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Encarte Especial

PCS 2009

AOJUS/DF DÁ INÍCIO A UMA NOVA ESTRATÉGIA PARA GARANTIR A


MANUTENÇÃO DA GAE E DA DIFERENCIAÇÃO REMUNERATÓRIA
NA PROPOSTA DE AUMENTO SALARIAL PARA OS SERVIDORES DO
PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO

Esta semana a Associação dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal – AOJUS/DF deu inicio a
uma nova estratégia com o objetivo de garantir para os oficiais da ativa e aposentados a
manutenção da GAE e da diferenciação salarial que ela representa e, bem assim, da recriação do
cargo de oficial de justiça federal na estrutura do Poder Judiciário da União.

No último dia 03 começou a distribuição para todos os membros das administrações dos Tribunais
Superiores e do TJDFT, para os presidentes dos Conselhos Superiores (CNJ, CJF, CSJT) e para
todos os diretores e secretários gerais participantes da comissão que analisa o plano de reajuste
salarial, de um vídeo de aproximadamente 06 minutos de duração onde se demonstra claramente
os porquês da necessidade de se garantir as propostas dos oficiais.

O vídeo é uma realização exclusiva da AOJUS confeccionado com o auxilio de um material


apresentado pela FOJEBRA quando da reunião no Senado Federal para lutar pela aposentadoria
especial e porte de arma. A apresentação em vídeo traz uma clara exposição dos problemas
relacionados com a nossa atividade e expõe a realidade cruel das ruas para os oficiais de justiça
no país afora.
Os colegas que assistiram ao vídeo ficaram extremamente bem impressionados com seu conteúdo,
realçado por um texto em áudio que enfatiza nossos problemas e a verdadeira razão para nossos
pleitos existirem.

A AOJUS pretende apresentar em breve aos colegas associados o vídeo remetido aos Tribunais,
por enquanto segue ao final a transcrição do áudio da apresentação para que os colegas possam
tomar conhecimento.

É preciso ressaltar que, embora beneficie a todos os oficiais do país, esta é uma iniciativa exclusiva
da Associação dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal.

PRESIDENTE DA AOJUS E DEMAIS MEMBROS DA COMISSÃO


ESPECIAL DA FENASSOJAF REUNEM-SE COM CHEFE DE
GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TJDFT
Em mais uma reunião na jornada em defesa da recriação do cargo de oficial federal, da GAE –
Gratificação de Atividades Especiais e da manutenção da diferenciação salarial, o presidente da
AOJUS e os demais membros da Comissão Especial da Fenassojaf foram recebidos no Edifício
Palácio da Justiça do nosso TJDFT. Pelo Dr. Charleston Reis Coutinho, chefe de gabinete do
Desembargador Nívio Geraldo Gonçalves, presidente do Tribunal.

Inicialmente o presidente Alexandre Mesquita apresentou todos os presentes ao Dr. Charleston e


em seguida foi entregue o memorial em que os oficiais explicitam os porquês de seus pleitos e
demonstram pormenorizadamente suas reivindicações. Juntamente com o memorial foi entregue
cópia do anteprojeto, que teve como origem o texto elaborado pelo nosso colega Luiz Henrique e
que propõe modificações na atual Lei do PCS (11.416/2006), garantindo a GAE com diferenciação
remuneratória, e o cargo do oficial de
justiça federal.

O chefe de gabinete justificou a


ausência do Desembargador
Presidente, e comprometeu-se a
entregar o material e encaminhar o
pedido de reunião urgente com o
presidente do TJDFT, assim que
houvesse disponibilidade de agenda.

O Dr. Charleston falou com bastante


franqueza sobre as propostas de
alteração da Lei 11.416/2006,
expressou ainda que tinha
conhecimento do caráter diferenciado
das atividades desenvolvidas pelo
oficial de justiça. Na ocasião lembrou que muitos dos dispositivos do atual PCS ainda não estão
definitivamente implementados em todos os Tribunais, daí o entendimento do TJDFT de que antes
de tratar de alteração do atual PCS, deve-se primeiro implementá-lo integralmente e resolver o
problema salarial do servidor.

