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Alcalino-metálicos

Os Alcalinos são os elementos do Grupo 1 (1A) da Tabela Periódica, constituindo uma


família ou uma série química. Formada pelos seguintes metais: lítio (Li), sódio (Na),
potássio (K) , rubídio (Rb), césio (Cs) e frâncio (Fr).

Têm este nome porque reagem muito facilmente com a água e, quando isso ocorre,
formam hidróxidos (substâncias básicas ou alcalinas), libertando hidrogênio. Estes
metais também reagem facilmente com o oxigênio produzindo óxidos.

Equação química da reacção de um metal alcalino (exemplo: lítio) com a água:

2 Li(s) + 2 H2O(l) 2 LiOH(aq) + H2(g)

Equação química da reacção de um metal alcalino (exemplo: potássio) com o oxigênio:

4 K(s) + O2(g) 2 K2O(s)

São metais de baixa densidade, coloridos e moles. Altamente eletropositivos e reativos.


A eletropositividade e a reatividade destes elementos tende a crescer, no grupo, de cima
para baixo se visto do ponto de vista termodinâmico (liberação de energia), pois quanto
menor, mais o elemento se hidrata, oxidando mais rápido e reagindo mais rápido, se
visto do ponto de vista cinético (velocidade da reação)a reatividade tende a crescer de
baixo para cima, pois quanto maior os átomos mais fácil de perder o seu elétron de
valência e mais rápido reage. Apresentam um único elétron nos seus níveis de energia
mais externos ( em subnível s ) , tendendo a perdê-lo, transformando-se em íons
monopositivos: M+.

O hidrogênio, com um único elétron, está situado normalmente na tabela periódica no


mesmo grupo dos metais alcalinos (ainda que as vezes apareca separado destes em outra
posição). Porém, a energia necessária para arrancar o elétron do hidrogênio é muito
mais elevada do que a qualquer alcalino. Como nos halogênios o hidrogênio necessita
receber um único elétron para completar o seu nível mais externo. Na sua forma
elementar é encontrado como uma molécula diatômica, H2. Pode formar sais
denominados hidretos (MH) com os alcalinos, de forma que o metal cede um elétron ao
hidrogênio, como se o hidrogênio fosse um halogênio. Devido a peculiaridade do
hidrogênio prefere-se não classificar o hidrogênio em nenhuma série química.

Metal alcalino-terroso
Os alcalino-terrosos são os elementos químicos do grupo 2 (2 A) da tabela periódica,
formando uma família ou uma série química, e são os seguintes: berílio ( Be ), magnésio
(Mg), cálcio (Ca), estrôncio (Sr), bário (Ba) e radio (Ra). Este último apresenta um
tempo de vida média muito curto.

O nome alcalino-terroso provém do nome que recebiam seus óxidos: terras. Possuem
propriedades básicas (alcalinas).

Apresentam eletronegatividade ≤ 1,3 segundo a escala de Pauling. Este valor tende a


crescer no grupo de baixo para cima.

São metais de baixa densidade, coloridos e moles. Reagem com facilidade com
halogênios para formar sais iônicos e com a água (ainda que não tão rapidamente como
os metais alcalinos) para formar hidróxidos fortemente básicos. São todos sólidos.

Todos apresentam dois elétrons no seu último nível de energia (em subnível s) , com
tendência a perdê-los transformando-se em íons bipositivos, M2+. Esta tendência em
perder elétrons, denominada eletropositividade cresce no grupo de cima para baixo,
sendo o menos eletropositivo, o berílio.

A reatividade dos metais alcalino-terrosos tende a crescer no mesmo sentido.

Não-metais

Os Não-metais (ou Ametais) formam uma das três categorias de


elementos químicos (as outras duas são os metais e os metalóides) segundo a
classificação pelas propriedades de ionização e de ligação química. Estas
propriedades derivam do fato dos não-metais serem altamente eletronegativos,
isto é, de ganharem elétrons de valência de outros átomos mais facilmente do
que libertam os seus.
A maior parte dos não-metais encontra-se na parte superior direita da
tabela periódica. A exceção é o hidrogênio, que é em geral colocado na
extremidade superior esquerda com os metais alcalinos, mas se comporta como
um não-metal na maior parte das circunstâncias. Ao contrário dos metais, que
são condutores de eletricidade, um não-metal pode ser um isolador ou um
semicondutor. Os não-metais podem formar ligações iônicas com os metais ao
ganharem elétrons, ou ligações covalentes com outros não-metais. Os óxidos
dos não-metais são ácidos.
Só existem 12 não-metais conhecidos, o que contrasta com mais de 80
metais, mas são os não-metais que constituem a maior parte da Terra, em
especial das suas camadas exteriores. Os organismos vivos são compostos
quase exclusivamente por não-metais. Muitos não-metais (hidrogênio, azoto,
oxigênio, flúor, cloro, bromo e iodo) são diatômicos e a maior parte dos
restantes são poliatômicos.

