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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC nO 03530/03 e Doc. nO 05810/05

PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA.


PRESTAÇÃO DE CONTAS. EXERCíCIO DE
2004. RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO. Pelo
o seu conhecimento e provimento parcial,
mantendo-se os demais termos das decisões
contidas no Parecer PPl TC 146/2007 e no
Acórdão APl TC 549-A/2007. Renovação do
prazo, ao ex-gestor, para o recolhimento da multa
aplicada.

ACÓRDÃO APl TC '\ \~ 12008

1.RElATÓRIO

O Tribunal, na sessão plenária de 15 de agosto de 2007, ao apreciar a prestação de contas do prefeito


do Município de Lucena, Sr. David Sampaio Falcão, relativa ao exercício financeiro de 2004, decidiu
emitir parecer contrário à sua aprovação, Parecer PPL TC 146/2007, em virtude das seguintes
irregularidades: a) desequilíbrio entre receitas e despesas; b) deficiente arrecadação da receita
tributária; c) insuficiência financeira para saldar os compromissos de curto prazo; d) as despesa com o
pessoal do executivo representaram 54,95% da RCl, ultrapassando em 0,95% o limite legal
estabelecido no art. 20 da lRF; e) ausência de medidas em virtude da ultrapassagem de que trata o
art. 55 da LRF; D incorreta elaboração do REO e RGF e não comprovação da publicação do REO; g) o
interessado não conseguiu demonstrar a fonte de recursos utilizada para cobertura dos créditos
suplementares utilizados, no valor de R$ 106.257,45. O órgão técnico constatou que a apuração do
excesso de arrecadação correspondeu a apenas R$ 40.666,66, ou seja, insuficiente para a cobertura
dos créditos adicionais abertos e efetivamente utilizados; h) foi ultrapassado em 0,95% o limite legal de
despesas com pessoal. Também foi descumprido o art. 50 da lC 101/00, no que se refere ao não
empenhamento das despesas com pessoal e encargos sociais de competência do exercício; i) gastos
excessivo com a locação do veículo FIAT UNO, no valor de R$ 7.500,00; j) o percentual de aplicação
do FUNDEF na remuneração e valorização do magistério foi de 55,35%, abaixo do percentual
legalmente exigido; I) aplicações em MDE abaixo do legalmente exigido, mesmo com a inclusão das
obrigações patronais (23,91%). Através do Acórdão APL TC 549-A/2007 foi imputado, ao Prefeito, o
débito de R$ 7.500,00 em virtude do gasto excessivo com a locação do veículo FIAT UNO. No mesmo
Acórdão foi aplicada multa pessoal ao prefeito, no valor de R$ 5.610,20.

Inconformado com a decisão prolatada, o ex-Prefeito, Sr. David Sampaio Falcão, interpôs recurso de
reconsideração, fls. 3492/3969.

A Auditoria, ao examinar o recurso, fls. 3973/3977, assim se pronunciou, em resumo:

1) Tocante ao DESEQUiLíBRIO ENTRE RECEITAS E DESPESAS

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PROCESSO TC n° 03530103 e Doc. nO 05810/05

