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Projeto Ligação Minas Rio

Perfil Histórico das Localidades de Abrangência do Lote 04

ÍNDICE

1. Apresentação 02
2. Localidade onde existe operação ferroviária 02
2.1. Além Paraíba - MG 03
2.2. Matias Barbosa - MG 05
2.3. Recreio - MG 07
2.4. Santana do Deserto – MG; 10
2.5. Sapucaia - RJ 11
2.6. Três Rios - RJ 13
2.7. Volta Grande - RJ 16
3. Localidade com linha férrea desativada 17
3.1. Itaocara - RJ 17
3.2. Laranjais - RJ 18
3.3. Portela - RJ 19
3.4. Porto Velho do Cunha - RJ 20
3.5. São Sebastião do Paraíba - RJ 21
3.6. Porto Marinho - RJ 22
4. Bibliografia 23
5. Anexos 25

COMUNICARTE [MAR 2009] 1


Projeto Ligação Minas Rio
Perfil Histórico das Localidades de Abrangência do Lote 04

1. Apresentação
O Projeto Ligação Minas Rio, fruto do acordo entre a Ferrovia Centro Atlântica (FCA)
e a LLX Logística, compreende uma ligação ferroviária entre os estados de Minas Gerais e
Rio de Janeiro para o escoamento de cargas por meio do Porto de Açu. O empreendimento
está em estudo de viabilidade, trabalho que apontará as principais ameaças e oportunidades
ao Projeto, contribuindo ainda para a definição do traçado e estratégias de implantação.

Ao traçar o perfil dos municípios do Lote 04 (Três Rios – Recreio/ Recreio – Portela)
este trabalho pretende contribuir para o desenvolvimento destes estudos. Deve-se ressaltar,
no entanto, que todos os dados foram colhidos a partir de fontes secundárias. Não se
tratando, dessa forma, de informações conclusivas sobre as localidades, mas indicativos
para o desenvolvimento de um trabalho mais aprofundado de mapeamento e diagnóstico
sócio cultural, levantamento de stakeholders e elaboração de um programa de
relacionamento.

O Lote 04 do Projeto Ligação Minas Rio apresenta duas oportunidades de traçado.


Uma delas aproveitando a linha que já está em operação e que vai de Três Rios a Recreio.
A segunda visa a circulação de fora dos perímetros urbanos, buscando uma solução para os
problemas já apresentados pela operação da FCA na regional leste, este trecho sairá de
Recreio indo até o distrito de Portela, em Itaocara – RJ. Dada as diferenças apresentadas
por esses municípios no que tange ao seu relacionamento com a ferrovia, o trabalho foi
dividido entre as localidades que possuem ou não operação ferroviária.

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2. Localidades onde há operação ferroviária


2.1. Além Paraíba – MG

Localização: Minas Gerais; Zona da Mata; Microrregião de Cataguases; Bacia do Rio


Paraíba do Sul;

População: 33.945 (2007/IBGE);

Área de unidade territorial: 511 km²

História: Até meados do século XVIII, a localidade era conhecida apenas pelos
tropeiros, mas passou a interessar a Coroa Portuguesa pelo constante tráfego de pedras e
minerais preciosos na região, que compreende o trajeto entre Minas Gerais e o Rio de
Janeiro. Em 1784 foi instalado na localidade um Registro1 e, anexo, um cais de madeira às
margens do Rio Paraíba do Sul, que ficou conhecido como “Porto da Cunha”.

A partir dos anos de 1820, a região passa a se desenvolver em virtude do Ciclo do


Café, iniciado no alto do Paraíba e Serras Fluminenses, promovendo o povoamento da
localidade. Fomentada por este crescimento, a Estrada de Ferro Central do Brasil chega à
Além Paraíba em 1871 e, em 1873, a Estrada de Ferro Leopoldina alcança parte dos
municípios vizinhos, impulsionando o desenvolvimento econômico da região.

A localidade, que pertenceu ao município de Mar de Espanha e depois a Leopoldina,


foi emancipada 1880 com o nome de São José do Além Paraíba.

A linha férrea que corta a cidade fazia parte do chamado corredor do Centro, que
ligava Ubá a Porto Novo do Cunha. Acredita-se que esse ramal tenha dado origem a
Estrada de Ferro Leopoldina que, posteriormente foi incorporada à Estrada de Ferro Central
do Brasil. A estação de Além Paraíba foi a primeira da Linha Centro. Atualmente o lugar está
abandonado.

Características gerais do município: As principais atividades econômicas do


município são a pecuária (corte e leite, avicultura e suinocultura); extrativismo vegetal e
agricultura (Café, Arroz, Milho e Cana de Açúcar). A região ainda é marcada por belas
paisagens naturais (Pico dos Cocais, Pico do Corcovado e Praia de Rio) e por fazendas
antigas.

1
Os registros eram postos de fiscalização e alfândegas internas, onde eram cobrados os tributos das mercadorias
que circulavam pelo país para a Coroa Portuguesa.

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Principais empresas/ entidades: Fundação Educacional de Além Paraíba (Ensino


Superior); Indústria e comércio de Café Moeda; Associação dos Comerciantes de Carne de
Além Paraíba; Briss Comércio e Indústrias Químicas;

Meios de comunicação: A Gazeta (Regional), Rádio Transamérica Além Paraíba


(102,7), Rádio Nova; Diário de Além Paraíba; Rádio Juventude (95,5)

Administração pública: Wolney Freitas (PMDB), Oberdan Moreira Rocha (PDT);

Legislação Municipal: Lei orgânica do município2

Interações com a ferrovia: A linha férrea que corta a cidade foi assumida, em 1996,
pela Ferrovia Centro Atlântica – FCA. Os trens circulam em área urbana e cortam toda a
cidade dividindo espaço com casas, pedestres e veículos. Em muitos locais a linha é o
próprio cruzamento entre as ruas. Há uma circulação de 04 a 06 pares de trens por dia, a
uma velocidade média de 05km/h. A antiga estação ferroviária encontra-se em estado
precário de conservação. Nela funcionam um escritório, sede da supervisão da via, e um
alojamento. Cerca de 15 empregados da FCA residem no município, em sua maioria
maquinistas ou técnicos de via.

Principal produto transportado pela Ferrovia: Bauxita.

Principais problemas em relação à linha férrea: A linha férrea corta toda a cidade,
acarretando risco constante de atropelamento e abalroamento. Outros problemas são: a
imprudência dos motoristas, reclamações dos moradores devido ao barulho provocado
pelas buzinas e passagem das composições e a poeira provocada pela bauxita. Os períodos
mais críticos em relação à segurança nos trilhos são durante o Carnaval e a Festa de
Aniversário da Cidade;

Histórico de manifestações pelo “Alô Ferrovias”e “Fale conosco”: Em 2008, foram


registradas 06 manifestações, todas elas neutras: 04 cadastros de currículo, 01 solicitação
de patrocínio para o Programa Esquentando Tambores e 01 solicitação para interrupção do
tráfego durante o carnaval. Em 2009, somente 01 manifestação foi registrada, uma
denúncia.

Histórico de acidentes/situações críticas: O último acidente registrado em Além


Paraíba foi um abalroamento, em janeiro de 2009, quando um trem em movimento atingiu

2
http://www.camaraap.com.br/pdf/lei_organica_municipal_numero_001_1990.pdf;

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um veículo que estava manobrando. Em 2008 não foram registradas ocorrências no


município.

Articulação local: Atualmente não há nenhuma articulação com a prefeitura


municipal. O principal foco das atividades de comunicação no município são as campanhas
de sensibilização sobre segurança nos trilhos durante os períodos mais críticos, além da
realização de blitzem periódicas. As principais parcerias são junto à Rádio Transamérica e a
Secretaria de Trânsito.

A estação em 2002. 3 Trem passando pela estação de Além Paraíba.4

2.2. Matias Barbosa – MG

Localização: Minas Gerais, na divisa com o Rio de Janeiro. – Zona da Mata; Faz
parte da Região Metropolitana de Juiz de Fora;

População: 13.205 (2007/IBGE)

Área de unidade territoral: 156,73 km²

História: A cidade foi fundada a partir da criação de um Registro, por volta de 1700.
Matias Barbosa fazia parte do “caminho novo”, uma estrada alternativa que ligava Minas
Gerais ao Rio de Janeiro e que permitia a circulação sobretudo dos membros da família real,
além de mercadorias e outros transeuntes. O local, que a principio era chamado de Nossa
Senhora da Conceição de Matias Barbosa, foi elevado à município em 1923.

Características gerais: As principais atividades econômicas do município estão


concentradas na área de serviços e indústria, sendo a agropecuária pouco expressiva. A

3
Foto Jorge A. Ferreira. www.estacoesferroviarias.com.br

4
Foto Jorge A. Ferreira www.estacoesferroviarias.com.br

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cidade possui grande potencial para o desenvolvimento do turismo, sobretudo após ter sido
incorporada ao circuito da Estrada Real, um dos seus principais cartões de visita.

Empresas atuantes no município: UEM – Mineração e Construção S/A; Hebert Hans


Kempter; Criadouro Piccini – Ltda;

Legislação: Lei Orgânica5; Lei das Organizações Sociais;

Prefeito: Joaquim de Assis Nascimento (PP); Joaquim Carlos Perota (PSDB);

Interlocução com a ferrovia: Cidade possui trecho desativado da Estrada de Ferro


Central do Brasil. A Prefeitura, em conjunto com o “Movimento Nacional Amigos do Trem”
há anos trabalha pela implantação de um trem turístico ligando o município à Barbacena. O
projeto, denominado, “Expresso Pai da Aviação”, já teve viabilidade atestada por duas
universidades federais e possui verba de 1,4 milhão, liberada pelo Ministério do Turismo, de
acordo com matéria publicada pelo site do Ministério das Cidades, em janeiro de 2008.

Há operação ferroviária e pátio de manobra da MRS na localidade. A empresa


desenvolve junto à Prefeitura Municipal o Programa “Educar para Viver Melhor”, voltado
para a saúde bucal e melhoria da qualidade de vida de estudantes das escolas municipais.
Além do Projeto “Esporte Nota 10”, que visa promover a melhoria da qualidade da educação
básica por meio de acesso à prática esportiva com orientação adequada. O Projeto atende
cerca de 700 jovens e crianças, na faixa etária entre 05 e 13 anos.

Principais Cargas Transportadas: Alumínio e Bauxita

Principal Cliente: CBA – Companhia Brasileira de Alumínio e Votorantim Metais

Histórico de acidentes/situações críticas: Em janeiro de 2008 houve um


descarrilamento de 22 vagões e 04 locomotivas da MRS, devido à colisão de duas
composições, uma delas transportando minério e a outra, produtos siderúrgicos.

Jornais: Gazeta do Povo (Regional); Tribuna de Minas (Regional); Jornal Panorama


(Regional)

5
http://cmmb.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=28&Itemid=1

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Estação Ferroviária – Matias Barbosa6 Estação Ferroviária – Matias Barbosa

2.3. Recreio – MG

Localização: Zona da Mata, Estado de Minas Gerais; Microrregião Mata dos


Cataguases;

População: 10.194 (IBGE/ 2007).;

Área de unidade territorial: 234 km²

História: A história de Recreio está intimamente ligada à construção do Caminho


Novo, projeto que previa a implantação de uma alternativa para o acesso entre os estados
do Rio e Minas Gerais pela Coroa Portuguesa, ao ciclo do café, e à expansão ferroviária na
região da zona da mata mineira no final do século XIX, notadamente a Estrada de Ferro
Leopoldina.

O povoado de Arraial Novo, como era conhecido, teve início com a construção da
estação ferroviária instalada em terras da Fazenda do Recreio. A localidade foi elevada à
distrito em 1890 e, em 1891, foi inaugurada uma nova estação para o ramal que ligaria
Recreio a Campos. “Criava-se em Recreio um importante complexo ferroviário, com grande
fluxo de passageiros interligando populações de cidades do interior de 3 estados(Rio de
Janeiro, Espírito Santo e Minas) com a capital do país(Rio)”. (VOZ DA CIDADE, JANEIRO
2000:3). Impulsionada pelo crescimento da ferrovia, o distrito é emancipado em 1938, fator
que contribuiu para o desenvolvimento da indústria local, sobretudo de cerâmica, e da
agropecuária.

Características gerais do município: A principal atividade econômica do município a


pecuária leiteira, além da indústria de cerâmica, transformação e beneficiamento do arroz.

6
Foto de Jorge. A Ferreira Jr. http://trensecia.fotopages.com

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Os principais atrativos turísticos locais são a Cachoeira do Monos, famosa pala limpidez de
suas águas e pela variedade da flora e da fauna no entorno, e o Parque Ecológico da Serra
da Bocaina.

