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Farmacologia da dor

- Os agentes analgésicos são divididos em quatro tipos principais:


- Fármacos semelhantes à morfina ( opióides ):
- Promovem analgesia por agirem a nível de sistema nervoso central
- Antiinflamatórios não esteroidais ( aspirina e semelhantes ):
- Efeitos locais e periféricos
- Anestésicos locais:
- Efeitos periféricos
- Fármacos não opióides:
- Antidepressivos
- Fármacos utilizados em afecções dolorosas específicas
- Nocicepção:
- Definido como a capacidade do indivíduo de sentir dor
- Nociceptores:
- Receptores específicos para percepção de dor
- Nociceptores polimodais:
- Grupos de nociceptores com limiar alto, sendo excitados apenas quando há um estímulo nocivo, ou seja, um estímulo
capaz de provocar lesão tecidual
- Compostos por fibras do tipo C não mielinizadas ( condução lenta )
- A excitação das fibras C promove sensção de queimação dolorosa
- Presentes em vias aferentes em diferentes graus
- Tipos de senssações:
- Dor somática:
- Dores periféricas, geralmente agudas
- Ocorrem em peles, músculos, etc.
- Dor visceral:
- Relacionada a órgãos internos, geralmente ocos
- Dor de difícil localização
- Geralmente é um tipo de dor crônica
- Dores noturnas:
- Ocorrem geralmente em órgãos peritonizados
- Dor referida:
- O local de dor não é o local de irritação
- Um exemplo é o infarto agudo do miocárdio
- Dor neurológica:
- Geralmente presentes em pacientes sequelados por AVC
- A dor não passa com medicação
- Mecanismo ainda desconhecido
- Neurofisiiologia da dor:
- Estímulo nocivo ⇐ Atividade das fibras C ⇐ Excitação do neurônio pré-sináptico ⇐ Sensação de dor
- Tipos de fibras:
- A-alfa ( músculos )
- A-beta ( pele )
- A-gama ( vários tecidos, captam dor e temperatura )
- C ( vísceras, captam dor, temperatura e pressão mecânica )
- Ambos os tipos de fibras liberam serotonina e substância P
- Estas substâncias são estimulantes das fibras nervosas nociceptivas
- Divisões do corno dorsal da medula:
- Região I e V:
- Chegam fibras nociceptoras A-gama
- Região I e II:
- Cegam fibras nocicepotoras do tipo C
- Os neurônios das regiões I e IV levam a informação até o tálamo, órgão responsável pelo comando e reconhecimento
da dor
- A substância cinzenta periaductal é estimulada ⇐ Núcleo da rafe magna ( controla inibição da dor ) ⇐ agem em neurônios
eferentes à medula para inibição dos neurotransmissores que propagam a dor ( serotonina e substância P ) ⇐ ameniza o ciclo
da dor ( Confirmar com a professora )
- Substâncias inflamatórias são irritantes das fibras aferentes nociceptivas, e por isso promovem propagação do estímulo da dor
- Anestésicos locais:
- Todo e qualquer medicamento, cujo nome é terminado em ína, é um anestésico local ( cacaína, xilocaína )
- Tipos de analgesia local segmentar:
- Peridural:
- Local de aplicação:
- Espaço epidural
- Dor de cabeça:
- Conseqüência de extravasamento de líquor do SNC
- Ocorre apenas se houver perfuração da dura-máter
- Neste caso, injeta-se sangue para formação de coágulo e tamponamento
- Raquidiana:
- Local de aplicação:
- Espaço subaracnóide
- Posição de supino:
- Importante para que o anestésico possa se distribuir homogeneamente por todo o sistema nervoso
- Cefaléia pós-raqui:
- Decorrente de possível extravasamento de líquor pelo buraco feito pela agulha na dura-máter
- Nestes casos, é administrado cafeína para alívio da dor
JÚNIO ALVES MAGALHÃES
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Dor
Temperatura
Bloqueio por parte
Tato
dos analgésicos
Pressão
Motricidade

