Você está na página 1de 5

Doença Renal Crônica: A Grande Epidemia Deste Milênio

Chronic Kidney Disease: The Great Epidemic of This Millennium


Natalino Salgado Filho, Diego José de Araújo Brito

Departamento de Medicina I da Universidade Federal do Maranhão. Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário


(UFMA).

RESUMO
A Doença Renal Crônica vem assumindo importância global, em virtude do exponencial aumento dos casos registrados nas últimas décadas. Atualmente,
existem de mais de 1 milhão de pessoas em Terapia Renal Substitutiva em todo o mundo e a expectativa é que esse número dobre em apenas 5 anos.
Fatores como diabetes mellitus e aumento na expectativa de vida da população mundial estão sendo relacionados como os principais responsáveis por
essa nova epidemia. Só no Brasil, ocorreu um incremento de 40% dos casos de pacientes em programas de diálise no período de 2000 a 2006.

Descritores: Doença renal crônica. Terapia renal substitutiva. Epidemia.

ABSTRACT
Chronic Kidney Disease has been assuming global importance, because of the exponential increase in the number of cases registered in the last few
decades. Currently, there are more than 1 million of people in renal replacement therapy in the world and a two-fold increase is expected in the next 5 years.
The main factors related to new epidemic are believed to be Diabetes mellitus and the increase in the life expectancy of the population. In Brazil, for instance,
an increase of 40% was observed in the prevalence of end-stage renal disease patients from 2000 to 2006.

Keywords: Chronic kidney disease. Renal replacement therapy. Epidemic.

INTRODUÇÃO O diabetes mellitus, que acometia 135 milhões de


pessoas, em todo mundo, no ano de 1995, deve alcançar a
Em 1836, no Guy’s Hospital, na Inglaterra, marca de 300 milhões de casos até 20102. Essa patologia
Richard Bright iniciou os primeiros estudos sobre a enti- já aparece como a principal causa de DRCT na Europa e
dade clínica que hoje denominamos doença renal crônica Estados Unidos, respondendo por quase metade dos novos
(DRC), analisando as características morfológicas dos rins casos entre pacientes americanos8. O avanço da nefro-
de um paciente autopsiado, portador de hipertensão arte- patia diabética dá-se principalmente pelo crescimento dos
rial sistêmica 1. Atualmente, quase dois séculos depois, a casos do tipo 2, que deve atingir aproximadamente 5,4%
patologia descrita por Bright assumiu importância global, da população mundial até o ano de 20157.
em virtude do exponencial aumento dos casos registrados O aumento na expectativa de vida da população
nas últimas décadas. mundial é o outro grande fator responsável pelo aumento
Levantamentos epidemiológicos sugerem a exis- de casos de DRCT. No último século, o envelhecimento
tência atual de aproximadamente um milhão de pessoas da população chegou a 2-3 meses por ano6, sendo que, nos
com doença renal crônica terminal (DRCT), submetidas à Estados Unidos, o incremento registrado foi de 1,2 anos em
terapia de substituição renal (TSR), em todo o mundo2. As um período de apenas 5 anos. Os estudos vêm apontando
projeções indicam que esse número deverá duplicar em que os indivíduos idosos são os que mais têm contribuído
um período de apenas cinco anos3. Frente a essa dis- para o aumento de pacientes entrando em TRS. No Canadá,
cussão, a International Society of Nephrology (ISN) e a por exemplo, a incidência de pacientes com idade igual ou
International Federation of Kidney Foundations (IFKF) superior a 65 anos que iniciaram TRS, no ano de 1998, foi
estimaram a ocorrência 36 milhões de óbitos por doença de 537 por milhão, ao passo que entre indivíduos com 45
renal crônica e doenças vasculares até o ano de 20154. a 64 anos, a incidência foi de 198 por milhão9.
Essa epidemia global pode ser explicada, em Nesse contexto, a hipertensão arterial não pode
grande parte, pelo expressivo crescimento no número de deixar de ser mencionada, pelo fato de acometer cerca de
casos do diabetes mellitus e pelo aumento na expectativa 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e ser causa de DRCT
de vida da população mundial3,5-7. em vários países2. Além disso, outros fatores, como disli-
2 DRC: A Grande Epidemia Deste Milênio