Jornais: Jornal de Recreio (local);

Administração Pública: Prefeito: Fernando Almeida Coimbra (Reeleito pelo PT); Vice:
Daniela Cerqueira de Oliveira Cardoso Pizzamiglio (PSDB);

Interações com a ferrovia: Atualmente funciona em Recreio uma oficina mecânica, no


centro da cidade, além de um alojamento para os empregados da Via Permanente e
Operação. A linha, sob concessão da FCA, está conectada ao corredor da bauxita e possui
tráfego médio de 04 a 06 pares de trens por dia. Aproximadamente 25 empregados da FCA
são residentes no município. O trem circula em área urbana e a cidade conta com 04
passagens em nível, sendo uma delas com grande circulação de veículos e pedestres.

Principal produto transportado pela Ferrovia: Bauxita.

Principais problemas em relação à linha férrea: A principal demanda da comunidade


local em relação à ferrovia é o barulho provocado tanto pelo apito e passagem das
composições.

Histórico de manifestações pelo “Alô Ferrovias”e “Fale conosco”: Em 2008 foram


registradas 07 manifestações em Recreio, todas elas neutras. Em 2008 foram registradas,
no “Alô Ferrovias” e no “Fale Conosco”, 07 manifestações da comunidade. Uma delas
solicitando a interrupção do tráfego durante o carnaval e as demais direcionadas ao RH
(envio de currículo). Não foram registradas manifestações em janeiro e fevereiro de 2009.

Histórico de acidentes/situações críticas: O último acidente registrado no município


foi um abalroamento, em meados de julho de 2008. O veículo chocou-se com a primeira
locomotiva, mas não houve morte ou ferimentos por parte envolvidos.

Articulação local: A FCA já desenvolveu várias ações em parceria com a Prefeitura


Municipal de Recreio, com quem há um diálogo aberto e boa articulação. Entre as atividades
já realizadas no local estão campanhas de sensibilização para a segurança nos trilhos,
como no carnaval, por exemplo, e a instalação de uma passagem em nível provisória.

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Mapa da Cidade de Recreio em 19507 Estação em 1974.8

Oficinas de Recreio em Junho de 20069 Estação em Janeiro de 200810

2.4. Santana do Deserto – MG

Localização: MG/ Vale do Paraíba/ Zona da Mata Mineira/ Micro-Região de Juiz de Fora;

População: 3.833 (IBGE/2007)

Área de unidade territorial: 182,21 km²


7
ttp://arraialnovo.blogspot.com;

8
Foto de Hugo Caramuru; http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm;

9
Foto de Ricardo Quintero de Mattos; http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm;

10
Foto de Gutierrez L. Coelho; http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm;

COMUNICARTE [MAR 2009] 9


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História: “ Santana do Deserto, após ter vivido um período áureo durante o século
XIX com a cultura do café, razão das inúmeras e belíssimas sedes de fazendas encontradas
no município, atravessou um período de ostracismo econômico. O fim do ciclo do café, em
decorrência do desaparecimento da mão de obra escrava e do desgaste do solo, acarretou
o abandono das grandes fazendas do Vale do Paraíba. A partir do final da década de 80,
com a abertura da rodovia BR-040, e a facilidade de acesso a partir de centros urbanos
importantes como o Rio de Janeiro e Juiz de Fora, o município volta a ser centro de
interesse para o desenvolvimento do turismo rural, local de veraneio e o desenvolvimento de
atividade pecuária de elite, notadamente gado Brahman”. O local foi desmembrado do
município de Matias Barbosa e emancipado em 1953

Características gerais do município: Localidade cortado pelos Rio Cagado e Ribeirão


Zumbi. Principais atividades econômicas: agricultura e pecuária, com destaque para a
criação de gado Brahman. De acordo com dados do Wikipédia, Santana do Deserto reúne
hoje a maior concentração de criadores de gado Brahman na zona de influência do Estado
do Rio de Janeiro. Dentre os principais criadores destaca-se o criatório Brahman Mucugy,
além de outros. Registra-se ainda a atividade de algumas indústrias de transformação no
município.

Administração Pública: Prefeito Municipal: Gilson Geraldo Fraga Granzinoli (Reeleito


pelo DEM), Vice-Prefeito: Wilson de Almeida Augusto (PDT);

Leis Municipais: Lei Orgânica Municipal; Plano Plurianual de Investimentos; Lei de


Diretrizes Orçamentárias (LDO); Lei de Orçamento Anual (LOA) e Código Tributário
Municipal. De acordo com dados do IBGE o município não dispõe de Plano Diretor ou Plano
Estratégico.

Estrutura Ferroviária: O município é trecho de passagem da MRS Logística.

Principais Cargas Transportadas: Alumínio e Bauxita

Jornais: A Tribuna de Minas (Regional), A Gazeta do Povo(Regional);

Interações com a ferrovia: Cidade possui equipamentos da antiga Estrada de Ferro


Leopoldina e da Estrada de Ferro Central do Brasil.

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Estação Ferroviária – Santana do Deserto11 Estação Ferroviária – Santana do Deserto

2.5. Sapucaia – RJ

Localização: Estado do Rio de Janeiro; Centro Fluminense; Microrregião de Três


Rios; Margem do Rio Paraíba do Sul; Distritos: Jamapará, Anta, Aparecida e Volta do Pião.

População: 16.858 hab (2007/ IBGE)

Área de unidade territorial: 540, 35 km²

História: A exemplo dos demais municípios da região, o início do povoamento da


localidade se deu em virtude do Ciclo do Café, no final do século XIX. Nasce assim, em
1856, o arraial de Santo Antônio de Sapucaia. Elevada à Vila, em 1874, Sapucaia é
emancipada em 1875.

O desenvolvimento local foi fomentado pela implantação da Estrada de Ferro D.


Pedro II e instalação de uma estação intermediária do ramal de Porto Novo do Cunha, além
da implantação da BR – 393 alguns anos mais tarde. .

Características gerais do município: As principais atividades econômicas do


município são o comércio, serviço e a agropecuária. Destaca-se também as indústrias de
transformação. O município é conhecido como cidade das mangas e possui grande apelo
para o turismo pelas fazendas, balneário e belezas naturais, como o Pico do Pião e a
Cachoeira da Sapucaia.

Principais empresas: Paraibuna Embalagens (papelão ondulado);

Jornais: A Gazeta (Regional)

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Foto de Jorge. A Ferreira Jr. http://trensecia.fotopages.com

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Administração pública: Prefeito: Anderson Bárcia Zanon (PRB), eleito no primeiro


turno com 95,86% dos votos; Vice: Bianor de Souza Damásio (PSB);

Legislação Municipal: Lei Orgânica;

Interações com a ferrovia: Ainda há operação ferroviária no município que é cortado


pelos trens tanto da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) como da MRS. No entanto, parte da
linha, que pertencia ao ramal auxiliar da Estrada de Ferro Central do Brasil e que servia para
o transporte metropolitano de passageiros está desativada atualmente. Além disso, existe
um pátio de cruzamento da FCA que possui intensa atividade no local.

A estação ferroviária, cuja inauguração é datada de 1871 foi recentemente reformada


e hoje abriga um centro cultural, museu e a biblioteca municipal, sua administração é de
responsabilidade da Prefeitura.

Principal produto transportado pela Ferrovia: Bauxita.

Principais problemas em relação à linha férrea: O município é considerado pela FCA


como um dos mais críticos da Regional Leste. O pátio de cruzamento está localizado em
área urbana e possui grande interferência na comunidade local, que o utiliza como travessia.
É importante considerar ainda que cerca de 70% dos trens que passam pelo município
precisam estacionar no pátio, o que causa problemas para o fluxo de carros e pedestres.

Principais demandas da comunidade local em relação à ferrovia: A comunidade já


solicitou diversas vezes a construção de uma passarela. A estrutura ainda não foi construída
e a FCA utiliza como paliativo um desvio conhecido como “Caminho Seguro”.

Histórico de manifestações pelo “Alô Ferrovias”e “Fale conosco”: Em 2008, foram


registradas 08 manifestações, 06 delas negativas e as demais neutras. As principais
reclamações são relacionadas à interrupção da circulação de pessoas e pedestres pelos
trens que ficam parados no pátio ou em passagens em nível, há ainda uma solicitação de
passarela para o município. Vale destacar a participação do Sr. Cláudio Lourenzo, dono da
Pousada Casa da Ilha, autor de 04 das 08 manifestações. Em 2009 foram registradas 04
manifestações: 02 reclamações de trens parados em passagem em nível e 02 elogios pelo
encontro que foi realizado junto à comunidade local.

Histórico de acidentes/situações críticas: Não há registro de acidentes em 2008 e


2009.

Articulação local: A comunicação da FCA possui articulação com algumas lideranças


locais, entre eles o proprietário da Pousada Casa da Linha, a esposa do atual prefeito

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(envolvida em diversos Projetos Sociais), o Secretário de Turismo e alguns ex-ferroviários.


O último encontro com a comunidade aconteceu em janeiro. Nele, a comunidade solicitou
que os trens buzinem mais e a construção de um caminho seguro por dentro do pátio,
garantindo assim a segurança dos moradores.

Estação Ferroviária – Sapucaia12 Estação Ferroviária – Sapucaia

2.6. Três Rios – RJ

Localização: Região Centro Sul do Estado do Rio de Janeiro; Ás margens do Rio


Paraibuna;

População estimada em 2008: 72.848 mil habitantes (2007/IBGE)

Área de unidade territorial: 325 km²

História: A formação de Entre Rios está ligada à divisão de terras na região entre os
rios Paraíba e Paraibuna realizada durante o século XIX pela coroa portuguesa, sendo o
povoamento no local fomentado pela inauguração da rodovia União e Indústria (que ligava
Petrópolis a Juiz de Fora) e pela expansão da Estrada de Ferro D. Pedro II, que chega ao
local em 1867.

Em 1890 o povoado é elevado à 2° distrito de Paraíba do Sul e, em dezembro de


1939, consegue sua emancipação político-administrativa.

Características gerais do município: As principais atividades econômicas do


município são o comércio e a indústria de transformação, sendo a última desenvolvida
sobretudo em função da ferrovia e da rodovia que cortam o município. Destaca-se neste
âmbito os setores de material ferroviário e alimentício.

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Foto de Amadeu M. Gomes. http://trensecia.fotopages.com

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Entre as produções regionais estão o Charque, leite beneficiado, beneficiamento da


farinha de trigo,café, aipim, hortaliças, tomate, embalagens de plástico, fabricação de
cachaça, biscoito, macarrão, jeans, panelas e telas, suporte para instrumentos musicais.
Percebe-se também pela exploração de areia, argila brita e dolonita.

A cidade possui campo de pouso para aparelhos de pequeno porte (Campo de


Capri) e faz parte do Pólo Industrial Metal Mecânico da Região Centro Sul. O projeto do
Sebrai – RJ em parceria com as prefeituras dos municípios que o compõe tem como
objetivo a busca da competitividade empresarial, estrutural e sistêmica do arranjo produtivo
regional, que resultam no aumento da competitividade e de incentivos. O Pólo utiliza como
um de seus atrativos a proximidade dos municípios à ferrovias, rodovias e a acessibilidade
ao porto de Sepetiba.

A região é cortada pelos rios Paraíba do Sul, Piabanha e Paraibuna. O encontro dos
rios acontece dentro do município e é considerado o seu principal ponto turístico.

Em Três Rios há uma unidade da UFRRJ que, atualmente, oferece os cursos de


administração e economia, atendendo cerca de 550 alunos. A unidade está em expansão
para a construção do Campus Rural em Três Rios.

Administração Pública: Prefeito Vinícius Farah (PMDB); José Ricardo (PMDB);

Legislação: Lei Orgânica, Código Tributário, Código de Posturas e Plano Diretor13


Meios de Comunicação: Boletim Informativo Oficial do Município; Entre-Rios Jornal; Rádio
Três Rios 1150khz – AM; Rádio Antena 1 89,7 – FM; Rádio Jovem Pan 92,9 – FM; Rádio
107,3 – FM e Rádio 104,1 – FM;

Interações com a ferrovia: Três Rios é o ponto de interligação entre a linha da


Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e da MRS Logística, fazendo parte do chamado “Corredor
da Bauxita”. A FCA possui um pátio de manobra no centro da cidade e a linha passa por
dentro da área urbana, possuindo 05 passagens em nível ao longo desse trecho. A
circulação médias é de 04 a 06 pares de trens/ dia.

Principal produto transportado pela Ferrovia: Bauxita.

Principais problemas em relação à linha férrea: A principal reclamação da


comunidade em Três Rios é em relação à buzina das locomotivas, em sua maioria, as da

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http://www.cvtr.rj.gov.br/

COMUNICARTE [MAR 2009] 14


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MRS. Como a empresa não possui um canal de comunicação com os moradores locais, as
reclamações são direcionadas para o “Alô Ferrovias”, da FCA.

Além disso, o pátio da FCA está localizado no centro da cidade, em uma região
considerada de vulnerabilidade social, o que acarreta problemas como roubos, vandalismos
e situações de violência próximos à linha férrea.

Histórico de manifestações pelo “Alô Ferrovias”e “Fale conosco”: Em 2008 foram


registradas 03 manifestações, todas neutras. Duas delas para o envio de currículo e a outra
informando sobre uma carreta que estava agarrada na linha férrea. Em 2009, somente 01
manifestação foi registrada, relacionada à poluição sonora (apito).