Da conversa com o chefe de gabinete da presidência do TJDFT, restou o entendimento em todos


de que o Dr. Charleston compreendeu a situação diferenciada do oficial e considera justo seus
pleitos, momento quando afirmou que tinha certeza de que o presidente do TJDFT iria remeter
nossa proposta para ser analisada por seus pares na presidência dos Tribunais Superiores.

Quando o presidente da AOJUS afirmou que a perda da diferenciação remuneratória iria desaguar
em um desinteresse pela atividade relativa ao cumprimento de mandado e que isso redundaria em
perda de oficiais, que optariam por trabalhar nos gabinetes e cartórios judiciais, o Dr. Charleston
concordou plenamente.

A diretora jurídica da Federação Iracema Pompermayer foi enfática ao afirmar que: “os Oficiais de
Justiça estão se sentindo lesados e traídos pela proposta atual de revisão, pois ofereceram as suas
FC’s, e , no caso do TJDF, a sua GEM – Gratificação por Execução de Mandados em troca da GAE
– Gratificação por Atividades Externas e agora correm o risco de perdê-la. Esta proposta agora
apresentada é um golpe para os Oficiais, pois a atividade de risco permanece, enquanto que a
gratificação criada com base neste risco querem ver suprimida ser suprimida.”

Estiveram presente à reunião o presidente da AOJUS/DF, Alexandre Mesquita, o presidente da


ASSOJAF/DF-TRT, o vice-presidente e a diretora jurídica da Fenassojaf, o vice presidente da
ASSOJAF/DF, a presidente da ASSOJAF-GO.

COMISSÃO ESPECIAL DA FENASSOJAF REÚNE-SE COM MINISTRO


PRESIDENTE DO TST
Na tarde do último dia 29, os membros da Comissão Fenassojaf criada para defender as
propostas dos oficiais de justiça no próximo
plano salarial do Poder Judiciário a ser
remetido em agosto ao Congresso Nacional,
reuniu-se com o Ministro Milton de Moura
França, Presidente do Tribunal Superior do
Trabalho – TST.

Estavam presentes à reunião a presidente e


o vice da Fenassojaf Lúcia Bernardes e
Joaquim Castrillon, o presidente da
AOJUS/DF, Alexandre Mesquita, a
presidente da Assojaf/GO, Mauralice
Fernandes, a diretora jurídica da Fenassojaf,
Iracema Pompermayer, o vice presidente da
Assojaf/DF, Severino Nascimento e o
presidente da Assojaf/RS Marcelo Ortiz.

O pedido dos oficiais de justiça federais foi sustentado em conjunto, todos se manifestaram
demonstrando um aspecto da importância de assegurar o cargo do oficial de Justiça a Gratificação
de Atividades Externas – GAE e a diferenciação remuneratória dela decorrente. O Ministro
Presidente Milton de Moura ouviu com atenção e anotou em seus apontamentos pessoais.

Ao fim das explanações, foi entregue a proposta de anteprojeto da Fenassojaf para a revisão da
Lei 11.416/2006 e os memoriais fundamentados com robustas justificativas fáticas, legais e
históricas.

O Ministro se mostrou sensível ao pedido dos oficiais, reconhecendo sem sombra de dúvida o
caráter diferenciado da nossa atividade. Informou também aos presentes que o Diretor Geral do
TST, Gustavo Caribé e o Secretário Geral do CSJT, Adley Cristian, estavam em viagem para a
cidade de Belo Horizonte justamente em reunião para tratar da alteração da Lei 11.416/2006.

O presidente do TST se comprometeu apreciar o pedido dos oficiais em conjunto com o seu diretor
geral e o secretário do CSJT, assim que estes retornassem trazendo os mais recentes subsídios
sobre o assunto.

A reunião se encerrou em clima amistoso, e foi consenso geral entre os oficiais presentes o
otimismo quanto à apreciação do Ministro.

