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1. Introdução

A análise financeira de uma empresa é um instrumento importantíssimo, o qual


informa a situação econômica e financeira da empresa. Sua elaboração compreende as
análises dos demonstrativos financeiros: Balanço Patrimonial, Demonstrativo do Resultado
do Exercício, Fluxo de Caixa, Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido,
Demonstrações dos Lucros e Prejuízos Acumulados, etc. Porém o presente trabalho se
limitará a apenas as análises do Balanço Patrimonial e do Demonstrativo do Resultado do
Exercício.
Por meio dos quocientes e índices é possível observar a estrutura e composição do
capital empregado na empresa e também contribui para a tomada de decisão revelando
tendências internas e quando comparado com índices - padrão do setor é possível notar as
tendências externas, sendo a tomada de decisão a principal ferramenta dos administradores
bem sucedidos e saber interpretá-los se torna um diferencial competitivo tanto para as
empresas quantos para os administradores.
Para melhor entendimento das análises é valido definir o que seria situação
financeira da situação econômica. Para Jalmei José Duarte situação financeira é o quanto a
empresa tem de dinheiro ou dívidas no momento analisado, enquanto a situação econômica
para ele é o quanto a empresa recebe versus o quanto ela gasta, ou seja, literalmente é um
placar de crédito x débito. Essa definição é importante uma vez que as análises dos
quocientes de Estruturas de capitais e de liquidez irão evidenciar a situação financeira da
empresa e a análise dos quocientes de rentabilidade a situação econômica.
Tais quocientes juntamente com os quocientes de rotação, as análises horizontais e
verticais dos demonstrativos e o ponto de equilíbrio farão parte desse trabalho.
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2. Objetivo

O objetivo desse trabalho é analisar a situação financeira da empresa Oi


Participações S.A (Telemar Participações S.A) nos períodos de 2006, 2007, 2008 a partir da
extração do seu balanço e demonstrativo de resultado do exercício. Para que isso ocorra é
necessário saber o funcionamento das suas contas e utilizar os índices e demais
ferramentas de analises. Os índices utilizados nesse trabalho serão os índices de liquidez,
estrutura de capitais, rentabilidade, prazo médio, análise horizontal e vertical, ponto de
equilíbrio e a comparação com sua principal concorrente no segmento.
Para uma análise mais completa a respeito da situação e posicionamento da
empresa no mercado será útil um comparativo com os índices – padrões, a análise das
tendências do setor e como não pode deixar de lado uma análise de SWOT, ou seja, a
compreensão dos pontos fortes e fracos, das oportunidades e ameaças que o setor,
naturalmente, exerce nas empresas do segmento de telefonia. Essa compreensão será
fundamental para desenvolver estratégias e aumentar o market share (fatia do mercado) em
relação aos seus concorrentes.
A partir dessas análises é possível saber se a empresa se encontra numa situação
econômica e financeira satisfatória para o setor e, consequentemente, se ela é uma boa
opção de investimento.

3. A escolha da empresa

A empresa foi escolhida por se constituir um grande empreendimento nacional no


segmento da telefonia, um setor que demanda constantemente de altíssimos avanços
tecnológicos, inovações e que se tornou uma necessidade essencial da coletividade. Hoje a
Oi se encontra em todo o território nacional e é a empresa de telefonia que mais cresce no
país tanto na telefonia móvel quanto no fixo. O que mais chamou a atenção para a escolha
da empresa foi a sua recente fusão com a Brasil Telecom (BrT) essa transação recebeu o
nome dos especialistas de BrOi. A Brasil Telecom possuía a maior parte do mercado de
telefonia fixa e presença em todo o território nacional, o que fez da Oi um monstruoso
empreendimento nacional com um Patrimônio Líquido de R$ 2.461.791.000,00 e um receita
liquida de R$ 30 Bilhões depois da Fusão com a BrT segundo fontes da Anatel e CVM
(Comissão de Valores Mobiliário) e obtendo um crescimento no Markt Share, no ano de
2008, de 19,91%.
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4. História da Empresa

Em 1998, o Ministério das Comunicações decidiu dividir a Telebrás em doze


companhias: três holdings das concessionárias regionais de telefonia fixa, uma holding da
operadora de longa distância e oito holdings das concessionárias da telefonia móvel Banda
A. A maior delas era Tele Norte Leste S.A., transformada em Telemar em abril de 1999. O
nome TELEMAR vem de TELE(Telefonia - O serviço que a empresa presta) e MAR(A região
no qual a operadora atua, que é o litoral sudeste, nordeste e norte do Brasil).
A Telemar começou a operar com telefonia móvel em 2002 com a marca Oi e desde
então promove-se com um marketing agressivo diante de seus concorrentes. Foi a primeira
operadora GSM a operar no Brasil e logo no ano de seu lançamento conquistou milhares de
clientes.

Em 2006 deu início a um processo de convergência entre os demais serviços do


Grupo Telemar (telefonia fixa e provedor de internet banda larga). Processo pioneiro no
país, a convergencia é uma tendência mundial entre as operadoras de telecomunicações.
Resume-se em integrar em um único pacote, com única cobrança ou único produto todos os
serviços que uma residência necessita como por exemplo: serviços de telefonia móvel
(Celular), serviços de telefonia fixa, acesso internet banda larga - no caso da Oi, acesso
ADSL -, serviços de ligações longa distância, entre outros.

Após sua fusão com a Telemar, sua "empresa-mãe", o grupo formado então,
denominado como Grupo Telemar, tende a assumir como marca única o nome "Oi" no
mercado.

Sobre a Oi

A Oi (antiga Telemar e Brasil Telecom) é uma concessionária de serviços de


telecomunicações do Brasil. Em faturamento é a maior empresa de telefonia fixa da América
do Sul com base no número total de linhas em serviço. A Oi Possui 34 milhões de Clientes
em telefonia móvel e 22 milhões em telefonia fixa.