Histórico de acidentes/situações críticas: O último acidente registrado em Três Rios


foi um atropelamento, em março de 2009. A segurança empresarial acredita que o incidente
tenha sido uma “desova de cadáver”.

Estação Ferroviária – Três Rios14 Encontro dos Rios – Três Rios

2.7. Volta Grande - RJ

Localização: Estado do Rio de Janeiro; Centro Fluminense; Microrregião de Três


Rios; Margem do Rio Paraíba do Sul; Distrito: Trimonte.

População: 5.166 (2007/IBGE)

Área de unidade territorial: 209 km²

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Foto de Amadeu M. Gomes. http://trensecia.fotopages.com

COMUNICARTE [MAR 2009] 15


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Perfil Histórico das Localidades de Abrangência do Lote 04

História: O município se originou de um povoado que foi formado em meados do


século XIX em torno das fazendas cafeeiras. O ciclo do café que movimentou a região, foi o
que impulsionou o desenvolvimento local. Outro importante marco de sua história foi a
inauguração da estação da Estrada de Ferro Leopoldina, em 1874, que contou com a
presença do Imperador Dom Pedro II. O povoado, que inicialmente pertenceu aos
municípios de Mar de Espanha e Leopoldina, foi elevado a distrito do município de Além
Paraíba em 1891. A emancipação ocorreu em 1938.

Características gerais do município: A cidade é banhada pelos Rios Angu e Paraíba


do Sul. Suas principais atividades econômicas são a indústria alimentícia e de produtos
químicos, pecuária (bovinos, caprinos, eqüinos, galináceos, muares e suínos) e agricultura
(arroz, banana, cana de açúcar, feijão, laranja, mandioca e milho). Percebe-se ainda a
presença de algumas unidades produtivas de indústrias de transformação.

Principais empresas: Cooperativa Agropecuária de Volta Grande de Resp. LTDA ;


Telu Alimentos Ltda; Essembra ESS. E Prod. Arom do Brasil Ltda.

Jornais: A Gazeta (Regional), Volta Grande (Local)

Administração pública: Prefeito: Ari Pereira Campanati (PDT); Celso Junqueira (PP).

Legislação Municipal: Lei Orgânica do Município;

Interações com a ferrovia: No município ainda existe o prédio da antiga estação


ferroviária, que foi inaugurada em 1874 e era a estação terminal do primeiro trecho da
Estrada de Ferro Leopoldina. Atualmente o local funciona como alojamento para os
empresados da FCA que trabalham na via permanente. Encontram-se ainda em volta
grande um pátio de manobra e uma linha de desvio da Via Permanente. A linha que corta a
cidade possui três passagens em nível.

Principal produto transportado pela Ferrovia: Bauxita.

Histórico de manifestações pelo “Alô Ferrovias”e “Fale conosco”: Não há registro de


manifestações desta localidade em 2008 e 2009;

Histórico de acidentes/situações críticas: Não foram registrados acidentes em 2008 e


2009

COMUNICARTE [MAR 2009] 16


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Estação Ferroviária – Volta Grande15 Trem de Bauxita – Volta Grande

3. Localidades em que a linha férrea está desativada


3.1. Itaocara – RJ

Localização: Noroeste Fluminense/ Micro região de Santo Antônio de Pádua/ Ás


margens do Rio Paraíba do Sul;

População: 22.069 (2007/IBGE)

Área de unidade territorial: 426 km²

Histórico: O município foi criado a partir do conflito entre duas tribos indígenas. A
disputa territorial fomentou a criação, pelos padres capuchinhos, da Aldeia da Pedra, que
ficou por algum tempo sob jurisdição de Cantagalo e Campos. Em 1885, a aldeia passou a
constituir efetivamente um núcleo urbano, desenvolvimento que foi fomentado pela
implantação do ponto terminal da Estrada de Ferro Cantagalo. Ela foi conhecida como São
José Leonissa até 1890, quando passou denominar-se Itaocara.

A ocupação foi fortemente condicionada pelo relevo e pelo curso do Rio Paraíba do
Sul. De acordo com dados de pesquisa feita pelo Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, “A
construção da RJ- 116 e a ponte sobre o Rio Paraíba levaram a ocupação a desenvolver-se
perpendicularmente à via férrea, desativada, que perdeu para a rodovia a função de
principal indutor do crescimento urbano”.

Atualmente, está em desenvolvimento um projeto de Ligth para a construção de uma


hidroelétrica no município, que deverá ser instalada no leito do Rio Paraíba do Sul, seguindo
até as proximidades de Além Paraíba. A proposta é que a represa tenha 1020km de

15
www.asminasgerais.com.br

COMUNICARTE [MAR 2009] 17


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comprimento, com profundidade máxima de 45m. O reservatório cobrirá uma área de cerca
de 83km2, afim de atender a uma capacidade de geração de 195MW, suficiente para
abastecer uma cidade com 650 mil habitantes. O projeto está em fase de licenciamento
ambiental e gera polêmica entre as instituições da região. Uma das principais contestadoras
do Projeto é a ONG Piabanha, que atua junto à pescadores profissionais e comunidade
ribeirinhas no desenvolvimento de projetos voltados para a preservação do meio ambiente.

Características econômicas do município: A maior parte do PIB, de acordo com


estudos do CIDE em 2003, está concentrada no setor de serviços, seguindo-se da indústria
e da agropecuária. Destaca-se ai a produção de aguardentes e a criação de gado de leite e
de corte.

Meios de Comunicação: Rádio Embalo FM

Administração municipal: Prefeito: Manoel Queiroz Faria/ Vice-Prefeito: Alcione


Correa de Araujo;

Legislação: Lei orgânica do município16.

Principais empresas atuantes: Café DuVale, Jotagro de Itaocara – Indústria de


Alimentos Agropecuários; Indústria de Bebidas Santa Clara;

Interações com a ferrovia: O antigo leito da ferrovia foi aproveitado, na década de 90


para a construção de uma rodovia, ligando Itaocara ao distrito de Laranjais.

3.2. Laranjais/ Itaocara – RJ

Localização: Distrito de Itaocara – RJ; Região Serrana do Rio de Janeiro; Vale do


Paraíba; Distritos: Itaocara, Batatal, Estrada Nova, Jaguarembé, Laranjais e Portela.

População: 3.142 (Censo de 2000)

História: A cidade foi fundada a partir da Fazenda Laranjais, cujo parte dos terrenos
foi loteado e doado à Igreja Metodista. A localidade pertenceu até o ano de 1891 ao
município de Cantagalo, quando passou a se configurar como um distrito de Itaocara. O
local, que era conhecido como Laranjeiras, passou a se chamar Laranjais somente em
1943. Na época, o distrito era conhecido pelo desenvolvimento do Engenho Central, que
empregava grande quantidade de mão de obra na fabricação de açúcar, álcool, tecidos e
balas. O engenho ainda possuía serviço de abastecimento de água e energia elétrica
próprios, além de linha uma férrea particular.
16
http://www.itaocara.rj.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=53

COMUNICARTE [MAR 2009] 18


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Características: Atualmente a principal atividade econômica local é a pecuária, além


do plantio de hortifrutigranjeiros e da exploração de calcário para a produção de cimento.

Principais empresas locais: Sociedade Agroindustrial Herbal, Companhia Engenho


Central Laranjeiras;Carlos Magno Xavier Cortes

Interações com a ferrovia: Em junho de 1884 foi aberto o tráfego na linha de ferro
que ligava Cantagalo a Laranjais. De acordo com dados do Blog do Radialista Carlos
Ferreira, a Estação Ferroviária ficava localizada onde hoje está situada a Praça Prof.
Rosalvo Pereira Alves.

3.3. Portela/ Itaocara – RJ

Localização: Distrito de Itaocara – RJ; Região Serrana do Rio de Janeiro; Vale do


Paraíba;

População: Aproximadamente 2880 habitantes;

História: O povoado surgiu após a instalação da Estação Ferroviária da Estrada de


Ferro Leopoldina em 1980. A empresa passou a controlar a Estrada de Ferro Cantagalo no
final do século XIX, cuja linha passava pelo município de Itaocara, se estendendo até
Portela. As terras, inseridas em uma região marcada pela cafeicultura, pertenciam à família
do Dr. José Joaquim de Almeida Alves da Cunha. O povoamento do local foi intensificado a
partir do processo de loteamento das terras, empreendido pelo proprietário.

Características gerais da localidade: Assim como a sede, Itaocara, Portela também


possui empresas de aguardentes. O distrito ainda se destaca pela produção moveleira,
possuindo duas serralherias, oito fabricas de móveis e duas de estofados.

Principais empresas locais: Santos Boechat e Cia. (Móveis)

Interações com a ferrovia: A localidade ainda possui trechos da antiga linha. A


estação de Portela, nome dado em homenagem ao Governador Francisco Portela pelo
Barão de Nova Friburgo, atualmente funciona como terminal rodoviário.

3.4. Porto Velho do Cunha/ Carmo – RJ

Localização:Distrito do município de Carmo, no Rio de Janeiro, na divisa com o


estado de Minas Gerais; Carmo faz divisa com os municípios: Sumidouro, Duas Barras e
Além Paraíba;

COMUNICARTE [MAR 2009] 19


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População Carmo: 16.690 (2007/IBGE)

Área de unidade territorial: 321 km²

História: A região se desenvolveu durante o ciclo do Café. O município possui


diversos atrativos turísticos, tanto relacionados ao patrimônio histórico como ao meio
ambiente.

Características gerais: As principais atividades econômicas municipais atualmente


são a pecuária, comércio, indústria de fundição, confecções, tubos plásticos de material
reciclado. O município conta também uma usina hidrelética. Construída no final do sécula
XIX pela Light na Ilha dos Pombos. Em 2002, a usina foi reformada, aumentando a
capacidade instalada da hidrelétrica para 183MWE. O PIB Municipal gira em torno de R$
169.449 mil, de acordo com dados do IBGE.

Principais empresas locais: Realpack Indústria de Descartáveis; Comércio e Indústria


Paquerer, Indústria e Comércio de Resíduos Têxteis Boa Vista, Indústria de Materiais de
Automação Jamapara (IMAAJ); Supreme – Indústria de Produtos Alimentícios; Indústria e
Comércio de Café Moeda; Chama Indústria e Comércio.

Administração Pública: Prefeito: Carlos Emanuel Ferreira Braz (PSB)/ Vice Prefeito:
Jorge Luiz da Silva Barbosa (PSB)

Legislação Municipal: Lei Orgânica Municipal17

Interações com a ferrovia: Na região à estrutura da antiga Estrada de Ferro


Leopoldina. O ramal que ligava Porto Velho da Cunha a Sumidouro foi aberto em outubro de
1889 e tinha como principal objetivo escoar parte da produção cafeeira local. “O ramal inicial
compreendia, a partir de Porto Velho do Cunha, as estações de Mello Barreto, Bacelar
(Carmo), Barra de São Francisco, Bella Joana e Vila de Sumidouro. Mais tarde estendeu-se
por Barão de Aquino, Murinelly, Dona Mariana, Rio Grandina até encontrar-se com o ramal
Cantagalo na Estação de Cargas em Conselheiro Paulino (Nova Friburgo).”

Em Carmo, foi inaugurada nos anos 1930 a Estação Bacelar, posteriormente


denominada Carmo. Atualmente o prédio é ocupado pela cooperativa de produtores de leite
local. De acordo com registros do site “Estações Ferroviárias”18, aparentemente somente o

17
http://www.camaracarmo.rj.gov.br/home/index.php;

18
www.estacoesferroviarias.com.br

COMUNICARTE [MAR 2009] 20


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prédio e uma parte da plataforma de pedra foi preservada, o restante da estrutura foi
demolido.

Estação de Bacelar nos anos de 193019 Estação do Carmo, 200320

3.5. São Sebastião do Paraíba/ Cantagalo – RJ

Localização: Distrito do Município de Cantagalo – RJ/ Região Serrana Fluminense;

População (Cantagalo): 19.799 (2007/IBGE)

Área de unidade territorial (Cantagalo): 749 km²

Meios de comunicação: Rádio Musical de Cantagalo FM

Características gerais do município: O distrito está localizado próximo ao Rio Paraíba


do Sul, sendo uma das localidades atingidas pelo projeto de construção da Central
Hidrelétrica de Itaocara. No município de Cantagalo há forte extração de calcários
cristalinos, explorados sobretudo para a produção de cimento, cal e como corretivo de solo.
As indústrias, apesar de se configurarem como a principal riqueza econômica local provoca
sérios danos ao meio ambiente. Destaca-se ai a poluição que compromete a qualidade do
ar, devido aos elevados índices de particulados finos e dióxido de enxofre. A pecuária
também pode ser entendida como outro importante aspecto econômico local, sendo o
município conhecido como o maior produtor de gado bovino das regiões Serrana e Centro
Norte Fluminense. Destaca-se também pela produção de leite, sobretudo em São Sebastião
do Paraíba..

