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ÍNDICE
1. Apresentação 02
2. Localidade onde existe operação ferroviária 02
2.1. Além Paraíba - MG 03
2.2. Matias Barbosa - MG 05
2.3. Recreio - MG 07
2.4. Santana do Deserto – MG; 10
2.5. Sapucaia - RJ 11
2.6. Três Rios - RJ 13
2.7. Volta Grande - RJ 16
3. Localidade com linha férrea desativada 17
3.1. Itaocara - RJ 17
3.2. Laranjais - RJ 18
3.3. Portela - RJ 19
3.4. Porto Velho do Cunha - RJ 20
3.5. São Sebastião do Paraíba - RJ 21
3.6. Porto Marinho - RJ 22
4. Bibliografia 23
5. Anexos 25
1. Apresentação
O Projeto Ligação Minas Rio, fruto do acordo entre a Ferrovia Centro Atlântica (FCA)
e a LLX Logística, compreende uma ligação ferroviária entre os estados de Minas Gerais e
Rio de Janeiro para o escoamento de cargas por meio do Porto de Açu. O empreendimento
está em estudo de viabilidade, trabalho que apontará as principais ameaças e oportunidades
ao Projeto, contribuindo ainda para a definição do traçado e estratégias de implantação.
Ao traçar o perfil dos municípios do Lote 04 (Três Rios – Recreio/ Recreio – Portela)
este trabalho pretende contribuir para o desenvolvimento destes estudos. Deve-se ressaltar,
no entanto, que todos os dados foram colhidos a partir de fontes secundárias. Não se
tratando, dessa forma, de informações conclusivas sobre as localidades, mas indicativos
para o desenvolvimento de um trabalho mais aprofundado de mapeamento e diagnóstico
sócio cultural, levantamento de stakeholders e elaboração de um programa de
relacionamento.
História: Até meados do século XVIII, a localidade era conhecida apenas pelos
tropeiros, mas passou a interessar a Coroa Portuguesa pelo constante tráfego de pedras e
minerais preciosos na região, que compreende o trajeto entre Minas Gerais e o Rio de
Janeiro. Em 1784 foi instalado na localidade um Registro1 e, anexo, um cais de madeira às
margens do Rio Paraíba do Sul, que ficou conhecido como “Porto da Cunha”.
A linha férrea que corta a cidade fazia parte do chamado corredor do Centro, que
ligava Ubá a Porto Novo do Cunha. Acredita-se que esse ramal tenha dado origem a
Estrada de Ferro Leopoldina que, posteriormente foi incorporada à Estrada de Ferro Central
do Brasil. A estação de Além Paraíba foi a primeira da Linha Centro. Atualmente o lugar está
abandonado.
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Os registros eram postos de fiscalização e alfândegas internas, onde eram cobrados os tributos das mercadorias
que circulavam pelo país para a Coroa Portuguesa.
Interações com a ferrovia: A linha férrea que corta a cidade foi assumida, em 1996,
pela Ferrovia Centro Atlântica – FCA. Os trens circulam em área urbana e cortam toda a
cidade dividindo espaço com casas, pedestres e veículos. Em muitos locais a linha é o
próprio cruzamento entre as ruas. Há uma circulação de 04 a 06 pares de trens por dia, a
uma velocidade média de 05km/h. A antiga estação ferroviária encontra-se em estado
precário de conservação. Nela funcionam um escritório, sede da supervisão da via, e um
alojamento. Cerca de 15 empregados da FCA residem no município, em sua maioria
maquinistas ou técnicos de via.
Principais problemas em relação à linha férrea: A linha férrea corta toda a cidade,
acarretando risco constante de atropelamento e abalroamento. Outros problemas são: a
imprudência dos motoristas, reclamações dos moradores devido ao barulho provocado
pelas buzinas e passagem das composições e a poeira provocada pela bauxita. Os períodos
mais críticos em relação à segurança nos trilhos são durante o Carnaval e a Festa de
Aniversário da Cidade;
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http://www.camaraap.com.br/pdf/lei_organica_municipal_numero_001_1990.pdf;
Localização: Minas Gerais, na divisa com o Rio de Janeiro. – Zona da Mata; Faz
parte da Região Metropolitana de Juiz de Fora;
História: A cidade foi fundada a partir da criação de um Registro, por volta de 1700.