pidemia, tabagismo e consumo de álcool, também vêm sen- trição merecem destaque como fatores prognósticos de
do relacionados ao crescimento no número de casos e ao pacientes submetidos à TRS 15.
aumento na velocidade de progressão para o estágio final Em relação aos custos com terapia renal substi-
da doença renal crônica entre pacientes nefropatas10-12. tutiva, as estimativas sugerem que entre os anos de 1991
Em todo o mundo, os maiores registros de DRCT e 2000, tenham sido gastos US$ 470 bilhões, em todo o
provêm de nações desenvolvidas. Países como o Reino mundo. As projeções para esta década é que sejam gastos
Unido apresentam incidência anual de 100 pacientes por US$ 1,08 trilhão21. Só nos Estados Unidos a despesa
milhão (ppm) de habitantes, com expectativa que esse anual com pacientes portadores de DRCT é em média de
número aumente cerca de 8% ao ano. Nos Estados Uni- US$ 52.868 para tratamento dialítico e US$ 18.496 para
dos, esse valor chega a 336 ppm5. Entretanto, as estima- transplante, com o custo total ultrapassando o valor de
tivas sugerem que aproximadamente 90% dos casos US$ 12 bilhões, no ano de 199814. Em 2010, acredita-se
mundiais de DRCT deveriam ser provenientes de países que as despesas americanas atinjam os US$ 29 bilhões5.
em desenvolvimento 3. Contudo, em virtude das escassas
informações sobre o número de pacientes submetidos à
terapia de substituição renal e ao alto índice de sub- PANORAMA DA DRC NO BRASIL
notificações, vem-se registrando uma baixa prevalência
de portadores de doença renal crônica terminal nessas Assim como no resto do mundo, a DRC vem assu-
áreas13. Corroborando com essa informação, enquanto a mindo grande importância no Brasil, como um sério pro-
prevalência de DRCT em Bangladesh é de apenas 52 blema de saúde pública. Hoje, existem 70872 pacientes
ppm, na Finlândia esse valor atinge a marca de 582 ppm2. cadastrados em programas de diálise, representando uma
Disparidades em relação à incidência de DRCT prevalência de 383ppm. Estima-se que esse número tenha
também podem ser evidenciadas, quando analisamos os aumentado 39,75% somente entre os anos de 2000 e
casos entre os diferentes grupos étnicos. Nos Estados 200622 (Figura 2). Mesmo assim, acredita-se que apenas
Unidos, por exemplo, o crescimento da doença renal 50% dos brasileiros com DRCT tenham acesso a alguma
crônica terminal é maior na população negra, sendo a modalidade de TRS.
ocorrência quatro vezes maior no grupo de afro-ame-
ricanos (961ppm) em comparação aos indivíduos brancos
(233 ppm)14. Dessa mesma forma, na Austrália, a ocor-
rência de 420 casos por milhão entre aborígines supera os
94 casos por milhão entre a população branca5.
A falta de acesso às terapias de substituição renal
é um grave problema de saúde pública que pode ser
evidenciado nas regiões em desenvolvimento. Países
como Índia e Paquistão disponibilizam para apenas 10%
da população com DRCT algum tipo de TRS2. Mais grave
ainda é a situação em cerca de outros 100 países em
desenvolvimento (que abrigam uma população que exce-
de meio milhão de pessoas), onde os portadores de DRCT
não têm acesso a qualquer terapia renal substitutiva5.
A presença de comorbidades é um importante fator Figura 1. Albuminúria e a incidência de eventos cardiovasculares.

para determinar a sobrevida de pacientes com DRCT. Em


todo o mundo, os eventos cardiovasculares são os princi-
pais responsáveis pela mortalidade de indivíduos com
doença renal crônica terminal15,16, aumentando em até 20
vezes as chances de óbito nesses pacientes17. Nesse con-
texto, merece destaque a participação da albuminúria, que
além de ser fator de risco independente para progressão
de doença renal18,19, também está relacionada ao aumento
dos casos de infarto agudo do miocárdio e acidente
vascular cerebral, principalmente em indivíduos diabé-
ticos20 (Figura 1). Nos países em desenvolvimento, as Figura 2. Total de pacientes em tratamento dialítico (2000 a 2006). Censo
infecções (hepatites B e C e o HIV), assim como a desnu- da Sociedade Brasileira de Nefrologia (2006).
J Bras Nefrol Volume XXVIII - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2006 3

Com base no grande número de sub-notificações Na contramão desse considerável aumento de