- Anestésicos locais:
- Possuem como mecanismo de ação geral, o bloqueio de canais e sódio, impedindo a propagação do estímulo de dor
- A meia vida dos anestésicos locais é curta ( 1-2 horas )
- São subdivididos em dois grande gurpos:
- Amidas e Esteres
- Amidas:
- Metabolizadas nofígado
- Lidocaína:
- Anestésico com início de efeito rápido ( 90 segundos ) e média duração ( 1 hora )
- Efeito / Duração
- Bupivacaína:
- Anestésico com início de efeito rápido ( 10 minutos ) e duração prolongada ( 4 horas )
- Efeito / Duração
- Esteres:
- Procaína:
- Anestésico com início de efeito rápido ( 90 segundos ) e curta duração
- Tetracaína:
- Anestésico com início de efeito lento ( 10 minutos ) e duração prolongada ( 2,5 horas )
- Efeitos causados pelo uso excessivo:
- Sonolência, tontura, bloqueio cardíaco, hipotensão, arritimia ventricular
- Anestésicos gerais:
- Utilizados em procedimentos cirúrgicos, com a finalidade de deixar o paciente inconciente e insenssível à estimulação dolorosa
- Foram postuladas 2 teorias de anestesia com o intuido de elucidar o mecanismo de ação dos anestésicos gerais:
- Teoria dos lipídeos:
- Postula que a potência de um anestésico é proporcional à sua lipossolubilidade, e que há uma expansão de
volume sendo o mecanismo de alteração funcional da membrana
- Teoria das proteínas:
- Postula que os anestésicos interagem com receptores de membrana, provocando a perda de senssibilidade
- A anestesia envolve três alterações neurofisiológicas principais:
- Perda da consci~encia, perda da resposta a estímulos dolorosos e perda de reflexo
- Os anestésicos gerais podem ser administrados por via endovenosa ou inalatória:
- Venosos:
- Mais utilizados para manutenção da analgesia, seguidos do agente inalatório
- O tiopental é o mais utilizado, seguindo pelo etomidato pelo propofol

Nome do Anestésico Velocidade de indução e duração Efeitos colaterais


Rápida ( 40 segundos )
Tiopental
Dura cerca de 30 segundos
Rápido ( 1 minuto )
Etomidato
Dura cerca de 3-5 horas Sedaão, hipnose, queda de PA, broncoespasmo, taquicardia,
Rápida ( 1 minuto ) apnéia, dor à injeção, pesadelos
Propofol
Administração contínua
Rápida ( 30 segundos )
Ketamina
Dura cerca de 15 minutos )

- Inalatórios:
- Foram postuladas 2 teorias de anestesia com o intuido de elucidar o mecanismo de ação dos anestésicos gerais:
- Teoria dos lipídeos:
- Postula que a potência de um anestésico é proporcional à sua lipossolubilidade, e que há uma
expansão de volume sendo o mecanismo de alteração funcional da membrana
- Teoria das proteínas:
- Postula que os anestésicos interagem com receptores de membrana, provocando a perda de
senssibilidade
- Porém, o mecanismo de ação ainda não foi elucidado
- Utilizados para manutenção da anestesia, possuindo efeito apenas durante a administração
- Os principais anestésicos gerais administrados por via inalatória são:
- Éter:
- Entrou em desuso por ser altamente inflamável
- Halotano:
- Mais utlizado
- Início do efeito em 1 minuto
- Pode causar lesão hepática se utilizado repetidamente
- Enflurano:
- Semelhante ao halotano, mas com menor risco de toxicidade
- Início do efeito em 1 minuto
- Risco de convulsões semelhantes a epilepsia
- Isoflurano:
- Semelhante ao enflurano, mas não tem risco de convulsões
- Início do efeito em 1 minuto

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- Pode precipitar isquemia do miocárdio
- NO ( óxido nitroso ):
- Baixa potência, devendo ser administrado com outro agente
- Início do efeito em 2 minutos
- Risco de depressão de medula óssea
- Efeitos colaterais gerais:
- Relaxamento muscular, depressão respiratória, broncodilatação e hipotensão
- Doença da Febre maligna:
- Doença Autossômica Dominante de caráter familiar importante, que se manifesta na mesa de cirurgia, após administração de
halotano
- Caracterizada por aumento brusco da temperatura corpórea ( hipertermia ) a mais de 42º
- Este aumento é devido à liberação excessiva de cálcio na musculatura esquelética, com produção excessiva de calor
- O resultado das contrações excessivas são aumento de temperatura, contraturas musculares e acidose
- Para controle desta patologia, utiliza-se o fármaco dantroleno, um relaxante muscular que bloqueia os canais de cálcio
- Dantroleno

Farmacologia da dor - Anti-inflamatórios e Analgésicos

- Opióides:
- Todo e qualquer fármaco que possua efeito biológico semelhante ao da morfina, que são bloqueados com antagonistas como a
naloxona
- São drogas que causam dependência química, sendo que a retirada brusca ou o uso de antagonistas pode levar à síndrome de
abstinência
- Com o uso prolongado, o paciente vai se tornando cada vez mais tolerante ao medicamente, ou seja, é necessário uma dose
cada vez maior para se alcançar o mesmo efeito analgésico
- Heroína:
- Metabolizada parcialmente a morfina, reação esta que ocorre no fígado
- Análogos da morfina:
- Meperidina:
- Vendido comercialmente como Dolantina, é utilizada frequentemente em pós-operatórios
- Fentanil:
- Muito utilizados por anestesistas na prática clínica, por levar ao sono rapidamente
- Receptores opióides:
- Estes receptores variam por local de predomínio, sendo divididos em 4 grandes grupos:

Receptor Local de predomínio Ação


Mu Todo o corpo Analgesia
Delta Periferia do corpo Analgesia
Kappa Medula e SNC Analgesia e euforia
Sigma SNC Sintomas disfóricos ( pesadelos, agitação, etc. )

- Mecanismo de ação dos opióides:


- Teoria 1:
- Quando o opióide se liga a um receptor que está acoplado a proteína G, ele inibe adenilato ciclase e reduz a
concentração de AMPcíclico
- Esta redução seria responsável pelas sensação de analgesia e euforia
- Teoria 2:
- A proteína G está acoplada a canais de cálcio e potássio
- A ligação do opióide ao receptor ativa a proteína G, que promove abertura destes canais de potássio
- A hiperpolarização leva a uma redução na excitabilidade neuronal, com consequente sensação de analgesia
- A também inibição dos canais de cálcio, o que impede o influxo de cálcio para o axoplasma e, consequentemente,
impede a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica
- Opióides:
- Reduzem a excitação da substãncia cinzenta periaductal
- Reduzem a condução medular, por diminuirem a produção de serotonina e substância P
- Efeitos gerais dos opióides:
- Analgesia
- Euforia num primeiro momento
- Depressão respiratória
- Depressão do reflexo da tosse
- Náuses e vômitos
- Miose
- Constipação
- Broncoconstrição
- Hipotensão
- Agonistas opióides:
- Agonistas plenos:
- Morfina:
- Utilizada amplamente para dores agudas e crônicas
- Meia vida de 3-4 horas
- Efeitos colaterais:
- Sedação, depressão respiratória, constipação, náuseas, vômitos, prurido ( liberação de
histamina), dependência, euforia
- Heroína:
- Semelhante à morfina, com exceção ao fato de agir mais rapidamente do que a morfina
- Meperidina:
- Posologia mais confortável que o da morfina
- Meia vida de 2-4 horas

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- Efeito colateral:
- Convulssões
- A meperidina, por ser uma substãncia apolar, atravessa a placenta e provoca e depressão respiratória no
feto
- Para se evitar este quadro, deve-se calcular bem a hora do nascimento, ou administrá-lo após um
antagonista
- Metadona:
- Utilizado em dores crônicas e no tratamento de dependentes químicos
- Possui meia maior que 24 horas
- Efeitos colaterais:
- Iguais aos da morfina, porém com pouco efeito eufórico
- Fentanil:
- Usado em dores agudas e para anestesias
- Meia vida de 1-2 horas
- Efeitos colaterais iguais ao da morfina
- Agonista fraco:
- Codeína ( tylex ):
- Utilizadas em dores leves
- Atua como pró-droga, sendo metabolizada a morfina e outros opióides ativos
- Não apresenta risco de dependência
- O principal efeito colateral é constipação
- Antagonista opióide / Agonista Misto:
- Nalbufina:
- Dependendo do local, age como agonista ou antagonista
- Indicado para dor moderada e aguda
- Meia vida de 2-4 horas
- Antagonista opióide puro:
- Naloxano:
- Utilizado para reverter analgesia induzida por opióides e depressão respiratória no recém nascido, quando o opióide
foi administrado à mãe antes do parto
- É uma droga de ação curta, que agem bloqueando competitivamente os receptores opióides
- Não afeta o llimiar da dor
- Não deve ser utilizada no tratamento de viciados, porque pode levar a síndrome de abstinência
- Anti-inflamatórios prova começa aqui:
- Os principais agentes inflamatórios são representados pelos AINEs e pelos glicocorticóides
- AINEs:
- Estão entre os agentes terapêuticos mais utilizados
- Prescritos para queixas músculo-esqueléticas “reumáticas”, sendo frequentemente tomados por conta própria para
dores menores
- A maioria dos AINEs existentes no mercado possuem efeitos colaterais significativos, principalmente em idosos
- Em geral, os efeitos os AINEs estão relacionados à inibição da enzima ciclooxigenase 2 ( Cox2 ), com inibição da
produção de prostaglandinas e tromboxano-A2
- Ciclooxigenase ( Cox ):
- Enzima responsável pela conversão do ácido aracdônico em prostaglandinas e tromboxano-A2
- Existem dois tipos de Cox:
- Cox1 e Cox2
- Cox1:
- Presente em na maioria dos tecidos, mesmo na ausência de inflamação
- Envolvida na sinalização entre as células e na homeostasia tecidual ( regulação das
respostas vasculares, ordenação da ação de hormônios circulantes, etc. )
- Cox2:
- Tem sua produção induzida por células inflamatórias, sendo que as citocinas
inflamatórias primárias ( interleucina1 e fator de necrose alfa ) são importantes neste
sentido
- Por conseguinte, a Cox2 é a responsável pela produção de prostaglandinas e
tromboxano-A2
- Principais efeitos:
- Antipirético, analgésico e antiinflamatório
- Efeito antipirético
- As prostaglandinas são responsáveis pelo equilíbrio da temperatura, por agirem no centro
hipotalâmico ( termostato )
- Um aumento na produção de prostaglandinas faz com que haja elevação da temperatura corpórea
- Mecanismo de ação:
- Os AINEs inibem a ação da Cox2, inibindo a produção de prostaglandinas (PGE2 PGI2)
- Isto leva a uma redução da temperatura corporal durante processos inflamatórios
- Efeito analgésico:
- Os AINEs inibiem a produção de prostaglandinas responsáveis pela senssibilização dos
nociceptores a agentes inflamatórios ( bradicinina, por exemplo )
- Por esse motivo, os AINEs possuem importante efeito analgésico
- São utilizados em cólicas abdominais e nefróticas, infarto agudo do miocárdio, cefaléias
- A capacidade de agir como analgésico na cefaléia pode estar relacionado à sua capacidade de
abolir o efeito vasodilatador das prostaglandinas sobre a vasculatura cerebral
- Efeito anti-inflamatório:
- Durante uma inflamação, são liberados vários mediadores químicos com ações diversas no
combate à patologia instalada
- Os AINEs reduzem principalmente os componentes da resposta inflamatória e imune em que os
produtos da Cox2 têm função significativa:
- Vasodilatação, edema ( por ação da hitamina na permeabilidade de vênulas e capilares)
e dor
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- Cascata da inflamação:

Fosfatidilinositol Fosfolípides

Fosfolipase C Fosfolipase A2

Ácido Aracdônico

Cox-1 e Cox-2
Lipooxigenase

Prostaglandinas
Leucotrienos Tromboxano A2 (TxA2 )
Epóxido

Aumento da ação
fagocitária Vasodilatação ( PG E2 e I2 )
Aumento da permeabilidade Vasoconstrição ( PGF2-alfa e TxA2 )
vascular Broncodilatação ( PG E2 e I2 )
Broncoconstrição Broncoconstrição ( PGF2-alfa, TxA2 )
Aumetno da agregação plaquetária ( TxA2 )
Diminuição da agregação plaquetária ( PG I1
e I2 )
Febre ( PG I1 e I2 )

- Efeitos colaterais dos AINEs:


- TGI:
- As prostaglandinas são importantes na diminuição da acidez estomacal
- Com a inibição da Cox1 e consequente aumento da acidez estomacal, pode haver perfuração e hemorragia digestiva
alta
- Um fármaco denominado Misoprostol, utilizado no tratamento de úlcera estomacal, teve sua utilização proibida
- Isto porque possuia efeitos abortivos ( o aumento na produção de prostaglandinas promoviam contração uterina e dor)
- Pele:
- Reações cutâneas diversas, dentre elas urticária
- Rim:
- Inibe as prostaglandinas que promovem vasodilatação, o que ocasiona vasoconstrição dos capilares renais e
consequente insuficiência renal aguda
- Aspirina:
- Possui potente ação antiinflamatória, sendo muito utilizada em dores musculares leves a moderadas
- Não tem ação em dores viscerais
- A aspirina tem como principais ações:
- Redução da agregação plaquetária
- Reduação do risco de cólon de reto
- Reduz o risco de doença hipertensiva especifica da gravidez:
- Eclâmpsia:
- Crise hipertensiva, seguida de convulsão, que acontece na grávida em trabalho de parto
- As causas ainda não foram elucidadas
- Mecanismo de ação da aspirina:
- Possui ação inibitória sobre Cox-1 e Cox-2, com predominância pela primeira
- Não inibe a produção de leucotrienos, pois não tem ação sobre a enzima lipooxigenase
- Características farmacológicas da aspirina:
- Ácido fraco, com meia vida de 3 horas e pico de ação em 1 hora
- Efeitos colaterais:
- Dor estomacal
- Salicinismo
- A aspirina não deve ser utilizada em quadros asmáticos, pois inibe as prostaglandinas responsáveis por broncodilatação
- Deve-se limitar o uso em quadros viróticos, porque estimula a síndrome de Reye ( paciente edemaciado, congesto e
hemorrágico )
- Paracetamol:
- Não possui efeito antiinflamatório, tendo efeito antipirético e analgésico
- Vendido comercialmente pelo nome de Tylenol
- Possui meia vida de 3-5 horas
- Os principais efeitos colaterais são nefrotoxicidade e hepatotoxicidade
- Ibuprofeno:
- Vendido pelo nome comercial de XXXXXXXXX
- Possui meia vida de 2 horas
- Possui efeitos colaterais pouco significativos
- Naproxeno:

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- Nome comercial
- Possui meia vida de 13 horas, não sendo muito tolerado pelo TGI
- Piroxicam:
- Vendido pelo nome comercial de Feldene
- Possui uma meia vida de 45 horas, mas é muito caro
- Efeitos colaterais:
- Risco elevado de hemorragia gástrica
- Diclofenaco:
- Antiinflamatório muito utilizado na clínica ortopédica, com meia vida de 1-2 horas e início de ação em 40 minutos
- Efeitos colaterais
- Indometacina:
- Fármaco com uso não recomendado em grávidas, sendo que neste caso o fármaco aconselhado é XXXXXXXXXXXX
- Possui meia vida de 3-4 horas
- Ácido mefenâmico:
- Vendido pelo nome comercial de Ponstam, é indicado para cólicas menstruais
- Não deve ser utilizado por mais de uma semana
- Efeitos colaterais
- Citoprofeno:
- Vendido pelo nome comercial de Profenid
- Inibe também a produção de leucotrienos
- Efeitos colaterais

Glicocorticóides e Imunossupressores

- A hipófise ( anterior e posterior ) possuem íntima relação com o tálamo


- O Hipotálamo secreta o CRF, que age na a adeno hipófise ( hipófise anterior ) e estimula a secreção do hormônio corticotropina (ACTH)
- O ACTH é o hormônio que controla a síntese e a liberação de glicocorticóides e mineralocorticóides pelo córtex da adrenal
- Ação do ACTH:
- Se liga a proteína G na membrana da célula renal, estimulando adenilato ciclase e aumentando AMPcíclico
- Isso promove ativação de uma quinase que ativa a enzima estarase
- Esta enzima recruta colesterol intracelular e cliva-o, encaminhando-o para as mitocôndrias, onde o cortisol é sintetizado
- A concentração de ACTH no plasma é reduzida pelos glicocorticóides ( base do teste de supressão com dexametasona ):
- A dexametasona é administrada à noite, com o intuito de suprimir o hipotálamo e a hipófise
- Isso resulta numa menor produção de corticotropina e produção diminuída de hidrocortisona
- Caso não haja supressão, fica caracterizado hipersecreção de corticotropina ou de glicocorticóide ( síndrome de Cushing )
- O ACTH estimula também a adrenal a secretar esteróides andrógenos
- Glicocorticóides:
- Síntese dos glicocorticóides:
- Hipotálamo secreta CRF ⇐ O CRF estimúla a adeno-hipófise a secretar ACTH ⇐ o ACTH age no córtex da
adrenal ⇐ Síntese de glicocorticóides
- O principal glicocorticóide é o cortizol
- Efeitos dos glicocorticóides:
- Efeito sobre o metabolismo, equilíbrio eletrolítico e sobre os sistemas orgãnicos
- Efeitos metabólicos e sistêmicos gerais:
- Os principais efeitos metabólicos são obsrevados no metabolismo de proteínas e carboidratos
- Carboidratos:
- Redução na captação pela célula
- Aumento da gliconeogênese, com tendência a hiperglicemia
- Aumento no armazenamento de glicogênio
- Proteínas:
- Redução na síntese protéica e aumento da degradação, principalmente no músculo
- Os glicocorticóides aumentam o AMPcíclico
- Administração crônica de glicocorticõide leva a uma redistribuição da gordura corporal ( Síndrome
de Cushing )
- Possuem também algum efeito mineralocorticóide
- Reduzem a absorção de cálcio no TGI e aumentam sua excreção pelos rins, o que pode resultar
em osteoporose
- Efeitos de retroalimentação negativa sobre a hipófise anterior e o hipotálamo:
- A dministração de glicocorticóides exógenos leva a uma inibição da produção de CRF e ACTH,
inibindo a secreção de glicocorticóides endógenos
- Isso pode levar a uma atrofia do córtex da adrenal
- Efeitos antiinflamatórios e imunossupressores:
- Inibem manifestações iniciais e tardias da inflamação, agindo desde os processos de vermelhidão,
calor, etc., até as fases de cicatrização
- Agem em todos os tipos de reações inflamatórias
- Utilizados clinicamente para suprimir a rejeição de enxertos e transplantes
- Mecanismo de ação dos glicocorticóides:
- Envolvem interação entre esteróides e receptores intracelulares, com ação na transcrição gênica
- Dentro da célula, os glicocorticóides se ligam a receptores específicos no citoplasma, que por sua vez é
ativado
- O complexo esteróide-receptor se liga ao DNA, tendo efeito inibitório ou excitatório da transcrição gênica
- Um dos efeitos é a inibição dos genes da Cox2, de citocinas ( interleucina ), fosfolipase-A2, óxido nítrico,
etc.
- Bloqueia também o gene da osteocalcina nos osteoblastos, e modifica a transcrição de genes da
colagenase
- Aumenta s íntese de lipocortina1, importante na retroalimentação negativa do hipotálamo e da hipófise
- Efeitos indesejáveis:
- Supressão da resposta à infecção
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- Supressão da síntese de glicocorticóides endógenos
- Osteoporose
- Síndrome de Cushing
- Aspectos farmacocinéticos:
- Podem ser administrados por qualquer via, tendo boa eficácia quando administrado por via oral
- Quando há necessidade de uso prolongado, a terapia em dias alternados reduz os efeitos indesejados