OFICIAIS REUNEM-SE COM DIRETOR GERAL DO STF


No último dia 31/07, a presidente da Fenassojaf, Lúcia Bernardes, acompanhada do presidente da
AOJUS/DF, Alexandre Mesquita e do vice-presidente da Assojaf/DF, Severino de Abreu, reuniram-
se com o Diretor Geral do Supremo Tribunal Federal, Alcides Diniz, com o objetivo de tratar do
Plano Salarial proposto pelos Diretores e
Secretários Gerais dos Tribunais e defender as
propostas dos oficiais de justiça relativas à volta
do cargo, manutenção da GAE e da
diferenciação salarial.

Inicialmente o Diretor Geral informou aos


presentes que havia acabado de chegar de uma
viagem feita a Minas Gerais, a convite do
Governo Mineiro, onde conheceu o sistema de
avaliação dos servidores estaduais.
Denominado de ADI (Avaliação de Desempenho
Individual), o sistema premia o servidor com
uma espécie de 13º salário, cujo valor é
proporcional à avaliação que o mesmo teve no ano anterior, contudo seu pagamento está atrelado
a ocorrência de superávit fiscal nas contas do Estado.
Tratando especificamente do Plano do Poder Judiciário o Dr. Alcides explicou que, o projeto
divulgado como sendo a proposta dos Diretores, é apenas uma versão preliminar que ainda está
em análise e que inclusive existia outra proposta a ser estudada que não a da Comissão.

SEM AFOBAMENTOS

Disse ainda que os Diretores Gerais resolveram priorizar a discussão salarial neste instante, em
razão da necessidade de se corrigir as distorções salariais na remuneração dos servidores do
Poder Judiciário e para que fosse possível incluir no orçamento para o próximo ano. Para o Dr.
Alcides, resolvida a atual distorção salarial, as demais questões relativas ao Plano de Cargos e
Carreiras podem ser discutidas com mais calma, sem afobamentos e sem que os integrantes da
comissão fiquem preocupados com tabelas.

AVALIAÇÕES SETORIAS

De acordo com o Diretor Geral, na hipótese de ser implementada qualquer proposta de incentivo à
produtividade no plano, esta não terá por base o desempenho individual do servidor e sim levará
em conta o cumprimento de metas setoriais.

OFICIAIS DE JUSTIÇA FEDERAIS

Quando se tratou das questões relativas aos oficiais de justiça, o Dr. Alcides se mostrou bastante
simpático à manutenção da GAE e da diferenciação salarial que ela representa atualmente,
externou a sua opinião de que a GAE deveria ser mantida e ainda afirmou que conhecida todas as
razões que justificam a manutenção da diferenciação salarial, já que o oficial exerce de fato uma
atividade diferenciada.

Disse que havia sido voto vencido quanto à criação do cargo e que, diante das novas ações da
Federação, iria tentar retomar esse assunto na comissão dos Diretores.

APOSENTADOS

Durante a conversa tratou-se da questão dos aposentados e a nossa presidente reforçou a


necessidade de não se prejudicar os aposentados. O Dr. Alcides se mostrou sensível à questão e
disse que estudava formas de não acabar com a paridade salarial.

UMA BOA REUNIÃO

Após o encontro, o sentimento dos oficiais presentes era o de que as ações da federação em prol
das propostas dos oficiais começam a surtir efeito entre os Diretores Gerais. Todos estão cientes
de que ainda há muito a ser feito, mas ficamos com a certeza de que estamos no caminho certo.
COMISSÃO DA FEDERAÇÃO REÚNE-SE COM DIRETOR GERAL DO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Na última sexta feira, dia 31, os integrantes da Comissão da Fenassojaf tiveram um encontro com o
Dr. Gustavo Caribé, Diretor Geral do TST e um dos mais influentes participantes da Comissão de
Diretores e Secretários Gerais que estão elaborando proposta de anteprojeto que tratará do
Reajuste dos Servidores do Poder Judiciário da União.

