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Tecnologia: as apostas da indústria para 2008

Consolidação e amadurecimento das inovações experimentadas em 2007 são as principais


tendências apontadas por especialistas de diversos segmentos do mundo tecnológico. Veja
algumas previsões de experientes profissionais do mercado brasileiro:

Acesso à banda larga – "O que vai mudar nos próximos anos é que as redes Wi-Fi deixarão
de ficar restritas ao público corporativo e vão ser de interesse dos usuários de telefones
híbridos, games portáteis e outros dispositivos de consumo. Além da expansão da cobertura,
é necessário simplificar os mecanismos de acesso e tarifação", Roberto Ugolimi Nteo,
presidente da Vex.

Serviços – "Em termos relativos, o Brasil cresce com a sofisticação das economias
desenvolvidas. Enquanto nos demais países emergentes os investimentos se concentram em
hardware e software, a prestação de serviços já representa 40% da receita no Brasil, o que
deve aumentar em 2008", Mário Anceloni, presidente da HP Brasil.

Complexidade mascarada – "Novas ofertas de empresas como Microsoft e Google reforçam a


tendência do software como serviço, em que o usuário deixa de dar tanta importância a
hardware ou sistema operacional. A contrapartida é a necessidade de tecnologias como
virtualização e integração, para atender a altas expectativas de acesso a informações,
serviços e aplicativos, tudo isso de forma simples ao usuário", David Barzilay, gerente de
marketing da empresa Red Hat.

PMEs e operadoras – "Com o avanço da telefonia IP, as pequenas e médias empresas


passaram a fazer parte das estratégias das operadoras. O principal benefício é que agora
elas contam com tarifas mais atrativas e planos exclusivos. Com a expansão do VoIP, muitos
paradigmas foram quebrados e as empresas puderam comprovar que este possui boa
qualidade e fácil instalação. O cuidado que as empresas precisam ter é ao analisar rede e
estrutura que possuem na hora da instalação, para que a comunicação não seja prejudicada".
Germano Coradin, gerente de marketing do Vono, da GVT

Sem sombra de recessão – "Nossa grande base de consumidores vem do mercado de varejo,
que não é afetada pelo comportamento do povo americano. Esse tipo de cliente é, sim,
sensível a preços e ofertas de crédito, fatores que continuam sendo positivos, com as linhas
de crédito concedidas pelo governo e pelos varejistas e a redução da taxa de juros". César
Aymoré, diretor de marketing da Positivo Informática.

Desafio da Conectividade – "A Intel acredita que o mercado brasileiro de PCs terá um
aumento entre 25% a 30%, com cerca de 13 milhões de unidades vendidas. Os notebooks
devem bater novos recordes, com vendas estimadas em 2,8 milhões de unidades. O grande
desafio dos próximos anos será o crescimento da oferta de banda larga na mesma velocidade
em que o mercado de PCs cresce.

Para isso será cada vez mais fundamental o desenvolvimento de uma infra-estrutura
adequada, uma forte atuação do governo nesse sentido, definindo as regras e criando
condições para os investimentos necessários, além do desfecho do leilões 3G e WiMAX que
definirá os padrões e regras que o mercado deve seguir" – Elber Mazaro, diretor de marketing
da Intel.

Aplicações móveis – "Atualmente os executivos e profissionais de média e alta gerência, além


das equipes operacionais externas, passam a maior parte do seu tempo fora da empresa. O
conceito de ter uma sala exclusiva e local fixo para trabalho já é coisa do passado. Nesse
contexto, além de mensageria, soluções como CRM-Mobile, Field Service, e Automação de
Força de Vendas têm sido as aplicações mais demandadas no mercado", Roberto Lechuga -
Gerente de marketing da MGI

Riscos personalizados – "As redes de relacionamento serão utilizadas para disseminarem


vírus e outros códigos maliciosos. Sites como Facebook e MySpace criaram mecanismos que
possibilitam aos usuários desenvolverem pequenos aplicativos, e os hackers se utilizaram da
vulnerabilidade destes mecanismos para, por exemplo, permitir o download de malwares. O
Google também criou um conjunto de ferramenta, o OpenSocial, para o desenvolvimento de
aplicações para qualquer rede social. Em 2007, um jovem russo usou a lista da Forbes para
escolher um bilionário para atacar. Em 2008 os crimes virtuais se tornaram mais pessoais e
lucrativos. Os hackers terão como alvo pessoas e empresas que ofereçam grande
capacidade de lucro", Frederico Tostes, gerente regional da Fortinet Brasil.

Consumidor e e-commerce – "A Web 2.0 veio para consolidar o conceito de que o consumidor
é quem dita as regras, e não poderia ser diferente no comércio eletrônico. Com iniciativas de
Web 2.0 o consumidor assume o papel de principal vendedor das empresas, afinal ele passa
a indicar produtos, referenciar as melhores companhias e consultar outros consumidores
sobre qualidade dos serviços. Iniciativas de Web 2.0 para o comércio eletrônico são
"obrigatórias" para os varejistas no próximo ano", Alessandro Gil, diretor de marketing da
Ikeda.

http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/971062.htm

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