Principais empresas locais (Cantagalo): Votorantim (cimentos), Lafarge e Holcim;


19
http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_1/carmo.htm
20
http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_1/carmo.htm

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Meios de comunicação: Jornal da Região (Cantagalo) e Rádio Musical (Religiosa e


ligada a rede de emissoras de RRSoares);

Administração Pública: Joaquim Augusto Carvalho de Paula – Guga de Paula


(Primeiro mandato: PT; Segundo mandato: PP); Vice-Prefeito: Jorge Ernesto Pinto Farah
(PPS)

Legislação Municipal: Plano Diretor (anexo)

Interações com a ferrovia: O ramal ferroviário construído ligando Cantagalo à


Friburgo foi inaugurado em 1883. Construído por iniciativa do Barão de Nova Friburgo, o
trecho tinha como finalidade escoar a produção cafeeira da região. Ele foi posteriormente
incorporado à Estrada de Ferro Leopoldina e desativado alguns anos mais tarde.
Atualmente o ramal encontra-se desativado.

3.6. Porto Marinho/ Cantagalo - RJ

Localização: Região rural de São Sebastião do Paraíba, distrito de Cantagalo-RJ;

Características gerais da localidade(principais empresas, principal produção, perfil


sócio econômico): região rural. Destaque para a atividade pesqueira às Margens do Rio
Paraíba do Sul. A localidade possui atuação da Associação dos Pescadores Profissionais do
Rio Paraíba do Sul (APPRPS).

4. Fontes
Registro de Manifestações Regional Leste – Consolidado 2008;

Registro de Manifestações Regional Leste - Janeiro 2009;

Registro de Manifestações Regional Leste – Fevereiro 2009;

http://alemparaiba.com.br/

http://cmmb.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=28&Itemid=1

http://ferroviaeasolucao.blogspot.com

http://metalmecanicocentrosul.tripod.com/regiaocentrosul.html

COMUNICARTE [MAR 2009] 22


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http://trensecia.fotopages.com

http://wikimapia.org/5020370/pt/Sapucaia-Rio-de-Janeiro-Brasil

http://wikimapia.org/5020370/pt/Sapucaia-Rio-de-Janeiro-Brasil

http://www.cvtr.rj.gov.br/

www.adjorisc.com.br/jornais/voltagrande/

www.alemparaiba-mg.com.br/portal

www.anpf.com.br

www.asminasgerais.com.br

www.camaraap.com.br/histotria_de_alem_paraiba.htm

www.camaracarmo.rj.gov.br/home/index.php

www.cantagalo.rj.gov.br

www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/programas-urbanos/Imprensa/reabilitacao-de-
areas-urbanas-centrais/noticias-2008/janeiro/rede-ferroviaria-em-minas

www.cidadesnet.com/municipios/santanadodeserto.htm

www.cidadesnet.com/municipios/voltagrande.htm

www.cide.rj.gov.br/Cidinho/municipio/itaocara.pdf

www.cvtr.rj.gov.br/

www.empresasnarede.com.br

www.estacoesferroviarias.com.br

www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm

www.ibge.gov.br

www.itaocararj.com.br

www.itaocararj.com.br/

www.jornalagazeta.com.br/

www.matiasbarbosa.mg.gov.br;

www.matiasonline.com;

www.recreio.mg.gov.br

COMUNICARTE [MAR 2009] 23


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www.revistaferroviaria.com.br

www.trembrasil.org.br

www.tse.gov.br

www.wikipedia.com.br

www.guiademidia.com.br

www.radiosbr.com.br

www.tre-rj.gov.br/eleicoes/2006/fiscaliza%C3%A7%C3%A3o%20da%20propaganda/emissoras_radio.pdf

http://carlosferreirajf.blogspot.com/2008/06/itaocara-rj-02-distrito-laranjais.html

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ANEXO I – CLIPING CANTAGALO

Comunidade Cidadã – Bairro São José Cantagalo (RJ)


Fonte: http://www.holcim.com.br/BR/PT/id/1610649100/mod/gnm50/page/editorial.html
O projeto de desenvolvimento do Bairro São José, em Cantagalo, no Rio de
Janeiro, surgiu a partir do empenho da comunidade local em conjunto com lideranças do
município em desenvolver alternativas para melhorar o padrão de vida do bairro. Estão
envolvidos neste projeto, além dos moradores da comunidade, os seguintes parceiros:
AMBSJ – Associação de Moradores; Prefeitura Municipal de Cantagalo; ACIACAN –
Associação Comercial; Escola Municipal Darcy Ribeiro; SECAN – ONG Ambiental; PAIF;
PSF; e Sebrae-RJ.
Moradores do bairro estabeleceram sete áreas de intervenção para a melhoria da
qualidade de vida. Para cada uma das áreas – saúde, lazer, problemas sociais, gestão
ambiental, geração de renda, infra-estrutura e mudança de comportamento – foi formado um
grupo de trabalho, com representantes de diversos setores da população local. Ao todo,
2170 pessoas foram envolvidas nas ações realizadas no primeiro ano do projeto, iniciado
em fevereiro de 2005. Um resultado expressivo foi a melhoria da iluminação do bairro, um
dos problemas apontados no Plano Diretor e melhorada pela prefeitura após a mobilização
da população.
Outros eventos ligados à saúde e higiene, gravidez na adolescência, meio ambiente
e mudança de comportamento foram realizados, sempre com a participação da Associação
de Moradores do Bairro, que lidera o projeto. O Instituto Holcim acompanha o cumprimento
de metas, dentro de sua diretriz de participar da vida comunitária e estimular parcerias para
a construção de comunidades sustentáveis.
Sub-posto de saúde de Porto Marinho é reformado e ampliado
Fonte: http://www.cantagalo.rj.gov.br/noticias/noticia823.htm
Cantagalo – Pelo menos 150 famílias de Porto Marinho, localidade rural de São
Sebastião do Paraíba, quarto distrito de Cantagalo, se beneficiaram com a inauguração das
obras de reforma e ampliação do sub-posto de saúde da localidade, realizada quarta-feira
passada, dia 19, pela Secretaria de Saúde. A solenidade foi acompanhada pelos moradores
da localidade, além de vários visitantes e contou com a participação do prefeito Guga de
Paula (PP), do secretário de Saúde, Márcio Barbas, e a primeira-dama do município,
Jussara Figueira de Paula, também secretária municipal de Assistência Social.

COMUNICARTE [MAR 2009] 25


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Representando um investimento de cerca de R$ 15 mil, as obras dotaram a unidade


de salas especiais para atendimento, nova iluminação e mais conforto para quem vive na
comunidade, formada, em sua maioria, por produtores rurais de leguminosas e criadores de
gado de leite.
Com a medida, a unidade de saúde também ganhou um patrono e passou a se
chamar Sub-Posto de Saúde Sebastião Honório de Oliveira. A homenagem, que contou com
a participação de dois dos cinco filhos do patrono, falecido há 24 anos, foi a forma
encontrada para lembrar o nome de um grande defensor da comunidade e que é lembrado
com carinho pelos moradores mais antigos. Sebastião Honório de Oliveira doou vários
terrenos para a implantação de benfeitorias em Porto Marinho, entre elas a construção da
escola local, hoje com o ensino municipalizado, o clube social, a igreja católica e o campo
de futebol.
Emocionada, Sirley Cosendey Oliveira, filha do homenageado, falou em nome da
família, acompanhado pelo irmão, Vivalter Cosendey Oliveira. “Nem tenho palavras para
agradecer tamanha lembrança do meu pai, que sempre foi um homem apaixonado por Porto
Marinho e seu povo. Tudo o que ele fez foi para engrandecer a comunidade, sem esperar
nada em troca, por isso estou aqui com o coração cheio de alegria, de satisfação”, disse.
De acordo com o secretário Márcio Barbas, o sub-posto funciona como uma unidade
avançada do Programa de Saúde da Família (PSF), que atende à comunidade através do
módulo implantado em São Sebastião do Paraíba. “Aqui é um ponto de referência para a
comunidade, já que o módulo central fica a cerca de 18 quilômetros”, explicou Barbas. Ele
acrescentou que a unidade do PSF do quarto distrito também é responsável pelas
comunidades de Boa Esperança, São João e a vila de Campo Alegre, uma extensa área
coberta pela equipe de saúde formada por médico, dentista, auxiliar de enfermagem, auxiliar
de consultório dentário, motoristas e os agentes comunitários de saúde, que são distribuídos
de forma a cobrir a extensa área, formada, em sua maioria, por propriedades rurais.
O prefeito Guga de Paula também destacou a importância de Sebastião Honório de
Oliveira na comunidade e também lembrou de Gílson Pacheco, outro filho da comunidade e
que doou, há vários anos, o terreno onde hoje está instalado o sub-posto de saúde. “Este é
outro importante representante de Porto Marinho e que em breve também iremos
homenageá-lo”, prometeu. Ao longo dos seus 84 anos de idade, Gilson Pacheco mora
atualmente em laranjais, no município vizinho de Itaocara, já na Região Noroeste do estado.
Durante o discurso, Guga de Paula assumiu outros dois compromissos com os
moradores de Porto Marinho. Já no início de 2009, quando estará assumindo seu segundo
mandato, uma das primeiras providências será a reforma da escola, cujo prédio, pertencente

COMUNICARTE [MAR 2009] 26


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ao Governo do Estado, está em péssimas condições. “O ensino foi municipalizado e hoje é


aplicado pela prefeitura, mas iremos garantir instalações dignas para os estudantes a partir
do ano que vem”, garantiu, apontando para a secretária de Educação e Cultura, Fernanda
Torres, também presente ao evento.
Outro compromisso é o de implantar um poço artesiano na comunidade, que enfrenta
sérios problemas com a água, apesar de estar às margens do Rio Paraíba do Sul. “A
exemplo do que fizemos na comunidade de Ligante, estamos tentando recursos junto à
Funasa (Fundação Nacional de Saúde) para a execução deste trabalho, pois sabemos das
dificuldades e necessidades do povo daqui”, afirmou.
A solenidade foi encerrada com um suculento churrasco, oferecido pela comunidade,
e um show de forró, animado por ‘Os Manu’s’, da cidade de Pirapetinga (MG).
Descerramento da fita inaugural com participação de dois dos cinco filhos do
homenageado: Vivalter e Sirley (C)
Prefeito Guga de Paula destacou importância do homenageado para a comunidade e
prometeu reforma da escola, em 2009, e conseguir, junto à Funasa, recursos para a
implantação de poço artesiano na comunidade

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ANEXO II – CLIPING ITAOCARA

Light vai retomar usina de Itaocara


Fonte: O Globo, 20/09/05
A empresa de geração de energia que surgirá da cisão da Light deve retomar a
construção da usina hidrelétrica de Itaocara, com capacidade para 195 megawatts (MW),
disse ontem o diretor de Relações Institucionais e com Investidores da empresa, Paulo
Roberto Pinto. A Light tem de separar os ativos de geração e distribuição até o fim do ano,
como parte das novas regras do setor. As subsidiárias no exterior Lir Energy e Light
Overseas Investment serão extintas e suas dívidas, absorvidas pela Light. Pinto disse que
os investimentos não serão mais feitos pela Light distribuidora, e sim pela geradora.
O projeto está em fase de licenciamento ambiental, segundo a empresa. Com
capacidade de geração de 195MW, suficiente para abastecer uma cidade de 650 mil
habitantes, a nova usina, que será implantada no Rio Paraíba do Sul, terá investimentos de
R$ 300 milhões.

Light deve tirar do papel hidrelétrica de Itaocara


Fonte: Jornal do Commercio, 20/set

A empresa de geração de energia que surgirá da divisão da Light deve retomar o


projeto de construção da usina hidrelétrica de Itaocara, com capacidade para 195
megawatts (MW), informou ontem o diretor de Relações Institucionais e com Investidores da
empresa, Paulo Roberto Pinto. A Light, que avalia participar do leilão de energia nova
previsto para dezembro, tem que separar os ativos de geração e distribuição até o fim do
ano, como parte das novas regras do setor.
As subsidiárias no exterior Lir Energy e Light Overseas Investment serão extintas e
suas dívidas absorvidas pela Light. "Essas companhias são na verdade ativo somente
econômico, compostas de dívida de US$ 160 milhões com o Deutch Bank, que passará a
ser devida diretamente pela Light", explicou, acrescentando que no balanço consolidado já é
assim, não muda nada.
A parte de geração da companhia, que consiste em parque instalado de 500
megawatts médios (18% da energia distribuída pela Light), deverá ser incrementada com a
construção da usina de Itaocara e, eventualmente, com novos projetos adquiridos no leilão
de energia nova. "Têm alguns investimentos para ser feitos mas não serão mais pela Light
distribuidora, e sim pela geradora", disse o executivo.