Com estrutura unificada desde 2004, oferece um leque de produtos de


comunicações integrados e convergentes que incluem serviços tradicionais de telefonia fixa,
móvel, banda larga, ISP e outros serviços a residências, usuários corporativos de pequeno,
médio e grande porte, agências governamentais e outras empresas de telecomunicações.
Em seus resultados, a Oi mostra um saudável equilíbrio entre forte geração de caixa
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(operações fixas) e o provimento de serviços de alto crescimento (mobilidade e banda


larga). Atualmente o controle da empresa é da TNL Participações. O atual presidente da Oi
é Luíz Eduardo Falco e o presidente do conselho é Carlos Francisco Ribeiro Jereissati.

Atualmente, a Oi possui mais de 50 milhões de linhas instaladas no Brasil, e traz


inovações tecnológicas em Telecomunicações através de importação tecnológica
estrangeira ao Brasil, contribuindo então, para um maior desenvolvimento tecnológico do
país. Durante muitos anos as ações preferenciais da Telemar foram as mais negociadas na
Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, e tinham um peso importante no seu índice mais
representativo, o IBovespa, somente em 2005 a Oi (Telemar) perdeu a liderança para as
ações preferenciais da Petrobras.

Aquisição

O grupo de telefonia Oi anunciou a aquisição da Brasil Telecom por R$ 5, 863


bilhões, na conclusão do negócio mais aguardado pelo mercado nos últimos meses. O valor
ficou acima de algumas estimativas que circulavam pelo mercado, em torno de R$ 4,8
bilhões. Com o negócio, cria-se uma megatele de controle nacional. Juntas, as empresas
somam 43,4 milhões de clientes, sendo 20,7 milhões em telefonia celular e 22,7 milhões na
fixa.

4.1 O Mercado

A telefonia móvel no Brasil começou na década de 90 com o sistema Telebrás, no


entanto havia uma série de problemas, como restrições orçamentárias, amarras
regulatórias, indefinições tecnológicas, prazos curtos para a implantação de redes e as
inexperiências mercadológicas. Em 1997 foi aberta as portas às instituições privadas e a
partir daí o cenário começou a mudar.

No final de 1998, ano da privatização, havia no país cerca de 7,4 milhões de


usuários, representando uma densidade telefônica celular de 4,5%. Em junho de 2004,
foram registrados 54 milhões de usuários, o que significa uma densidade de mais de 30%.

Para popularizar os aparelhos móveis de telefonia, foi criado e implantado o sistema


pré-pago, no qual os créditos são comprados e inseridos na conta para então poder fazer
ligações do aparelho.

O mercado de telefonia móvel no Brasil mudou radicalmente desde que foi


privatizado. Porém, somente a partir de 2002, com a entrada da Oi, e depois da TIM,
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oferecendo novas tecnologias, novos aparelhos, novos planos, etc. a concorrência, de fato,
tornou-se mais acirrada. A Oi em apenas dois anos de operação atingiu a 21% de
participação de mercado na sua área de atuação, representando 9,4% do market share
nacional.

4.2 Os Concorrentes

As principais empresas que compõe o mercado de telefonia móvel no Brasil são


Vivo, Claro e Tim as principais concorrentes da Oi.

A Vivo é uma joint venture da companhia Telefónica com a Portugal Telecom e atua
no Brasil desde 2003 com a junção de várias companhias brasileiras e opera com as
tecnologias CDMA, TDMA e GSM tornando, assim, a única operadora do Brasil que opera
com todas essas tecnologias em todo o território nacional. A Claro é controlada pela
empresa mexicana América Móvil, um dos cinco maiores grupos de telefonia móvel do
mundo opera com as tecnologias TDMA, GSM e 3G. Recentemente a Claro vem passando
por várias reclamações referentes a instabilidades na rede e baixa velocidade de conexão
na tecnologia 3G. A TIM (Telecom Italia Mobile) é uma empresa com sede na Itália e opera
com as tecnologias EDGE, WCDMA, HSDPA e estar implementando a tecnologia 3G. A TIM
é a terceira maior empresa no requisito clientes e é a maior no requisito receita líquida de
serviços. A TIM ganhou vários prêmios como Top of Mind e As Empresas Mais Admiradas
do Brasil.

Cerca de 44.945 milhões de celulares operando no país em 2008 pertencem a Vivo,


a Claro possui cerca de 38.731 milhões seguida pela a TIM com 36.416 milhões e logo a
trás vem a Oi com 29.993 milhões de celulares, nesse mesmo período. É importante
considerar o crescimento da Oi entre os anos de 2007 e 2008, que obteve um crescimento
de 38,70% enquanto suas principais concorrentes obtiveram 20,22%; 28,12% e 16,46%, na
ordem da maior para a menor.

O Markt Share do mercado telefônico brasileiro se compõe da seguinte forma Vivo


abocanhando 29,84% do mercado, a Claro 25,71%, a TIM 24,17% e a Oi 19,91% conforme
mostra o gráfico a seguir:
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Market Share
19,91%
Vivo

29,84% Claro
Tim
24,17% 25,71%
Oi

Fonte: http://www.teleco.com.br/mshare.asp

4.3 Tendências Futuras do setor Telefônico

A telefonia pertence ao rol das tecnologias da informação e comunicação, sendo


estas um conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (máquinas e
programas) e telecomunicações. Esse setor no Brasil está em crescente expansão, não tão
avançada como em países como Japão e EUA, tendo em 2007 um número recorde no
cálculo do ingresso de clientes no mercado de telefonia móvel.

O Brasil foi o terceiro entre os países que mais atraíram novos assinantes de
telefones celulares em 2007. Ficamos atrás apenas da China e da Índia, segundo dados da
União Internacional de Telecomunicações (UIT). Já ultrapassamos hoje o índice de 584
celulares por mil habitantes. O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações
(ANATEL), Ronaldo Mota Sardenberg afirmou que hoje a infra-estrutura brasileira de
telecomunicações está entre as sete mais desenvolvidas no mundo.