Estiveram presentes ao encontro os colegas oficiais Lúcia Bernardes, presidente da Fenassojaf,


Alexandre Mesquita, presidente da AOJUS/DF, Severino de Abreu, vice presidente da Assojaf/DF e
Antonio Gilson, presidente da Assojaf - DF/TRT.

Logo no inicio da conversa o Dr. Gustavo tratou de informar aos presentes que já havia sido
orientado pelo presidente do TST a respeito das propostas dos oficiais de justiça e que estava
ciente e orientado sobre o posicionamento que o TST tomaria no plano sobre este assunto.

Apesar de não querer adiantar tal posição,


o Diretor Geral, demonstrou entender
perfeitamente as razões pelas quais deve
ser mantida a GAE e a diferenciação
salarial que ela representa atualmente.

Especificamente sobre a questão do cargo


o Dr. Gustavo quis saber o porquê da sua
necessidade e se a utilização da
nomenclatura nos documentos funcionais
não resolveria o problema.

Pelo colega Alexandre Mesquita foi


explicado que a criação do cargo justificava-se em razão dele estar previsto em toda a nossa
legislação infraconstitucional; pelo fato de ser tal nomenclatura, oficial de justiça, de conhecimento
da população brasileira e, principalmente como forma de evitar desvios de função e obrigar os
Tribunais Regionais a fazer previsão nos seus futuros concursos públicos, para a contratação deste
servidor, imprescindível para a efetividade da justiça.

Mesquita demonstrou ao Diretor Geral que alguns tribunais passaram a fazer concurso apenas
para Analista Judiciário, sem prever a necessidade de novos analistas executantes de mandados,
com isso, ampliou-se a sobrecarga de trabalho dos oficiais na Justiça do Trabalho.

Foi demonstrado também que a criação do cargo específico também evitará a ocorrência dos
odiosos desvios de função e colaboraria para a extinção do quadro de ad hocs na Justiça do
Trabalho.

Por todos foi discutida a situação do oficial de justiça aposentado, tendo os oficiais de justiça
ressaltado a necessidade dos dirigentes do Poder Judiciário preservarem a paridade e a
integralidade da aposentadoria, tendo o Dr. Gustavo recebido muito bem os argumentos da
Federação.

COMEÇARAM AS BATALHAS PELA GARANTIA DOS DIREITOS DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA


NO NOVO PLANO SALARIAL

Na tarde de hoje (22) o presidente da nossa associação, Alexandre Mesquita, acompanhado


do colega Marcelo Codeço, juntamente com o presidente e vice da Assojaf – DF, presidente da
Assojaf – GO, presidente da Assojaf – TRT/DF e da Diretora Jurídica da Fenassojaf, foi recebido
pelo presidente do Superior Tribunal Militar, Min. Dr. Carlos Alberto Marques Soares.

Na reunião que durou aproximadamente uma hora, nosso presidente pode esclarecer a
respeito dos pleitos dos oficiais, justificar a necessidade da manutenção da GAE e, bem assim, da
manutenção da diferenciação salarial que a GAE representa para os oficiais de justiça.
Extremamente simpático e cortês, o presidente do STM, explicou que já fora oficial de justiça no
Rio de Janeiro, razão pela qual conhecia perfeitamente as agruras da função e por isso sempre
atuou em defesa de tal servidor a
partir do momento em que tomou
posse como juiz na Justiça Militar.

O Ministro Carlos Alberto


nos informou ainda que havia
abolido da justiça militar o oficial de
justiça ad hoc já que para ele,
quem tem que dar cumprimento às
ordens judiciais eram os oficiais de
justiça concursados, porque tinham
preparo e experiência para tal, não
pessoas nomeadas
momentaneamente para tal.
Também nos afirmou que
determinou a mudança dos documentos de identificação dos oficiais para que passasse a constar a
denominação oficial de justiça avaliador federal.