COMUNICARTE [MAR 2009] 28


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O projeto está em fase de licenciamento ambiental, segundo a assessoria da


empresa. Além de Itaocara, a Light estuda também a usina hidrelétrica de Paracambi (30
MW).
Outro projeto que estava previsto, da termelétrica de Paracambi (aproximadamente
500 MW), será feito pela controladora da Light, a francesa Electricité de France (EdF),
informou Pinto sem dar detalhes.
A Light venceu, em 30 de novembro de 2000, o leilão de concessão da Usina
Hidrelétrica Itaocara, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Com capacidade de geração prevista de 195 M
W, suficiente para abastecer uma cidade de 650 mil habitantes, a nova usina terá
investimentos da ordem de R$ 300 milhões.
A usina será implantada no Rio Paraíba do Sul entre os municípios fluminenses de
Itaocara, na margem direita, e Aperibé, na margem esquerda, em fase de licenciamento
ambiental.
Paracambi
>Geração de energia: 30 MW, com duas unidades de 15 MW
>>Localização: Ribeirão das Lajes, 8 km abaixo da Usina Hidrelétrica Pereira Passos
>>Prazo de construção: 26 meses (previsão)
>>Dimensões do reservatório: 2,98 km de área inundada (Paracambi - 65%; Piraí - 23%;
Itaguaí - 12%)
>>Barragem de terra: altura máxima - 22 m; comprimento: 222 m

Governo acelera liberação de licença ambiental


Fonte: http://ademi.webtexto.com.br/article.php3?id_article=10912
O Ibama concedeu licença ambiental prévia para mais um projeto de usina
hidrelétrica que será licitado no leilão de energia de novos empreendimentos (a chamada
energia nova) previsto para dezembro. Trata-se da usina de Simplício, projeto de 328,4
megawatts (MW) de potência previsto para ser erguido no Rio Parnaíba do Sul, na divisa
entre os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Com isso, segundo o Ministério de
Minas e Energia, quatro projetos previstos para participar do leilão já receberam licença
prévia, somando aproximadamente 596 MW.
A intenção inicial do Governo era levar 17 projetos de usinas a leilão em dezembro,
equivalentes a um total de 2.829 MW. Mas no próprio ministério já se trabalha com a
expectativa de licitar 14 usinas.

COMUNICARTE [MAR 2009] 29


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Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, informou que os


projetos das usinas de São José (51 MW) e Passo São João (77MW), ambas no Rio Grande
do Sul, receberam licenças prévias dos órgãos ambientais estaduais. Antes dessas, já havia
recebido licença a usina de Baguari, em Minas Gerais, de 140 MW de potência. Com a
assinatura da licença prévia de Simplício, apenas outros dois projetos aguardam licença
prévia do Ibama: Ipueiras, no Tocantins (480MW) e Paulistas, entre Alagoas e Sergipe (52
MW). As demais dependem de autorização dos organismos ambientais dos Estados.

Empresa da Light deverá retomar projetos de usina


Fonte: http://www.para-raio.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=126
Setembro de 2008
"A empresa de geração de energia que surgirá da divisão da Light deve retomar o
projeto de construção da usina hidrelétrica de Itaocara, com capacidade para 195
megawatts (MW), informou o diretor de Relações Institucionais e com Investidores da
empresa, Paulo Roberto Pinto. A Light, que ainda avalia participar do leilão de energia nova
previsto para dezembro, tem que separar os ativos de geração e distribuição até o fim do
ano, como parte das novas regras do setor. As subsidiárias no exterior Lir Energy e Light
Overseas Investment serão extintas e suas dívidas absorvidas pela Light.

`Essas empresas são na verdade ativo somente econômico, compostos de dívida de US$
160 milhões com o Deutche Bank, que passará a ser devida diretamente pela Light. `No
balanço consolidado já é assim, não muda nada`, explicou.
A parte de geração da companhia, que consiste em parque instalado de 500
megawatts médios, deverá ser incrementada com a construção da usina de Itaocara. `Têm
alguns investimentos para ser feitos mas não serão mais pela Light distribuidora, e sim pela
geradora`, disse o executivo.
O projeto está em fase de licenciamento ambiental, segundo a assessoria da
empresa. Além de Itaocara, a Light estuda também a usina hidrelétrica de Paracambi (30
MW). Outro projeto que estava previsto, da termelétrica de Paracambi, será feito pela
controladora da Light, a francesa Electricité de France (EDF).
A Light venceu o leilão de concessão da Usina Hidrelétrica Itaocara, promovido pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com capacidade de geração prevista de 195
MW, a nova usina terá investimentos da ordem de R$ 300 milhões. A usina será implantada
no Rio Paraíba do Sul entre os municípios fluminenses de Itaocara, na margem direita, e
Aperibé, na esquerda.

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Governador se reúne com o presidente da Light em BH


Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/detalhe_noticia.php?cod_noticia=15827
BELO HORIZONTE (24/10/07) - O governador Aécio Neves recebeu, nesta quarta-feira (24),
no Palácio da Liberdade, o presidente da Light, Luis Algueres. A empresa fluminense de
energia foi comprada em março do ano passado pelo Consórcio Rio-Minas, do qual a Cemig
detém 25% do controle acionário. Desde então, a Light investiu na modernização da gestão
e hoje é apontada pelo Índice de Satisfação dos Consumidores, da agência de regulação
Aneel, como a segunda melhor empresa fornecedora de energia elétrica do país, ficando
atrás apenas da Cemig.

“Há uma pesquisa oficial feita pela Aneel, do índice de Satisfação dos Consumidores. Vim
dizer ao governador que fomos selecionados por 20 mil consumidores de todo o país,
sorteados aleatoriamente. A Light foi considerada a segunda melhor empresa, logo atrás da
Cemig que continua sendo a melhor. Eu vim dizer: governador, obrigado pelo apoio, mas
ainda resta muito a aprender aqui com os mineiros”, disse Luis Algueres, em entrevista.

Segundo o presidente da Light a gestão transparente e eficiente levou a empresa a se


recuperar no mercado. “Pode-se reeditar esse salto a uma gestão profissional. Eu fui
escolhido, com o apoio da Cemig, pude montar uma diretoria profissional, estabelecemos
metas, vinculamos o interesse dos empregados aos interesses dos dirigentes e dos
acionistas, ou seja, todos trabalhamos na mesma direção”, afirmou.

Com a reestruturação da Light, a empresa voltou a pagar dividendos e as suas ações foram
valorizadas no mercado financeiro. Há mais de 10 anos, a empresa não remunerava seus
acionistas.

“A Light era uma empresa passando por problemas seríssimos e a história desses 14 meses
é de enorme sucesso. A empresa vem anunciar pagamento de dividendo de R$ 520
milhões. Praticamente há 10 anos não pagávamos dividendos. A valorização das ações é o
dobro da alta média do Ibovespa e das outras empresas de energia elétrica. A reputação da
Light foi reconquistada frente ao órgão regulador, frente aos governos”, disse Algueres.

COMUNICARTE [MAR 2009] 31


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Novos investimentos

Em 2008, a Light vai investir mais de R$ 1 milhão em geração e distribuição de


energia. O plano de expansão prevê a destinação de R$ 720 milhões nas usinas de
Itaocara, Paracambi e Lages, todos no Estado do Rio de Janeiro. Os novos investimentos
representam a volta da Light ao mercado de geração.
“A Light estava fora da geração há muitos anos e o nosso Conselho de
Administração aprovou investirmos R$ 720 milhões em geração de energia. Tem uma usina
em Itaocara, na fronteira com Minas Gerais, e duas outras Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCH), uma em Paracambi e outra em Lages, dentro do nosso próprio complexo gerador,
totalizando 235 megawatts”, afirmou Algueres.
De acordo com o president da Light, R$ 360 milhões também serão investidos para
melhorar a rede de distribuição de energia, melhorando o atendimento ao consumidor.
“Temos também investimentos em distribuição de energia, da ordem de R$ 360
milhões, para o ano de 2008, adicionais a esses R$ 720 milhões que são em três anos,
específicos para geração. Vamos focar na melhoria dos serviços aos clientes, na automação
dos serviços e numa proteção maior à rede à interferências externas para reduzir as
perdas”, disse.

Consórcio

O Consórcio Rio-Minas - controlador da Light - é formado pela Cemig e pelas


empresas Andrade Gutierrez, Luce Brasil e Pactual Energia. A compra da Light consolidou a
presença da Cemig fora das fronteiras de Minas Gerais e passou a liderar o mercado
brasileiro de venda a consumidores finais.
Estão sob o controle integral da empresa holding da Light, entre outras empresas, a
concessionária de distribuição Light Serviços de Eletricidade S.A., que possui 3,8 milhões de
consumidores (6,4% do mercado nacional) em 31 municípios do Estado do Rio de Janeiro e
a geradora Light Energia S.A., que detém 852 MW de capacidade instalada em usinas
hidrelétricas.

COMUNICARTE [MAR 2009] 32


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Light inicia estudos para gerar energia a carvão


Portal Exame | 29.11.2007 | 16h28
Por Alessandra Saraiva

AGÊNCIA ESTADO O presidente da Light, distribuidora de energia elétrica no Rio de


Janeiro, José Luiz Alquéres, afirmou hoje que a empresa iniciou estudos para investir em
geração térmica a carvão. "Acredito que, na matriz energética brasileira, haverá espaço para
térmicas a carvão", afirmou o executivo. Quando indagado se a empresa poderia buscar
parceiros no empreendimento, Alquéres comentou que não há nada nesse sentido, por
enquanto. Entretanto, ele observou que um "parceiro preferencial" seria a Cemig, citando a
empresa mineira que é acionista da distribuidora do Rio.Ele fez as observações ao
responder a pergunta de jornalistas sobre como a empresa pretendia elevar a participação
de seus negócios em geração. De acordo com Alquéres, a Light já tem vários projetos em
andamento, como as usinas de Itaocara (RJ), com 195 megawatts (MW) de potência; a
usina de Paracambi (RJ), com 30 MW de potência; e a de Lajes (RJ), com 19 MW de
potência - além de iniciar estudos para geração térmica a carvão. "Estamos também de olho
nos novos leilões de hidrelétricas", disse.Sobre a possibilidade de participação da empresa
no leilão das usinas do Rio Madeira, em Rondônia, ele comentou que "no caso específico do
leilão do Rio Madeira, quem vai participar é quem se inscreveu. A Light não se inscreveu",
disse. O presidente foi cauteloso ao responder se a empresa poderia participar do leilão,
futuramente, associada a algum outro grupo já qualificado. "Por ora, quem se inscreveu é
quem está lá", disse.O executivo comentou que o interesse inicial da distribuidora em
participar do leilão foi influenciado por uma "preocupação" sobre a viabilidade da
competição. Ou seja: a empresa tinha interesse em estimular o teor competitivo do leilão. "O
conjunto de medidas que o governo tomou permitiu esse cenário muito bom, no qual
existem vários competidores, três dos quais com chance de vitória. A Light apenas continua
a não entender o que a Eletronorte está fazendo lá", disse, citando a estatal, mas sem
mencionar quais seriam os três grupos com chance de vencer o leilão. O executivo fez
palestra hoje, promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB-RJ) e pelo Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

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ANEXO III – CLIPING MATIAS BARBOSA


Ferrovia em Minas é liberada depois de colisão de dois trens
Plantão | Publicada em 01/01/2008 às 18h52m
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/01/01/327839430.asp
CBN Minas
BELO HORIZONTE - A ferrovia próxima a Matias Barbosa, na Zona da Mata mineira,
já foi liberada. Na segunda-feira, dois trens, um deles com 132 e o outro com 26 vagões,
bateram de frente. Vinte e dois vagões e quatro locomotivas descarrilaram no trecho. Houve
um princípio de incêndio.
Segundo o corpo de bombeiros, dois maquinistas e um auxiliar ficaram feridos. As
causas do acidente estão sendo investigadas. Segundo informações da polícia, os dois
trens se chocaram a poucos metros do pátio de cruzamento, lugar onde deveria acontecer a
ultrapassagem.

A volta dos TRENS. O primeiro, TREM TURÍSTICO,será entre Matias Barbosa, perto de
Juiz de Fora , até Barbacena. Ministério vai liberar quase 1 milhão e 600 mi reais.
Fonte: http://www.joaocarlosamaral.com.br/index.php?id=1315
Sexta-feira, Dezembro 15, 2006
O empenho de R$ 1,59 milhão para a implantação do trem turístico entre os
municípios de Matias Barbosa e Barbacena foi anunciado pelo assessor especial do
Ministério do Turismo, Dirceu Nascimento, em audiência pública realizada nessa quinta-feira
(14/12/06) pela Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais. A audiência, realizada a requerimento do deputado Paulo
Cesar (PDT), presidente da Comissão, foi dedicada a discutir os projetos de revitalização do
transporte ferroviário de passageiros em Minas Gerais.
De acordo com Nascimento, o empenho dos recursos será efetivado entre esta
sexta-feira (15/12/06) e o dia 22 de dezembro. No mesmo período, segundo ele, serão
empenhados R$ 850 mil para o trecho entre São Sebastião do Rio Verde e São Lourenço;
R$ 1,55 milhão para o trecho entre Cruzeiro e a divisa do Estado; R$ 120 mil para trecho no
município de Araguari e R$ 750 mil para trecho entre Barra Mansa e Ribeirão Vermelho.
Outros R$ 690 mil estão previstos para trecho no município de Betim, mas ainda depende
do recebimento de projeto técnico. Todos os projetos, segundo o assessor do Ministério,
referem-se à implantação de trens turísticos, a exemplo do que já foi implantado entre Ouro
Preto e Mariana.