Segundo a UIT (união internacional de telecomunicações), o número total de


detentores de telefones fixos e/ou móveis aumentou, globalmente, de 1 bilhão em 1997 para
4,2 bilhões em 2007. A maior expansão ocorreu no segmento dos telefones móveis. Desde
2000, também segundo a UIT, os usuários de telefonia móvel cresceram 20 vezes,
representando 70% de todos os assinantes de telefones.

O Brasil terminou o primeiro semestre de 2008 com quase 135 milhões de celulares
que dá uma densidade de quase 70 celulares para 100 habitantes, destes mais de 81% são
telefones do sistema Pré-Pago, significa que um pouco mais de 107 milhões de aparelhos
são Pré-Pago.
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No ano de 2014, segundo uma estimativa da ANATEL, haverá no Brasil um telefone


móvel para cada habitante. Em Brasília/DF, já existem hoje 114 linhas de telefone celular
para cada 100 habitantes.

4.4 Análise de SWOT (fatores internos e externos que influência a empresa)

A análise de SOWT constitui em uma análise dos pontos fortes e fracos,


oportunidades e ameaças. Para essa análise iremos nos limitar a descrição das
oportunidades e ameaças que sobrevêm no setor de telefonia e que pode prejudicar ou
beneficiar a operacionalidade das companhias. Listaremos 10 (dez) oportunidades e/ou
ameaças que vem sobre o mercado e faremos um breve comentário do porquê da escolha.

1) Tecnologia: Desenvolver e/ou obter as melhores tecnologias proporciona um


diferencial estratégicos para as empresas desse setor.
2) Qualidade: A qualidade nos serviços está diretamente relacionada à visão que
os consumidores têm das companhias e de seus produtos.
3) Taxa cambial: A variação do dólar tende a fazer com que os serviços e os
produtos se tornem mais caros e/ou baratos.
4) Parcerias: É a grande oportunidade de uma empresa desse setor, pois com
parcerias pode – se trazer tecnologias exclusivas para o mercado nacional.
5) Inovação: Inovar produtos e serviços não é apenas um diferencial para esse
mercado, é uma necessidade para todas as empresas.
6) Colaboradores: Investir em seus colaboradores otimiza os processos de
desenvolvimento de produtos e serviços, além de contribuir para o crescimento
dos seus clientes internos.
7) Marketing: É a alma do setor. Obter o diferencial com novas formas de fazer
marketing pode melhorar a imagem da empresa e ampliar seu público – alvo.
8) Benchmarking: Aperfeiçoar o que já foi feito e dado certo nas outras empresas
torna os resultados muito mais eficientes.
9) Franquias: É uma tendência do setor, as franquias tende a aumentar as
margens de lucro e ainda colocar seus serviços e produtos em todos os cantos
do país.
10) Serviços: É o diferencial das empresas que compõem esse setor. Oferecer os
melhores serviços e os mais variados proporciona uma melhor imagem da
companhia em relação ao seu público e ainda gera um valor adicional aos seus
serviços aumentando a margem de lucro.
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5. Métodos de Análise dos Demonstrativos Financeiros

5.1 Índices

5.1.2 Índices de Estruturas de Capitais

Participação de Capitais de Terceiros: indica o quanto a empresa tomou de


capital de terceiros por capital próprio investido;

(CT/PL) x 100

Onde:

CT – capitais de terceiros;

PL – Patrimônio Líquido.

Composição do Endividamento: indica qual o percentual de obrigações em


curto prazo em relação às obrigações totais;

(PC/CT)

Onde:

PC – Passivo Circulante;

CT – Capitais de Terceiros.

Imobilização do Patrimônio Líquido: indica o quanto a empresa aplicou no


ativo permanente por cada $100 de capital próprio;

(AP/PL)

Onde:

AP – Ativo Permanente;

PL – Patrimônio Líquido.
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5.1.3 Índices de Liquidez

Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa,


procurando medir quão sólida é esta. Uma empresa com bons índices de liquidez tem
condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, sendo, portanto caracterizados por
quanto maiores for, melhor será a condição da empresa. São eles:
Liquidez Geral: indica a condição de a empresa pagar as suas dívidas em
longo prazo;
[(AC+RLP)/(PC+ELP)]
Onde:
AC – Ativo Circulante;
RLP – Realizável a Longo Prazo;
PC – Passivo Circulante;
ELP – Exigível a Longo Prazo.
Liquidez Corrente: indica a condição de a empresa pagar suas dívidas de
curto prazo;
LC = AC/PC
Onde:
AC – Ativo Circulante;
PC – Passivo Circulante.
Liquidez Seca: indica o quanto a empresa é dependente de seus estoques
para pagar suas dívidas de curto prazo;
[(AC – Estoques)/PC]
Onde:
AC – Ativo Circulante;

PC – Passivo Circulante.

5.1.4 Índices de Rentabilidade

Os índices de rentabilidade mostram o quanto renderam os investimentos realizados


pela empresa e, desta forma, qual o seu grau de êxito econômico. Os índices deste grupo
são do tipo quanto maior melhor, exatamente pelo fato de retratarem o resultado dos
investimentos da empresa. São eles:

Giro do Ativo: fórmula: V/AT: indica quanto à empresa vendeu para cada
$1,00 de investimento total;
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V/AT
Onde:
V – Vendas Líquidas;
AT – Ativo.
Margem Líquida: fórmula: LL/V: indica quanto à empresa obtém de lucro
para cada $100 vendidos;
(LL/V) x 100
Onde:
LL – Lucro Líquido;
V – Vendas Líquidas.
Rentabilidade do Ativo: fórmula: LL/AT: indica quanto à empresa obtém de
lucro para cada $100 de investimento total;
(LL/AT) x 100
Onde:
LL – Lucro Líquido;
AT – Ativo.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido: fórmula: LL/PL: indica quanto a
empresa obteve de lucro para cada $100 de capital próprio investido;
(LL/PL) x 100
Onde:
LL – Lucro Líquido;

PL – Patrimônio Líquido Médio (média do patrimônio líquido inicial com o final).

