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Extraído do sermão “A Gospel Worth Dying For” pregado na manhã de 12 de agosto de 1883.
Paulo disse que, em comparação com o seu grande propósito de pregar o evangelho, não
considerava sua vida preciosa para si mesmo; mas temos certeza de que Paulo valorizava a
sua própria vida. Como todo homem, ele tinha amor pela vida e sabia que sua própria vida
era importante para a igreja e a causa de Cristo. Certa vez Paulo disse: “Por vossa causa, é
mais necessário permanecer na carne” (Fp 1.24). Ele não estava cansado da vida, nem era
uma pessoa tola que tratava a vida como fosse algo que podia lançar fora nos esportes.
Paulo valorizava a vida, visto que valorizava o tempo, que constitui a vida, e usava de modo
prático cada dia e hora, “remindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.16). Apesar
disso, Paulo falou aos presbíteros da igreja de Éfeso que não considerava a sua vida
preciosa, em comparação com o dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
De acordo com o versículo que ora consideramos, o apóstolo considerava a vida como uma
carreira que tinha de realizar. Ora, quanto mais rapidamente corrermos, tanto melhor será a
carreira. Com certeza, a extensão não é o alvo desejado. O único pensamento de um
corredor é como ele pode alcançar mais rapidamente a marca de chegada. Ele menospreza o
solo; não se preocupa com o percurso, exceto com o fato de que aquele é o caminho pelo
qual ele tem de correr para atingir seu objetivo. A vida de Paulo era assim. Todo o vigor de
seu espírito estava concentrado na busca de um único objetivo, ou seja, dar testemunho do
evangelho da graça de Deus. E a vida que Paulo tinha aqui embaixo era valorizada por ele
somente como meio para atingir seu objetivo.
Fonte: [ fé Reformada ]
Via: [ Projeto Charles Spurgeon ]