RECURSO -sustentou que no demonstrativo da receita e despesa, segundo categorias


econômicas, verifica-se que ocorreu um déficit orçamentário de R$ 12.445,66, o que corresponde a
0,19% em relação à despesa realizada.
AUDITORIA - O demonstrativo a que o recorrente se refere está incorretamente elaborado e
não reflete a realidade contábil do município, haja vista a existência de despesas não contabilizadas no
exercício, no valor de R$ 360.151,37. Com isso, o déficit orçamentário do exercício que era de
R$ 12.445,66 subiu para R$ 372.597,03. Permanece a irregularidade.
2) Atinente a DEFICIENTE ARRECADAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA
RECURSO - acrescentou que o município arrecadou bem além dos valores previstos nas receitas
de IR, ITBI e ISS. Com referência ao IPTU, a receita ficou bem aquém da previsão.
AUDITORIA - Analisando o quadro de arrecadação da receita tributária abaixo apresentado, pode-
se constatar que o valor total arrecadado da receita tributária atingiu apenas de 67,18% do
previsto. Assim, permanece a irregularidade.
3) Respeitante a INSUFICIÊNCIA FINANCEIRA PARA SALDAR OS COMPROMISSOS DE
CURTO PRAZO
RECURSO - a insuficiência financeira apontada refere-se a valores registrados em exercícios
anteriores e, mediante análise do anexo Demonstrativo da Origem e aplicação de recursos não
consignados no orçamento, verifica-se que no ano de 2004 ocorreu uma inscrição de
R$ 341.604,48 e uma redução de R$ 396.886,18, donde conclui-se que houve uma redução de
R$ 55.281,70 na insuficiência financeira no exercício ora em análise.
AUDITORIA - As alegações do recorrente denotam que houve uma redução no montante das
obrigações do município, o que não significa que não houve insuficiência nas contas municipais no
período analisado.
4) Quanto as DESPESA COM O PESSOAL DO EXECUTIVO REPRESENTARAM 54,95% DA
RCl, ultrapassando em 0,95% o limite legal estabelecido no art. 20 da lRF e a AUSÊNCIA DE
MEDIDAS EM VIRTUDE DA ULTRAPASSAGEM DE QUE TRATA O ART. 55 DA LRF
RECURSO - A municipalidade atravessou dificuldades financeiras e não pôde empenhar e pagar
as despesas com pessoal dos meses de novembro e dezembro de 2004, pois faltavam créditos
orçamentários com saldo suficiente, bem como inexistiam fontes de recursos para atender
possíveis suplementações. Assim, devem ser desconsiderados, para cálculo dos limites, os valores
relativos aos meses de novembro e dezembro de 2004.
AUDITORIA - Os valores dos meses de novembro e dezembro de 2004 deveriam ter sido
empenhados (obedecendo ao regime de competência da despesa, cf. preceitua o inciso 11 do art.
50 da LRF) cf. já destacado no relatório de instrução inicial, item 10.4.3.1 (fls. 2444). No exercício
de 2004, o gestor deixou de empenhar o valor de R$ 360.151,37, sendo R$ 302.864,92, referente
pessoal civil, e R$ 51.125,41 a obrigação patronal.
5) Pertinente a INCORRETA ELABORAÇÃO DO REO E RGF E NÃO COMPROVAÇÃO DA
PUBLICAÇÃO DOS MESMOS
RECURSOS - Com relação à incorreta elaboração de tais instrumentos, trata-se de falhas
meramente formais de cunho contábil, razão da necessidade de sua relevação. Segue em anexo a
fiel comprovação de que houve a publicação dos REO e dos RGFs.
AUDITORIA - A comprovação das publicações não foi encontrada na documentação acostada pelo
recorrente. Quanto à incorreta elaboração dos relatórios, o recorrente reconheceu a falha.

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6) Concernente a UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES SEM FONTE DE