O encontro foi extremamente proveitoso; conseguimos o compromisso do Ministro de


defender as propostas dos oficiais de justiça não só determinando a seu Diretor Geral a fazê-lo
junto a seus pares dos demais Tribunais Superiores e TDFT, como garantiu que ele próprio o faria
junto aos demais presidentes de Tribunais.
Abaixo apresentamos a propostas de projeto de Lei elaborada pela AOJUS/DF com o apoio
do colega Luiz Henrique e que passou a ser a proposta da Fenassojaf a ser apresentada e
defendida junto aos presidentes e diretores gerais dos Tribunais.

TRANSCRIÇÃO DO ÁUDIO DA APRESENTAÇAO REMETIDA AOS TRIBUNAIS

A Federação Nacional das Associações de Oficiais de Justiça Avaliadores Federais – FENASSOJAF e a


Associação dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal – AOJUS/DF, solicita o apoio de Vossa Excelência
para as propostas dos oficiais de justiça federais no Plano de Cargos e Salários do Poder Judiciário da
União, a ser remetido em breve ao Congresso Nacional, por ser uma questão da mais pura justiça, conforme
se verificará nesta apresentação.

Excelência, são pleitos históricos dos oficiais de justiça federais e de suas entidades representativas, a
recriação de seu cargo na estrutura do Poder Judiciário da União e, bem assim, a manutenção da
Gratificação por Atividade Externa – GAE e a manutenção da diferenciação salarial que a mesma representa
atualmente, quando se compara a remuneração do analista executante de mandados com a do analista
interno.

Há 08 meses o Ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, determinou a criação de uma comissão
interdisciplinar com o objetivo de preparar uma revisão no Plano de Cargos e Salários para os servidores do
Poder Judiciário da União. Nas discussões de tal plano passou a ser consenso entre os integrantes da
comissão a inserção das três propostas relativas aos oficiais de justiça. Ressalte-se que tais propostas
tiveram o apoio de todas as entidades sindicais e federativas representativas de servidores.

Reunidos com o propósito de analisar o Plano da Comissão Interdisciplinar, no entanto, os Diretores e


Secretários-Gerais dos Tribunais Superiores e do TJDFT, decidiram por bem apresentar um anteprojeto de
lei voltado principalmente para reajustar a remuneração dos servidores do Poder Judiciário da União, por ser
essa uma necessidade imperiosa.

Ocorre, Excelência que tal proposta não inclui a recriação do cargo de oficial de justiça federal; acaba com a
Gratificação de Atividade Externa – GAE devida aos oficiais federais e, como via de consequência, acaba
com a diferenciação existente na remuneração deste servidor.

A FENASSOJAF e suas associadas não podem concordar com tal proposta uma vez que representam um
verdadeiro retrocesso nas conquistas que os oficiais federais tiveram nos últimos anos, mormente no que
diz respeito ao fim da GAE que, como se verifica nesta apresentação, tem uma sólida justificativa para
existir.

Por outro lado, os oficiais de justiça entendem que a mera manutenção da GAE, sem que se mantenha a
diferenciação salarial, como propôs posteriormente a Comissão Interdisciplinar, já que sua proposta impede
que os oficiais também percebam a chamada Gratificação de Representação - GR, mais que uma vitória,
seria um retrocesso, uma vez que tal diferenciação se justifica pelas peculiaridades da função desenvolvida
pelos oficiais federais.

Ora, a Gratificação de Atividade Externa foi justamente criada em razão da natureza especifica da atividade
dos oficiais, que trabalham nas ruas, correndo todo tipo de perigo, atuando nas mais diversas regiões deste
longínquo país, fora da segurança dos gabinetes, longe do conforto e dos aparelhos de ar condicionado dos
cartórios judiciais; colocando todos os dias suas vidas em risco, nunca sabendo se vão regressar em
segurança para suas casas, não importando o mandado que devam cumprir.

Por força de seu mister, vivem constantemente se expondo a risco de morte, a humilhações, a agressões
verbais e físicas.
É a categoria que tem o maior índice de atendimento pelos setores psicossociais dos Tribunais.

Em razão de uma atividade extremamente estressante e cansativa, dificilmente conseguem chegar à


aposentadoria sem serem acometidos de algum tipo de distúrbio emocional, distúrbio esse que não só afeta
o oficial, mas a todos os seus familiares, que, via de regra, são os únicos que estão ao seu lado para lhe dar
o necessário afeto, carinho e atenção.

