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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO . . J I/ C1.~~({,_~
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2005 2006
Despesas por Função Per Capita Ano Per Captta Ano
Valor Valor
(habitantes) (habitantes)
Receita RIO R$ 17.399.486,49 R$ 597,18 R$ 18.070.112,52 R$ 609,26
Despesa D'I'G R$ 17.063.667,43 R$ 585,66 R$ 18.742.298,18 R$ 631,93
Função Saúde R$ 5.990.472,10 R$ 205,60 R$ 6.098.517,03 R$ 205,62
Função Educação R$ 5.570.991,57 R$ 191,21 R$ 6.116.990,32 R$ 206,24
Função Administração R$ 1.018.461,01 R$ 34,% R$ 1.134.402,36 R$ 38,25
Despesa com Pessoal R$ 7.191.456,58 R$ 246,82 R$ 8.323.002,60 R$ 280,62
Despesa Pessoal x DIG 42,14% 44,41%
Açiles Serv. Pub.de Saúde
Aplicado R$ 1.653.721,99 R$ 56,76 R$ 2.533.967,42 R$ 85,44
Limite Mínimo R$ 1.330.477,85 R$ 45,66 R$ 1.484.432,73 R$ 50,05
Aplicado X Limite 24,30% 70,70010
IFoneão Edueaçlo - Indicadores
Aplicação por Escola 26 R$ 214.268,91 26 R$ 235.268,86
Aplicação por Professor 330 R$ 16.881,79 330 R$ 18.536,33
Aplicação por Aluno 6.102 R$ 912,98 5.765 R$ 1.061,06
Indices
Alunos X Escola 235 222
Alunos X Professores 18 17
Medieamentos
Aplicado I R$ 472.777,70 I R$ 16,23 R$ 527.849,15 R$ 17,80
Merenda Escolar
Aplicado R$ 264.985,94 R$ 43,43 R$ 342.390,81 R$ 59,39
Fonte: IBGE - lNEP - SAGRES - IDEME - PCA 2005 - PCA 2006 I ..
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Processo Te nO 01992/07
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
A Receita Total Geral (RTG) e a Despesa Total Geral (DTG) apresentaram crescimento
em relação ao exercício anterior, de 3.85% e 9,84%, índices reveladores de que o gasto por habitante
passou de R$ 585,66 em 2005 para R$ 631,93 em 2006.
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Registra-se, na Despesa de Pessoal (DEP) acréscimo de 15,73%, no entanto, se
comparada com a Despesa Total Geral (DTG) o índice é de 44,41% contra os 42,14% observado no
exercício anterior.
O gasto per capta em Ações e Serviços Públicos de Saúde (SPP) foi de R$ 85,44 contra
R$ 56,76 observados no exercício anterior, registrando, assim, um aumento per capta de 50,53%.
Referente aos gastos com Medicamentos (MED) e Merenda Escolar (MES), registram-
se R$ 527.849,15 e R$ 342.390,81, respectivamente, estes revelam aumento da despesa de 11,65% e
29,21 %, quando comparado com o exercício de 2005.
Por fim, ressalto que os dados apresentados, ainda não permitem refletir com precisão o
enfoque da administração sob o aspecto da qualidade, eficiência e eficácia da gestão, diante das políticas
públicas implementadas, no entanto, é uma tentativa de se criar, para exercícios vindouros, indicadores
parametrizados de modo a possibilitar a este Tribunal a criação de critérios de qualidade e eficácia na
avaliação das prestações de contas anuais.
Passo, agora, a destacar os principais aspectos apontados pela Unidade Técnica desta
Corte, com base nas informações colhidas, da documentação encartada nos autos contida no relatório
técnico de fls. 788/811 e 139711405, evidenciando os seguintes aspectos:
1 Indicador que mede a qualidade da educação a partir de dados sobre rendimento escolar, combinados com o desempenho dos
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Processo Te nO 01992/07
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~UNALDECONTASDOESTADO
1. A prestação de contas foi apresentada dentro do prazo e instruída com todos os documentos
exigidos;
2. A Lei Orçamentária Anual (LOA) n" 455 de 19/12/2005 estimou a receita e fixou a despesa em
R$ 47.5oo.000,otf, bem como autorizou a abertura créditos adicionais suplementares no valor
de R$ 38.000.000,00, equivalentes a 80% da despesa fixada na LOA;
3. Foram abertos créditos adicionais suplementares, no valor de R$ 3.614.840,23, cuja fonte de
recursos indicada foi proveniente de anulação de dotações.
4. A Receita Orçamentária Arrecadada' subtraindo-se a parcela para formação do FUNDEF atingiu
o montante de R$ 18.070.112,52, desta feita, correspondeu a 38,04% da previsão e a Despesa
Total Orçamentária Realizada, no montante de R$ 18.742.298,18, foi 9,83% superior à realizada
no exercício anterior (R$ 17.063.667,43).