RECURSOS PARA COBERTURA, NO VALOR DE R$106.257,45
RECURSO - A fonte de recursos utilizadas para a cobertura do aludido crédito orçamentário foi
oriunda do excesso de arrecadação no valor de R$ 40.666,66 e ainda de um saldo orçamentário
não anulado no valor de R$ 97.930,95, cf. faz prova mediante o anexo 12 (fls. 105/106).
AUDITORIA - De acordo com o art. 43 da Lei 4.320/64, saldo orçamentário não anulado não
consta da lista de fontes de recursos para abertura de créditos adicionais.
7) No que toca a ULTRAPASSAGEM EM 0,95% DO LIMITE LEGAL DE DESPESAS COM
PESSOAL, bem como ao DESCUMPRIMENTO DO ART. 50 DA LC 101/00, NO QUE SE
REFERE AO NÃO EMPENHAMENTO DAS DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS
SOCIAIS DE COMPETÊNCIA DO EXERCíCIO
RECURSO - O limite legal das despesas com pessoal foi ultrapassado porque a Auditoria
contabilizou as folhas de pagamento de novembro e dezembro de 2004 que não foram
empenhadas. Ao se deixar de contabilizá-Ias decerto se verá o atendimento ao limite legal.
AUDITORIA - Como já demonstrado em item anterior, os valores relativos aos meses de novembro
e dezembro de 2004 deveriam ter sido empenhados (obedecendo o regime de competência da
despesa, cf. preceitua o inciso 11 do art. 50 da LRF). Assim, para efeito de cálculo dos limites de
despesas com pessoal, os valores relativos às folhas de pagamento de novembro e dezembro de
2004 foram incluídos, pela Auditoria, nos gastos com pessoal.
8) No que pertine aos GASTOS EXCESSIVOS COM A LOCAÇÃO DO VEíCULO FIAT UNO, NO
VALOR DE R$ 7.500,00
RECURSO - A locação encontra-se revestida de legalidade, porquanto observou as regras
licitatórias previstas na Lei 8.666/93 e alterações posteriores, vindo ser a vencedora do certame a
empresa PNEUCAR, por ter apresentado a melhor proposta. Ademais, urge a necessidade de que
o critério para a apuração do excesso seja revisto, de modo a afastar tão assombrosa imputação,
mormente acima de tudo, ter sido lastreado pelos ditames legais.
AUDITORIA - Analisando a documentação disponível, ratifica a opinião do órgão de instrução
emitida quando da análise de defesa de que a locação de veículo acima fora contratada ao preço
unitário de R$ 1.650,00 ao mês, enquanto que o próprio município locou outro veículo do mesmo
porte, por um preço unitário de R$ 1.000,00 ao mês, denotando que as propostas apresentadas na
licitação, inclusive a vencedora estavam muito acima do preço de mercado em R$ 650,00.
9) Tangente ao PERCENTUAL DE APLICAÇÃO DO FUNDEF NA REMUNERAÇÃO E
VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO FOI DE 55,35%, ABAIXO DO PERCENTUAL
LEGALMENTE EXIGIDO
RECURSO - O valor de R$ 13.461,28 foi indevidamente contabilizado na folha FUNDEF 40%.
Promovendo o estorno, a aplicação em remuneração e valorização do magistério passa de
R$ 628.727,34 para R$ 642.188,67, elevando o percentual de 55,35% para 56,53%. Assim, a falta
de aplicação de apenas 3,47%, o que equivale a R$ 39.318,38, valor de ínfima representatividade
e que merece ser relevado.
AUDITORIA - Acatou os argumentos da defesa e considerou o valor de R$ 13.461,28, referente ao
pagamento de professores que foi indevidamente incluído no FUNDEF 40%, passando a aplicação
no FUNDEF a ser de R$ 642.188,67. Assim, o percentual passou a ser de 56,53%, continuando
abaixo do mínimo legalmente exigido.

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10) No que diz respeito as APLICAÇÕES EM MDE ABAIXO DO LEGALMENTE EXIGIDO,