(principalmente de pacientes com DRC em estágio não- casos de DRC no Brasil, observa-se um baixo número de
terminal)23 e em função do aumento dos casos de diabetes Nefrologistas no país. No ano de 2002, havia apenas 2540
mellitus e hipertensão arterial (associado ao controle pre- especialistas para uma população de 55 mil portadores de
cário destas patologias), a previsão é que o número de DRCT. Estima-se que o crescimento anual de pacientes
brasileiros com doença renal crônica possa duplicar nos chega a 7% e o de novos especialistas a 3,4%. Dessa
próximos 5 anos, ultrapassando os 125 mil casos em forma, o número de novos Nefrologistas não está conse-
201024. guindo acompanhar a velocidade com que a DRC cresce
O padrão etiológico da DRC na população brasi- no país23.
leira sofreu mudanças nas últimas décadas. Em 1987, a
principal causa de doença renal crônica eram as glome-
rulonefrites crônicas, correspondendo a 36,5% dos casos. ESTRATÉGIAS PARA A PREVENÇÃO DA DRC
Atualmente, a nefroesclerose (27,1%) e o diabetes
mellitus (22,3%) encabeçam a lista das principais Acredita-se que para cada paciente com DRCT
etiologias25. existam 50 portadores doença renal crônica em estágio
Outro fator que pode estar contribuindo com igual não-terminal5. Trazendo essas projeções para o Brasil, o
relevância para esse crescimento dos casos de DRC é o número de pacientes com DRC pode chegar a 3,5 milhões
aumento da expectativa de vida da população brasileira, de pessoas, se forem tomados por base apenas os
que, no período de 1980 a 2003, chegou a 8,8 anos (figu- pacientes submetidos à TRS e desconsiderando-se os
ra 3) 26. Nesse contexto, a relação entre envelhecimento e casos não notificados.
aumento da creatinina sérica pode ser analisada através do Frente a essa discussão, fica evidente a urgência
estudo de base populacional realizado em Bambuí-MG, de instituírem-se medidas capazes de reduzir esse avanço
onde a prevalência de creatinina sérica aumentada na da DRC, baseadas na elaboração de programas de
população adulta foi de 0,48%, sendo que esse valor foi controle, a partir dos quais seja possível detectar novos
superior no grupo de idosos, atingindo a marca de 5,09%. casos e prevenir a doença renal entre pacientes com
Entre idosos do sexo masculino a elevação da creatinina TFG≥60mL/min/1,73m2, que apresentem fatores de risco
sérica chegou a 8,19% 27. para DRC.
Os gastos com TRS no Brasil superaram R$ 1 bilhão
no ano de 2004. Esse valor representou quase o dobro do
que foi gasto em 1999 (aproximadamente R$ 574
milhões), conforme Figura 4. Nesse mesmo período, a
região Norte apresentou o maior incremento nas despesas
com pacientes portadores de DRCT, chegando a 242,6%.
Mesmo assim, essa região ainda permanece com os me-
nores investimentos per capita para pacientes com neces-
sidade de TRS (Tabela 1). No que diz respeito à fonte
pagadora, 89,4% dos recursos para tratamento dialítico
são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS)22.

Fonte: Secretaria de Assistência à Saúde, Ministério da Saúde.

Figura 4. Gastos com Terapia Renal Substitutiva no período de 1999 a


2004.

Tabela 1. Gastos com Terapia Renal Substitutiva por região no período de


1999 a 2004.

Fonte: IBGE/DPE/ Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de


Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.

Figura 3. Aumento da Expectativa de Vida no Brasil (1980 a 2003). Fonte: Secretaria de Assistência à Saúde, Ministério da Saúde.
4 DRC: A Grande Epidemia Deste Milênio