5.1.5 Quocientes de Rotação ou de Atividades

Evidenciam o tempo necessário para que os elementos do Ativo se renovem. São


eles:

Rotação de Estoque: fórmula: CPV ou CSV/Estoque Médio de Produtos acabados


ou serviços prestados: indica quantas vezes ocorreu renovação dos estoques de produtos
ou serviços prestados, em função das vendas.

Onde:

CPV – Custo dos Produtos Vendidos ou;

CSV – Custo dos Serviços Prestados.


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Rotação do Ativo Circulante: Vendas/AC: indica quantas vezes o Ativo girou, isto
é, quantas vezes ele se renovou pelas vendas.

Onde:

AC – Ativo Circulante.

5.1.6 Outros Quocientes

Imobilização do Patrimônio Líquido: este quociente mostra o quanto do Patrimônio


Liquido da empresa financiou a formação do Ativo Imobilizado.

Ativo Permanente x 100

Patrimônio Líquido

Rentabilidade do Imobilizado: A rentabilidade indica o poder de ganho da


empresa, isto é, quanto obtém de lucro líquido sobre o capital investido.

Resultado líquido/Ativo Imobilizado

Margem de Contribuição: A margem de contribuição é a parcela do preço de


venda ou resultado das vendas que ultrapassa os custos e despesas
variáveis e que contribuirá para a absorção dos custos fixos e, ainda, para
gerar uma margem de lucro.

PV – (CV + DV)

Onde:

PV – Preço de Vendas (o preço de vendas poderá ser substituído pela receita


bruta)

CV – Custo Variável

DV – Despesa Variável

Ponto de Equilíbrio: Ponto de equilíbrio nada mais é do que o valor que a


empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as
despesas variáveis e as despesas fixas. No Ponto de Equilíbrio, a empresa
não tem lucro nem prejuízo.
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Fórmula: Custos e Despesas Fixas/Margem de Contribuição %

5.1.7 Índice – Padrão

A construção do índice padrão, segundo Matarazzo, requer alguns cuidados


necessários por se tratar de uma ferramenta obtida a partir de técnica estatística que torna
possível a extração de algumas medidas de determinado universo de elementos. A medida
de referência nessa metodologia é a mediana, complementada pelos decis.

6. Análise Horizontal e Vertical

São técnicas adicionais para a análise. A análise vertical mostra como cada conta se
relaciona com um valor-base. Para a análise vertical do balanço calcula-se a porcentagem
de cada valor em relação ao total do ativo, podendo assim observar melhor se há itens fora
das proporções normais. A análise horizontal por sua vez tem como objetivo mostrar a
evolução de cada conta ao longo dos anos. Baseia-se na evolução de cada conta de uma
série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a
uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. Pode-se assim,
analisar a evolução da empresa como um todo.

7. Análise dos Demonstrativos

A análise de Balanços como já foi visto é uma importante ferramenta para os


administradores e outros agentes internos e externos as organizações para a tomada de
decisão. Esse instrumento auxiliar quando combinado com os demais métodos de análise
proporciona uma visão ampla da situação da empresa e seu posicionamento no mercado e,
principalmente, seu desempenho junto aos seus concorrentes diretos.

Para efeito de trabalho e seguindo uma estratégia baseada no ganho de mercado


(Market Share) serão analisados e comparados os índices da Oi participações com a TIM
Participações. O objetivo de não comparar os índices da Oi com a líder do mercado
telefônico brasileiro (Vivo Participações), e sim com a TIM, terceira colocada, é pelo fato
puramente estratégico por ela ser nossa principal concorrente e está uma posição a nossa
frente na fatia de marcado da telefonia móvel. Sendo assim podemos inferir que sua
estrutura se assemelha a da Oi Participações, o que facilita nas análises.
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7.1 Balanço Patrimonial Oi Participações S.A (Telemar Participações) Em Mil


Reais

Código da conta Descrição da Conta 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006


1 Ativo Total 42.708.940 32.144.229 29.334.591
1.01 Ativo Circulante 18.305.114 13.245.388 10.810.120
1.01.01 Disponibilidades 11.452.473 6.985.591 4.974.066
1.01.02 Créditos 3.896.332 3.351.436 3.855.596
1.01.02.01 Clientes 3.896.332 3.351.436 3.855.596
1.01.02.02 Créditos Diversos 0 0 0
1.01.03 Estoques 153.368 123.843 170.760
1.01.04 Outros 2.802.941 2.784.518 1.809.698
1.01.04.01 Tributos diferidos e a recuperar 1.938.010 2.222.643 1.263.021
1.01.04.02 Dividendos a receber 21.241 0 0
1.01.04.03 Despesas antecipadas 607.255 403.528 340.642
1.01.04.04 Demais ativos 236.435 158.347 206.035
1.02 Ativo Não Circulante 24.403.826 18.898.841 18.524.471
1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 4.432.828 4.094.399 3.946.873
1.02.01.01 Créditos Diversos 2.446.495 2.340.046 2.445.432
1.02.01.01.01 Tributos diferidos e a recuperar 2.376.616 2.267.052 2.154.974
1.02.01.01.02 Valores a receber 69.879 72.994 290.458
1.02.01.02 Créditos com Pessoas Ligadas 0 6.050 11.123
1.02.01.02.01 Com Coligadas e Equiparadas 0 0 0
1.02.01.02.02 Com Controladas 0 6.050 11.123
1.02.01.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0 0
1.02.01.03 Outros 1.986.333 1.748.303 1.490.318
1.02.01.03.01 Depósitos e bloqueios judiciais 1.419.606 1.225.628 1.207.604
1.02.01.03.02 Incentivos fiscais 63.792 63.792 63.792
1.02.01.03.03 Despesas antecipadas 490.794 429.978 212.168
1.02.01.03.04 Demais ativos 12.141 28.905 6.754
1.02.02 Ativo Permanente 19.970.998 14.804.442 14.577.598
1.02.02.01 Investimentos 3.320.227 38.316 21.105
1.02.02.01.01 Participações Coligadas/Equiparadas 0 0 0
1.02.02.01.02 Participações em Controladas 0 0 0
1.02.02.01.03 Outros Investimentos 3.320.227 38.316 21.105
1.02.02.02 Imobilizado 12.670.336 11.834.772 11.929.140
1.02.02.03 Intangível 3.618.097 2.601.319 2.258.007
1.02.02.04 Diferido 362.338 330.035 369.346
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Código da Conta Descrição da Conta 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006