MESMO COM A INCLUSÃO DAS OBRIGAÇÕES PATRONAIS (23,91%)
RECURSO -Algumas despesas (telefonia fixa e móvel, energia elétrica e água) merecem ser
consideradas para efeito do cálculo de aplicação em MDE. Vejamos tais despesas: a) fornecedor
BSE CLARO -as faturas de celulares pertencentes a Secretaria da Educação durante o exercício
de 2004, somaram a cifra de R$ 1.797,85, tomando por base o valor geral com despesas dessa
natureza no município que redundou em R$ 25.390,22; b) fornecedor TELEMAR - as faturas do
município importaram o valor de R$ 21.260,69. As faturas de telefones pertencentes a Secretaria
de Educação e Cultura alcançaram o valor de R$ 1.298,84; c) fornecedor CAGEPA - Com relação
aos gastos com água, a Educação consumiu o valor de R$ 2.405,79, o equivalente a 12% do gasto
total do município que foi no importe de R$ 19.299,33; d) fornecedor SAELPA - No que tange a
energia elétrica, o município gastou em 2004, o montante de R$ 63.091,54, sendo que desse valor
foram gastos na Educação o valor de R$ 31.125,31; e) por fim, é de se registrar que foram pagos
com precatórios o valor de R$ 35.630,44.
AUDITORIA - Esta Auditoria, analisando a documentação acostada pelo recorrente, conclui o
seguinte: a) quanto às despesas com os fornecedores BSE CLARO, CAGEPA e SAELPA, que não
há elementos suficientes para embasar o cálculo de rateio sugerido. No caso das despesas com a
BSE CLARO, as faturas não permitem concluir quais valores seriam devidos a Secretaria da
Educação. Nos casos da CAGEPA e SAELPA, não foram encontradas faturas ou outros
documentos comprobatórios. Apenas planilhas preparadas pelo recorrente foram enviadas ao
recurso; b) As despesas com o fornecedor TELEMAR, foram identificadas como despesas com a
Educação o valor de R$ 1.298,84 e esse valor foi considerado nas despesas, para efeito de cálculo
das aplicações em MDE; c) O valor de R$ 37.314,88, relativo a pagamento de sentenças judiciais,
foi considerado para deduzir a base de cálculo, de acordo com o procedimento utilizado por este
Tribunal em reiteradas decisões anteriores; d) Com essas inclusões as aplicações em MDE
passaram a ser de R$ 975.886,34 equivalente a 24,16%.

O processo foi encaminhado ao Ministério Público Especial que pugnou, em síntese:

• Em preliminar, pelo conhecimento do presente recurso, posto que atendidos os pressupostos


de tempestividade e legitimidade;
• No mérito, pelo seu não provimento, mantendo-se, integralmente, os termos das decisões
consubstanciadas no parecer PPL TC 146/07 e Acórdão APL TC 549-A/07.

2,VOTO DO RELATOR

O Relator discorda, data vênia, da Auditoria tocante ao desequilíbrio entre receitas e despesas, vez que
o órgão de instrução incluiu nas despesas os valores de R$ 302.864,92, relativos a pessoal civil, e
R$ 51.125,41, atinentes a obrigações patronais, apesar dos mesmos não terem sido empenhados.
Assim, o déficit orçamentário encontrado na prestação de contas foi de R$ 12.445,66 e não de
R$ 372.597,03, como informou a unidade técnica.

Tocante a imputação de débito relacionada ao gasto excessivo com a locação do veículo FIAT UNO,
no valor de R$ 7.500,00, apesar de o Tribunal ter considerado o excesso em decorrência do aluguel de

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outro veículo feito pelo Município, no valor mensal de R$ 1.000,00, tal veículo, no entendimento desde
Relator, não poderia servir como parâmetro, uma vez que se tratava do modelo STRADA, ano 2002,
com características diferentes daquele veículo Fiat UNO, zero km. A própria Auditoria, em posterior
complemento de instrução, em pesquisa realizada no SAGRES, fls. 3405/3406, verificou que em outros
municípios o valor pago para um carro de mesma marca e mesmo porte estaria entre R$ 1.100,00 e
R$ 1.200,00. O Relator entende que a imputação não deve permanecer, uma vez que o veículo locado
se tratava de veículo Zero KM, completo, com todos os opcionais, conforme documentos de fls. 2647,
2655 e 2664, enquanto que os veículos apresentados, como referência pela Auditoria, não há qualquer
informação quanto ao ano dos mesmos e quais os opcionais que possuíam.