- Os glicocorticóides endógenos são transportados no plasma ligados a uma proteína de ligação dos
cortiscoteróides ( CBG ) e à albumina
- A CBG não se liga a esteróides sintéticos
- Os esteróides ligados tanto à CBG quando à albumina são biologicamente inativos, apresentando ação
farmacológica apenas na forma livre
- A CBG é que controla a oferta dos glicocorticóides aos receptores
- A meia vida da maioria dos corticóides é de 90 minutos
- Os corticóides são substâncias altamente apolares
- O metabolismo dos corticóides acontece no fígado, onde são transformados em substãncias mais polares
para serem excretados
- Em casos de insuficiência hepática, há redução no metabolismo dos glicocorticóides e da síntese de CBG, o
que provoca efeitos de hipercorticalismo
- Em casos de insuficiência renal, a meia vida do cortizol fica aumentanda e a taxa de depuração diminuída
- Dexametasona:
- Por possuir pouca afinidade pela CBG, é o mais potente glicocorticóide
- O colesterol é o principal pré-cursor dos glicocorticóides
- Mineralocorticóides:
- O principal mineralocorticóide é a aldosterona, produzida na zona glomerular da adrenal
- Sua ação principal consiste em aumentar a retenção de sódio e aumentar a excreção de potássio e íons hidrogênio
- Secreção aumentada de mineralocorticóides ( síndrome de Conn ) leva hipervolemia, hipocalemia, alcalose e
hipertensão
- Secreção diminuída de mineralocorticóides ( síndrome de Addison ) leva a perda excessiva de sódio, com
hipercalemia e redução do nível plasmático de bicarbonato
- Síntese e liberação:
- A síntese depende das concentrações eletrolíticas e do sistema renina-angiotensina
- Baixas concentrações de sódio ou altas cocentrações de potássio estimulam a secreção pela zona
glomerular
- Um dos efeitos da angiotensina II consiste em aumentar a síntese e liberação de aldosterona
- Ação:
- A aldosterona ( principal mineralocorticóide ) se liga a receptores específicos, localizados no rim
- Esta interação resulta na transcrição de genes, com formação de proteínas específicas
- Isso resulta em maior retenção de sódio e excreção de potássio
- Ação geral dos Corticóides:
- Fígado / Músculo:
- ↑ catabolismo e ↓ anabolismo protéico
- ↑ gliconeogênese e ↓ a ação da insulina
- redistribuição da gordura corporal
- ↑ a retenção de sódio e a excreção de potássio
- diminuem a absorção de cálcio
- aumenta a atividade dos osteoclastos e reduzem a atividade dos osteoblastos
- reduzem o número de anticorpos e a inflamação
- aumento da eritropoiese
- redução da vasodilatação e exudação
- diminuem o limiar de excitação elétrica
- aumentam a secreção gástrica
- Indicações clínicas dos corticóides:
- Insuficiência da adrenal
- Hiperplasia congênita da adrenal
- Doenças autoimunes
- Asma
- Dermatites
- Câncer
- Tipos mais comuns de corticóides:
- Hidrocortizona:
- Administração oral, intramuscular ou endovenosa
- É idêntica ao cortizol
- Efeito de curta duração
- Fraco efeito mineralocorticóide
- Utilizada para reposição
- Efeito colateral
- Predinizona:
- Administração oral
- Efeito de duração intermediária
- 4x mais potente que a hidrocortizona
- Possui leve efeito mineralocorticóide
- Utilizada na manutenção da asma livre
- Efeito colateral
- Predinizolona:
- Administração oral, intramuscular ou endovenosa
- Efeito de duração intermediária
- 5x mais potente que a hidrocortizona
- Utilizada no tratamento da asma aguda, sendo muito utilizada em crianças
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- Efeito colateral
- Dexametasona:
- Administração oral, intramuscular ou endovenosa
- Efeito de duração intermediária
- 10x mais potente que a hidrocortizona
- Pouco utilizada na clínica
- Sem efeitos mineralocorticóides
- Pode causar hipertensão intracraniana
- Efeito colateral
- Imunossupressores:
- Suprimiar as reações de rejeição de transplantes
- Utiliado no tratamento de púrpura, trombocitopenia idiopática ( comum em crianças ), miastenia gravis, lupus eritematose
sistêmico, artrite reumatóide, psoríase
- Ciclosporina
- Inibe a produção de interleucina-2
- Reduz a rejeição de transplantes
- Bloqueia a produção de células T citotóxicas
- Efeitos colaterais:
- Nefrotoxicidade
- Hipertensão
- Azatioprina:
- Interfere na síntese de purina e tem efeito citotóxico
- Amplamente utilizada para imunossupressão em transplantes
- Age por inibição da proliferação clonal, através de ação citotóxica sobre as células em divisão
- Efeitos colaterais:
- Depressão de medula óssea
- Náusea, vômitos
- Erupções cutâneas
- Ciclofosfamida:
- Potente ação imunossupressora, agindo sobre linfócitos
- Afeta a fase de proliferação clonal
- Inibe resposta humoral e celular
- É uma pró-droga convertida no fígado e de ligação ao DNA
- Usada em artrite reumatóide, doenças autoimunes, alopecia, cistite hemorrágica, depressão de medula óssea
- Efeitos colaterais

