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Introdução
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física, mesmo não sendo uma lei do Eletromagnetismo Clássico. A Teoria da
Relatividade Geral mantém invariante qualquer lei física mesmo em
referenciais relativamente acelerados.
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pré-requisitos de alto nível técnico necessários. Portanto, não há como passar
além do nível de uma apresentação qualitativa dos principais conceitos da
Teoria da Relatividade Geral.
No séc. XIX, o éter se tornara uma substância mais estranha ainda, que daria o
suporte para a propagação das ondas eletromagnéticas, especialmente a luz;
assim, a luz se propagaria como uma perturbação no éter tal qual uma onda se
propaga na superfície de um lago após uma pedra bater em sua superfície.
Para isso, ele deveria ter características mecânicas bizarras: para preencher
completamente o espaço, ele deveria ser um fluido; por outro lado, para poder
carregar as ondas luminosas, uma vez que estas possuem altas freqüências,
ele deveria ser extremamente rígido (milhões de vezes a rigidez do aço), mas
sem massa e sem viscosidade senão ele poderia frear o movimento da Terra e
o movimento de qualquer outro objeto extraterrestre (outros planetas, cometas
e meteoritos). Para a luz das estrelas e do Sol chegar a Terra, é claro que ele
não poderia ser translúcido, mas deveria ser completamente transparente e
contínuo até escalas bem pequenas, pois quaisquer descontinuidades
mudariam a trajetória da luz. Se ele fosse compressível, as ondas sonoras
poderiam se propagar nele e, por essa razão, ele seria incompressível. Para
maiores detalhes veja o site:
http://www.wisegeek.com/what-is-the-michelson-morley-experiment.htm
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A Experiência de Michelson-Morley
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variação da velocidade da luz viajando ao longo do movimento da Terra ou em
sentido contrário a seu movimento, já que ambos, luz e Terra estariam se
movendo em relação ao éter. Até mesmo na situação em que este último
estivesse formando uma espécie de vento – um fluxo global – haveria a
possibilidade de se detectar essa variação na velocidade da luz. Veja a figura
2.
(quarto final do séc. XIX) haveria a possibilidade apenas com uma cuidadosa
montagem de interferometria luminosa. Tal montagem ficou com conhecida
como “experimento de Michelson-Morley”. Para uma simulação da experiência
visite o site
http://galileoandeinstein.physics.virginia.edu/more_stuff/flashlets/mmexpt6.htm
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vidro transparente semi-espelhado ou dois prismas de 45° colados entre si pelo
lado maior com uma cola transparente (em geral, uma goma).
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do solo, a montagem foi feita sobre uma pesada mesa de mármore sobre um
tanque de mercúrio e no subsolo de um edifício, evitando-se com o último,
oscilações de temperatura.
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Figura 5: Foto original das franjas de interferência na experiência de Michelson-
Morley. http://www.orgonelab.org/graphics/MILLER/FringeShifts.jpg
Se a velocidade da luz variar em uma dada direção é dito que existe uma
anisotropia espacial, isto é, o espaço não possui as mesmas propriedades em
todas as direções. Uma medida da anisotropia do espaço é dada pelo erro
percentual na medida da velocidade da luz Δc/c. Um experimento moderno de
Michelson-Morley usando ressonadores ópticos criogênicos (isto é, em
temperaturas baixíssimas) encontrou Δθc/c0=(2.6±1.7)×10-15, que é uma
anisotropia extremamente pequena. O resumo desse trabalho encontra-se no
link http://prola.aps.org/abstract/PRL/v91/i2/e020401 e a publicação completa
está em Phys. Rev. Lett. 91, 020401 (2003).
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Pelo fato de que a velocidade da luz é constante no vácuo, os fótons -- que são
quantizações do campo eletromagnético, ou partículas de luz – só existem em
movimento (isto é, nunca ficam parados), possuem a massa de repouso nula,
mas carregam momento consigo. Todos os corpos com massa de repouso nula
devem se locomover com velocidade c=300 000 km/s mesmo não sendo
fótons, como é o caso dos neutrinos de massa nula.
Einstein apresentou dois postulados que, a partir deles, foi erigida a Teoria da
Relatividade Especial, a saber:
1. Princípio da Relatividade: as leis da Física (Mecânica, Óptica,
Eletromagnetismo etc.) não levam em conta a idéia da existência de um
referencial em repouso absoluto. Portanto, não há diferença entre dois
referenciais que se movimentam relativamente com velocidade
constante e as leis da Física preservam a forma em qualquer desses
referenciais;
2. A velocidade da luz no vácuo é constante independente do movimento
relativo da fonte e do observador.
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A Teoria da Relatividade Restrita compreende duas partes distintas: a
Cinemática Relativista e a Dinâmica Relativista.
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A Dinâmica Relativista aproveita a característica da quadridimensionalidade
do espaço-tempo generalizando o conceito de momento, escrevendo-o como
um vetor de quatro dimensões em que as três componentes espaciais são as
componentes do momento linear para 𝑝𝑥 , 𝑝𝑦 e 𝑝𝑧 .e a componente zero
(temporal) é a energia E.
A Transformação de Lorentz
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em que as coordenadas de um evento (x,y,z,t) são relativas ao sistema parado
S e as coordenadas (x′,y′,z′,t′) referem-se ao mesmo evento observado a partir
do sistema em movimento S′.
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Percebe-se que não se obteve uma equação de onda esférica no sistema
parado S, o que significa que as transformações de Galileu falham em manter
invariante a forma esférica da onda luminosa. Assim, como os termos em y² e
z² já estão na forma correta, devem-se modificar apenas os termos em x e t. Há
a necessidade de uma transformação que seja linear em x e t para se obter
uma esfera que se expanda com velocidade uniforme. Pode-se tentar uma
transformação da forma:
implicando que
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pelas coordenadas x′ e t′, chegando-se finalmente às transformações de
Lorentz:
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Seja a matriz das transformações de Lorentz:
Dilatação do Tempo
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Um relógio em repouso em S, situado em x=0 marca um intervalo de tempo
que é conhecido por tempo próprio τ. Pela transformação de Lorentz calculada
para x=0, tem-se que
Como o sinal não chegou à origem de S’ (note que ele está em um ponto
localizado à esquerda da origem O’, haverá um intervalo extra de tempo para o
sinal viajar dessa posição até chegar à origem, que é dado por
de modo que o tempo total em S', entre a recepção em x′=0 dos dois sinais é
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O tempo entre os dois sinais pode ser interpretado como o período de
oscilação de uma onda luminosa. Como a freqüência é a recíproca do período,
ν=(1/T), pode-se escrever
Contração de Lorentz-Fitzgerald
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a luz proveniente de cada uma extremidades ao mesmo tempo;
conseqüentemente, Δt=0. Usando-se a transformação de Lorentz inversa
chega-se à seguinte equação
Esse intervalo de tempo é que fará com que a barra seja observada contraída
(menor) para o observador em repouso. É importante notar que a contração é
sempre no sentido do movimento (longitudinal) e nunca transversal (as
dimensões em y e z ficam inalteradas).
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