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DOMINGO

A CIDADE E OS PÉS ESCREVENTES


Todos os dias vamos à rua para construir uma nova 
cidade — eis o dia a ser nomeado, eis os lugares em
seus clamores por nomes. Descer, subir, atravessar,
passar pelo vau das avenidas, dizer aos homens e às 
mulheres que nos olham: “Eis a manhã, eis a lâmina 
tênue dos acontecimentos”.

Cada cidade é nova cidade assim que nela 
caminhamos, assim que por ela vamos com os
nossos pés escreventes. Esta rua: melhor chamá-la
rua Walter Benjamin. Esta praça: melhor chamá-l a
praça José Cardoso Pires. Esta avenida: melhor 
chamá-la avenida Wander Piroli.
Auto-Retrato Sem Molduras:

Rua da mulher com um turbante, rua do homem que "Nasci sob o império dos 


leva uma lanterna. Rua do gato que finge ser invisível  números ímpares. O dia: 21. 
por detrás de uma persiana, lá onde uma mulher  O mês: 7. O ano: 51. A hora: 
(vamos chamá-la Dolores?) se despe diante de um 11 da noite.
espelho opaco.
Sou do interior de Minas,
dos altos do Paranaíba de 
A cidade é um corpo. Acariciamos a cidade como  chapadões e planaltos. A 
quem acaricia um corpo e, a cada carícia, nomeamos  cidade é São Gotardo. Mas 
os istmos, os promontórios, os cabos, os  sou do mundo. Deleito-me
com água na boca pelas 
arquipélagos, as ilhas, os barcos à deriva. A cidade é 
trilhas e rastros de povos &
um corpo de mulher à espera de dedos que o leiam  línguas & artes & culturas 
(leitura tátil) na manhã de uma expedição sem fim,  em suas legítimas 
fora dos calendários e das cápsulas abrasivas do  diferenças.
tempo.
Já corri mundo e já corri 
perigo, desde bem jovem.
Rubem Focs gosta de dar aos becos nomes de Hoje viajo nos barcos da
plantas. João Serenus aprecia apelidar as esquinas  imaginação. Não sou 
com nomes de países. Eu dou às ruas e avenidas  motorista. Entre o carro e a
nomes de amigos, os que vão comigo pelos ofícios e  flauta, viajo flautista. Só 
pelas afinidades, os que já se foram e, também, os  dirijo mesmo os meus
sapatos náuticos. Neles, 
que ainda vão surgir nas dobras do horizonte.
nesses sapatos filosóficos de 
navegações em terra, 
A cidade de ontem é a cidade que fica na página  moram os meus pés 
anterior, construída enquanto andávamos. A cidade  escreventes, pés de andar a 
de hoje está em construção. Ainda há pouco, dei a  esmo e sem governo pelas
cidades que existem dentro
uma esquina o nome de Esquina Luiz Vilela. E Rubem
das cidades.
Focs, igualmente comigo nesta expedição matinal, 
deu a um beco o nome de Beco das Avencas Não  Escrevo desde o final da
Nascidas. infância/começo da 
adolescência. Primeiro: 
Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 05:20 0 poesia. Depois: ficção. Mais 
comentários adiante: poesia e ficção. 
Hoje não dou a mínima para 
os gêneros e gosto da cópula 
T E R Ç A- F E I R A entre a linha que é o verso e 
o parágrafo que é a ficção.
ESCRITOR, BANDIDO
Sei fazer livros à mão, pela 
minha Edições 2 Luas.
Nesses livros artesanais,
gosto de mergulhar pelos
mistérios das lentitudes e do 
fazer sem pressa.