COMUNICARTE [MAR 2009] 34


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O deputado Carlos Gomes destacou a importância da revitalização do transporte


ferroviário de passageiros no Estado, e destacou a linha de Matias Barbosa a Barbacena
como um exemplo do potencial econômico dessa iniciativa. A estimativa desse projeto, que
passa pela cidade de Santos Dumont, é que possa gerar mais de 1,2 mil empregos diretos e
indiretos. "Já fizemos outras duas audiências sobre esse tema, uma em Ponte Nova, sobre
o trecho Ponte Nova a Viçosa, e outra em Juiz de Fora, para discutir o trecho entre Matias
Barbosa e Barbacena. Todas mostraram a importância dos projetos para a preservação do
patrimônio, geração de emprego e renda no Estado", afirmou o parlamentar.
Ministério do Transporte analisa seis trechos em Minas
O diretor de Relações Institucionais do Ministério do Transporte, Afonso Carneiro Filho, citou
seis trechos de ferrovias mineiras entre os 28 que foram selecionados em todo o país para
estudos de implantação de transporte regional de passageiros, que implicarão em aquisição
e operação de máquinas mais modernas. A previsão do Ministério, segundo Carneiro, é que
até o segundo semestre do ano que vem alguns desses projetos já iniciem a fase de
licitação, a fim de que em 2008 comece a fabricação dos trens. Os trechos selecionados
serão operados por meio de concessão ou permissão, através do sistema de Parceria
Público-Privada ou consórcio público.
Os seis trechos mineiros que foram selecionados pelo Ministério do Transporte são:
Betim a Sete Lagoas - Com 136 quilômetros de extensão, a linha atravessa
Contagem e Belo Horizonte. Uma possibilidade é que seja acrescentada uma extensão da
linha de Betim até Divinópolis. No outro extremo, poderia ser instalado um trem turístico
entre Sete Lagoas e Cordisburgo. - Com 136 quilômetros de extensão, a linha atravessa
Contagem e Belo Horizonte. Uma possibilidade é que seja acrescentada uma extensão da
linha de Betim até Divinópolis. No outro extremo, poderia ser instalado um trem turístico
entre Sete Lagoas e Cordisburgo.
Ouro Preto a Viçosa - 158 quilômetros de extensão. - 158 quilômetros de extensão.
Bocaiúva a Janaúba - 217 quilômetros de extensão. - 217 quilômetros de extensão.
Belo Horizonte a Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete - Com 149 quilômetros de
extensão, essa linha tem uma bifurcação a partir de Nova Lima, em que um ramal vai a
Ouro Preto e o outro a Lafaiete. - Com 149 quilômetros de extensão, essa linha tem uma
bifurcação a partir de Nova Lima, em que um ramal vai a Ouro Preto e o outro a Lafaiete.
Campinas (SP) a Poços de Caldas - A linha completa tem 201 quilômetros, mas
apenas um pequeno trecho está em Minas Gerais, e o restante em São Paulo. - A linha
completa tem 201 quilômetros, mas apenas um pequeno trecho está em Minas Gerais, e o
restante em São Paulo.

COMUNICARTE [MAR 2009] 35


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Cruzeiro (SP) a Varginha - Com 204 quilômetros, essa linha passa por Três
Corações. - Com 204 quilômetros, essa linha passa por Três Corações.
Entre os números apresentados sobre a malha ferroviária brasileira, o que mais
impressionou foi a comparação com países mais desenvolvidos ou mesmo vizinhos sul-
americanos. O Brasil, segundo os dados, possui 29,4 mil quilômetros de ferrovias, e um
índice de 0,6 passageiro transportado por quilômetro ao ano. A França possui 32,6 mil
quilômetros de ferrovias, com 67 passageiros transportados por quilômetro ao ano. Já na
Argentina, são 34 mil quilômetros de ferrovias, com 11 passageiros transportados por
quilômetro ao ano. O deputado federal Leonardo Monteiro (PT), que também participou da
reunião, lembrou que Minas e o País já tiveram uma malha maior. "Com a privatização e a
desativação, a malha foi se reduzindo", lamentou. Ele ressaltou que o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possui linhas de crédito para projetos
privados no setor.
Presenças - Deputados Paulo Cesar (PDT), presidente, e Carlos Gomes (PT), além
das autoridades citadas no texto, participaram da reunião o secretário-adjunto de Estado de
Turismo, Roberto Luciano Fagundes; e o presidente da Associação Amigos do Trem, Paulo
Henrique do NascimentoDeputados Paulo Cesar (PDT), presidente, e Carlos Gomes (PT),
além das autoridades citadas no texto, participaram da reunião o secretário-adjunto de
Estado de Turismo, Roberto Luciano Fagundes; e o presidente da Associação Amigos do
Trem, Paulo Henrique do Nascimento

Ferrovia é liberada após colisão entre trens em MG


Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL244292-5598,00.html)
01/01/08 - 17h08 - Atualizado em 01/01/08 - 17h10
Dois trens de carga colidiram em ferrovia, em Minas Gerais (Foto: Reprodução/TV
Globo)
O trecho da ferrovia onde ocorreu a colisão entre dois trens de carga, em Matias
Barbosa (MG), foi liberado nesta terça-feira (1º). As causas do acidente, que deixou três
feridos, ainda estão sendo investigadas.
O choque aconteceu na manhã de segunda-feira (31). Segundo a polícia, um dos
trens tinha 132 vagões e era usado para o transporte de minério. Estava vazio e seguia em
direção a Juiz de Fora (MG). O outro, com 26 vagões, seguia em sentido oposto,
transportando produtos siderúrgicos.

COMUNICARTE [MAR 2009] 36


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Dois trens de carga se chocam e três ficam feridos em MG


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL243321-5598,00-
DOIS+TRENS+DE+CARGA+SE+CHOCAM+E+TRES+FICAM+FERIDOS+EM+MG.html
31/12/07 - 12h22 - Atualizado em 31/12/07 - 12h22
Ao todo, 22 vagões e quatro locomotivas descarrilharam em Matias Barbosa.
Colisão ocorreu a poucos metros do pátio de cruzamento, local correto para ultrapassagem.
Dois trens de carga bateram de frente na manhã desta segunda-feira (31) e três
pessoas ficaram feridas. O acidente aconteceu por volta das 6h, perto do quilômetro 261 da
Estrada União Indústria,em Matias Barbosa (MG). Ao todo, 22 vagões e quatro locomotivas
descarrilharam. Dois maquinistas e um auxiliar tiveram ferimentos leves.
Segundo informações da polícia, os dois trens se chocaram a poucos metros do
pátio de cruzamento, lugar onde deveria acontecer a ultrapassagem. Um deles tinha 132
vagões e é próprio para transportar minério. Estava vazio e viajava no sentido Matias
Barbosa a Juiz de Fora. O outro viajava na direção oposta e tinha 26 vagões carregados de
produtos siderúrgicos.
Duas locomotivas caíram às margens do Rio Paraibuna. Durante toda a manhã,
técnicos da MRS Logística, empresa responsável pela ferrovia na região, trabalham para
retirar os trens do lugar. Segundo a assessoria de imprensa da MRS, ainda não há previsão
de quanto tempo será necessário para liberar a ferrovia.
Os maquinistas Wellington Alves e Lincoln Pereira e o auxiliar Fernando da Cunha
foram levados para o hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora. Eles estão internados em
observação.

CÂMARA REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER TRANSPORTE


FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS
Fonte: (http://isal.camarajf.mg.gov.br/jornal/noticias/not250420051.html)
Atendendo requerimento do vereador vice-presidente da Câmara, Francisco Canalli
(PTB), estiveram reunidos no plenário da Câmara, hoje, 25/04, autoridades estaduais e
federais da área de transporte e prefeitos de diversas cidades vizinhas à Juiz de Fora. Eles
vieram discutir o transporte ferroviário de passageiros no trecho entre Matias Barbosa , Juiz
de Fora, Ewbanck da Câmara e Santos Dumont. O objetivo é, com o retorno deste meio de
transporte, promover o atendimento regional, social e turístico da região, além de ampliar a
possibilidade de geração de emprego e renda. De acordo com o diretor do Departamento de
Relações Institucionais do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, serão
realizadas intervenções para implantação de trens modernos no transporte de passageiros

COMUNICARTE [MAR 2009] 37


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nos âmbitos regionais e interestaduais, especialmente, entre cidades de alta concentração


populacional.
A idéia do vereador, que foi apresentada durante a audiência para resgatar,
principalmente o turismo e intercâmbio entre cidades vizinhas, fomentando emprego e renda
e a preservação do patrimônio histórico ferroviário e dos municípios.
O prefeito de Ewbanck da Câmara, Paulo Mendes, elogiou a iniciativa, afirmando a
necessidade do apoio e mobilização total entre as cidades para o projeto dê certo. Joaquim
Assis do Nascimento, prefeito e Matias Barbosa, valorizou como meio transporte,
principalmente porque Juiz de Fora é pólo estudantil para a cidade.
Quanto aso temores apresentados pela comunidade que se manifestou durante a
reunião, o presidente da Associação de Amigos do Trem, Paulo Henrique e Azevedo
Moraes , afirmou que esta é uma opinião equivocada e que a MRS Logística não pode
estipular o preço da passagem nesses trens, já que, por contrato, deve cumprir a cláusula
que dá ao trecho onde é permissionária, a possibilidade de tráfego de dois pares de trens de
passageiros em circulação por dia
O deputado Júlio Delgado também lembrou deste compromisso com a MRS e
afirmou que a volta do trem de passageiros é desejo de todos juizforanos. Ele falou do
sucesso da instalação da "Maria Fumaça"\' ligando 8km entre São Lourenço e Soledade de
Minas, gerando 32 empregos diretos e 300 indiretos. O Procurador Regional da República,
no Rio de Janeiro, Luis Cláudio Pereira Leivas, reafirmou a importância da união da
população das cidades interessadas para que o projeto saia do papel.
O vereador José Sóter Figueirôa (PMDB) sugeriu uma moção de repúdio pelo fato
da MRS não cumprir seu papel de responsabilidade social, promovendo a integração
regional, estimulando, com os trens de passageiros o desenvolvimento de empreendimentos
e serviços ao longo das ferrovias, minimizando a ociosidade destes trechos.
Os vereadores Antônio Jorge (PSDB), Flávio Cheker (PT) e Isauro Calais (PDT) se
solidarizaram com a luta do movimento e lamentaram a ausência de representantes da
MRS. Eles sugeriram que seja enviada uma Moção para os setores de transporte do
Governo Estadual e Federal, solicitando providências urgentes para o assunto.
O projeto apresentado por Francisco Canalli, também propõe: Apoio popular às
estradas de ferro; recuperação do patrimônio cultural e histórico ferroviário das cidades;
ganho cultural e político para o Estado, Municípios e sociedade, pelo resgate da história e
da cultura; desenvolvimento econômico regional, beneficiando o comércio, empresas e
cidadãos e a possibilidade de deslocamento a um preço competitivo.

COMUNICARTE [MAR 2009] 38


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A Proposta base consiste na reimplantação de trens de passageiros utilizando bens


móveis e imóveis da extinta RFFSA, através da formação de parceria social, pública e
privada, onde todos assumem compromissos na execução dos serviços. .O
Desenvolvimento do artesanato, produtos hortifrutigranjeiros e outros voltados ao turismo;
também consta da proposta.
Para manter o estado de conservação das vias onde os trens circulam; será
necessária a parceria da sociedade organizada com a iniciativa pública, que via poder se
utilizar dos recursos provenientes das Leis de incentivo à preservação do patrimônio
histórico e cultural, como a Leis de aplicação do ICMS e Lei Rouanet.