2 Passivo Total 42.708.940 32.144.229 29.334.591
2.01 Passivo Circulante 9.579.399 8.337.747 6.287.680
2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 3.948.882 3.393.698 1.999.000
2.01.02 Debêntures 377.468 76.189 254.274
2.01.03 Fornecedores 2.019.232 1.827.041 2.016.454
2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 1.127.515 1.598.315 879.068
2.01.04.01 Tributos a recolher 984.135 1.463.456 0
2.01.04.02 Tributos parcelados – Refis 143.380 134.859 0
2.01.05 Dividendos a Pagar 1.300.428 766.684 590.040
2.01.06 Provisões 0 0 0
2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0 0
2.01.08 Outros 805.874 675.820 548.844
2.01.08.01 Pessoal, encargos e benefícios 273.865 341.362 0
2.01.08.02 Autorizações a pagar 150.029 149.626 0
2.01.08.03 Demais obrigações 381.980 184.832 0
2.02 Passivo Não Circulante 21.522.696 10.529.271 10.971.397
2.02.01 Passivo Exigível a Longo Prazo 21.522.696 10.529.271 10.971.397
2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 14.302.834 5.304.980 5.318.147
2.02.01.02 Debêntures 3.572.449 2.171.080 2.310.000
2.02.01.03 Provisões 1.972.581 1.994.044 2.252.934
2.02.01.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0 0
2.02.01.05 Adiantamento para Futuro Aumento Capital 0 0 0
2.02.01.06 Outros 1.674.832 1.059.167 1.090.316
2.02.01.06.01 Tributos a recolher 100.063 81.808 201.967
2.02.01.06.02 Tributos parcelados – Refis 504.041 683.020 766.128
2.02.01.06.03 Autorizações a pagar 904.071 126.520 0
2.02.01.06.04 Demais obrigações 166.657 167.819 122.221
2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 0 0
2.04 Part. De Acionistas Não Controladores 9.145.054 10.696.810 9.805.757
2.05 Patrimônio Líquido 2.461.791 2.580.401 2.269.757
2.05.01 Capital Social Realizado 2.043.690 2.113.074 2.113.074
2.05.02 Reservas de Capital 125 0 0
2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 0 0
2.05.03.01 Ativos Próprios 0 0 0
2.05.03.02 Controladas/Coligadas e Equiparadas 0 0 0
2.05.04 Reservas de Lucro 516.864 516.864 213.761
2.05.04.01 Legal 29.066 29.066 13.911
2.05.04.02 Estatutária 215.961 215.961 0
2.05.04.03 Para Contingências 0 0 0
2.05.04.04 De Lucros a Realizar 187.277 187.277 115.290
2.05.04.05 Retenção de Lucros 84.560 84.560 84.560
2.05.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 0 0
2.05.04.07 Outras Reservas de Lucro 0 0 0
2.05.05 Ajustes de Avaliação Patrimonial 0 0 0
2.05.05.01 Ajustes de Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0
2.05.05.02 Ajustes Acumulados de Conversão 0 0 0
2.05.05.03 Ajustes de Combinação de Negócios 0 0 0
2.05.06 Lucros/Prejuízos Acumulados -98.888 -49.537 -57.078
2.05.07 Adiantamento para Futuro Aumento Capital 0 0 0
15

7.2 DRE da Oi Participações S.A (Telemar Participações) Em Mil Reais

Código da Conta Descrição da Conta 01/01/2008 a 01/01/2007 a 01/01/2006 a


31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006
3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 27.196.829 25.856.052 24.758.437
3.02 Deduções da Receita Bruta -8.460.919 -7.678.593 -7.461.777
3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 18.735.910 18.177.459 17.296.660
3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -9.657.369 -10.321.378 -10.226.762
3.05 Resultado Bruto 9.078.541 7.856.081 7.069.898
3.06 Despesas/Receitas Operacionais -7.459.326 -4.548.540 -5.242.348
3.06.01 Com Vendas -3.547.204 -2.077.715 -1.997.383
3.06.02 Gerais e Administrativas -1.628.600 -1.291.106 -1.266.072
3.06.03 Financeiras -1.610.772 -611.109 -1.310.159
3.06.03.01 Receitas Financeiras 1.374.270 991.919 781.614
3.06.03.02 Despesas Financeiras -2.985.042 -1.603.028 -2.091.773
3.06.04 Outras Receitas Operacionais 873.340 664.303 544.822
3.06.05 Outras Despesas Operacionais -1.588.011 -1.268.525 -1.376.817
3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 41.921 35.612 163.261
3.07 Resultado Operacional 1.619.215 3.307.541 1.827.550
3.08 Resultado Não Operacional 0 0 0
3.08.01 Receitas 0 0 0
3.08.02 Despesas 0 0 0
3.09 Resultado Antes Tributação/Participações 1.619.215 3.307.541 1.827.550
3.10 Provisão para IR e Contribuição Social -484.488 -642.858 -247.850
3.11 IR Diferido 0 0 0
3.12 Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0
3.12.01 Participações 0 0 0
3.12.02 Contribuições 0 0 0
3.13 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0
3.14 Part. de Acionistas Não Controladores -1.141.984 -2.358.164 -1.427.589
3.15 Lucro/Prejuízo do Período -7.257 306.519 152.111
16

