusão dos gastos com obrigação patronal no seu cômputo.
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III • na esfera municipal: /')
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;!:" ,
b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo. (grifo nosso) /' ~
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Processo Te n° 02524/2007
APLICAÇÃO PESSOAL
48,00%
46,00%
2004 2005 2006
Exercício
-Limite --Aplicado I
27,50%
11I
27,00%
26,50%
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26,00%
25,50%
25,00%
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24,50%
24,00% -
23,50%
Exercícios
8.3. Os gastos com Ações e Serviços Públicos de Saúde15, atingiram o percentual de 14,61 % da
receita de impostos e transferências contra 15,68% observado no exercício anterior.
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14 CF/88. Art. 212. Aplicação de no mínimo 25% das receitas de impostos, inclusive os transferidos, na Manutenção e Desenvolvimento ~
Ensino. Para efeito de cálculo foi considerado as disposições dos arts. 70 e 71 da lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) incIuiram-se,
também, neste cálculo os gastos com PASEP proporcionais à folha na Educação que foi de R$ 4.072,79. ,
15 Art. 77, inciso Ill, § 1° do ADCT. Limite mínimo: 15%. Foram excluídas despesas no valor total de R$ 47.693,28, sendo R$ 46.383,28 da conta
do PSF e R$ 1.310,00 finalidade diversa. Foram considerados para efeito de base de cálculo o gasto com INSS e também despesas d
exercícios anteriores pagas com recursos do exercício em análise, em atendimento a reiteradas decisões do Tribunal Pleno.
C :\Meus documentos\Assessoria\PLENO\P ARECER \BDC-PCA-2006-D2524-07 -catao.doc .\
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Processo Te n° 02524/2007
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16 Lei 9.424/96. art. 7° - aplicação de no mínimo de 60% dos recursos do FUNDEF na remuneração
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do magistério. It
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Processo TC n° 02524/2007
APLICAÇÃO FUNDE F
1- Transferido - Recebido I
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20
Utiliza-se caminhonete D-20 e duas motos.
Portaria-MS na 648, de 28 de março de 2006. Capítulo II
C,IMeus docurn ent",,,,,,~,,,".\PLENOIP ARECER\BDC-PCA-2006-<J2524-<J7~."o.doc h /'
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo TC n° 02524/2007
15. Excessiva aplicação de recursos" em uma unidade de saúde com desempenho inexpressivo,
dado a mínima cobertura médica disponibilizada à população. (ReI. fls. 2637 e análise de defesa
fls. 4383, item XIX)
16. Pagamento irregularf a título de aposentadoria e pensões pelo Município no valor de R$
64.435,30, já que a efetiva instalação do Instituto de Previdência (BCPREV) se deu no exercício
seguinte", o que evidencia a falta de avaliação atuarial e, bem assim, a instituição de
contribuições dos servidores, da Prefeitura e da Câmara. O gestor encaminhou os processos
concernentes aos atos de aposentadoria e pensão para o Tribunal declarar a legalidade ou não,
adiantou que estes benefícios já estavam sendo pagos há muito tempo. A Auditoria sugeriu o
desentranhamento dos processos encaminhados pelo gestor de fls. 4180/4295 e encaminhamento
ao setor competente para análise da legalidade dos atos e cálculos das aposentadorias e pensões.
(ReI. fls. 2638/39 e fls. 4384, item XX)
17. Indícios de insuficientes retenções e recolhimento das contribuições previdenciárias de
servidores ao INSS no montante estimado de R$ 113.720,224. Importa salientar que o gestor no
exercício anterior e neste não recolheu tempestivamente as contribuições previdenciárias no
montante devido, posto que realizou dois parcelamentos envolvendo as competências indicadas.
(ReI. fls. 2638/39 e análise de defesa fls. 4385/86)
18. Concessão de ajudas fínanceirasf sem lei específica que autorizasse e estabelecesse os critérios
de caráter geral que atendessem aos princípios da isonomia e impessoalidade, A defesa alega que
dita despesa constou na LOA e LDO (ReI. fls. 2640, item 12.1 e análise de defesa fls. 4386, item
XXIII)
19. Diversas incorreções em empenhos'", o que revela descontrole e falta de transparência na
contabilização da despesa, além de constituir embaraço à coleta e análise de dados. (ReI. fls.