Matias Barbosa fazia parte do “caminho novo”, uma estrada alternativa que ligava Minas
Gerais ao Rio de Janeiro e que permitia a circulação sobretudo dos membros da família real,
além de mercadorias e outros transeuntes. O local, que a principio era chamado de Nossa
Senhora da Conceição de Matias Barbosa, foi elevado à município em 1923.
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Foto Jorge A. Ferreira. www.estacoesferroviarias.com.br
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Foto Jorge A. Ferreira www.estacoesferroviarias.com.br
cidade possui grande potencial para o desenvolvimento do turismo, sobretudo após ter sido
incorporada ao circuito da Estrada Real, um dos seus principais cartões de visita.
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http://cmmb.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=28&Itemid=1
2.3. Recreio – MG
O povoado de Arraial Novo, como era conhecido, teve início com a construção da
estação ferroviária instalada em terras da Fazenda do Recreio. A localidade foi elevada à
distrito em 1890 e, em 1891, foi inaugurada uma nova estação para o ramal que ligaria
Recreio a Campos. “Criava-se em Recreio um importante complexo ferroviário, com grande
fluxo de passageiros interligando populações de cidades do interior de 3 estados(Rio de
Janeiro, Espírito Santo e Minas) com a capital do país(Rio)”. (VOZ DA CIDADE, JANEIRO
2000:3). Impulsionada pelo crescimento da ferrovia, o distrito é emancipado em 1938, fator
que contribuiu para o desenvolvimento da indústria local, sobretudo de cerâmica, e da
agropecuária.
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Foto de Jorge. A Ferreira Jr. http://trensecia.fotopages.com
Os principais atrativos turísticos locais são a Cachoeira do Monos, famosa pala limpidez de
suas águas e pela variedade da flora e da fauna no entorno, e o Parque Ecológico da Serra
da Bocaina.
Administração Pública: Prefeito: Fernando Almeida Coimbra (Reeleito pelo PT); Vice:
Daniela Cerqueira de Oliveira Cardoso Pizzamiglio (PSDB);
Localização: MG/ Vale do Paraíba/ Zona da Mata Mineira/ Micro-Região de Juiz de Fora;
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Foto de Hugo Caramuru; http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm;
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Foto de Ricardo Quintero de Mattos; http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm;
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Foto de Gutierrez L. Coelho; http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm;
História: “ Santana do Deserto, após ter vivido um período áureo durante o século
XIX com a cultura do café, razão das inúmeras e belíssimas sedes de fazendas encontradas
no município, atravessou um período de ostracismo econômico. O fim do ciclo do café, em
decorrência do desaparecimento da mão de obra escrava e do desgaste do solo, acarretou
o abandono das grandes fazendas do Vale do Paraíba. A partir do final da década de 80,
com a abertura da rodovia BR-040, e a facilidade de acesso a partir de centros urbanos
importantes como o Rio de Janeiro e Juiz de Fora, o município volta a ser centro de
interesse para o desenvolvimento do turismo rural, local de veraneio e o desenvolvimento de
atividade pecuária de elite, notadamente gado Brahman”. O local foi desmembrado do
município de Matias Barbosa e emancipado em 1953
2.5. Sapucaia – RJ
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Foto de Jorge. A Ferreira Jr. http://trensecia.fotopages.com
História: A formação de Entre Rios está ligada à divisão de terras na região entre os
rios Paraíba e Paraibuna realizada durante o século XIX pela coroa portuguesa, sendo o
povoamento no local fomentado pela inauguração da rodovia União e Indústria (que ligava
Petrópolis a Juiz de Fora) e pela expansão da Estrada de Ferro D. Pedro II, que chega ao
local em 1867.
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Foto de Amadeu M. Gomes. http://trensecia.fotopages.com
A região é cortada pelos rios Paraíba do Sul, Piabanha e Paraibuna. O encontro dos
rios acontece dentro do município e é considerado o seu principal ponto turístico.
13
http://www.cvtr.rj.gov.br/
MRS. Como a empresa não possui um canal de comunicação com os moradores locais, as
reclamações são direcionadas para o “Alô Ferrovias”, da FCA.