8. Análise dos índices de Estrutura de Capital, Liquidez e Rentabilidade

Estrutura de Capital Fórmulas 2006 2007 2008 Índice da


TIM/2008
Participação de Capitais de Terceiros (CT/PL)x100 720% 731% 1263% 108,45%

Composição do endividamento (PC/PE) 0,36 0,44 0,31 0,69

Imobilização do Patrimônio Líquido (AP/PL) 6,42 5,74 8,11 1,25

Liquidez

Liquidez Geral (AC+RLP)/(P 0,85 0,92 0,73 0,77


C+ELP)
Liquidez Corrente AC/PC 1,72 1,59 1,91 0,99

Liquidez Seca (AC- 1,69 1,57 1,89 0,90


Estoque)/PC
Rentabilidade

Giro do Ativo** V/AT 0,59 0,56 0,44 0,80

Margem líquida (LL/V)x100 0,88% 1,68% 0,04% 1,38%

Rentabilidade do Ativo (LL/AT)x100 0,52% 0,95% 0,02% 1,11%

Rentabilidade do Patrimônio Líquido (LL/PL)x100 6,70% 11,88% 0,29% 2,31%

Rentabilidade do Imobilizado* (RL/AI) 1,45 1,53 1,48 2,73

*RL=Resultado Liquido; AI= Ativo Imobilizado


**Vendas= Receita Líquida

Como pode ser visto o quociente de participação de capital de terceiros teve um


aumento de 2006 a 2008 de 75,42% ficando com um índice de 1.263%, o que significa que
a empresa é totalmente financiada por capitais de terceiros. Entretanto, o setor telefônico
brasileiro apresenta em quase todas as suas empresas, índices de participação de capital
de terceiros a cima dos 100% demonstrando dessa forma que é uma característica do setor
ser financiada por capitais de terceiros. Além disso, a Oi é a companhia que apresentou o
maior índice em comparação com as demais empresas e, principalmente, com sua
concorrente em imediato a TIM Participações que apresentou um índice de 108,45% no
mesmo período. Ao analisar, também, os acontecimentos do ano de 2008 veremos que
nesse período a Oi adquiriu a Brasil Telecom (BrT) aumentando, assim, sua participação no
mercado e necessitando de mais investimentos para fortalecer sua marca no setor. Prova
17

disto é o aumento de 8.564,38% nos investimentos feitos na empresa no período de 2007 a


2008. Nesse período os investimentos feitos na Oi representava 7,77% do seu ativo total.
Demonstrando uma estratégia agressiva da companhia para ampliação de sua infra-
estrutura, aumento de sua cobertura e fortalecimento da marca.
Apesar desse índice exagerado a empresa possui apenas 31% de suas dívidas a
curto prazo o que não acontece com sua concorrente que detém 69%. Essa estrutura de
endividamento faz com que a TIM necessite de uma rotação maior, em relação à Oi, nas
suas atividades para poder honrar seus compromissos de curto prazo.
Na análise de rentabilidade o que se percebe é que os investimentos feitos pela Oi
não foram para aumentar seus resultados e sim para aperfeiçoar sua estrutura e sua marca,
investimentos esses que não geram resultado a curto prazo. Por isso apresenta um índice
de imobilização do patrimônio líquido de 8,11 em frente aos 1,25 da TIM afetando, assim,
sua margem líquida. É importante considerar que mesmo investindo em seu ativo
imobilizado, cerca de 6,59%, a Oi não conseguiu gerar uma rentabilidade satisfatória em
comparação com a TIM e com as demais empresas do setor. Mas, a liquidez da empresa dá
tranquilidade aos seus investidores em frente aos maus resultados de rentabilidade.

9. Análise do índice de Rotação, Margem de contribuição e Ponto de Equilíbrio

Quociente de Fórmula 2006 2007 2008 Índice da


Rotatividade TIM/2008
Rotação do CPV/Estoque 48,88 70,10 69,70 17,09
Estoque Médio***
Rotação do Vendas/AC 1,60 1,37 1,02 2,24
Ativo
Circulante*
Margem de R-(CV+DV)** R$ 1.247.404 R$ 3.897.848 R$ 4.547.400 R$ 7.090.027
Contribuição
Ponto de CF/margem R$ 367.712,50 R$ 1.018.536,67 R$ 1.653.092 R$ 2.902.744
Equilíbrio de contri. (%)
*Vendas= Receita Líquida
**R= Receita Bruta
***A média dos estoques dos períodos

Conforme foi visto na análise anterior a TIM Participações necessitaria de um giro


grande nas suas atividades para poder honrar com suas dívidas de curto prazo, já que o
quociente de composição de endividamento da companhia apresentou um índice de 69% de
passivo circulante em relação ao seu exigível total. Apesar disso, a análise de rotação de
estoque da TIM se mostrou com um índice inferior sendo que seus estoques se renovam em
menos de um mês, 0,7 meses, enquanto os estoques da Oi se renovam em 0,2 meses,
tendo assim uma eficiência maior nos seus esforços de vendas.
18

Vale ressaltar que o que importa para a TIM é o seu giro do ativo, pois isso que irá
determinar o quanto seu ativo circulante se renova em frente às vendas fazendo como que
haja disponível suficiente para saldar as dívidas. Nesse ponto a TIM teve uma eficiência
maior de rotatividade de seu ativo circulante podendo manter seu fluxo de caixa positivo. Ou
seja, conseguindo renovar suas disponibilidades o mais rápido do que o vencimento de suas
dívidas de curto prazo. É importante analisar, também, a margem de contribuição que tais
empresas trabalham, sendo isso que irá determinar a parcela destinada aos custos fixos e
ao lucro. Nesse ponto a TIM também supera a Oi tendo uma maior eficiência no controle de
suas despesas variáveis, despesas variáveis consideradas foram o custo de serviços
vendidos e as despesas de vendas, e sem, contudo, afetar seu resultado do período e seu
lucro líquido. Prova disso é sua margem líquida de 1,38% em frente aos 0,02% da Oi.
É importante perceber que os esforços de vendas feitos pela Oi, em 2008, contribuiu
para o aumento do seu faturamento, porém os aumentos nas despesas financeiras e
administrativa a que ocorreram contribuíram para o resultado negativo no período.