2641, item 12.2.2 e análise de defesa fls. 4386/87);
20. Gastos anti-econômicos com assessoria e consultoria jurídica". Vale salientar que durante a
inspeção em nenhum momento qualquer dos profissionais se apresentou para apresentar
21 Gastos R$ 373.707,74 (folha de pagamento, material hospitalar e transporte de pacientes. As unidades que comportam Equipes de Saúde de
Família apresentam baixa freqüência).
22 De acordo com o SAGRES os "beneficios foram pagos através da Função 8 (Assistência Social) e classificados no elemento 11 - Vencimentos
e Vantagens Fixas ao invés dos elementos 01 - Aposentadorias e Reformas e 03 - Pensões.
23 60 dias após a data da promulgação da lei criadora (Lei 778, de 11112/2006)
24
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f. Contribui - INSS
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l..B.:ecolhi~as.... .._ _ i... 189~698,1l .. ' . 1 f'~
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fisicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorízada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes ,
orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. (grifo nosso)
26 Divergência no favorecido do empenho informado ao SAGRES e na documentação coletada in loco, utilização imprópria de elementos de
despesa ao invés da verdadeira denominação de credores, impossibilitando a identificação nos empenhos.
27
Processo Te n° 02524/2007
esclarecimentos acerca de matérias jurídicas tratadas pela Auditoria e, por vezes, não elucidadas
pelos funcionários municipais. (ReI. fls. 2641, item 12.3 e 4387)
21. Não cumprimento das formalidades exigidas para desapropriação de terreno" destinado à
implantação de estação de tratamento sanitário e, bem assim, realização de empenho a posteriori;
(ReI. fls. 2642 e Análise de defesa, fls. 4387/88)
22. Concessão de diárias ao Prefeito, assessores, servidores municipais sem comprovação do
requerimento dos interessados, contendo o objetivo do deslocamento e, também, declarações
confirmatórias da realização da viagem 29, em desrespeito à Lei Municipal 721/03 e a Resolução
RN TC 09/2001; (ReI. fls. 2642/43 e Análise de defesa, fls. 4384/89)
23. Ausência de cópia dos cheques emitídos'", revelando descontrole administrativo e financeiro e
embaraço aos trabalhos da Auditoria. (ReI. fls. 2643/44 e fls. 4384)
24. Pagamento indevido no valor total de R$ 13.794,20 decorrentes de despesas com IPVA31, multas
de trânsit032 e manutenção do veículo" locado (Camioneta Ford Ranger, ano-modelo 200534).
Segundo a defesa, a despesa foi precedida de procedimento licitatório (Convite 11/06) previsão
em cláusula contratual da responsabilidade do Município na manutenção do veículo,
ressarcimento dos danos e pagamento das obrigações e infrações envolvendo o veiculo. (ReI. fls.
2644 e fls. 4389/90).
5.476,00
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o laudo de avaliação no valor de R$ 25.000,00 foi datado de 05/06/2006
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29 Ausentes requerimentos dos interessados, contendo o objetivo do deslocamento e, também, declarações confirmatórias da
realização da viagem. O Prefeito percebeu a título de diárias o valor total de R$ 18.013,14, equivalentes a 25% de sua
remuneração.
30 Os empenhos estavam acompanhados apenas de cópia de cheque administrativo, que não são adequados à comprovação da
despesa e à confirmação dos respectivos credores.
31 Nota de empenho 3344 no valor de R$ 80,10
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a) emissão de Parecer Contrário à aprovação das contas do Prefeito Municipal de Brejo do Cruz,
relativas ao exercício de 2006.
b) Aplicação de multa, nos termos do inciso 11da LüTCEIPB.
c) Comunicação à Receita Federal do Brasil dos fatos relacionados às contribuições
previdenciárias para as providencias a seu cargo.
d) Abertura de Inspeção Especial para apuração da legalidade e eventual concessão de registro às
aposentadorias e pensões conferidas sem embasamento legal, segundo a Auditoria.
e) Remessa de cópia dos presentes autos à Procuradoria Geral de Justiça para as providências que
entender cabíveis.
Cumpre, por fim, informar que esta Corte assim se pronunciou em relação aos exercícios
anteriores:
ontrário à aprovação - Parecer PPL TC Francisco do Nascimento
0/2008, e Alencar
o - Parecer PPL T cisco Dutra Sobrinho
90/2007.
No que diz respeito à gestão Geral, como já relatado, restou evidenciada pela Auditoria a
ocorrência de irregularidades e falhas sob os aspectos administrativo, financeiro e contábil, que
convergem em desrespeito à lei 4.320/64.