Colocam seus veículos particulares a serviço do Estado, por mais que recebam Indenizações de Transporte,
nada ressarce o prejuízo que têm ao colocarem seus veículos nas estradas esburacadas deste país,
sujeitando-se a todo tipo de risco material, inclusive a terem o veiculo roubado.

Diferentemente dos Analistas que atuam internamente, não concorrem às diversas FCs e CJs que em certos
casos podem até dobrar o salário do servidor.

Manter o projeto apresentado pelos Senhores Diretores Gerais ou mesmo o projeto da Comissão
Interdisciplinar inalterados, impedindo que o oficial de justiça continue recebendo a GAE ou que a receba
sem fazer jus à GR, geraria extrema injustiça quando da implantação do plano, já que determinaria um
reajuste em um percentual infinitamente inferior para os oficiais federais em detrimento dos colegas
analistas internos.

Outrossim, acabando com a diferenciação salarial como propõe a Comissão Interdisciplinar, os Tribunais
correm o risco de perder uma força de trabalho expressiva no cumprimento de mandados já que foi a
criação da GAE, como diferenciador salarial entre o oficial de justiça e o analista interno, que fez com que
vários oficiais se animassem a deixar os gabinetes e voltassem a atuar no cumprimento dos mandados.

A perda de tal diferenciação só causaria uma grande corrida no sentido inverso.

Por que o oficial iria se submeter a correr risco de morte, a ser humilhado, mal tratado, vilipendiado, violado
e estuprado (como já ocorreu em alguns casos), a se sujeitar a trabalhar nos fins de semana, feriados e nas
madrugadas, a deteriorar seu carro, se pode receber o mesmo salário trabalhando no conforto de um
gabinete e ainda pode receber uma FC?

Não se pode esquecer que na prática tal diferenciação já existia antes do PCS de 2006, já que os oficiais
percebiam Funções Comissionadas e, no caso do TJDFT, uma gratificação, cujo valor era maior inclusive do
que o valor atual pago pela GAE.

A diferenciação salarial é uma conquista que os oficiais de justiça não abrem mão, assim como a
permanência da própria GAE e a recriação do cargo.

Excelência, os oficiais federais esperam contar com o vosso apoio e com o apoio do Diretor Geral do seu
Tribunal, para que as propostas relativas à recriação do cargo, à permanência da GAE e à manutenção da
diferenciação salarial do oficial de justiça federal sejam implementadas.

NÃO QUEREMOS PRIVILÉGIOS, LUTAMOS POR JUSTIÇA!

VEJA A PROPOSTA DE ANTEPROJETO REMETIDA AOS TRIBUNAIS SUPERIORES E TJDFT

MINUTA DE PROJETO DE LEI


(VERSÃO PRELIMINAR)

LEI Nº ____ , DE ____ DE ______ DE____.

Altera dispositivos da Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006, Plano de Carreira dos


Servidores do Poder Judiciário da União e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço Saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei

Art. 1º Os arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 8º, 11, 13, 16, 18 e 28 da Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006,
passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o A Carreira dos servidores do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário da União é


denominada Carreira Judiciária, regida por esta lei.

Art. 2º A Carreira Judiciária é constituída dos seguintes cargos de provimento efetivo:

I – Analista Judiciário;

II – Oficial de Justiça Avaliador Federal;

III - Técnico Judiciário;

IV - Auxiliar Judiciário.

...............................................................................................................................