10. Análise do Índice – Padrão do setor telefônico

Com a análise do índice – padrão teremos uma visão bem mais realista do
posicionamento da Oi Participações em frente aos seus concorrentes.
Por ser um mercado oligopolizado, e possuir poucos concorrentes, a análise por
decis não será possível, então utilizaremos o método estatístico da mediana e
complementaremos com os quartis para termos uma classificação que será baseada da
seguinte forma: muito ruim, ruim, satisfatório, bom, muito bom. Onde que a organização
classificada como “satisfatório” está posicionada no índice da mediana. Os índices
analisados serão os de liquidez, estrutura de Capital.
A análise será simples se limitando apenas em classificar a empresa segundo os
índices que obtiveram comparando com os quartis encontrados e a mediana.
Para a análise do índice – padrão do setor de telefonia foi selecionado as seguintes
companhias: Vivo, Claro (Americel S.A), TIM, CTBC (Companhia Telefônica Brasil Central) e
a Telemig.
Os índices de Participação de capitais de Terceiros encontrados em ordem crescente
foram:
74,82%; 108,45%; 134,53%, 180,51%; 436,20%; 1.263%
Empresa Índice Classificação
Oi 1.263% Muito ruim
TIM 108,45% Bom
VIVO 180,51% Satisfatório
CTBC 436,20% Ruim
19

Telemig 74,82% Muito bom


Claro 134,53% Bom

Os índices de Liquidez Seca encontrados foram em ordem crescente:


0,69; 0,87; 0,90; 0,92; 1,37; 1,89.
Empresa Índice Classificação
Oi 1,89 Muito bom
TIM 0,90 Satisfatório
VIVO 0,87 Ruim
CTBC 0,69 Muito Ruim
Telemig 1,37 Satisfatório
Claro 0,92 Satisfatório

11. Análise Horizontal e Vertical dos Demonstrativos da Oi Participações


Ativo:
Descrição 31/12/2006 AH AV 31/12/2007 AH AV 31/12/2008 AH AV
da conta (%) (%) (%)

Ativo R$ 10.810.120 100 36,85 R$13.245.388 122,53 41,21 R$18.305.114 169,33 42,86
Circulante
Disponível R$ 4.974.066 100 16,96 R$6.985.591 140,44 21,73 R$11.452.473 230,24 26,82

Créditos R$ 3.855.596 100 13,14 R$3.351.436 86,92 10,43 R$3.896.332 101,06 9,12

Estoques R$ 170.760 100 0,58 R$123.843 72,52 0,39 R$153.368 89,81 0,36

Sub-soma R$9.000.422 100 30,68 R$10.460.870 116,23 32,54 R$15.502.173 172,24 36,3

Ativo Não R$ 18.524.471 100 63,15 R$18.898.841 102 58,79 R$24.403.826 131,74 57,14
Circulante
Ativo a L.P R$ 3.946.873 100 13,45 R$4.094.399 103,74 12,74 R$4.432.828 112,31 10,38

Créditos R$ 2.445.432 100 8,34 R$2.340.046 95,69 7,28 R$2.446.495 100,04 5,73
Diversos
Valor a R$290.458 100 0,99 R$72.994 25,13 0,23 R$69.876 24,06 0,16
Receber
Ativo R$14.577.598 100 49,69 R$14.804.442 101,56 46,06 R$19.970.998 137 46,76
Permanente
Investimento R$21.105 100 0,07 R$38.316 181,55 0,12 R$3.320.227 15.731,95 7,77
s
Intangível R$2.258.007 100 7,70 R$2.601.319 115,20 8,09 R$3.618.097 160,23 8,47
Diferido R$369.346 100 1,26 R$330.035 89,36 1,03 R$362.338 98,10 0,85
Sub-soma 23.908.819 100 81,50 R$24.281.551 101,56 75,54 R$34.220.859 143,13 80,13
Ativo Total R$29.334.591 100 100% R$32.144.229 109,58 100% R$42.708.940 145,59 100%
20

Passivo:
Descrição 31/12/2006 AH AV 31/12/2007 AH AV 31/12/2008 AH AV
da conta (%) (%) (%)

Passivo R$ 6.287.680 100 21,43 R$8.337.747 132,60 25,94 R$9.579.399 152,35 22,43
Circulante
Empréstimo R$ 1.999.000 100 6,81 R$3.393.698 169,77 10,56 R$3.948.882 197,54 9,25

Fornecedor R$ 2.016.454 100 6,87 R$1.827.041 90,61 5,68 R$2.019.232 100,14 4,73

Dividendos R$ 590.040 100 2,01 R$766.684 129,94 2,39 R$1.300.428 220,40 3,04

Passivo R$ 10.971.397 100 37,40 R$10.529.271 95,97 32,76 R$21.522.696 196,17 50,39
Não
Circulante
Empréstimo R$ 5.318.147 100 18,13 R$5.304.980 99,75 16,50 R$14.302.834 268,94 33,49

Patrimônio R$ 2.269.757 100 7,74 R$2.580.401 113,69 8,03 R$2.461.791 108,46 5,76
Líquido
Capital R$2.113.074 100 7,20 R$2.113.074 100 6,57 R$2.043.690 96,72 4,79
Social
Reserva de R$213.761 100 0,73 R$516.864 241,80 1,61 R$516.864 241,80 1,21
Lucro
Lucro/Prejuí R$ -57.078 100 0,19 R$ -49.537 86,79 0,15 R$ -98.888 173,25 0,23
zo
Acumulado
Passivo R$29.334.591 100 100% R$32.144.229 109,58 100% R$42.708.940 145,59 100%
Total

Nota – se uma evolução na conta do passivo não circulante de 96,17% no período de