Dessa forma, uma das propostas é que essa dis- queadores dos receptores de angiotensina (BRA) podem
cussão seja levada ao âmbito das Universidades, estimu- reduzir o risco de proteinúria e DRCT em cerca de 35% e
lando o corpo acadêmico (através da formação de Ligas 28% dos casos, respectivamente28,29. Nesse contexto, um
Acadêmicas em Nefrologia) a atuar junto com os profis- estudo realizado na União Européia com indivíduos
sionais na elaboração de projetos de prevenção da DRC. portadores de diabetes tipo 2 estima que uso de Losartan
Para ilustrando tal situação, o Projeto de Pre- possa reduzir os gastos com tratamentos na ordem de
venção da Doença Renal Crônica entre Hipertensos e/ou US$2,8 bilhões em apenas 3,5 anos28.
Diabéticos, desenvolvido pela Liga de Afecções Renais,
no Maranhão, é um exemplo de que essa experiência pode
ser estimulada. No referido projeto, ações interdiscipl- CONCLUSÃO
inares, envolvendo acadêmicos dos cursos de Medicina,
Enfermagem, Nutrição e Educação Física, são dire- Só será possível sonhar com a redução desse
cionadas aos pacientes do programa HiperDia, atendidos grande avanço da doença renal crônica quando insti-
por profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) no tuições governamentais e não governamentais unirem-se
bairro Vila Embratel, periferia da cidade de São Luís. Os em torno de uma proposta viável para o controle da
pacientes são submetidos a uma triagem (avaliação clí- doença. Em nível mundial, ações como a elaboração de
nica, nutricional, física e solicitação da creatinina sérica) um programa internacional de controle da DRC, pela
para que seja determinado o estágio de doença renal. Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir do qual se
Aqueles nos estágios 1 e 2 são acompanhados por aca- possa realizar o diagnóstico e controle dos casos, seria
dêmicos e Agentes de Saúde através de visitas domi- uma importante estratégia de impacto, especialmente nos
ciliares, momento no qual são realizadas atividades edu- países em desenvolvimento. No Brasil, a instituição de
cativas, visando o controle rigoroso da hipertensão e/ou parceria entre a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)
diabetes. Pacientes nos estágios 3, 4 e 5 são enca- e o Programa Saúde da Família facilitaria o acesso dos
minhados para o serviço de referência no Hospital profissionais ao paciente, prevenindo os novos casos de
Universitário, sendo acompanhados pelo Nefrologista no DRCT através de um diagnóstico precoce e controle
ambulatório de DRC. As atividades realizadas pelo clínico rígido dos indivíduos que apresentem fator de
projeto estão resumidas no quadro 1. risco para progressão.
Outra importante medida para o controle da DRC Merece destaque, ainda, a importância de uma
é a utilização de drogas que sejam capazes de prevenir ou ampla campanha nacional de divulgação da DRC, com a
minimizar a ação de fatores de risco para progressão da participação da SBN, organizações não-governamentais e
doença renal crônica terminal em pacientes com comunidade acadêmica (Ligas Acadêmicas), estimulando
TFG<60mL/min/1,73m2 19. Drogas como os inibidores da a população a procurar o Nefrologista para que este possa
enzima conversora de angiotensina (IECA) e/ou blo- realizar o diagnóstico em tempo hábil entre aqueles
indivíduos que já possuam algum grau de disfunção renal.

Quadro 1. Ações desenvolvidas pelo Projeto de Prevenção da DRC entre


hipertensos e/ou diabéticos da Vila Embratel, São Luís-MA. REFERÊNCIAS

1. Keith NM, Keys TE. Contributions of Richard Bright and his


associats to renal disease. Arch Int Med 1954; 94:5-21.
2. Hafez MH, Abdellatif DA, Elkhatib MM. Prevention of Renal
Disease Progression and Renal Replacement Therapy in
Emerging Countries. Artif Organs 2006; 30:501-9.
3. Nwankwo, Bello, El Nahas M. Chronic Kidney Disease:
Stemming the Global Tide. Am J Kidney Dis 2005; 45:201-8.
4. International Society of Nephrology and International Fede-
ration of Kidney Foundations. World Kidney Day. Disponível
em: http://www.worldkidneyday.org/pages/why.html. Acesso
em: 29/07/2006.
5. Hamer RA, El Nahas AM. The burden of chronic kidney
disease: is rising rapidly worldwide. BMJ 2006;332:563-4.
6. McClellan WM. The Epidemic of Renal Disease-what drives it
and what can be done? Nephrol Dial Transplant 2006;
21:1461-4.
J Bras Nefrol Volume XXVIII - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2006 5