Além disso, o pátio da FCA está localizado no centro da cidade, em uma região
considerada de vulnerabilidade social, o que acarreta problemas como roubos, vandalismos
e situações de violência próximos à linha férrea.
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Foto de Amadeu M. Gomes. http://trensecia.fotopages.com
Administração pública: Prefeito: Ari Pereira Campanati (PDT); Celso Junqueira (PP).
Histórico: O município foi criado a partir do conflito entre duas tribos indígenas. A
disputa territorial fomentou a criação, pelos padres capuchinhos, da Aldeia da Pedra, que
ficou por algum tempo sob jurisdição de Cantagalo e Campos. Em 1885, a aldeia passou a
constituir efetivamente um núcleo urbano, desenvolvimento que foi fomentado pela
implantação do ponto terminal da Estrada de Ferro Cantagalo. Ela foi conhecida como São
José Leonissa até 1890, quando passou denominar-se Itaocara.
A ocupação foi fortemente condicionada pelo relevo e pelo curso do Rio Paraíba do
Sul. De acordo com dados de pesquisa feita pelo Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, “A
construção da RJ- 116 e a ponte sobre o Rio Paraíba levaram a ocupação a desenvolver-se
perpendicularmente à via férrea, desativada, que perdeu para a rodovia a função de
principal indutor do crescimento urbano”.
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www.asminasgerais.com.br
comprimento, com profundidade máxima de 45m. O reservatório cobrirá uma área de cerca
de 83km2, afim de atender a uma capacidade de geração de 195MW, suficiente para
abastecer uma cidade com 650 mil habitantes. O projeto está em fase de licenciamento
ambiental e gera polêmica entre as instituições da região. Uma das principais contestadoras
do Projeto é a ONG Piabanha, que atua junto à pescadores profissionais e comunidade
ribeirinhas no desenvolvimento de projetos voltados para a preservação do meio ambiente.
História: A cidade foi fundada a partir da Fazenda Laranjais, cujo parte dos terrenos
foi loteado e doado à Igreja Metodista. A localidade pertenceu até o ano de 1891 ao
município de Cantagalo, quando passou a se configurar como um distrito de Itaocara. O
local, que era conhecido como Laranjeiras, passou a se chamar Laranjais somente em
1943. Na época, o distrito era conhecido pelo desenvolvimento do Engenho Central, que
empregava grande quantidade de mão de obra na fabricação de açúcar, álcool, tecidos e
balas. O engenho ainda possuía serviço de abastecimento de água e energia elétrica
próprios, além de linha uma férrea particular.
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http://www.itaocara.rj.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=53
Interações com a ferrovia: Em junho de 1884 foi aberto o tráfego na linha de ferro
que ligava Cantagalo a Laranjais. De acordo com dados do Blog do Radialista Carlos
Ferreira, a Estação Ferroviária ficava localizada onde hoje está situada a Praça Prof.
Rosalvo Pereira Alves.
Administração Pública: Prefeito: Carlos Emanuel Ferreira Braz (PSB)/ Vice Prefeito:
Jorge Luiz da Silva Barbosa (PSB)
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http://www.camaracarmo.rj.gov.br/home/index.php;
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www.estacoesferroviarias.com.br
prédio e uma parte da plataforma de pedra foi preservada, o restante da estrutura foi
demolido.