Art. 3o Os cargos efetivos referidos no art. 2o desta Lei são estruturados em Classes e
Padrões, na forma do Anexo I desta Lei, de acordo com as seguintes áreas de atividade:

I - área judiciária, compreendendo os serviços realizados privativamente por bacharéis


em Direito, abrangendo processamento de feitos, execução de mandados, relacionados ao
cumprimento de ordens judiciais que envolvam atos processuais externos de comunicação e
de constrição pessoal e patrimonial, análise e pesquisa de legislação, doutrina e
jurisprudência nos vários ramos do Direito, bem como elaboração de pareceres jurídicos;

II - área de apoio especializado, compreendendo os serviços para a execução dos quais


se exige dos titulares o devido registro no órgão fiscalizador do exercício da profissão ou o
domínio de habilidades específicas, a critério da administração;

III - área administrativa, compreendendo os serviços relacionados com recursos


humanos, material e patrimônio, licitações e contratos, orçamento e finanças, controle
interno e auditoria, segurança e transporte e outras atividades complementares de apoio
administrativo.
Parágrafo único. As áreas de que trata o caput deste artigo poderão ser classificadas
em especialidades, quando forem necessárias formação especializada, por exigência legal,
ou habilidades específicas para o exercício das atribuições do cargo.

Art. 4o As atribuições dos cargos serão descritas em regulamento, observado o seguinte:

I – Cargo de Analista Judiciário: atividades de planejamento; organização; coordenação;


supervisão técnica; assessoramento; estudo; pesquisa; elaboração de laudos, pareceres ou
informações e execução de tarefas de elevado grau de complexidade;

II – Cargo de oficial de justiça avaliador federal: cumprimento de ordens judiciais de


natureza externas, de alta complexidade, grau de responsabilidade, periculosidade e risco
com vistas à integração da relação jurídica processual, o desenvolvimento válido e regular
do processo e eficácia da decisão proferida e da lei a ser aplicada, bem como executar
todas as medidas constritivas que a causa exigir, inclusive aquelas pela via eletrônica,
proceder avaliação de bens, tudo com a lavratura de certidões, dotadas de fé publica, alem
de autos e laudos judiciais diversos de avaliação e outras atribuições legais constantes da
legislação processual civil penal, trabalhista eleitoral e demais leis especiais, a exemplo de:
citações, notificações, intimações, medidas preventivas e assecuratórias, penhoras, praças,
hastas públicas, arrestos, seqüestros, despejos, buscas e apreensões, avaliações de bens e
valores, reintegrações e imissões na posse, além de outras de mesma natureza e grau de
complexidade.

III - Cargo de Técnico Judiciário: execução de tarefas de suporte técnico e


administrativo;

IV - Cargo de Auxiliar Judiciário: atividades básicas de apoio operacional.

Parágrafo único. Aos ocupantes do cargo do Cargo de Analista Judiciário – área


administrativa e do Cargo de Técnico Judiciário – área administrativa cujas atribuições
estejam relacionadas às funções de segurança são conferidas as denominações de Inspetor
e Agente de Segurança Judiciária, respectivamente, para fins de identificação funcional.

..............................................................................................................................

Art. 8o São requisitos de escolaridade para ingresso:

I - para o cargo de Analista Judiciário, curso de ensino superior, inclusive licenciatura


plena, correlacionado com a especialidade, se for o caso;”

II – para o cargo de Oficial de Justiça Avaliador Federal, bacharelado em Direito;

III - para o cargo de Técnico Judiciário, curso de ensino médio, ou curso técnico
equivalente, correlacionado com a especialidade, se for o caso;

IV - para o cargo de Auxiliar Judiciário, curso de ensino fundamental.


Parágrafo único. Além dos requisitos previstos neste artigo, poderão ser exigidos
formação especializada, experiência e registro profissional a serem definidos em
regulamento e especificados em edital de concurso.

...............................................................................................................................

Art. 11. A remuneração dos cargos de provimento efetivo da Carreira dos servidores do Quadro
de Pessoal do Poder Judiciário da União é composta pelo Vencimento Básico do cargo, pela
Gratificação de Atividade Judiciária e pela Gratificação de Representação, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei e das vantagens pecuniárias específicas do cargo.
..............................................................................................................................

Art. 13. A Gratificação de Atividade Judiciária – GAJ será calculada mediante aplicação do
percentual de 110% (cento e dez por cento) sobre o maior vencimento básico do respectivo cargo.
...............................................................................................................................