Farmacologia do Sistema respiratório

- Regulação do músculo , dos vasos sangüíneos e das glândulas das vias aéreas:
- Vias aferentes:
- Os receptores irritantes e as fibras do tipo C respondem a substâncias químicas exógenas, mediadores da inflamação
e extímulos físicos ( ar frio, etc. ) causando broncoconstrição e secreção de muco através da liberação de acetilcolina
nas vias aéreas superiores e de neuropeptídeos excitatórios nas vias aéreas inferiores
- Vias eferentes:
- Os nervos parassimpáticos medeiam a broncoconstrição e a secreção de muco através de uma ação sobre os
receptores muscarínicos M3
- Os nervos simpáticos inervam os vasos sangüíneos ( causando constrição ) e as glândulas ( inibindo a secreção ),
mas não o músculo liso das vias aéreas
- A adrenalina circulante atua sobre os receptores Beta2, relaxando o músculo liso das vias aéreas
- O principal neurotransmissor que causa relaxamento das vias aéreas é o transmissor inibitório NANC, que se acredita
que seja o óxido nítrico
- Os transmissores excitatórios NANCs são peptídios liberados pelos neurônios sensoriais
- Drogas que afetam a respiração:
- Estimulantes respiratórios:
- Utilizados apenas em hospitais, sobre supervisão de profissionais, em casos de insuficiência respiratória
aguda, depressão respiratória pós-operatória
- O principal é o doxapram
- Drogas que causam depressão respiratória:
- A depressão respiratória pode ser causada por qualquer droga que deprima o SNC
- Os benzodiazepínicos causam pouca depressão respiratória
- Distúrbios da função respiratória - Asma:
- Tipo especial de inflamação das vias aéreas envolvendo mastócitos e eosinófilos e orquestrada por linfócitos T, caracterizada
por obstrução variável e reversível do fluxo aéreo e hiper-atividade brônquica ( paciente mais sensível a fatores externos )
- É uma doença de caráter crônico
- A asma é uma doença adquirida, mas que contém um forte traço genético
- Atopia:
- Predisposição genética de antígenos ambientais comuns
- Fisiopatologia da asma:
- A obstrução da asma é decorrente de três fatores principais:
- Espasmos do músculo liso brônquico
- Edemas de mucosa
- Obstrução por muco
- O mecanismo consiste na ativação de linfócitos e mastócitos, com liberação de mediadores da inflamação
( prostaglandinas, histamina e leucotrienos )
- Fases da asma:
- Fase 1:
- Caracterizada pela presença de espasmos musculares
- Fase 2:
- Constitui uma reação inflamatória progressiva
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- Também conhecida como fase tardia da asma, tem como célula predominane o eosinófilo, cujos produtos
levam a lesão e perda do endotélio brônquico
- Esta lesão leva a exposição das fibras do tipo C, que são responsáveis pela hiper-reatividade brônquica
- Com isso, há um aumento na produção de muco
- Quadro clínico da asma:
- A asma é uma patologia que atinge crianças, jovens, adultos, idosos, mulheres, homens, raças diferentes, etc.
- Os sintomas mais comuns da asma são chieira, tosse, aperto no peito e produção de escarro
- Tratamento da asma:
- Broncodilatadores:
- Incluem agonistas beta2 adrenérgicos, xantinas e antagonistas muscarínicos
- Agonistas beta2 adrenérgicos:
- Age dilatando os brônquios por ação direta nos receptores beta2 adrenérgicos
- Inibem a liberação de mediadores por mastócitos e monócitos
- Aumentam a depuração de muco por ação sobre os cílios
- Agentes de ação curta:
- Salbutamol ( aerolyn ) e terbutalina ( berotec )