2006 a 2008 representando um total de 50,39% do seu Passivo total, nesse mesmo período
a conta empréstimo a longo prazo teve uma elevação de 168,94% apresentando 33,49% do
Passivo Total. Essa elevação no empréstimo foi o principal responsável em financiar grande
parte do ativo disponível que obteve um crescimento de 130,24% e também nos
investimentos feitos na companhia que teve uma crescente astronômica entre os períodos
de 2006 a 2008 de 15.631,95% representando um total de 7,77% do Ativo Total.
21

Demonstrativo do Resultado do Exercício


Descrição 31/12/2006 AH AV 31/12/2007 AH AV 31/12/2008 AH AV
da conta (%) (%) (%)

Receita R$ 17.296.660 100 69,86 R$18.177.459 105,09 70,30 R$18.735.910 108,32 68,89
Líquida
CSV/CPV R$ 10.226.762 100 41,31 R$10.321.378 100,93 39,92 R$9.657.369 94,43 35,51

Lucro R$ 7.069.898 100 28,56 R$7.856.081 111,12 30,38 R$9.078.541 128,41 33,38
Bruto
Despesas R$ 5.242.348 100 21,17 R$4.548.540 86,77 17,59 R$7.459.326 142,29 27,43
Op.
Vendas R$ 1.997.383 100 8,07 R$2.077.715 104,02 8,04 R$3.547.204 177,59 13,04

Administrati R$ 1.266.072 100 5,11 R$1.291.106 101,98 4,99 R$1.628.600 128,63 5,99
vas
Financeiras R$1.310.159 100 5,29 R$611.109 46,64 2,36 R$1.610.772 122,94 5,92
Lucro Op. R$1.827.550 100 7,38 R$3.307.541 180,98 12,79 R$1.619.215 88,60 5,95

Lucro/Preju R$ 152.111 100 0,61 R$ 306.519 201,51 1,19 R$ -7.257 4,77 -0,03
ízo
Receita R$24.758.437 100 100% R$25.856.052 104,43 100% R$27.196.829 109,85 100%
Total

No período de 2008 a Oi apresentou um prejuízo de 7.257 milhões de reais e, com a


análise horizontal percebe-se, de forma superficial, que esse prejuízo foi em decorrência do
aumento das despesas operacionais que apresentaram uma evolução de 42,29% entre os
períodos de 2006 a 2008 representando 27,43% do seu faturamento em 2008. Apesar da
redução do CSV/CPV de 6,43%, em relação a 2007, a companhia aumentou seus esforços
de vendas para 77,59% o que trouxe resultados, pois seu faturamento nesse mesmo
período cresceu 9,85% em frente ao faturamento de 2006 em compensação suas despesas
administrativas e financeiras aumentaram 28,63% e 22,94% respectivamente contribuindo
para o resultado do período.
Podemos dizer que o prejuízo da Oi é um prejuízo estratégico, sendo que a marca
vem investindo pesado na sua infra-estrutura, no seu intangível (marca), em marketing e
propaganda, e tudo isso tem resultado a longo prazo.
22

12. Conclusão

Conforme as análises já feitas e comentadas ficam aqui restando analisar os


resultados da Oi Participações S.A em relação ao seu mercado. Ao ser feita a análise do
índice – padrão obtivemos uma classificação da Oi em comparação a modelos estatísticos
de posicionamento, não sendo feita o cálculo da nota global onde se verifica de forma
completa a sua real situação no mercado. Por serem fórmulas grandes e complexas o
presente trabalho se limitou, até por não se perder em demasiadas análises, em apenas
demonstrar a classificação de algumas empresas do setor em relação aos índices
encontrados.
Nas analises feitas a Oi apresentou resultados satisfatórios em alguns índices e ficou
abaixo em outros. Em modo geral a situação econômica e financeira da Oi é satisfatória
tendo uma excelente situação financeira e uma razoável situação econômica. Não podemos
inferir pelos os indicadores de rentabilidade da Oi no período de 2008, como sendo uma
péssima situação econômica haja vista que seus principais concorrentes tiveram índices
melhores nesse quociente como, por exemplo, a TIM tendo um índice de margem líquida de
1,38%, a Vivo 2,52% e a Claro 3,86%. O que podemos dizer é que a Oi fez pesados
investimentos no período, o que gera resultados a longo prazo. Mas, ao observar o
quociente de imobilização do patrimônio liquido a Oi é a empresa que teve o maior índice do
setor com 8,11 de imobilização do patrimônio, ou seja, o patrimônio líquido da companhia foi
o grande responsável por financiar seu ativo permanente, isso é prejudicial para a saúde
financeira da empresa, pois ao analisar o capital circulante próprio da companhia tem – se
um valor negativo denotando que todo o seu ativo circulante e parte do seu realizável a
longo prazo foram financiados por capitais de terceiros e para piorar a situação a
rentabilidade do imobilizado auferido no período foi de 1,48 resultado inferior aos das
demais companhias do setor. Há uma urgência por parte da Oi em aumentar a sua
eficiência tanto na rentabilidade do imobilizado quanto na rentabilidade do Patrimônio
Líquido para que sejam financeiramente viáveis tais investimentos no permanente.
O que se nota no setor telefônico é um alto índice de participação de capitais de
terceiros financiando as operações das companhias e o que faz das empresas serem bem
sucedidas nesse mercado é a eficiência que elas investem e trazem margens de
contribuição com o capital financiado, entre outros aspectos.
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13. Bibliografia

CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/>.


Acesso em: 10 de Nov. de 2009.
Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal>.
Acesso em: 12 Nov. de 2009.
Reportagem de Ygor Salles e Epaminondas Neto, em São Paulo, e Lorenna
Rodrigues, em Brasília. Folha On-Line. Maio de 2008. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u395747.shtml>. Acesso em: 14 Nov. de
2009.

MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: Abordagem básica e


gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas S/A, 1998.

Iudícibus, de Sergio. Analise de Balanços: análise de liquidez e do endividamento,


análise do giro, rentabilidade e alavancagem financeira. Editora Atlas. 6ª edição.

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