Art. 16. Fica instituída a Gratificação de Atividade Externa – GAE, devida exclusivamente
aos ocupantes do cargo de Oficial de Justiça Avaliador Federal.

§ 1o A gratificação de que trata este artigo corresponde a 35% (trinta e cinco por cento) do
maior vencimento básico do servidor.

§ 2o É vedada a percepção da gratificação prevista neste artigo pelo servidor designado


para o exercício de função comissionada ou nomeado para cargo em comissão.”

Art. 18. A retribuição pelo exercício de Cargo em Comissão e Função Comissionada é a constante
dos Anexos III e IV desta Lei, respectivamente.
...............................................................................................................................

§ 2º Ao servidor integrante da Carreira de que trata esta Lei e ao cedido ao Poder Judiciário,
investidos em Cargo em Comissão, é facultado optar pela remuneração de seu cargo efetivo ou
emprego permanente, acrescida de 55% (cinqüenta cinco por cento) dos valores fixados no Anexo III
desta Lei.
...............................................................................................................................

Art. 28. O disposto nesta Lei aplica-se aos aposentados e pensionistas, observada a legislação
previdenciária.

...............................................................................................................................

Art. 2º Fica acrescido à Lei no 11.416, de 15 de dezembro de 2006, o artigo 13-A, com a seguinte
redação:

Art. 13-A. É devida a Gratificação de Representação – GR, mediante aplicação do percentual de 35%
(trinta e cinco por cento) sobre o vencimento básico do servidor.

Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput não é devida ao servidor nomeado para cargo
em comissão e ao designado para função comissionada.”

...............................................................................................................................
Art. 3º Fica criado o Conselho Consultivo da Carreira Judiciária, ao qual compete realizar estudos,
discutir e propor diretrizes relacionadas ao aperfeiçoamento da carreira e a aplicação dos institutos
de que trata esta Lei.

§ 1º A Administração do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justiça, dos Tribunais


Superiores, do Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e das entidades sindicais, indicará um membro
titular e um suplente, servidores efetivos da carreira, para compor o Conselho de que trata este
artigo, na forma do regulamento.

§ 2º O Conselho Consultivo da Carreira Judiciária reportar-se-á à Administração dos órgãos


indicados no parágrafo anterior.

§ 3º O Conselho de que trata este artigo elaborará seu regimento interno, submetendo-o à
aprovação dos órgãos indicados no § 1º deste artigo.

Art. 4º O enquadramento previsto no art. 15 da Lei nº 8.460, de 1992, estende-se aos servidores
dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário da União que ocupavam as classes “A” e “B” da
Categoria de Auxiliar Operacional de Serviços Diversos, com efeitos financeiros a contar da data
de publicação desta Lei, convalidando-se os atos administrativos com este teor, observados os
enquadramentos previstos no art. 4º e no Anexo III da Lei nº 9.421, de 24 de dezembro de 1996, no
art. 3º e no Anexo II da Lei nº 10.475, de 27 de junho de 2002, e no art. 19 e no Anexo V da Lei nº
11.416, de 15 de dezembro de 2006.

Art. 5º As carteiras de identidade funcional emitidas pelos órgãos do Poder Judiciário da União tem
fé pública em todo o território nacional.

Art. 6º As remunerações dos servidores públicos integrantes da Carreira Judiciária são reajustadas
em 15% (quinze por cento).

Art. 7º As despesas resultantes da execução desta Lei correm à conta das dotações consignadas
aos Órgãos do Poder Judiciário no Orçamento Geral da União.

Art. 8º Ficam revogados os anexos VI, VII, VIII e IX da Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Legenda:

1 dispositivos escritos em vermelho são alterações propostas pela FENASSOJAF ao anteprojeto


da Comissão Interdisciplinar nomeada pelo STF;
2. Os dispositivos escritos em preto mantém a redação do anteprojeto da comissão interdisciplinar.
Associação dos Oficiais de Justiça do
Distrito Federal
TRABALHANDO PELA VALORIZAÇAO
DO OFICIAL DE JUSTIÇA FEDERAL

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