Pessoas de Romance é a 
expressão que aplico a meus 
interlocutores em sombras,
figuras de boa conversa e
amável convivência, 
escreventes quando querem
e quando necessitam, pois a
escrita, para eles, é da ordem 
das necessidades
imperativas e degustativas.
Ei-los: Lucas Baldus, João 
Serenus, Rubem Focs, Cida
La Lampe, Vicente Gunz,
Vicente Almas, Vicente
Pass, Lírio da Luz, Severus 
Cândido ou a Mulher da 
Aura Azul.
um escritor pode ter pólvora nas mãos
do mesmo modo que um bandido Publico livros desde 1979,
um-ninguém bandido mas o primeiro texto
umqualquer vandido (um) sem-ninguém assinado, inaugural, no
então Suplemento Literário 
[bandido]
do Minas Gerais, foi no já 
sexta-feira ou sábado nesta cidade (um escritor) distante ano de 1975. Ganhei
que rua que ruar ruínas [um bandido-escritor] vai dois prêmios nacionais de 
pela rua [tal qual um reles bandido] literatura, o que, no Brasil,
a prima-matéria de um livro-opúsculo, um jeito não quer dizer 
de subir-subir, esse caminho [subir] absolutamente nada. Em
2008, publiquei o romance
mais do que subir [a faca, o pulso, o corte, o sangue] O hipnotizador, pela editora
a vaidade não tem nome só tem fome Campo das Letras, de
[um escritor] tal qual um bandido pode ter a pólvora Portugal, mesma Casa por
no polegar [matar] um escritor não é inocente onde lancei, em 2003,
[prima-dona] ele não é [dói dizer-ou não dói] saber Pequeno tratado sobre as
ilusões, de contos, premiado 
que um escritor pode ser símile [semelhante]
no concurso Minas de
ave [agourento pássaro] noite-qualquer na esquina Cultura (Guimarães Rosa), 
[um passante] um homem-uma-mulher de 1998. Entre fevereiro e
uma criança [eis que o bandido] mora dentro abril de 2008, escrevi o
do escritor também o punho-teso [vai disparar] perfil biográfico do poeta e 
ensaísta Fritz Teixeira de 
o escritor dispara [todos os dias] um escritor
Salles, publicado em abril de
pode ter em mãos o tiro-prumo-agulha [este calibre] 2009 pela Editora Conceito,
tal qual um bandido [morrer por nada] publicar de Belo Horizonte.
(por nada) só o gozo do público [nada mais]
sobra [nada mais] resta [só o livro] só o tiro Sempre ganhei a vida com o
do bandido que escrevo. Sou jornalista
profissional, fui editor, fui
Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 16:58 0 repórter de agência de 
notícias, fui assessor de 
comentários
imprensa. Hoje, em baião de 
dois com a minha lavoura
literária, reviso, copidesco, 
S E G U N D A- F E I R A
faço lanternagens em textos 
alheios avariados. Sou
GANHEI UM PRÊMIO, COMPREI UM FUSCA casado, pai de quatro filhos.

Aprecio a cozinha. Lá 
invento até o que já foi 
inventado. E todos os dias,
logo que amanhece, faço 
exalar pela casa o café que 
eu mesmo preparo em
oferenda para as minhas
crianças." 

1. foi assim: ganhei um prêmio nacional de poesia e 
Outras Aventuras do Autor:
comprei um fusca.
Kafka em Belo Horizonte
2. ou melhor: ganhei em 1983 um prêmio nacional de  SOU KAFKA DE
ONTEM E DE
poesia e comprei um fusca.
HOJE

3. ou melhor: foi no ano de 1983 etc., talvez outubro,


talvez novembro, talvez dezembro. 3 dias atrás
4. ou melhor: comprei um fusca em 1983 com a grana Edições 2 Luas — A Menor
de um prêmio nacional de poesia. Editora do Mundo
1 ano atrás

5. ou melhor: com o prêmio nacional de literatura 
cidade de belo horizonte, comprei um fusca bege. NO TWITTER:

6. ou melhor: a grana era assim desse tamaninho,


uma merdiúncula, mas foi com ela que comprei um 
fusca bege no ano de 1983 com a porra de um livro
de poesia.

7. ou melhor: o fusca era bege, movido a álcool, com 
dois carburadores e muito rodado de mão em mão 
até o ano de 1983 quando pus as minhas patas sobre 
ele.

8. ou melhor: a culpa foi da poesia que me fez CORREIO:


comprar a porra de um fusca bege movido a álcool 
com dois carburadores e ignição impossível em  paulinhoassuncao[arroba]
época de frio. gmail.com

9. ou melhor: comprei um fusca bege com a poesia


de um livro chamado diário do mudo.

10. ou melhor: era o ano de 1983 e, pela primeira vez,


pude comprar um carro denominado fusca por causa
de um prêmio nacional de literatura.

11. isto é: foi assim.
Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 16:05 0
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Q U A R T A- F E I R A