4. Fontes
Registro de Manifestações Regional Leste – Consolidado 2008;
http://alemparaiba.com.br/
http://cmmb.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=28&Itemid=1
http://ferroviaeasolucao.blogspot.com
http://metalmecanicocentrosul.tripod.com/regiaocentrosul.html
http://trensecia.fotopages.com
http://wikimapia.org/5020370/pt/Sapucaia-Rio-de-Janeiro-Brasil
http://wikimapia.org/5020370/pt/Sapucaia-Rio-de-Janeiro-Brasil
http://www.cvtr.rj.gov.br/
www.adjorisc.com.br/jornais/voltagrande/
www.alemparaiba-mg.com.br/portal
www.anpf.com.br
www.asminasgerais.com.br
www.camaraap.com.br/histotria_de_alem_paraiba.htm
www.camaracarmo.rj.gov.br/home/index.php
www.cantagalo.rj.gov.br
www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/programas-urbanos/Imprensa/reabilitacao-de-
areas-urbanas-centrais/noticias-2008/janeiro/rede-ferroviaria-em-minas
www.cidadesnet.com/municipios/santanadodeserto.htm
www.cidadesnet.com/municipios/voltagrande.htm
www.cide.rj.gov.br/Cidinho/municipio/itaocara.pdf
www.cvtr.rj.gov.br/
www.empresasnarede.com.br
www.estacoesferroviarias.com.br
www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/recreio.htm
www.ibge.gov.br
www.itaocararj.com.br
www.itaocararj.com.br/
www.jornalagazeta.com.br/
www.matiasbarbosa.mg.gov.br;
www.matiasonline.com;
www.recreio.mg.gov.br
www.revistaferroviaria.com.br
www.trembrasil.org.br
www.tse.gov.br
www.wikipedia.com.br
www.guiademidia.com.br
www.radiosbr.com.br
www.tre-rj.gov.br/eleicoes/2006/fiscaliza%C3%A7%C3%A3o%20da%20propaganda/emissoras_radio.pdf
http://carlosferreirajf.blogspot.com/2008/06/itaocara-rj-02-distrito-laranjais.html
`Essas empresas são na verdade ativo somente econômico, compostos de dívida de US$
160 milhões com o Deutche Bank, que passará a ser devida diretamente pela Light. `No
balanço consolidado já é assim, não muda nada`, explicou.
A parte de geração da companhia, que consiste em parque instalado de 500
megawatts médios, deverá ser incrementada com a construção da usina de Itaocara. `Têm
alguns investimentos para ser feitos mas não serão mais pela Light distribuidora, e sim pela
geradora`, disse o executivo.
O projeto está em fase de licenciamento ambiental, segundo a assessoria da
empresa. Além de Itaocara, a Light estuda também a usina hidrelétrica de Paracambi (30
MW). Outro projeto que estava previsto, da termelétrica de Paracambi, será feito pela
controladora da Light, a francesa Electricité de France (EDF).
A Light venceu o leilão de concessão da Usina Hidrelétrica Itaocara, promovido pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com capacidade de geração prevista de 195
MW, a nova usina terá investimentos da ordem de R$ 300 milhões. A usina será implantada
no Rio Paraíba do Sul entre os municípios fluminenses de Itaocara, na margem direita, e
Aperibé, na esquerda.
“Há uma pesquisa oficial feita pela Aneel, do índice de Satisfação dos Consumidores. Vim
dizer ao governador que fomos selecionados por 20 mil consumidores de todo o país,
sorteados aleatoriamente. A Light foi considerada a segunda melhor empresa, logo atrás da
Cemig que continua sendo a melhor. Eu vim dizer: governador, obrigado pelo apoio, mas
ainda resta muito a aprender aqui com os mineiros”, disse Luis Algueres, em entrevista.
Com a reestruturação da Light, a empresa voltou a pagar dividendos e as suas ações foram
valorizadas no mercado financeiro. Há mais de 10 anos, a empresa não remunerava seus
acionistas.
“A Light era uma empresa passando por problemas seríssimos e a história desses 14 meses
é de enorme sucesso. A empresa vem anunciar pagamento de dividendo de R$ 520
milhões. Praticamente há 10 anos não pagávamos dividendos. A valorização das ações é o
dobro da alta média do Ibovespa e das outras empresas de energia elétrica. A reputação da
Light foi reconquistada frente ao órgão regulador, frente aos governos”, disse Algueres.
Novos investimentos
Consórcio
A volta dos TRENS. O primeiro, TREM TURÍSTICO,será entre Matias Barbosa, perto de
Juiz de Fora , até Barbacena. Ministério vai liberar quase 1 milhão e 600 mi reais.
Fonte: http://www.joaocarlosamaral.com.br/index.php?id=1315
Sexta-feira, Dezembro 15, 2006
O empenho de R$ 1,59 milhão para a implantação do trem turístico entre os
municípios de Matias Barbosa e Barbacena foi anunciado pelo assessor especial do
Ministério do Turismo, Dirceu Nascimento, em audiência pública realizada nessa quinta-feira
(14/12/06) pela Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais. A audiência, realizada a requerimento do deputado Paulo
Cesar (PDT), presidente da Comissão, foi dedicada a discutir os projetos de revitalização do
transporte ferroviário de passageiros em Minas Gerais.
