Você está na página 1de 2

Centro de Ensino Unificado de Teresina

Faculdade de Ciências Humanas e Jurídicas de Teresina - FCHJT


Coordenadoria do Bacharelado em Direito

SEGUNDA AVALIAÇÃO – Segundo Semestre/2009 CONCEITO: ____________

Disciplina: Direito Civil VII (Sucessões) Turma: _________________

Assinatura do Aluno: Lara Fernanda de Laet Lopes

Professor: José Tarcísio Evangelista Viana Assinatura do Prof.: ___________________________________

QUESTÕES
1. Explique as regras que devem ser respeitadas para a validade de um testamento aeronáutico.
O testamento aeronáutico foi uma nova forma de disposição de última vontade incluída no ordenamento pelo Novo Código
Civil e é bastante semelhante ao testamento marítimo, conforme o que pode ser observado no artigo 1.889, que preceitua como
condiçãoà sua validade:"Quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa
designada pelo comandante, observado o disposto no artigo antecedente."

2. No que a deserdação se diferencia da indignidade?


A indignidade é uma pena de natureza civil que visa à exclusão do herdeiro de indigno. E a deserdação é a privação realizada
pelo testador do herdeiro necessário de sua legítima.

3. Fale sobre a capacidade testamentária ativa, destacando, em especial: a regra geral quanto à capacidade de testar; quem não
pode fazer testamento; a incapacidade em razão da idade; e, o momento em que se exige a capacidade.

A capacidade testamentária ativa infere-se no momento da elaboração do testamento e está regulamentada nos arts. 1.860 e
1.861, do Código Civil, onde se lê:

“Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.

Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a
superveniência da capacidade”.

4. Fale sobre a incapacidade testamentária passiva.

Uma vez que concerne à capacidade testamentária passiva a possibilidade de ser instituído herdeiro ou legatário em testamento,
o contrário está disposto em lei abaixo transcrita, observando-se que, em regra, possui capacidade testamentária passiva
qualquer pessoa, natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, existente ao tempo da morte do testador, na forma do art. 1.798
do Código Civil.

“Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:

I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;

II - as testemunhas do testamento;

III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;

IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o
testamento.

Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob
a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do
não legitimado a suceder.”

5. Joaquim era casado com Helena em regime de Separação Convencional de bens. Ele faleceu sem deixar filhos, mas seus
pais ainda eram vivos. Considerando o patrimônio de R$ 22.500,00 deixado por Joaquim, diga quem serão seus herdeiros e
quanto cada um irá receber.
Os ascendentes concorrem com o cônjuge, qualquer que seja o regime, logo cada um dos pais e a esposa do de cujus receberá a
importância de R$ 7.500,00.

6. Liana era uma mulher solteira que faleceu sem filhos e sem ascendentes vivos. Seus únicos parentes eram dois tios, uma
irmã do primeiro casamento do seu pai e dois irmãos do casamento entre seu pai e sua mãe. O patrimônio deixado por ela era
de R$ 10.000,00. Identifique os herdeiros de Liana e quanto caberá a cada um por ocasião da partilha.
Os tios, que são colaterais de 3º grau, por serem mais remotos que os irmãos, que são colaterais de 2º grau, são afastados.
Quanto aos irmãos bilaterais, cada uma herdará R$ 4.000,00, cabendo à irmã unilateral o quinhão de R$ 2.000,00, ou seja,
metada da importância destinada àqueles.

7. Isabel e Rubens viviam em união estável quando este último faleceu. Isabel tinha uma filha de um relacionamento anterior e
dois filhos com Rubens, que também tinha uma filha de outro relacionamento. Antes de começar a conviver com Isabel,
Rubens tinha um patrimônio de R$ 32.000,00. Quando faleceu, seu patrimônio total era de R$ 68.000,00. Explique como se
dará a distribuição dos bens do de cujus, relacionando o valor que caberá a cada herdeiro.
Quanto ao patrimônio adquirido na vigência da união estável, qual seja de R$ 36.000,00, o cônjuge sobrevivente fará jus à
quarta parte, ou seja, R$ 9.000,00, que é o quinhão de cada um dos filhos do de cujus. No que se refere ao patrimônio
anteriormente constituído, a sucessão incluirá apenas os três filhos de Rubens, cabendo a cada um a importância de R$
10.666,66.

8. Lino e Teresa eram unidos pelo casamento sob o regime de Participação Final nos Aqüestos. Ao tempo do falecimento de
Lino, eles tinham dois filhos: Jorge e Amanda. Entretanto, havia um terceiro filho, Pedro, que já era morto, mas que tinha dois
filhos. Jorge não tinha filhos, mas Amanda já era mãe de três. Explique como ocorrerá a sucessão de Lino, determinando o
valor do quinhão hereditário de cada herdeiro.
Caberá à Teresa a quarta parte do quinhão hereditário. Jorge e Amanda receberão cada um a quarta parte do mesmo quinhão. Os
filhos de Pedro, por sucederem por estirpe, receberão cada um a oitava parte do quinhão, encerrando-o.

9. Simão e Regina tinham cinco filhos e eram casados no regime de Comunhão Universal de Bens. Ambos tinham os pais
vivos. Dentre os filhos, Ricardo, o mais velho, renunciou à herança (ele tem dois filhos). Joaquim, o filho do meio, foi
considerado indigno através de sentença judicial transitada em julgado (ela não tinha filhos). Os outros três possuíam, cada um,
apenas um filho. Explique como ocorrerá a sucessão de Regina, que faleceu deixando um patrimônio de R$ 60.000,00.
O cônjuge sobrevivente receberá R$ 15.000,00, ou seja, a quarta parte do quinhão hereditário. Cada um dos quatro filhos que
não foram excluídos da sucessão receberá R$ 11.250,00, exceto Ricardo que renunciou, ficando o seu quinhão aos seus dois
filhos, ficando R$ 5.625,00 para cada um.

10. Abelardo faleceu solteiro e sem deixar descendentes ou ascendentes. Seus parentes eram: Rubens e Ivana, irmãos da sua
mãe; Sérgio e Diogo, filhos de um irmão por parte de pai que morreu antes de Abelardo; e Joana, sua irmã por parte de pai e
mãe. Considerando que o patrimônio hereditário era de R$ 18.000,00, diga como será feita a divisão desta herança.
Obedecendo à regra anteriormente aplicada, os tios maternos serão afastados da sucessão. A irmã bilateral receberá R$
12.000,00 e Sérgio e Diogo receberão, cada um, R$ 3.000,00, exercendo direito de representação atribuído ao falecido irmão
unilateral do de cujus.

Você também pode gostar