A irregularidade atinente ao FUNDEF teve seu percentual modificado de 55,35% para 56,53%, em
virtude da inclusão, das despesas com professores, anteriormente contabilizadas nos 40% do
FUNDEF. Ainda assim, o percentual não atinge o legalmente exigido que é de 60%.

Outra modificação ocorreu na inclusão, no MDE, de despesas relativas a TELEMAR, vez que foi
possível comprovar, através das faturas apresentadas, que de fato se referiam a despesas atinentes a
Secretaria da Educação. Outras despesas como a SAELPA e a CAGEPA, sequer foram apresentadas
as faturas para que possibilitassem a Auditoria apropriar as despesas no MDE. Apenas foram
apresentadas planilhas, impossibilitando, assim, a Auditoria, de proceder a qualquer análise. Quanto às
despesas com BSE CLARO, nem as faturas apresentadas nem os empenhos são capazes de
comprovar que se referem a celulares da Secretaria da Educação. Assim, do valor aplicado em MDE
(R$ 974.587,50) foram incluídas as despesas identificadas como da Secretaria da Educação com a
empresa TELEMAR (R$ 1.298,84). Também foram excluídas as despesas com precatórios
(R$ 37.314,88) do total da receita com impostos (R$ 4.075.830,29). Assim, as aplicações em MDE
passaram de 23,91% para 24,16%, não atendendo, ainda, o percentual legalmente exigido.

Quanto às demais irregularidades, o Relator acompanha o entendimento da Auditoria, pela


permanência das mesmas.

Ante o exposto, o Relator vota no sentido de que o Tribunal conheça do recurso, pela sua
tempestividade e legitimidade do recorrente, e, no mérito, que lhe seja dado provimento parcial para
desconstituição do débito imputado de R$ 7.500,00, tocante ao gasto excessivo com locação de
veículo, bem como para serem modificados os percentuais de aplicação do FUNDEF, em remuneração
e valorização do magistério, que passa de 55,35% para 56,53%, e em MDE, que passam de 23,91%
para 24,16%, e em relação ao déficit orçamentário, que passa de R$ 372.597,03 para R$ 12.445,66,
mantendo-se, no entanto, as demais irregularidades e decisões constantes do Parecer PPL TC 146/07
e do Acórdão APL TC 549-A/07, renovando-se o prazo de 60 dias, ao ex-Prefeito, Sr. David Sampaio
Falcão, para recolhimento da multa aplicada, sob pena de cobrança executiva.

3.DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO

Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC n° 03530/03 (Doc. 05810/05), no tocante ao


recurso de reconsideração apresentado, os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba,

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PROCESSO TC n° 03530/03 e Doc. n° 05810/05

na sessão realizada nesta data, por unanimidade de votos, ACORDAM: (1) em preliminar, tomar
conhecimento do recurso de reconsideração interposto pelo ex-Prefeito do Município de Lucena, Sr.
David Sampaio Falcão, e, (2) quanto ao mérito, dar-lhe provimento parcial, para desconstituição do
débito imputado de R$ 7.500,00, tocante ao gasto excessivo com locação de veículo, bem como para
serem modificados os percentuais de aplicação do FUNDEF, em remuneração e valorização do
magistério, que passa de 55,35% para 56,53%, e em MDE, que passam de 23,91% para 24,16%, como
também em relação ao déficit orçamentário, que passa de R$ 372.597,03 para R$ 12.445,66,
mantendo-se, no entanto, as demais irregularidades e decisões constantes do Parecer PPL TC 146/07
e do Acórdão APL TC 549-A/07, renovando-se o prazo de 60 dias, ao ex-Prefeito, Sr. David Sampaio
Falcão, para recolhimento da multa aplicada, sob pena de cobrança.

Publique-se, intime-se e cumpra-se.


TC - Plenário Ministro João Agripino.
João Pessoa, 23 de abril 008.

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Procuradora Geral do Ministério Público junto ao.Iâbuna

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