Trem das Artes inicia nova viagem


Edição 2008 irá contemplar oito municípios de Minas Gerais e do Rio de Janeiro,
levando uma rica bagagem de arte e cultura
Arrume as malas, pois a viagem vai começar. Vem aí o Trem das Artes 2008, que
terá início no próximo final de semana, de 10 a 14 de setembro. O Trem das Artes, em sua
quinta edição, é realizado pelo Instituto Artivisão, por meio da Lei Federal de Incentivo à
Cultura e tem como patrocínio a MRS Logística. Desde 2004 o projeto vem se configurando
como um dos grandes programas itinerantes dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
De setembro a dezembro o Trem das Artes percorrerá oito cidades, sendo cinco do
interior de minas - Matias Barbosa, Bom Jardim de Minas, São Brás do Suaçui, Sarzedo e
Brumadinho e três municípios fluminenses - Mangaratiba, Pinheiral e Paraíba do Sul,
levando a toda a população, uma rica programação de arte e cultura. De acordo com a
coordenadora geral do projeto, Patrícia Lamego, estas cidades foram escolhidas por terem
uma população inferior a 30 mil habitantes e estarem fora do circuito comercial de cultura.
Além disso, são cidades que fazem parte da malha ferroviária da MRS Logística.
Segundo o assessor de comunicação empresarial da MRS, Rodrigo Barbosa, a
ampliação do acesso à cultura é o objetivo central do projeto. "Infelizmente, o modelo
centralizado de produção e difusão cultural, neste país, mantém a grande maioria dos
municípios brasileiros à margem do circuito cultural. Para a MRS, o Trem das Artes é uma
oportunidade de levar aos habitantes de cidades situadas ao longo da nossa ferrovia,
espetáculos de qualidade, com produção no nível das que acontecem nos grandes centros.
Além de possibilitar, através das oficinas, o contato mais próximo dos moradores,
especialmente educadores e crianças, com o fazer cultural. Por tudo isso, temos verificado
que o projeto, dada a carência destes municípios, constitui-se em um acontecimento

COMUNICARTE [MAR 2009] 39


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marcante na vida de todos os moradores, deixando gravada nos corações e mentes a


semente de emoção,sensibilidade e reflexão que a arte semeia", pontua.
O Trem das Artes 2008 oferece para o público de todas as idades uma programação
rica e diversificada composta por shows musicais, espetáculo teatral e oficinas. A grande
novidade desta edição é a oficina para educadores que acontece três dias antes das
atividades culturais que serão realizadas em cada cidade, sempre nos finais de semana e
gratuitamente.
Intitulada de "Educação, Cultura e Patrimônio – Trabalhando bens Imateriais", a oficina
para educadores visa sensibilizar e desenvolver a percepção e o entendimento teórico-
prático do que é o universo da cultura popular, suas manifestações e importância no
contexto nacional, tendo como tema os "bens culturais imateriais/patrimônios imateriais",
sua abordagem e o entendimento do seu significado. A proposta é de identificação, em cada
município, de suas expressões culturais e ofícios de tradição, privilegiando esses saberes e
colocando–os em discussão junto aos professores das escolas participantes.
"Trabalhar esse tema com os educadores é colocar em discussão a
interdisciplinaridade do conteúdo artístico cultural, aproximar o educador do universo da
cultura popular tendo como objetivo maior alcançar e despertar as crianças e jovens para a
sua identidade cultural. É se reconhecer como parte integrante e partícipe do fazer e saber.
Esperamos que os educadores sejam os multiplicadores de conteúdo e das práticas
aplicadas na capacitação", destaca Patrícia Lamego.
A oficina "Educação, Cultura e Patrimônio – Trabalhando bens imateriais", será
ministrada em 9h/aula, pela coordenadora de pesquisa da Ação Cultural e Consultoria,
Maria Alice Braga.
Assim como os professores toda a comunidade poderá participar e apreciar o Trem
das Artes. Aos sábados quando se inicia o projeto, a partir das 19h30, o público confere
show musical com Maurício Tizumba e grupo, que apresentará o espetáculo "Negro, Tambor
e Rosário". Antes do espetáculo acontecerá a apresentação de grupos ou atrações locais,
como forma de valorizar os talentos revelados em cada cidade.
Aos domingos são realizadas, na parte da manhã, atividades lúdicas para crianças e
adolescentes. As 10h acontecerá a Oficina Tambor Mineiro, também com Maurício Tizumba
e grupo e a seguir, às 11h, será apresentado o espetáculo educativo "Trem Amigo", com o
Grupo Real Fantasia. Todas as atividades serão realizadas em grandes tendas montadas
em espaços públicos, com acesso aberto, irrestrito e gratuito à população em geral. Espera-
se um público de cerca de oito mil pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos, além
do envolvimento de até 320 educadores de escolas públicas.

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Preocupada com a segurança da população no convívio com a ferrovia, a MRS, em


parceria com o Instituto Artivisão, traz nesta edição do Trem das Artes informações e dicas
importantes para a prevenção de acidentes nas linhas ferroviárias.
"A MRS faz expressivos investimentos na segurança de suas operações, buscando
reduzir acidentes de transporte, especialmente os que acontecem envolvendo veículos e
pedestres. Temos um índice de acidentes que está no nível das melhores e mais seguras
ferrovias do mundo. Infelizmente, no entanto, por imprudência das pessoas, ainda
convivemos com atropelamentos e colisões ao longo da linha. Por esta razão, a MRS realiza
campanhas permanentes de prevenção de acidentes, buscando conscientizar e educar as
pessoas, especialmente as que moram próximas à ferrovia. Vemos no Trem das Artes uma
oportunidade de levar esta mensagem as comunidades e faremos isto na oficina para os
educadores, com uma palestra, e para o público, especialmente as crianças, por meio da
peça teatral "Trem Amigo". Assim, além de sua grande importância cultural e comunitária, o
projeto torna-se mais um instrumento na luta para reduzir os acidentes", explica Rodrigo
Barbosa.
SERVIÇO
TREM DAS ARTES
Data: 10 de setembro a 7 de dezembro
Cidades: Bom Jardim de Minas (MG), Paraíba do Sul (MG), Matias Barbosa (MG),
Mangaratiba (RJ), Pinheiral (RJ), São Brás do Suaçui (MG), Sarzedo (MG), Brumadinho
(MG)
------------------------------------------------------------------
NESTA SEMANA
Local: Bom Jardim de Minas – Estádio Municipal
Data: 10 a 14 de setembro
Horário: a partir das 19h30 (13/09) e a partir das 10h (14/09)
-------------------------------------------------------------------
PROGRAMAÇÃO GRATUITA
Realização
Instituto Artivisão

COMUNICARTE [MAR 2009] 41


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ANEXO IV – CLIPPING SAPUCAIA


17:17 - BNDES empresta R$ 1 bi a Furnas para obras de usina
Portal Exame - -- Online 112,08 cm²
| 27.03.2008 | 16h18
PublicidadePor Alaor BarbosaAgência Estado O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) formalizou hoje a aprovação de empréstimo
de R$ 1 bilhão para Furnas Centrais Elétricas, controlada pelo holding estatal de energia
elétrica Eletrobrás, para a construção da hidrelétrica de Simplício, no Estado do Rio. O
investimento previsto para o projeto é de R$ 1,6 bilhão, segundo dados divulgados pelo
presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e a participação do BNDES representa 62% do
total.
O presidente de Furnas, Luiz Paulo Conde, prevê que a usina entrará em operação
em 2010, com potência de 333,7 megawatts (MW). Segundo o BNDES, Simplício será a
segunda maior hidrelétrica do Estado do Rio, que atualmente conta com 10 usinas
hidrelétricas, com capacidade de geração de 1.200 MW. A usina está localizada no rio
Paraíba do Sul, na divisa dos municípios de Sapucaia e Três Rios (RJ) e Chiador (MG).
Segundo o BNDES, os investimentos na usina vão criar 4 mil empregos diretos e
mais de 10 mil indiretos. Furnas venceu a licitação para a construção de Simplício em leilão
realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Por ser estatal, o governo teve de
abrir exceção para que o BNDES pudesse financiar o empreendimento. Conde observou
que o banco não apoiava Furnas há sete anos. Além de Simplício, a empresa está
construindo outras cinco usinas hidrelétricas.

O PAC passa por aqui


IstoÉ - -- Especial grandes questões nacionais Revista Pg. 5 a 7
Donas surgiu em 1957, na gestão r de Juscelino Kubitschek, com a missão de livrar o
Brasil do risco de um colapso energético. Meio século depois, ela é novamente protagonista
de um grande projeto governamental de estímulo ao desenvolvimento econômico, o
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com parceiros públicos e privados, ou por
conta própria, a empresa vai construir sete hidrelétricas nas regiões Sul, Sudeste, Centro-
Oeste e Norte: Santo Antônio, Foz do Chapecó, Simplício, Serra do Facão, Baguari, Retiro
Baixo e Batalha (ver mapa na página 7 e reportagens nas páginas 8 a 21 ), além de três
linhas de transmissão: Tijuco Preto - Itapeti - Nordeste, Macaé - Campos III e Fumas
Pimenta II (ver texto na página 22). Com investimento previsto da ordem de R$ 17,4 bilhões

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as novas usinas contam com uma capacidade instalada de cerca de 5,5 mil megawatts de
energia, 14% do volume previsto pelo PAC a longo prazo. A mais potente do grupo é a de
Santo Antônio, com 3.150 MW, que em agosto recebeu a licença de Instalação (LI) do
ministro do Meio Ambiente, Carlos Mine, e teve aprovado seu projeto básico ambiental pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Nunca antes executamos tantas obras, em tantas regiões e em tão pouco tempo",
destaca Luiz Paulo Conde, presidente de Fumas. "E o Brasil precisa muito dessas
hidrelétricas, pois para cada ponto percentual de crescimento do PIB são necessários mil
megawatts adicionais de potência. Portanto, ou o País produz energia, ou ele não cresce."
Além de sua importância estratégica para a infra-estrutura nacional, os novos
empreendimentos, desde já, induzem o crescimento econômico e a geração de riquezas nas
regiões de seu entorno. As obras vão gerar 127 mil empregos diretos e indiretos, o
equivalente à população de Botucatu (SP), e garantir o recolhimento de mais de R$ 204,8
milhões em Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) aos cofres de cerca de 30 municípios no
perímetro das usinas. Depois que as turbinas começarem a girar, essas cidades passarão a
receber cerca de R$ 39,9 milhões
ao ano, a título de Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos
(CFURH).
Ao longo do período de construção de uma usina, geralmente de cinco anos, comércio e
serviços são os segmentos mais beneficiados. Restaurantes, pousadas, hotéis, postos de
gasolina, lavanderias, locadoras de veículos, supermercados e agricultores têm, em média,
um crescimento de mais de 40% nos negócios. Para se ter uma idéia desse efeito
multiplicador, basta dizer que a região onde é erguida a Usina de Simplício, na divisa de
Minas Gerais e Rio de Janeiro, recebeu uma injeção adicional de recursos - considerando-
se a massa salarial, a compra de bens e serviços e os aluguéis - de R$ 3,6 milhões por mês.
O montante corresponde a 3,5 PIEs dos quatro municípios beneficiados pelo projeto:
Sapucaia (RJ), Três Rios (RJ), Além Paraíba (MG) e Chiador (MG).
Os empresários Carlos Roberto Figueiredo de Souza e Paula Magalhães de Almeida, de
Sapucaia, são testemunhas dos novos tempos. Com a chegada dos operários e
engenheiros, o restaurante de Paula, o Água Limpa, teve um crescimento de 43% nas
refeições servidas. Sua proprietária, de 25 anos, teve de informatizar o estabelecimento e
contratar mais duas garçonetes e cozinheiras para dar conta do recado. Já a Panificadora
Sapucaiense, de Carlos Roberto, passou a faturar 20% a mais desde o início das obras. O
padeiro, de 46 anos, resolveu então abrir um restaurante, e já pensa em transferir a padaria

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para o mesmo local. "As pessoas daqui estão se profissionalizando, ganhando


conhecimento técnico. A tendência é sempre melhorar", comemora ele.
Em paralelo aos novos projetos, Furnas segue investindo em seu parque instalado de
geração e transmissão, composto por 11 usinas hidrelétricas e duas temelétricas, além de
46 subestações e 20 mil quilômetros de linhas de transmissão. As usinas de Mascarenhas
de Moraes e Luiz Carlos Barreto de Carvalho, por exemplo, estão em fase final de
modernização, processo que lhes garantirá mais 30 anos de atividades a plena carga. Na
área de transmissão, a empresa concluiu recentemente três novas linhas, todas inseridas no
PAC. Somadas
às outras três, também relacionadas no programa do governo federal, que serão
construídas, o investimento alcança a marca de R$ 316,3 milhões.
A empresa também está garantindo apoio ao Programa Luz para Todos (PLPr), do
governo federal, que nos últimos quatro anos instalou, no país, energia elétrica
em 1,7 milhão de domicílios rurais beneficiando 8,5 milhões de pessoas. Na área
coordenada por Fumas, Sudeste e Goiás, já foram realizadas 356 mil ligações beneficiando
1,7 milhão de pessoas. A energia elétrica contribuiu para fixar a população no campo e
viabilizou a aplicação de mais recursos nas culturas. "Antes, gastávamos muito com diesel e
baterias. Até hoje pagamos as dívidas daquele período", conta a agricultora Emília Maria
Lopes, proprietária de uma gleba no Assentamento Padre Bernardo, em Goiás.
O PLPT já realizou mais de 20 mil ligações em assentamentos, beneficiando 102 mil
cidadãos. São luzes que garantem mais conforto e riqueza a essas comunidades. Com a
redução dos gastos com energia, Emília pôde comprar um trator e um caminhão para
expandir a produção. Hoje, conta com sete funcionários e entrega 400 caixas de hortaliças
por semana ao Ceasa do Distrito Federal. "Nossa realidade agora é outra. A eletricidade
trouxe desenvolvimento", afirma.
Os Centros Comunitários de Produção (CCPs), que garantem capacitação de mão-de-
obra e facilidades na aquisição de máquinas, têm o mesmo objetivo. Criados por meio de
convênios do PLPcom universidades e fundações de pesquisas, eles somam cerca de 300.
Em Chalé (MG), por exemplo, um CCP permitiu a compra de um tanque para resfriamento
do leite, a construção de um armazém e a qualificação de seis produtores. "De 19, passei a
receber 66 centavos por litro, um salto de 247%", festeja o pecuarista Levi Batista de Melo,
integrante do CCP de Chalé.