7. Molitch ME, Fujimoto W, Hamman RF, Knowler W. The 20. Gerstein HC, Mann JFE, Yi Q, Zinman B; Dinneen SF,
Diabetes Prevention Program and Its Global Implications. Hoogwerf B, Hallé JP, Young J, Rashkow A, Joyce C, Nawaz
J Am Soc Nephrol 2003; 14:S103-7. S, Yusuf S. Albuminuria and Risk of Cardiovascular Events,
Death, and Heart Failure in Diabetic and Nondiabetic
8. American Diabetes Association. Nephropaty in Diabetes. Individuals. JAMA 2001; 286:421-6.
Diabetes Care 2004; 27(suppl 1):579-82.
21. Lysaght MJ. Maintenance Dialysis Population Dynamics:
9. Krishnan M, Lok CE, Jassal SV. Epidemiology and Current Trends and Long-Term Implications. J Am Soc
Demographic Aspects of Treated End-Stage Renal Disease Nephrol 2002; 13:S37-40.
in the Elderly. Seminars in Dialysis 2002; 15:79-83.
22. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Censo 2006 para o
10. Haroun MK, Jaar BG, Hoffman SC, Comstock GW, klag MJ, tratamento dialítico crônico. Disponível em:
Coresh J. Risk Factors for Chronic Kidney Disease: A http://www.sbn.org.br/Censo/2006/censoSBN2006.ppt.
Prospective Study of 23,534 Men and Women in Washington Acesso em: 30/07/2006.
County Maryland. J Am Soc Nephrol 2003; 14:2934-41.
23. Sesso R. Epidemiologia da doença renal crônica no Brasil. In:
11. Schaeffner ES, Kurth T, Curhan GC, Glynn RJ, Rexrode KM, Barros E, Manfro RC, Thomé FS, Gonçalves LF. Nefrologia:
Baigent C, Buring JE, Gaziano M. Cholesterol and the Risk of Rotinas, Diagnóstico e Tratamento. 3ed. Porto Alegre:
Renal Dysfunction in Apparently Healthy Men. J Am Soc Artmed, 2006. p.39-46.
Nephrol 2003; 14:2084-91 24. Estimativa de crescimento do número de pacientes em
12. Perneger TV, Wheiton PK, Puddey IB, Klag MJ. Risk of End- diálise no Brasil. Disponível em: http://www.abcdt.org.br/
stage Renal Disease Associated with Alcohol Consumption. newsletter/Not_frente_parlamentar3.htm. Acesso em
Am J Epidemiol 1999; 150: 1275-81. 01/08/2006.
25. Romão Jr JE. Doença Renal Crônica: Definição,
13. Barsoum RS. Overview: End-Stage Renal Disease in the Epidemiologia e Classificação. J Bras Nefrol 2004;26:1-3.
Developing World. Artificial Organs 2002; 26:737-46.
26. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tábuas
14. Martins D, Tareen N, Norris KC. The Epidemiology of End- Completas de Mortalidade (2003). Disponível em:
Stage Renal Disease among African Americans. The http://www1.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_vi
American Journal of the Medical Sciences 2002; 323:65-71. sualiza.php?id_noticia=266&id_pagina=1. Acesso em:
31/07/2006.
15. Eiam-Ong S, Sitprija. Comorbidities in Patients with End-
Stage Renal Disease in Developing Countries. Artificial 27. Passos VMA, Barreto SM, Lima-Costa MFF. Detection of
Organs 2002; 26:753-6. renal dysfunction base don serum creatinine levels in a
Brazilian community. The Bambuí Health and Ageing Study.
16. Ritz E, McClellan WM. Overview: Increased Cardiovascular Braz J Med Biol Res 2003; 36:393-401.
Risk in Patients with Minor Renal Dysfunction: An Emerging
Issue with Far-Reaching Consequences. J Am Soc Nephrol 28. Schieppati A, Remuzzi G. Fighting Renal Disease in Poor
2004; 15:513-6. Countries: Buildong a Global Fund with the Help of the
pharmaceutical Industry. J Am Soc Nephrol 2004; 15:704-7.
17. Muntner P, He Jiang, Hamm L, Loria C, Whelton PK. Renal
Insufficiency and Subsequent Death Resulting from 29. Schieppati A, Remuzzi G. The future of renoprotection:
Cardiovascular Disease in the United States. J Am Soc Frustation and promises. Kidney Int 2003; 64:1947-55.
Nephrol 2002; 13:745-53.

18. Iseki K, Ikemiya Y, Iseki C, Takishita S. Proteinuria and the


risk of developing end-stage renal disease. Kidney Int 2003; Endereço para correspondência
63:1468-74.
Natalino Salgado Filho
19. Wyburn KR, Horvath JS. Chronic renal insufficiency and Rua Angelim, Qd.10, 30 - São Francisco
renoprotective strategies. Internal Medicine Journal 2003; 65076-030, São Luís, Maranhão
33:237-41. E-mail: salgado.filho@elo.com.br

Você também pode gostar