5. As despesas condicionadas ou legalmente limitadas comportaram-se da seguinte forma:
5.1 Despesas com Pessoal representando 47,72% da Receita Corrente Líquida",
observando-se que neste item houve acréscimo de 12,57% em relação ao índice apurado no
exercício anterior:
APLICAÇÃO PESSOAL
60,00%
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- 4239% .- 47,72%
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2004 2005 2006
Exercício
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2Na previsão da Receita foi deduzido o valor de R$ 1.090.229,39 para formação do FUNDEF (fls. 115); \ li
3Memória de cálculo da Receita Arrecadada, incluindo o FUNDEF: ~
Receita Corrente R$ 19.141.658,77
Receita de Ca ital R$ 258.800,00
Total R$ 19.400.458,77
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Processo Te nO 01992107
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26,00%
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23,00%
22,00%
5.3 Os gastos com Ações e Serviços Públicos de Saúde atingiram o percentual de 25,61%
da receita de impostos e transferências, portanto atendeu ao estabelecido no art. 77, inciso
Ill, § l° do ADCT. Neste item cumpre ressaltar, que, em relação ao exercício de 2005,
ocorreu aumento expressivo na razão de 37,39% (o percentual no exercício anterior foi de
18,64%).
\ -Limite ---Aplicado I
30,00%
25,00%
.25,61%
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I -Limite -Aplicado I
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APLICAÇÃO FUNDEF
1- Transferido- Recebido I
5.270.000
- 4.819.827
4.620.000 4.;l:l)lS.6;Ui
3.970.000
3.631.264 ..-
CIl 3.320.000
eo 2.670.000
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> 2.020.000
1.196.270 n
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1.370.000
973.211
720.000
70.000
C:\AsscssorIPLENO\Prefeitnra 2006\SBE-PCA-2006-01992-07.doc A
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~UNALDECONTASDOESTADO
Processo Te nO 01992/07
6. Sobre os balanços e dívida municipal foi observado:
6.1 O balanço orçamentário apresentou déficit equivalente a 3,72% da receita
orçamentária arrecadada;
6.2 O balanço financeiro apresenta saldo para o exercício seguinte de R$ 178.705,10,
depositado em Bancos;
6.3 O balanço patrimonial apresenta déficit financeiro no valor de R$ 249.084,20;
6.4 A dívida municipal importou em R$ 2.873.703,82, correspondentes a 15,90% da
receita orçamentária total arrecadada, registrada nas proporções de 14,88% para Dívida
Flutuante e 85,12% para Dívida Fundada. Quando confrontada com a dívida do exercício
anterior, constata-se uma redução de 12,59%.
7. A remuneração dos agentes políticos apresentou-se dentro da legalidade.
8. Os dispêndios com obras públicas totalizam R$ 792.172,64 os quais representaram 4,50% da
Despesa Orçamentária Total (DOT). Desse total foram pagos no exercício, com recursos federais
R$ 192.145,29 e com recursos próprios R$ 549.163,49 (fls. 629/630). Tais obras estão sendo
analisadas por esta Corte através do Processo TC na 05396/07;
9. Os Repasses ao Poder Legislativo representaram 7,31 % das receitas de impostos e transferências
do exercício anterior, atendendo a legislação.
10. Consta anexado aos autos o Processo TC n° 06471106 (fls. 3911423), formalizado como processo
de denúncia, com relatórios encaminhados pela Divisão de Convênios e Gestão vinculada ao
Ministério da Saúde. Entretanto a Auditoria não considerou aquele processo como denúncia, e
informou que as falhas apontadas são relacionadas a imperfeições na execução do projeto de
construção, perfeitamente sanáveis, não desabonando a conduta do gestor municipal.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 01992/07
2. Contratação de bandas através de inexigibilidade de licitação" (item 5);
3. Incompatibilidade entre registros contábeis (item 6);
4. Descumprimento do item 2.5, do Parecer Normativo PN-TC 52/04, relativo a falhas nos repasses
previdenciários ao INSS, sendo R$ 637.545,22, referentes à diferença a menor na contribuição
previdenciária patronal, e R$ 6.458,26, à apropriação indevida.
5. Descumprimento do acordo de parcelamento da dívida com o IMPRESB (item 7);
6. Descumprimento do item 2.5, do Parecer Normativo PN-TC 52/04, relativo a repasses
previdenciários ao IMPRESB;
1) Esta Corte assim se pronunciou em relação à gestão de 2004 que teve como gestor o Sr.
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i Exercício Parecer i
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2) Com relação ao exercício de 2005 informo que a Prestação de Contas está em fase de
instrução'.
3) O gestor municipal do mandado de 2005-2008, Sr. Jaci Severino de Souza, logrou êxito no
último pleito eleitoral, sendo reeleito para o período de 2009-2012.