De acordo com Nascimento, o empenho dos recursos será efetivado entre esta
sexta-feira (15/12/06) e o dia 22 de dezembro. No mesmo período, segundo ele, serão
empenhados R$ 850 mil para o trecho entre São Sebastião do Rio Verde e São Lourenço;
R$ 1,55 milhão para o trecho entre Cruzeiro e a divisa do Estado; R$ 120 mil para trecho no
município de Araguari e R$ 750 mil para trecho entre Barra Mansa e Ribeirão Vermelho.
Outros R$ 690 mil estão previstos para trecho no município de Betim, mas ainda depende
do recebimento de projeto técnico. Todos os projetos, segundo o assessor do Ministério,
referem-se à implantação de trens turísticos, a exemplo do que já foi implantado entre Ouro
Preto e Mariana.
Cruzeiro (SP) a Varginha - Com 204 quilômetros, essa linha passa por Três
Corações. - Com 204 quilômetros, essa linha passa por Três Corações.
Entre os números apresentados sobre a malha ferroviária brasileira, o que mais
impressionou foi a comparação com países mais desenvolvidos ou mesmo vizinhos sul-
americanos. O Brasil, segundo os dados, possui 29,4 mil quilômetros de ferrovias, e um
índice de 0,6 passageiro transportado por quilômetro ao ano. A França possui 32,6 mil
quilômetros de ferrovias, com 67 passageiros transportados por quilômetro ao ano. Já na
Argentina, são 34 mil quilômetros de ferrovias, com 11 passageiros transportados por
quilômetro ao ano. O deputado federal Leonardo Monteiro (PT), que também participou da
reunião, lembrou que Minas e o País já tiveram uma malha maior. "Com a privatização e a
desativação, a malha foi se reduzindo", lamentou. Ele ressaltou que o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possui linhas de crédito para projetos
privados no setor.
Presenças - Deputados Paulo Cesar (PDT), presidente, e Carlos Gomes (PT), além
das autoridades citadas no texto, participaram da reunião o secretário-adjunto de Estado de
Turismo, Roberto Luciano Fagundes; e o presidente da Associação Amigos do Trem, Paulo
Henrique do NascimentoDeputados Paulo Cesar (PDT), presidente, e Carlos Gomes (PT),
além das autoridades citadas no texto, participaram da reunião o secretário-adjunto de
Estado de Turismo, Roberto Luciano Fagundes; e o presidente da Associação Amigos do
Trem, Paulo Henrique do Nascimento
as novas usinas contam com uma capacidade instalada de cerca de 5,5 mil megawatts de
energia, 14% do volume previsto pelo PAC a longo prazo. A mais potente do grupo é a de
Santo Antônio, com 3.150 MW, que em agosto recebeu a licença de Instalação (LI) do
ministro do Meio Ambiente, Carlos Mine, e teve aprovado seu projeto básico ambiental pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Nunca antes executamos tantas obras, em tantas regiões e em tão pouco tempo",
destaca Luiz Paulo Conde, presidente de Fumas. "E o Brasil precisa muito dessas
hidrelétricas, pois para cada ponto percentual de crescimento do PIB são necessários mil
megawatts adicionais de potência. Portanto, ou o País produz energia, ou ele não cresce."
Além de sua importância estratégica para a infra-estrutura nacional, os novos
empreendimentos, desde já, induzem o crescimento econômico e a geração de riquezas nas
regiões de seu entorno. As obras vão gerar 127 mil empregos diretos e indiretos, o
equivalente à população de Botucatu (SP), e garantir o recolhimento de mais de R$ 204,8
milhões em Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) aos cofres de cerca de 30 municípios no
perímetro das usinas. Depois que as turbinas começarem a girar, essas cidades passarão a
receber cerca de R$ 39,9 milhões
ao ano, a título de Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos
(CFURH).