Halogênio
A série química dos halogênios (português brasileiro) ou halogéneos (português europeu) é o grupo 17
(7A) da tabela periódica dos elementos, formado pelos seguintes elementos: flúor,
cloro, bromo, iodo e astato ou Astatínio (este último, radioativo e pouco comum). Esse
grupo, juntamente com o grupo 18 (8A), dos gases nobres, são as únicas famílias
formadas unicamente por não-metais. A palavra provém do grego e significa formador
de sais.

Na forma natural são encontrados como moléculas diatômicas, X2.

Todos apresentam 7 elétrons no seu último nível de energia, terminando a sua


configuração eletrônica em subnível p com 5 elétrons. Para um halogênio adquirir
estabilidade química, o seu último nível de energia precisa receber um elétron,
transformando-se num íon mononegativo, X-. Este íon é denominado haleto e os seus
sais de haletos. Um dos haletos mais famosos é o cloreto de sódio, conhecido como sal
de cozinha.

Muitos compostos orgânicos sintéticos e alguns naturais contém halogênios. Estes


compostos são denominados compostos halogenados.

Possuem uma eletronegatividade ≥ 2,5 segundo a escala de Pauling, sendo o fluor o de


maior eletronegatividade (4,0). O valor da eletronegatividade no grupo decresce de cima
para baixo, sendo o menos eletronegativo o astato. São altamente oxidantes
(decrescendo esta propriedade, no grupo, de cima para baixo), por isso reagem
espontaneamente com os metais, não-metais, substâncias redutoras e até com os gases
nobres.

Devido a esta alta reatividade podem ser perigosos ou letais para organismos vivos se
em quantidade suficiente. O cloro e iodo são usados como desinfetantes para água
potável, piscinas, ferimentos recentes, pratos, etc. Eles matam bactérias e outros
microorganismos. Sua reatividade também é útil no branqueamento de materiais. O
cloro é o agente ativo da maioria dos branqueadores usados na produção de papel, por
exemplo.

São tóxicos (exceto o iodo), voláteis em condições ambientais, podendo ocasionar


queimaduras na pele e nas vias respiratórias.

O fluor e cloro são gasosos, o bromo é líquido, o iodo e o astato são sólidos.

Gás nobre
Um gás nobre é um membro da família dos gases nobres da Tabela Periódica. O termo
“gás nobre” vem do fato que, do ponto de vista humano, nobre é aquele que geralmente
evita as pessoas comuns. Do mesmo modo, a característica destes gases é de não
combinarem com os demais elementos. Estes gases têm uma baixa reactividade e são
também conhecidos por gases inertes (apesar de não serem inertes porque já foi
comprovado que alguns podem participar de reações químicas). De um modo geral, os
gases nobres tem uma relativa dificuldade de combinação com outros átomos porque
são pouco reactivos.

Os gases nobres formam uma série química. São elementos químicos do grupo 18
( grupo 0 ou 8A nas tabelas mais antigas ); especificamente são os elementos hélio,
neônio, argônio, criptônio, xenônio, radônio e ununóctio.

Embora existam em quantidades consideráveis na atmosfera terrestre, não foram


descobertos devido à baixa reatividade que possuem. A primeira evidência da existência
dos gases nobres foi através da descoberta da existência do hélio no sol, feita por análise
espectrográfica da luz solar. Mais tarde, o hélio foi isolado da atmosfera terrestre por
William Ramsay. Os gases nobres apresentam forças de atração interatômicas muito
fracas, daí apresentarem baixos pontos de fusão e ebulição. Por isso, são gasosos nas
condições normais, mesmo aqueles que apresentam átomos mais pesados.

Todos os gases nobres apresentam os orbitais dos níveis de energia exteriores completos
com elétrons, por isso não formam facilmente compostos químicos. À medida que os
átomos dos gases nobres crescem na extensão da série tornam-se ligeiramente mais
reativos, daí poder-se induzir o xenônio a formar compostos com o flúor. Em 1962, Neil
Bartlett, trabalhando na Universidade de Columbia, Inglaterra , reagiu o xenônio com o
flúor produzindo os compostos XeF2, XeF4, e XeF6. O radônio foi combinado com o
flúor formando o fluoreto de radônio, RnF, que brilha intensamente na cor amarelada
quando no estado sólido. Além disso, o criptônio pode ser combinado com o flúor
formando KrF2, o xenônio para produzir o biatômico de curta-duração Xe2 , e pode-se
reagir gás nobre com outros haletos produzindo, por exemplo, XeCl usado em lasers.
Em 2002, foram descobertos compostos nos quais o urânio formava moléculas com
argônio, criptônio ou xenônio. Isso sugere que os gases nobres podem formar
compostos com os demais tipos de metais. O fluoreto de argônio (ArF2) foi descoberto
em 2003 pelo químico suíço Helmut Durrenmatt. Na tabela periódica, abaixo do
radônio, existe um espaço vazio. Isto significa que, teoricamente, pode existir um outro
gás nobre ainda não descoberto. Este gás nobre ainda a descobrir tem sido nomeado
temporariamente como Ununoctium.

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