A TIGRESA DA PÓVOA DE VARZIM

“(...) ... foi na praça do Almada, junto à estátua de Eça, 


com mais exatidão a uns vinte metros do pé do 
monumento, que a tigresa pulou sobre o poeta — era,
como se sabe, o dia 5 de agosto. A hora: 11 da noite.
Os que conhecem a arte dos felinos para o salto
(instante em que se assemelham aos pássaros e aos 
diabos) terão, com certeza, uma visão aproximada do 
que representou aquele pulo, aquele ataque —
certeiro, como se acionado por um atirador de facas;
indefensável, como uma adaga tuaregue à jugular. O 
poeta vinha de extravagâncias em uma taberna das 
redondezas e lá havia composto, em um recanto mais 
solitário, duas canções à moda de John Donne, uma 
delas de forte teor erótico. E ele vinha assim pela 
praça, com as lembranças do trabalho pronto, vinha 
cabisbaixo mas não melancólico, vinha leve, quase 
levitava, quando a tigresa, das trevas, saltou de
dentro da própria sombra ou de sua própria aparição, 
tão ágil foi o bote, tão ágil a bocarra devorante foi 
tomar o pescoço do poeta — e seu sangue beber. (...)
Há ainda na Póvoa de Varzim os que atribuem o fim 
trágico desse poeta a uma vampira escandinava, 
vampira sempre vagante pela região nos meses de 
agosto. Cronistas menos afeitos ao sobrenatural,
porém, dizem que a tigresa ninguém mais era do que 
uma ex-noiva do poeta, por ele preterida. Seja como
for, há dois anos, passando pelo local no mês de 
fevereiro, vi...”.

Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 03:13 0


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S E G U N D A- F E I R A

BIBLIOTECA DO FIM DO MUNDO

1. Hilda Hilst chegou pelas mãos de um carteiro 
trêmulo. Eram tremores por isto ou aquilo. Ele tocou a 
campainha, fez vênias e sorrisos, abriu mais sorrisos 
antes de entregar a encomenda. Dava ares de nunca
ter lido um livro. Assim mesmo, solene, ele tirou Hilda
Hilst de dentro da bolsa, sorriu mais vezes, mais
vezes ele fez vênias, e seguiu o seu caminho. Ia muito 
anjo de si, muito em paz com o seu coração de 
tormentas.

2. Rimbaud veio desencapado pelas mãos de um 
hippie velho e foi deixado sobre o tampo de uma
mesa. Era um bar de fim de rua, era um bar de fim de
mundo. Ali Rimbaud dormiu sob respingos de cerveja
e respingos de molho de carne. Sobreviveu, porém, à 
noitada. No dia seguinte, alguém o pegou. Se foi lido, 
não se sabe, mas de mão em mão ele zanzou pela 
cidade. E jamais foi embora.

3. Drummond chegou de ônibus. A mala que o trouxe 
era uma mala procedente de São Paulo. O casal vinha 
com desilusões e bolsos vazios. Trazia ainda três 
crianças muito magras. E Drummond, dentro de uma 
antologia, foi descansar sobre um caixote em um
barraco emprestado. Ali passou semanas, talvez
alguns meses. Foi afinal reencontrado. E estava
perfeitamente legível, apesar do pó e do cocô de 
passarinho.

4. Clarice Lispector surgiu um dia sobre um dos


bancos da praça. Quem a encontrou foi o ourives da 
cidade. O nome do ourives era Jardel e ele gostou
daquele nome: Macabéia. Deixou Clarice um bom 
tempo entre relógios, anéis, alianças e ouro derretido. 
Só de vez em quando a abria, olhava devagar para 
dentro daqueles abismos. Isto até que a Mulher da 
Aura Azul quis saber o-que-era-o-que-não-era. Não 
soube, mas pressentiu música, ouviu aleluias e 
decidiu chamar a chuva.

5. E assim outros e outros chegaram pelos modos e


caminhos os mais estrovengos. E acho que
estrovengo é palavra que não existe, mas é boa para 
compor uma biblioteca.
Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 12:42 0
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Q U I N T A- F E I R A

O INTELECTUAL-COM-ENFADO

Tenho dúvidas se conseguiremos enrolar em dois 
carretéis o fio da fala do Intelectual-Com-Enfado. A
fala dele tem tremores. E tem invisibilidades não 
captáveis. Lucas Baldus usa um carretel de soltar 
pipa; Rubem Focs usa uma carretilha de pescaria.
Estamos no lado do dia onde as coisas são foscas. 
O bar não tem nome. Há quatro ou cinco viventes 
em mesas esparsas, com seus cálices, suas 
garrafas, seus pensamentos debulhantes. Sim, há 
pensamentos que são debulháveis, assim como 
quem debulha o milho de uma espiga. E o
Intelectual-Com-Enfado pede a nossa atenção com 
Intelectual-Com-Enfado pede a nossa atenção com 
a autoridade dos bichos entocados. Usa chapéu de 
palhinha. Usa um paletó cinza de riscas sinuosas. 
Tem os sapatos lustrados. Sem gravata. Mas
observamos que ele pinta as unhas de um
incolorido não fotografável. E ele fala. Não olha em 
nossos olhos. A fala, com tremores, tem buracos e
abismos entre as palavras. Há pouco ele disse um 
axioma sobre os nós, os nós cegos. Depois veio 
com as premissas de um objeto redondo, oblongo,
o qual ele não nomeia com nome decifrável. Os 
nossos carretéis já vão pela metade. Há muito 
trololó ainda. O dia é longo. Nós somos mínimos 
diante do Intelectual-Com-Enfado. De quando em
quando, Baldus olha para os próprios sapatos, 
desbotados e gastos ali por onde as pedras são 
chutáveis. Rubem Focs enrola a carretilha com a 
fala do Intelectual-Com-Enfado e não percebe 
sinais de peixe. A vida é assim: pétrea, gorgulhante, 
imersa. O Intelectual-Com-Enfado tinge o dia de
melancolia.

Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 09:33 0


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T E R Ç A- F E I R A

A NAMORADA BRASILEIRA DE FRANZ KAFKA

P.A., em seu A namorada brasileira de Franz Kafka


(Editora Veleiro Negro, romance, 234 páginas, Belo 
Horizonte, 2003), na página 2 daquela que ele chama 
de Introdução Falsa ou Introdução Piegas, pois o livro
possui oito introduções antes que, de fato, comece, 
se é que verdadeiramente ele começa, diz o 
seguinte: “O nome dela era Perpétua. Magriça, olhos 
arredondados cor de amêndoa, com leve estrabismo, 
alva, de alvuras mais que alvas, pequena e ágil, 
risonha até mesmo quando em silêncio, mãos miúdas 
que no entanto não a impediam de ir ao piano do 
casarão sempre à tardinha para exercitar valsas, 
sonatas e polcas, a filha mais nova do coronel Albino
Seixas, chefe político e fazendeiro de vasto território 
nos cerrados do Alto Paranaíba, teve um prenúncio 
naquele 3 de junho de 1924. Ao sair, pela manhã, à 
varanda, sentiu a pontada do que não tinha nome, 
pois era só enigma. Mas ela soube. Soube de tal 
modo que correu ao quarto, abriu o armarinho que o
pai lhe comprara em Ouro Preto, de madeira rústica e 
azul barroco, e tomou nas mãos o pequeno embrulho 
fechado em caprichosos laços de uma tira de seda. 
Nele, Perpétua guardava as doze cartas que recebera 
de Kafka, o próprio, doze capítulos de uma história de 
amor começada dois anos e meio antes, em meados 
de 1921, naquela estranha cidade de Praga, destino
que o pai, ao levá-la com ele em viagem de negócios 
pela Europa, pusera sem saber em seu coração. As 
cartas pareciam um incêndio em suas mãos 
minúsculas. E ela soube que Franz Kafka acabara de 
morrer.”
Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 16:19 0
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Marcadores: Livros imaginados

SETE LIÇÕES PARA DESESCREVER UM LIVRO

Nemésio Aldón, em seu Sete lições para 
desescrever um livro (Editora Pena de Pavão, 222 
páginas, São Paulo, 1998), planejou este livro 
quando ainda jornalista literário de alguns dos mais 
importantes cadernos brasileiros do ramo, período 
em que assinava os seus rodapés sob o 
em que assinava os seus rodapés sob o 
pseudônimo de Lev Artov. Segundo ele nos conta 
na introdução, eram anotações minúsculas, em 
cantinhos de papéis rotos, sem pretensão de que 
aquilo, algum dia, pudesse compor um tratado de
desestímulo à carreira literária. Pelos meados dos 
anos 90, depois de um acidente sofrido em uma
pescaria no Mato Grosso do Sul (tudo indica que
uma parte de seu calcanhar direito tenha sido
devorado pelos dentes de um cardume de
piranhas), Nemésio usou a folga para escrever. E 
escreveu. E a sua catilinária, ácida, áspera, feroz, 
publicada por uma casa editorial paulista sem
qualquer expressão, nos deixa perplexos da 
primeira à última linha. Ora são aforismos, ora são 
axiomas que, à maneira de Pascal, mas em tom 
baudelaireano, ele nos põe diante dos olhos com 
doses bem equilibradas de pessimismo erudito e
ironia avassaladora. À página 55, por exemplo, ele 
diz: "Desescrever um livro é a mais sublime de 
todas as artes. Poucos conseguem atravessar esse
rio em cujas margens cantam as desafinadas
sereias do sucesso. Desescrever um livro é tarefa 
para gigantes. Marcel Proust não conseguiria ir 
adiante nessa jornada, pois, fraco como era, só 
podia escrever". Mais adiante, na página 145, no 
capítulo "Receita para o Fracasso", e como se 
usasse uma foice ao contrário de uma caneta, 
Nemésio atira o fatal petardo: "A humanidade seria 
outra se os escritores decidissem desescrever os
seus livros."

Postado por © Paulinho Assunção. All rights reserved. às 09:45 0


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