Ao longo do período de construção de uma usina, geralmente de cinco anos, comércio e
serviços são os segmentos mais beneficiados. Restaurantes, pousadas, hotéis, postos de
gasolina, lavanderias, locadoras de veículos, supermercados e agricultores têm, em média,
um crescimento de mais de 40% nos negócios. Para se ter uma idéia desse efeito
multiplicador, basta dizer que a região onde é erguida a Usina de Simplício, na divisa de
Minas Gerais e Rio de Janeiro, recebeu uma injeção adicional de recursos - considerando-
se a massa salarial, a compra de bens e serviços e os aluguéis - de R$ 3,6 milhões por mês.
O montante corresponde a 3,5 PIEs dos quatro municípios beneficiados pelo projeto:
Sapucaia (RJ), Três Rios (RJ), Além Paraíba (MG) e Chiador (MG).
Os empresários Carlos Roberto Figueiredo de Souza e Paula Magalhães de Almeida, de
Sapucaia, são testemunhas dos novos tempos. Com a chegada dos operários e
engenheiros, o restaurante de Paula, o Água Limpa, teve um crescimento de 43% nas
refeições servidas. Sua proprietária, de 25 anos, teve de informatizar o estabelecimento e
contratar mais duas garçonetes e cozinheiras para dar conta do recado. Já a Panificadora
Sapucaiense, de Carlos Roberto, passou a faturar 20% a mais desde o início das obras. O
padeiro, de 46 anos, resolveu então abrir um restaurante, e já pensa em transferir a padaria
Reserva especial
IstoÉ - -- Especial grandes questões nacionais Revista Pg. 42 a 45
Que reservatório da Usina de Furnas, no sul de Minas Gerais, se estende por 1.440
quilômetros quadrados. É uma região com raro potencial para o turismo, o lazer e a pesca,
mas enfrenta um problema que se arrasta há décadas: nenhum dos 52 municípios
banhados pelo lago conta com sistema de tratamento de esgotos. A boa notícia é que esse
drama começou a ser solucionado em 18 de abril último, quando Furnas assinou um
convênio com o Ministério das Cidades que vai garantir a elaboração dos projetos
executivos de saneamento básico em todas as cidades do entorno. O investimento total a
ser realizado pela empresa, de R$ 4 milhões, beneficiará 1 milhão de habitantes. "Nosso
objetivo é tornar o lago, que é um ponto turístico da região, em um lugar sem poluição. Foi
nele que Furnas surgiu. E esta é uma empresa de energia que respeita a sua história",
afirmou Luiz Paulo Conde, presidente de Furnas, na cerimônia de assinatura do convênio.
Assim como no "Mar de Minas", como é conhecido o reservatório, outros quatro
municípios, a cerca de 400 quilômetros de distância, também estão prestes a se livrar do
lançamento de esgotos in natura em águas fluviais.
A programação da Usina de Simplício, na divisa de Minas e Rio de janeiro, prevê a
construção de quatro estações de tratamento em Sapucaia (RJ) e Sapucaia de Minas (MG).
Integralmente a cargo de Furnas, as obras beneficiarão duas outras cidades banhadas pelo
rio Paraíba do Sul, que fará girar as turbinas da hidrelétrica a partir de 2010: as mineiras
Além Paraíba e Chiador. A empresa busca garantir o uso múltiplo das águas pelas
populações vizinhas - para
a pesca, irrigação, navegação e o lazer. É um compromisso de Furnas que extrapola até a
questão ambiental, proporcionando a melhoria da condição humana nas localidades em que
atua.
A Política Ambiental de Furnas está completando 10 anos e continua a render frutos. Em
dezembro de 2005, entrou em operação o Sistema de Acompanhamento de Licenciamento
Ambiental (SALA), que permite aos funcionários acompanharem as ações desenvolvidas
para a obtenção das referidas licenças em projetos próprios ou realizados com parceiros. No
ano passado, foi implementada a Política de Recursos Hídricos, e em março último a
empresa anunciou sua Política de Recursos Florestais. Todas elas têm como elemento
comum a educação ambiental, cujos indicadores são expressivos. Só entre 2003 a 2007,126
mil estudantes do Ensino Fundamental e Médio participaram de diversos projetos na área.
No ano passado, por exemplo, 6.800 alunos de escolas de municípios lindeiros do Lago de
Furnas foram premiados em um concurso de redação promovido pelo Projeto Amigos da