- Efeito máximo em 30 minutos, com duração de 4-6 horas
- Agentes de ação prolongada:
- Salmeterol
- Beta2 seletivo
- Duração em torno de 12 horas
- O efeitos adversos mais comum são:
- Tremor, aumento da FC e hipertensão arterial
- Também utilizados na DPOC
- Xantinas:
- Existem três de ocorrência natural:
- Teofilina e a cafeína ( componentes do café e chá ) e a teobromina ( cacau )
- A teofilina é a mais utilizada na prática clínica, possuindo razoável função broncodilatadora
- Efeitos:
- Broncodilatadores, estimulante do SNC, estimulantes do coração ( ação cronotrópica e
ionotrópica positiva ), vasodilatação e antidiurético ( efeito fraco )
- Mecanismo de ação:
- Ainda não está bem elucidado
- Mecanismo normal de contração da musculatura lisa:
- Fosfodiesterase ⇐ Redução do AMPcíclico ⇐ Ativação da PKA ⇐
Estimulação do MLCK ⇐ Deslizamento actina-miosina ⇐ Contração muscular
- O efeito relaxante das metilxantinas sobre a musculatura lisa dos brônquios tem sido
atribuído a inibição da enzima fosfodiesterase
- Efeitos colaterais das metilxantinas:
- Náuseas, vômitos, azia, cefaléia ( vasodilatação cerebral ), tremor, aumento da FC
- Antagonistas muscarínicos:
- O principal fármaco antiasmático desta categoria é o ipratrópio
- O ipratrópio age relaxando a constrição brônquica que é causada pela estimulação simpática
- É um antagonista não seletivo, com uso no tratamento da asma, mas sem efeito sobre a fase
inflamatória tardia da asma
- Para potencializar sua ação, pode ser usado com agonistas beta2 adrenérgicos
- A droga é aplicada como aerossol, tendo o efeito máximo em 30 minutos e duração de 3-5 horas
- Apresenta poucos efeitos colaterais, sendo bem tolerado pelos pacientes
- Uso clínico do brometo de ipratrópium:
- Adjuvante de agonistas beta2 adrenérgicos e esteróides, quando estes não controlam a
asma
- Como broncodilatador em alguns casos de bronquite crônica e espasmos precipitados
por agonistas beta2 adrenérgicos
- Anti-inflamatórios:
- Glicocorticóides:
- Não possuem efeito broncodilatador, agindo principalmente na asma crônica, onde predomina um
componente inflamatório
- O mecanismo de ação principal dos glicocorticóides na asma é o bloqueio da formação de
citocinas, em especial Th2 ( recrutam eosinófilos e ativam produção e expressão de IgE )
- A redução da liberação de isoleucina-3 ( reguladora da produção de mastócitos ) pode explicar
que o tratamento a longo prazo reduz a resposta inical a um alérgeno
- Os glicocorticóides podem agir também inibindo a fosfolipase-A2, reduzindo a formação de ácido
aracdônico
- Os efeitos colaterais são incomuns, podendo haver candidíase orofaríngea ( sapinho ) e disfonia
(problemas vocais )
- Cromoglicato de sódio:
- Não é um broncodilatador, sendo utilizados na profilaxia de novas crises asmáticas
- Acredita-se que seu mecanismo de ação seja a estabilização da membrana dos mastócitos,
impedindo a liberação de histamina
- Isso reduz o processo inflamatório e a broncoconstrição
- São administrados por inalação, com ação local
- 10% são absorvidos e ocorre excreção na forma inalterada
- Os efeitos colaterais consistem em:
- Irritação menor de vias aéreas e, raramente, hiperssenssibilidade
- Evitar a exposição aos alérgenos
- 1ª Opção:
- Agonista beta2 adrenérgico
- 2ª Opção:

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- Corticóide hidrocortizona na endovenosa

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