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Reserva especial
IstoÉ - -- Especial grandes questões nacionais Revista Pg. 42 a 45
Que reservatório da Usina de Furnas, no sul de Minas Gerais, se estende por 1.440
quilômetros quadrados. É uma região com raro potencial para o turismo, o lazer e a pesca,
mas enfrenta um problema que se arrasta há décadas: nenhum dos 52 municípios
banhados pelo lago conta com sistema de tratamento de esgotos. A boa notícia é que esse
drama começou a ser solucionado em 18 de abril último, quando Furnas assinou um
convênio com o Ministério das Cidades que vai garantir a elaboração dos projetos
executivos de saneamento básico em todas as cidades do entorno. O investimento total a
ser realizado pela empresa, de R$ 4 milhões, beneficiará 1 milhão de habitantes. "Nosso
objetivo é tornar o lago, que é um ponto turístico da região, em um lugar sem poluição. Foi
nele que Furnas surgiu. E esta é uma empresa de energia que respeita a sua história",
afirmou Luiz Paulo Conde, presidente de Furnas, na cerimônia de assinatura do convênio.
Assim como no "Mar de Minas", como é conhecido o reservatório, outros quatro
municípios, a cerca de 400 quilômetros de distância, também estão prestes a se livrar do
lançamento de esgotos in natura em águas fluviais.
A programação da Usina de Simplício, na divisa de Minas e Rio de janeiro, prevê a
construção de quatro estações de tratamento em Sapucaia (RJ) e Sapucaia de Minas (MG).
Integralmente a cargo de Furnas, as obras beneficiarão duas outras cidades banhadas pelo
rio Paraíba do Sul, que fará girar as turbinas da hidrelétrica a partir de 2010: as mineiras
Além Paraíba e Chiador. A empresa busca garantir o uso múltiplo das águas pelas
populações vizinhas - para
a pesca, irrigação, navegação e o lazer. É um compromisso de Furnas que extrapola até a
questão ambiental, proporcionando a melhoria da condição humana nas localidades em que
atua.
A Política Ambiental de Furnas está completando 10 anos e continua a render frutos. Em
dezembro de 2005, entrou em operação o Sistema de Acompanhamento de Licenciamento
Ambiental (SALA), que permite aos funcionários acompanharem as ações desenvolvidas
para a obtenção das referidas licenças em projetos próprios ou realizados com parceiros. No
ano passado, foi implementada a Política de Recursos Hídricos, e em março último a
empresa anunciou sua Política de Recursos Florestais. Todas elas têm como elemento
comum a educação ambiental, cujos indicadores são expressivos. Só entre 2003 a 2007,126
mil estudantes do Ensino Fundamental e Médio participaram de diversos projetos na área.
No ano passado, por exemplo, 6.800 alunos de escolas de municípios lindeiros do Lago de
Furnas foram premiados em um concurso de redação promovido pelo Projeto Amigos da

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Natureza. O tema apresentado às crianças e aos adolescentes: "Queimada - apague esta


idéia". Os jovens também são alvo de iniciativas de combate ao desperdício de água e
energia. Desde 1993, o Projeto Furnas
nas Escolas já capacitou 1,6 milhão de alunos das rede pública e particular. De acordo
com estatísticas do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, cada estudante
treinado pode propiciar uma redução de consumo de 7kWh ao mês, seja pela sua atitude,
seja pela influência sobre parentes
e amigos. Não por acaso, nos últimos 15 anos, Furnas garantiu ao País a economia
potencial de 4.264 GW/h ao ano, o equivalente a seis vezes a produção da Usina do Funil,
em Resende (RJ). "As crianças ficam incomodadas, por exemplo, em deixar a luz da sala de
aula acesa, pois nem todos os ambientes da escola têm interruptor, e também se
preocupam em desligar os ventiladores", conta Lídia de Souza Dias, diretora do Colégio
Presidente Agostinho Neto, no Rio de Janeiro, que há alguns anos participa das oficinas da
empresa.
Não faltam bons exemplos a Furnas para conscientizar as comunidades em que realiza
ações pedagógicas. A empresa se orgulha de prestar apoio financeiro à preservação de 33
unidades de conservação espalhadas pelo Brasil, entre as quais a Área de Proteção f
Ambiental da Chapada dos
Santuário: a Chapada dos Guimarães é uma das 33 unidades de conservação apoiadas
por Furnas Guimarães, no Mato Grosso, o Parque Nacional da Serra da Bocaina, na divisa
de São Paulo e Rio de Janeiro, o Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo, além da
Reserva Biológica do Tinguá e a Floresta Nacional Mário Xavier, estas duas em solo
fluminense. Outro projeto meritório é a recomposição da vegetação nativa no entorno das
usinas de Mascarenhas de Moraes, Furnas, Luiz Carlos Barreto de Carvalho, Porto
Colômbia, Marimbondo, ltumbiara e Corumbá, todas localizadas nas bacias dos rios Grande
(MG) e Paranaíba. A área total em questão soma 500 hectares, dos quais 200 em processo
de revitalização e 50 com a flora restaurada e apresentando sinais de retorno e reprodução
da fauna nativa. Quando as hidrelétricas foram construídas, a legislação ambiental era
outra, menos rígida. Agora Furnas está se adequando às exigências atuais, como se fossem
novas.
O padrão Furnas de respeito ao meio ambiente pode ser observado in loco nas obras da
Usina de Simplício, na divisa de Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O Projeto Básico Ambiental (PBA) do empreendimento compreende 38 programas de
resgate de fauna, salvamento de germoplasma, saúde pública, arqueologia etc. Concluídas
as obras, parte dessas ações terão continuidade, como os monitoramentos climatológico, do

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lençol freático, da qualidade da água e da fauna aquática, além da recuperação de áreas


degradadas e a recomposição das áreas de proteção permanente, no raio de 1 quilômetro
das margens dos reservatórios. Durante a supressão de vegetação para o início da
construção de um dos túneis do empreendimento, a Divisão de Meio Ambiente Natural da
empresa resgatou cerca de 30 animais - entre aves, anfíbios, mamíferos e répteis. Como é
de praxe, os animais foram reintroduzidos em outros pontos na região, distantes dos
canteiros de obras, para a sua segurança.
Para implementar estas e outras ações, Furnas vem estreitando seu relacionamento com
universidades e instituições de pesquisa. É o caso do Centro de Estudos e Pesquisas
Arqueológicas (CEPA) da Universidade Federal
do Paraná. No início da década, o CEPA foi contratado para executar os trabalhos de
salvamento arqueológico no trecho onde seria depois construída a linha de transmissão
IvaiporãItaberá. Ao longo de cinco anos, os arqueólogos descobriram 71 mil vestígios de
presença humana, alguns deles datados de 9.730 anos, os mais antigos registrados até hoje
no Paraná.
Os pesquisadores ficaram duplamente satisfeitos, pois, além das descobertas realizadas,
foram contemplados com a ampliação da sede do CEPA, que de 120 passou a quase 500
metros quadrados. Furnas respondeu pelo investimento total nas melhorias, da ordem de R$
160 mil.
Bem mais ambicioso, o projeto Balanço de Carbono envolve, desde 2002, técnicos do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-
graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe-UFRJ), do Instituto Internacional de Ecologia
(IIEGA), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
e especialistas internacionais. Orçado em R$ 12 milhões, o trabalho tem por objetivo
medir
a contribuição de reservatórios de usinas para a formação do efeito estufa. Sua principal
ferramenta é o Sistema Integrado de Monitoração Ambiental (SIMA), um conjunto de
equipamentos eletrônicos e softwares que monitora em tempo real as
águas, coleta e envia dados por satélite para o INPE, em São José dos Campos (SP). As
primeiras conclusões são de que os lagos têm reduzida influência no aquecimento global.
Nas hidrelétricas novas, com até 10 anos, as emissões correspondem a apenas 1% de uma
termelétrica de igual potência.
Nas mais antigas, as emissões de carbono são ainda menores.

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Os resultados do Balanço de Carbono foram apresentados, desde 2004, em eventos da


Sociedade Internacional de Limnologia (SIL), da Sociedade Americana de Limnologia e
Oceanografia (ASLO) e da Unes co. A próxima etapa
do programa prevê a medição das emissões antes e depois da formação de reservatórios.
Estes estudos serão realizadas a partir
de 2009 nas usinas hidrelétricas de Simplício e Batalha.

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Anexo V – Clipping Três Rios

Projeto de ferrovia transcontinental inclui cidade de Muriaé


Publicação: 22 de março de 2009
Fonte: http://www.portalclick.com.br/portalclick/2009/03/22/projeto-de-ferrovia-
transcontinental-inclui-cidade-de-muriae/

Um projeto do Governo Federal pretende criar nos próximos anos, a Ferrovia


Transcontinental, linha de maior extensão com 4 mil e 400 Km, ligando o litoral do Estado do
Rio de Janeiro à divisa com o Peru, passando por Muriaé, Ipatinga e Paracatu (MG); Brasília
(DF); Uruaçú (GO); Cocalinho, Ribeirão Cascalheira e chegando ao Nortão, com ramal em
Lucas do Rio Verde. De lá seguirá a Vilhena e Porto Velho (RO); Rio Branco, Cruzeiro do
Sul e Boqueirão da Esperança (AC). No país vizinho, o processo de concessão está em fase
adiantada e, ligará a divisa com o Brasil até o Oceano Pacífico. O presidente do
Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, previu,
anteriormente, que no quarto trimestre de 2009 deve ser feita a licitação da
Transcontinental, ou início dos trabalhos através de PPPs (Parceria Público Privadas), com
prazo de conclusão da ferrovia em seis anos. Atualmente, na região de Muriaé, apenas as
cidades de Recreio e Cataguazes, possuem ramais ferroviários, uma vez que vários trechos
da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, foram desativados, na primeira metade da década
de 60.
Em Recreio, 45 Km de Muriaé, a antiga Estrada de Ferro Leopoldina, é mais utilizada
para transportar minério de bauxita, que sai de Cataguazes, para os portos do Rio de
Janeiro e São Paulo. Hoje a ferrovia se chama Centro Atlântica, mais conhecida como FCA,
uma empresa privada pertencente a VALE, criada em setembro de 1996, assumindo parte
da malha privatizada da RFFSA em Minas.
Trem da FCA em Recreio carregado de minério
A Estrada de Ferro Leopoldina foi a primeira ferrovia implantada no estado de Minas
Gerais, na região Sudeste do Brasil. Ligada à economia do café, em expansão a partir de
meados do século XIX, a ferrovia a Estrada de Ferro Leopoldina nasceu da iniciativa de
fazendeiros e comerciantes da Zona da Mata Mineira, acostumados a transportar a
produção de café da maneira tradicional, por tropas de mulas, até os portos do litoral. No
retorno, os tropeiros traziam produtos manufaturados.

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Ligando a cidade de Leopoldina à de Porto Novo do Cunha (hoje Além Paraíba), na


divisa da Província de Minas Gerais com a do Rio de Janeiro, onde então findavam os
trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II. A Estrada de Ferro Leopoldina foi criada pelo
Decreto nº 4.976 de 5 de Junho de 1872 e teve fim em 1965.
Recreio, próxima a Muriaé: cidade ainda cortada por trilhos
Em Eugenópolis (25 Km de Muriaé) onde passava a Estrada de Ferro Leopoldina,
encontrei com Sebastião Evangelista Praxedes, 68 anos, que dedicou, 32 anos de sua vida,
a estrada de Ferro Leopoldina. Ao saber de uma possível reativação da ferrovia nessa
região, ele ficou contente. Em Recreio, na cidade cortada por trilhos, encontramos uma
verdadeira enciclopédia da Estrada de Ferro Leopoldina e RFFSA, Gumercino Adamastor
Duarte, 30 anos, 9 meses e 29 dias dedicados a ferrovia brasileira na região. Perguntado se
é viável a volta das ferrovias, ele disse que sim. Outras pessoas da cidade também falam do
passado e futuro da rodovia. É o caso do ex-agente de estação por 34 anos, Sérgio Vilela,
que disse que o trem nunca deveria ter acabado. As linhas de Recreio, ainda chegam a
Campos ou Rio de Janeiro e bons trechos de Minas, rumo a Além Paraíba e São Paulo. Na
região de Muriaé ainda há estações de trem em Barão do Monte Alto, Eugenópolis, Tombos,
Patrocínio do Muriaé e Prado, sem trilhos. Em Muriaé, nem trilhos e nem estação.
Se o projeto da Transcontinental sair do papel, o transporte brasileiro vai viver uma
nova fase, quem sabe mais eficiente, uma vez que hoje ele é feito praticamente por
caminhões em rodovias mantidas pelo governo e que na sua grande maioria está em
péssimo estado de conservação.
Por Silvan Alves
silvanalves@portalclick.com.br
Apoio de reportagem: Rede Atividade / Emanuel Gomes / Edson Porto

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