No que diz respeito às despesas no valor total de R$ 20.354,70, que a Auditoria diz
insuficientemente comprovadas, entendo que a documentação comprobatória de que os empenhos
sofreram anulação parcial elide a irregularidade.
Concernente à falta de comprovação da publicação na imprensa oficial de lei autorizadora'"
de créditos adicionais entendo que a documentação apresentada é suficiente para elidir a irregularidade.
Por outro lado, revela descontrole a constatação de contabilização incorreta de despesas",
as .despe~sa~com desapropri.ação sem qualquer procedimento expropriatório" do J Município e gasto~..,. -
antíeconõmico com Assessona. j .~ ,"
35 Observância ao limite prudencial com gastos de pessoal e encargos sociais do Poder Executivo e 0~~rovação da pUblicação' 'i
36 O documento colacionado às fls. 2689 não se mostra capaz de elidir a irregularidade dado a forma não confirma~ra de
veracidade ~ ,~'
37 demonstrada pela incompatibilidade entre a NE 18325, coletada in loco, e informa"..ç,ão do SAGRES ~~' \ !/
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Processo Te 0° 02524/2007
Acerca do gasto excessivo com assessoria cabe aqui um parêntese, porquanto não há
como se admitir uma Prefeitura com duas assessorias jurídicas e uma consultoria tributária cujo gasto
anual foi de R$ 62.596,00 apresentar tamanha quantidade de falhas e irregularidades reveladoras de que
os serviços jurídicos não foram prestados satisfatoriamente.
Ainda no rol de irregularidades verificou-se: a) a utilização de transporte inadequado de
estudantes, em desobediência ao Código de Trânsito Brasileiro e à Resolução Normativa RN TC 04/06,
alterada pela RN TC 06/06; b) o pagamento irregular de R$ 64.435,30 a título de aposentadoria e
pensões, porquanto sem embasamento constitucional e legal gerando ônus aos cofres do município,
aspecto que deve ser analisado em processo apartado; c) despesas indevidas com IPVA, muitas e
manutenção de veículos, em que pese constar do contrato, não há falar em devolução ao erário, no
entanto, contrariam o interesse público, o principio da economicidade e oneram os cofres do município, já
que estas obrigações deveriam estar inclusas nos deveres do contratado.
No que diz respeito à falha suscitada pela instrução respeitante ao recolhimento abaixo do
valor retido'", assunto que no meu entender escapa da competência deste Tribunal, consta às fls.
2307/2345 comprovação do parcelamento de débito previdenciário.
3. Aplique multa, nos termos do art. 56 da LOTCEIPB, ao gestor, Sr. Francisco Dutra Sobrinho,
no valor de R$ 2.805,10, por transgressão às normas constitucionais e legais.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n" 02524/2007
4. Assine-lhe o prazo de sessenta (60) dias, para fins de recolhimento ao Tesouro Estadual, à
conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal da importância relativa
à multa, atuando, na hipótese de omissão, o Ministério Público, tal como previsto no art. 71, §
4°, da Constituição Estadual.
o
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, usando da competência que lhe é
conferida pelo art. 13, § 2°, da Constituição do Estado e art. l°, IV, da Lei Complementar n." 18/93, na
sessão plenária realizada nesta data, à unanimidade:
DECIDE:
3.3 Abster-se de incluir nos contratos futuros cláusulas com exigências excessivas e eneradoras
3.4 Realizar planejamento das eventuais despesas que seriam necessárias no exercício financeiro
para que as aquisições sejam precedidas de licitações e submetidas à modalidade Iicitatória
pertinente, evitando-se a má gerência dos recursos públicos e o fracionamento de despesas.
4.1 Aplicar multa, nos termos do art. 56 da LOTCEIPB, ao gestor Francisco Dutra Sobrinho, no
valor de R$ 2.805,10, por transgressão às normas constitucionais e legais.
4.2 Assinar o prazo de sessenta (60) dias, para fins de recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta
do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal da importância relativa à
multa, atuando, na hipótese de omissão, o Ministério Público, tal como previsto no art. 71, §
4°, da Constituição Estadual.
4.3 Desentranhar a documentação pertinente ao pagamento de R$ 64.435,30, a título de
aposentadoria e pensões sem embasamento constitucional e legal, cujas despesas são
geradoras de ônus aos cofres do município, formalizando-se processo específico.
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Conselheiro Subs~itu: am ~7'Sai tiago Melo
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André Carla torre Pontes