Instado a se pronunciar o Órgão Ministerial ofertou parecer, opinando que este Egrégio
Tribunal:
1 Declare o atendimento parcial dos requisitos de gestão fiscal responsável, previstos na LC
10112000;
2 Emita parecer sugerindo à Câmara Municipal de São Bento a aprovação das contas de
gestão geral relativas ao exercício de 2006.
3 Julgue regulares com ressalvas as despesas à margem da lei de licitações, sem imputação
de débito em razão da falta de indicação de danos materiais ao erário;
4 Julgue regulares as demais despesas ordenadas;
5 Aplique multa em razão do não cumprimento estrito da lei de licitações, com fulcro na CF ,
art. 71, VIII, e LCE, art. 56,11;
6 Assine prazo ao gestor demonstrar o restabelecimento da legalidade das contribuições
previdenciárias devidas ao regime securitário municipal;
7 Comunique à Receita Federal os fatos relacionados às contribuições previdenciárias
inerentes a suas atribuições;
C:\Assessor\PLENO\Prefeitura 2006\SBE-PCA-2006-01992-07.doe
Processo Te nO 01992/07
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TRIBUNALDE CONTAS00 ESTADO
v O T O DO RELATOR
Quanto à gestão fiscal, voto no sentido de declarar atendimento integral das exigências
da Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo em vista que as ocorrências constatadas (descumprimento do
princípio do planejamento orçamentário e descumprimento do que determina o artigo 9°, da LRF, em
relação à falta de limitação de empenho) possuem origem lá no orçamento, quando o ente municipal, na
expectativa de auferir transferências de recursos, inseriu a previsão de mais de 27 milhões de reais a título
de Receita de Capital, fato também constatado em outros exercícios8. Assim, entendo que este Tribunal
deve recomendar ao gestor, que logrou êxito no último pleito eleitoral, melhor elaborar a peça
orçamentária, uma vez que, ocorrendo excesso de arrecadação, nada obsta a abertura de Crédito
Suplementar.
Cumpre ressaltar que, relativamente às despesas de pessoal (47,72%) constatou-se que elas
se comportaram dentro do limite estabelecido na CF/88.
No tocante às despesas não licitadas, verifica-se que o montante não licitado correspondeu
a 4,09% da despesa licitável, todavia, considerando o total da despesa do realizada no exercício"
representa proporcionalidade de pouca expressão em relação (1,70%), motivo pelo qual relevo a falha,",.\
por não se registrar danos ao erário, cabendo recomendações ao gestor de restrita observância à legislação I '
aplicável à matéria.
1']\\
8 Videlevantamentoda Auditoriaàs fls. 790 UVV
C:\Assessor\PLENO\Prefeitura
2006\SBE-PCA-2006-o
1992-07.doe
~UNALDECONTASDOESTADO
Processo Te nO 01992/07
municipais, entendo que este Tribunal não se pronuncie acerca desta denúncia", cuja matéria é de
competência do Tribunal de Contas da União, todavia, como se trata de levantamentos de obras
realizadas, é oportuno que sejam anexadas cópias ao processo relativo à inspeção das obras (Processo TC
n? 05396/07) que tramita nesta Corte de forma a subsidiar o julgamento daqueles autos.
1. Emita e encaminhe à Câmara Municipal de São Bento parecer favorável à aprovação das
contas do Prefeito, Sr. Jaci Severino Souza, relativas ao exercício de 2006;
2. Declare que o chefe do Poder Executivo do Município de São Bento, no exercício de 2006,
atendeu às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
3. Represente à Delegacia da Receita Previdenciária acerca do recolhimento a menor de
contribuição previdenciária, para as providências cabíveis;
4. Assine de prazo de 60 (sessenta) dias ao gestor para que o mesmo comprove o restabelecimento
da legalidade das contribuições previdenciárias devidas ao Instituto Municipal de Previdência de
São Bento - IMPRESB, sob pena de aplicação de multa;
5. Recomende à administração à adoção de medidas com vistas a não repetir as irregularidades
apontadas no relatório da unidade técnica deste Tribunal, precisamente a cumprir rigorosamente
os preceitos da LRF;
6. Determine à Secretaria do Pleno o traslado de cópias dos documentos às fls. 391/423 aos autos
do Processo TC n? 05396/07 - inspeção de obras.
É como voto.
DECISÁO DO TRIBUNAL
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9 O Processo anexado trata-se comunicação acerca de falhas detectadas pelo Ministério da Saúde na ocasião de
acompanhamento de construções de unidades de saúde e aquisição de equipamentos objeto do Convênio 564612004,
no valor total de R$ 1.260.000,00;
C:\Assessor\PLENO\Prefeitura 2006\SBE-PCA~2006-o1992-07.doc
Processo Te n° 01992/07
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~ere~.N6~
Procuradora-Geral